Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
BIANCA ABREU-MD2 1 Problema 1 Módulo V Objetivos 1. Descrever a classificação das articulações 1.1. Descrever a fisiologia e anatomia das articulações 1.2. Descrever os tipos de articulações 1.3. Descrever a biomecânica articular 1.4. Descrever o liquido sinovial e as suas características 2. Analisar e descrever a histologia do tecido cartilaginoso 2.1. Diferenciar cartilagem hialina, fibrosa e articular 2.2. Descrever a cartilagem epifisária, sua histologia e sua contribuição para o crescimento ósseo 2.3. Descrever a histologia do disco intervertebral 3. Descrever a via protopática 3.1. O que são substancias algogênicas? 3.2. Como funciona a teoria do portão da dor? 4. Descrever a cascata do ácido araquidônico 4.1. Diferenciar a atuação de AIES E AINES 4.2. Onde ocorre o bloqueio da COX-1 E COX-2? 4.3. Qual é a atuação de cada anti-inflamatório? 4.4. Diferenciar os seletivos e os não seletivos 5. De que maneira o movimento articular contribui para a viscosidade do liquido sinovial? 6. Conceituar doença ocupacional 7. Identificar os fatores ocupacionais que contribuem para as DORT BIANCA ABREU-MD2 2 TECIDO CONJUNTIVO CARTILAGINOSO ESTRUTURA Composto por condrócitos e matriz extracelular extensa e altamente especializada Os condrócitos são essenciais na produção e manutenção da matriz A matriz extracelular é firme, solida e maleável, o que garante a sua elasticidade; ela é CRUCIAL para a sobrevida dos condrócitos pois NÃO HÁ rede vascular no tecido cartilaginoso Quem permite a difusão de substancias no tecido cartilaginoso é a matriz extracelular, a qual é composta por glicosaminoglicanos (GAG) e fibras de colágeno do tipo II, sendo que as GAG tem alta quantidade de água presa em suas moléculas. As características biofísicas contrastantes da composição da matriz: colágeno resistente a tensão e GAG resistentes a compressão, geram uma adaptação essencial para o tecido em relação a sustentação e movimento. Alguns tecidos cartilaginosos possuem o pericôndrio, que é um tecido conjuntivo denso que circunda o tecido cartilaginoso, ele serve como fonte para novas células de cartilagem e contem nervos e vasos sanguíneos. Vale ressaltar que ele segue gradualmente com o tecido cartilaginoso. CRESCIMENTO DA CARTILAGEM APOSICIONAL: forma nova cartilagem na superfície de uma cartilagem pré-existente, sendo que as novas células são derivas da porção interna do pericôndrio. INTERSTICIAL: forma nova cartilagem dentro de uma massa cartilaginosa pré-existente, sendo que as novas células são originadas da divisão dos condrócitos dentro das lacunas/colunas. BIANCA ABREU-MD2 3 REPARO DA CARTILAGEM A cartilagem pode tolerar um estresse intenso e repetitivo considerável. Entretanto, quando danificada, a cartilagem manifesta uma incapacidade marcante de cicatrização, mesmo nas lesões menos importante. Essa falta de resposta à lesão é atribuível à avascularidade da cartilagem, à imobilidade dos condrócitos e à capacidade limitada dos condrócitos maduros em proliferar. O reparo geralmente coloca a formação de tecido conjuntivo denso. Em adultos, novos vasos sanguíneos comumente se desenvolvem no local da ferida em cicatrização, o que estimula o crescimento do osso em vez do reparo cartilaginoso verdadeiro. Inúmeros pesquisadores acreditam que o processo de remoção da cartilagem envolva um tipo específico de célula designada condroclasto. Essa célula é descrita como se assemelhando a um osteoclasto tanto morfologicamente quanto na função lítica. CARTILAGEM HIALINA Fornece uma superfície de baixo atrito, participa da lubrificação das articulações sinoviais e distribui as forças aplicadas ao osso subjacente Os condrócitos estão distribuídos isoladamente ou em grupos isógenos→ produzem a matriz, secretam metaloproteinases, colágeno, GAG e proteoglicanos Os condrócitos que são ativos na produção da matriz exibem áreas de basofilia citoplasmática, que são indicativas de síntese proteica, e áreas claras, que indicam seu grande aparelho de Golgi Matriz com fibras de colágeno tipo II, GAG, proteoglicanas e glicoproteínas adesivas BIANCA ABREU-MD2 4 A matriz é altamente hidratada para proporcionar resiliência e difusão de pequenos metabólitos Os componentes da matriz da cartilagem hialina não são distribuídos uniformemente. A matriz capsular (pericelular) é um anel de matriz mais densamente corada localizado imediatamente ao redor do condrócito. Ela contém a maior concentração de proteoglicanas sulfatadas, hialuronana, biglicanas e várias glicoproteínas multiadesivas (p. ex., fibronectina, decorina e laminina). A matriz capsular contém quase que exclusivamente fibrilas de colágeno do tipo VI que formam um fechamento intensamente entrelaçado ao redor de cada condrócito. O colágeno do tipo VI liga-se aos receptores de integrina na superfície celular e ancora os condrócitos à matriz. A maior concentração de colágeno do tipo IX também está presente na matriz capsular A matriz territorial é uma região que é mais removida da vizinhança imediata dos condrócitos. Ela circunda o grupo isógeno e contém uma rede aleatoriamente arranjada de fibrilas de colágeno do tipo II com menores quantidades de colágenos do tipo IX. Ela também tem uma menor concentração de proteoglicanas sulfatadas e se cora menos intensamente do que a matriz capsular A matriz interterritorial é uma região que circunda a matriz territorial e ocupa o espaço entre grupos de condrócitos. Além dessas diferenças regionais na concentração das proteoglicanas sulfatadas e na distribuição das fibrilas de colágeno, existe uma diminuição no conteúdo de proteoglicanas que ocorre à medida que a cartilagem envelhece, o que também é refletido por diferenças de coloração. Obs.: a cartilagem hialina é quem fornece o modelo para o esqueleto do feto em desenvolvimento pelo processo de ossificação endocondral (substituição de cartilagem por osso) OBS.: DISCO EPIFISÁRIO Durante o processo de desenvolvimento, no qual a maior parte da cartilagem é substituída por osso, a cartilagem remanescente serve como um local de crescimento denominado placa de crescimento epifisária (disco epifisário). Essa cartilagem permanece funcionante enquanto o osso cresce em comprimento. Em um indivíduo completamente crescido, a cartilagem que permanece no esqueleto em desenvolvimento é encontrada nas superfícies articulares (cartilagem articular) e dentro do arcabouço costal (cartilagens costais). Lembrando que ele se torna uma linha epifisária quando cessa o crescimento. BIANCA ABREU-MD2 5 CARTILAGEM ELÁSTICA Distingue-se pela presença de elastina A matriz da cartilagem elástica também contém uma densa rede de fibras elásticas ramificadas e anastomosantes e lâminas de interconexão de material elástico, assim como também são presentes fibras de colágeno tipo ii Possui pericôndrio Não se calcifica com o envelhecimento É encontrada na orelha externa, nas paredes do meato acústico externo, na tuba auditiva e na epiglote da laringe CARTILAGEM FIBROSA OU FIBROCARTILAGEM São uma combinação de tecido conjuntivo regular denso e de cartilagem hialina Não possui pericôndrio Tipicamente, a fibrocartilagem está presente nos discos intervertebrais, na sínfise púbica, nos discos articulares das articulações esternoclaviculares e temporomandibulares, nos meniscos da articulação do joelho, no complexo de fibrocartilagem triangular do punho e em certos locais onde os tendões se inserem nos ossos. BIANCA ABREU-MD2 6 OBS.: DISCO INTERVERTEBRAL Formam articulações fortes e absorvem impactos verticais→ se achatam e se alargam Estão entre as vertebras e são unidas a elas por ligamentos Durante o transcorrer do dia, os discos se comprimem e perdem água Com o envelhecimento, o núcleo pulposo endurece e se torna menos elásticoCorresponde a 33% da altura da coluna vertebral Separam as vértebras e transmitem a carga entre elas, restringindo movimentos excessivos São compostos por: ANÉIS FIBROSOS: porção periférica de tecido conjuntivo denso com colágeno, MAS NA SUA MAIOR EXTENSAO É FORMADO POR FIBROCARTILAGEM NÚCLEO PULPOSO: possui alta quantidade de água; presença de células arredondadas dispersas em liquido viscoso e rico em ácido hialurônico BIANCA ABREU-MD2 7 Funções Ânulo fibroso: – ajuda a estabilizar os corpos vertebrais adjacentes; – permite o movimento entre os corpos vertebrais; – atua como ligamento acessório; – retém o núcleo pulposo em sua posição; – funciona como amortecedor de forças. Núcleo pulposo: – funciona como mecanismo de absorção de forças; – troca líquido entre o disco e capilares vertebrais; – funciona como um eixo vertical de movimento entre duas vértebras BIANCA ABREU-MD2 8 BIANCA ABREU-MD2 9 ARTICULAÇÕES Existem sempre dois ou mais ossos se encontrando, podendo estar em contato direto ou separados por tecido fibroso, cartilagem ou líquido Cada articulação realiza um movimento específico, e as superfícies ósseas, cartilagens, ligamentos, tendões e músculos trabalham em conjunto para manter o movimento dentro da amplitude normal. CLASSIFICAÇÃO ESTRUTURAL • Articulações fibrosas: não há cavidade articular e os ossos são mantidos unidos por tecido conjuntivo denso não modelado e rico em fibras de colágeno • Articulações cartilagíneas: não há cavidade articular e os ossos são mantidos juntos por cartilagem • Articulações sinoviais: os ossos que formam a articulação apresentam cavidade articular e são unidos pelo tecidoconjuntivo denso não modelado de uma cápsula articular e, muitas vezes, por ligamentos acessórios. FUNCIONAL • Sinartrose: uma articulação imóvel • Anfiartrose: uma articulação discretamente móvel • Diartrose: uma articulação livremente móvel. Todas as diartroses são articulações sinoviais. Elas apresentam várias formas e possibilitam diversos tipos diferentes de movimentos MOVIMENTO • Não axial→ não se movimentam em nenhum eixo • Uniaxial→ se movimentam em um único eixo • Biaxial→ se movimentam em 2 eixos • Triaxial→ se movimentam em 3 eixos BIANCA ABREU-MD2 10 ARTICULAÇÕES FIBROSAS Nas articulações fibrosas ocorre pouco ou nenhum movimento→ sinartrose ou anfiartrose! Os três tipos de articulações fibrosas são suturas, sindesmoses e membranas interósseas. SUTURA: Uma sutura é uma articulação fibrosa encontrada apenas entre os ossos do crânio. As margens dos ossos são travadas e unidas na sutura por tecido conectivo fibroso. Esse tecido conectivo é denominado ligamento sutural ou membrana sutural. A membrana sutural é composta pelos remanescentes não- ossificados da membrana mesenquimal, na qual os ossos se desenvolveram GONFOSE: Uma gonfose é uma forma especializada de articulação fibrosa que une cada dente ao alvéolo dental ósseo circundante. Essa conexão fibrosa é devida às fibras do periodonto SINDESMOSE: Na sindesmose, os ossos articulados são conectados por um ligamento que limita o movimento desses ossos. São exemplos a sindesmose tibiofibular, entre a tíbia e a fíbula, e a membrana interóssea do antebraço, entre o rádio e a ulna. BIANCA ABREU-MD2 11 CARTILAGINOSAS possibilita pouco ou nenhum movimento→ sinartrose ou anfiartrose os ossos integrantes da articulação estão fortemente ligados por cartilagem hialina ou fibrocartilagem Os dois tipos de articulações cartilagíneas são as sincondroses e as sínfises. SINCONDROSE Sincondrose é uma articulação cartilagínea na qual o material conectivo é cartilagem hialina. A lâmina epifisial (de crescimento) que conecta a epífise e a diáfise de um osso em crescimento é um exemplo de sincondrose Do ponto de vista funcional, a sincondrose é uma articulação imóvel (sinartrose). Quando o crescimento ósseo cessa, a cartilage m hialina é substituída por osso e a sincondrose se torna uma sinostose, ou seja, uma articulação óssea A sincondrose é a cartilagem que vira osso São sinartroses SÍNFISE Sínfise é uma articulação cartilagínea na qual a s extremidades dos ossos da articulação são recobertas por cartilagem hialina, porém um disco largo e plano de fibrocartilagem conecta os ossos. Todas as sínfises ocorrem na linha média do corpo. A sínfise é a cartilagem que permanece cartilagem por toda a vida São anfiartroses BIANCA ABREU-MD2 12 SINOVIAIS Articulações sinoviais, são especializadas para o movimento e permitem uma grande amplitude de movimento. Em condições normais, as superfícies ósseas no interior de uma articulação sinovial não fazem contato entre si, porque essas superfícies são revestidas por cartilagens articulares. Essas cartilagens atuam como amortecedores de choque e ajudam a reduzir o atrito. As cartilagens articulares não têm pericôndrio e a matriz contém mais líquido do que a cartilagem hialina típica. As articulações sinoviais são encontradas nas extremidades dos ossos longos, como os dos membros superiores e inferiores. BIANCA ABREU-MD2 13 ESTRUTURA DA ARTICULAÇÃO SINOVIAL UMA CÁPSULA ARTICULAR: A cápsula articular é composta de duas camadas, uma membrana fibrosa externa e uma membrana sinovial interna. Em geral, a membrana fibrosa consiste em tecido conjuntivo denso não modelado (na maioria fibras de colágeno) que se fixa ao periósteo dos ossos da articulação. A cápsula envolve a articulação, circunda a cavidade e une os ossos. A flexibilidade da membrana fibrosa possibilita movimento considerável na articulação, enquanto sua grande resistência à tração (resistência a estiramento) ajuda a evitar que os ossos se desloquem da articulação. As fibras de algumas membranas fibrosas são distribuídas como feixes paralelos de tecido conjuntivo denso não modelado, altamente adaptados para resistir às tensões. A resistência desses feixes de fibras, chamado ligamentos, é um dos principais fatores mecânicos que mantêm os ossos unidos na a rticulação sinovial. A camada mais interna da cápsula articular, a membrana sinovial, é composta de tecido conjuntivo areolar com fibras elásticas. Em muitas articulações sinoviais, a membrana sinovial possui acúmulos de tecido adiposo, chamados de corpos adiposos articulares. O corpo adiposo infrapatelar presente no joelho é um exemplo CARTILAGENS ARTICULARES A cartilagem hialina que cobre as superfícies articulares das articulações móveis é denominada cartilagem articular. Todavia, a superfície livre ou articular não tem pericôndrio. A cartilagem articular reduz o atrito entre os ossos na articulação durante o movimento e ajuda a absorver impactos. • A zona superficial (tangencial) é uma região resistente à pressão mais próxima da superfície articular. Ela contém numerosos condrócitos alongados e achatados, circundados por condensação de fibrilas de colágeno do tipo II que estão dispostas em fascículos paralelos à superfície livre. BIANCA ABREU-MD2 14 • A zona intermediária (de transição) situa-se abaixo da zona superficial e contém condrócitos redondos distribuídos aleatoriamente dentro da matriz. As fibrilas de colágeno são menos organizadas e estão dispostas em uma orientação um tanto oblíqua em relação à superfície. • A zona profunda (radial) é caracterizada por pequenos condrócitos redondos que estão dispostos em colunas curtas perpendiculares à superfície livre da cartilagem. As fibrilas de colágeno estão posicionadas entre as colunas paralelamente ao eixo longo do osso. • A zona calcificada é caracterizada por uma matriz calcificada com a presença de pequenos condrócitos. Essa zona é separada da zona profunda (radial) por uma linha lisa, ondulada, intensamente calcificada, denominada marca d’água.Acima dessa linha, a proliferação de condrócitos dentro das lacunas cartilaginosas fornece as novas células para o crescimento intersticial. Na renovação da cartilagem articular, os condrócitos migram dessa região na direção da superfície articular. UMA CAVIDADE ARTICULAR PREENCHIDA COM SINÓVIA (LÍQUIDO SINOVIAL) UMA MEMBRANA SINOVIAL QUE REVESTE A CÁPSULA ARTICULAR ESTRUTURAS ACESSÓRIAS Meniscos articulares são discos articulares fibrocartilagíneos que podem subdividir uma cavidade articular, canalizar o fluxo do líquido sinovial, permitir variações de forma das faces articulares ou restringir movimentos na articulação. Corpos adiposos em geral estão situados próximo à periferia da articulação, ligeiramente cobertos pela membrana sinovial. Os coxins de corpos adiposos proporcionam proteção para as cartilagens articulares e servem como material de acondicionamento para a articulação como um todo. Eles preenchem os espaços criados quando os ossos se movem e a cavidade articular muda de forma. Ligamentos: Os ligamentos são acessórios que sustentam, fortalecem e reforçam as articulações sinoviais. Os ligamentos intrínsecos, ou ligamentos capsulares, são espessamentos da própria cápsula articular. Os ligamentos extrínsecos são separados da cápsula articular. Esses ligamentos podem ser localizados externa ou internamente à cápsula articular, e são denominados ligamentos extracapsulares e intracapsulares, respectivamente Tendões: Embora tipicamente não façam parte da articulação propriamente dita, os tendões em geral passam através da articulação ou em sua proximidade. O tônus muscular normal mantém os tendões tensos, e a tensão pode limitar a amplitude de movimento. Em algumas articulações, os tendões são partes integrantes da cápsula articular e proporcionam resistência expressiva à cápsula. Bolsas sinoviais: São pequenas bolsas preenchidas por líquido sinovial no tecido conectivo. As bolsas sinoviais são revestidas pela membrana sinovial e podem comunicar-se ou não com a cavidade articular. As bolsas sinoviais formam-se onde o tendão ou os ligamentos atritam contra outros tecidos. Sua função é reduzir o atrito e agir como amortecedores de choque. As bolsas são encontradas em torno da maioria das articulações sinoviais, como a do ombro. As bainhas tendíneas sinoviais: São bolsas tubulares que circundam os tendões onde eles passam através de superfícies ósseas. As bolsas também podem aparecer abaixo da pele que reveste um osso ou no interior de outros tecidos conectivos expostos a atrito ou pressão. As bolsas que se desenvolvem em localização anormal ou devido a pressões anormais são chamadas de bolsas adventícias. BIANCA ABREU-MD2 15 NERVOS SENSITIVOS E VASOS SANGUÍNEOS QUE SUPREM O EXTERIOR E O INTERIOR DA ARTICULAÇÃO As artérias nas proximidades enviam numerosos ramos que penetram nos ligamentos e na cápsula articular para fornecer oxigênio e nutrientes! Vale ressaltar que as veias são responsáveis para remoção de metabólitos. LIQUIDO SINOVIAL É um liquido incolor, transparente e viscoso Possui alto teor de ácido hialurônico→ tem efeito de lubrificação, nutrição e amortecimento É a via transportadora de substâncias entre a cartilagem articular e o sangue das capsulas da membrana sinovial É um ultrafiltrado do plasma, enriquecido com moléculas de alto peso molecular, rico em sacarídeos, como o hialuronato e o acido hialurônico Normal→ <3,5ml; amarelho-palha; transparente e muito viscoso Inflamado→ >3,5ml; opalescente; translucido ou turvo; viscoso; alto teor de leucócitos COMPOSIÇÃO Proteínas totais 1,00 a 3,00 g/dl ou 10,0 a 30,0 g/l Albumina até 2,50 g/dl ou até 25,0 g/l Hialuronato 0,30 a 0,41 g/dl ou 3,00 a 4,10 g/l Lactato 1,00 a 25,0 mg/dl Ácido úrico 1,00 a 7,20 mg/dl Glicose (Glicemia - glicose sinovial) ≤ 10 mg/dl Complemento total 8 a 42 U/ml (CH50) Leucócitos até 150/µl Polimorfonucleares 0 a 25 % Mononucleares 75 a 100 % Hemácias ausentes Fator reumatóide até 20,0 UI/ml Possui baixo número de eosinófilos Possuem células fagocíticas que retiram os metabolitos produzidos pelos condrócitos Altos linfócitos e baixos monócitos apenas em DOENTES Doença que aumenta o liquido sinovial→ sinovite “água no joelho” = alta quantidade de liquido sinovial IMPORTANTE! Quanto mais ocorre movimentação na articulação, menor a viscosidade do liquido sinovial BIANCA ABREU-MD2 16 CLASSIFICAÇÃO DAS DIFERENTES ESTRUTURAS DE ARTICULAÇÃO SINOVIAL As articulações sinoviais têm movimento amplo. Uma vez que permitem grande amplitude de movimento, são classificadas de acordo com o tipo e com a amplitude de movimento permitida. A anatomia da articulação define seu movimento. ARTICULAÇÕES PLANAS: As articulações planas, também chamadas de planares ou deslizantes, têm faces articulares planas ou ligeiramente curvas. As faces articulares relativamente planas deslizam uma sobre a outra, mas a amplitude de movimento é bem pequena. Os ligamentos em geral impedem ou restringem a rotação. As articulações planas são encontradas nas extremidades das clavículas, entre os ossos carpais, entre os ossos tarsais e entre as faces articulares de vértebras adjacentes. Elas podem ser não- axiais, o que significa que permitem apenas pequenos movimentos deslizantes, ou multiaxiais, significando que permitem deslizamento em qualquer direção. ARTICULAÇÕES GÍNGLIMOS: Os gínglimos (articulações em dobradiça) permitem movimento angular de flexão e extensão no plano sagital, como a abertura e o fechamento de uma porta. A articulação em dobradiça é um exemplo de articulação uniaxial (eixo transversal). São exemplos dessas articulações o cotovelo e o joelho. ARTICULAÇÕES TROCÓIDEAS: As articulações trocóideas (em pivô) também são uniaxiais, mas permitem apenas rotação. A articulação trocóidea entre o atlas e o áxis (articulação atlantoaxial mediana) permite que você gire a cabeça para ambos os lados. ARTICULAÇÕES ELIPSÓIDEAS OU CONDILARES: Em uma articulação elipsóidea, ou condilar, uma face articular oval (convexa) aninha-se no interior de uma depressão (côncava) na face articular oposta. Com esse tipo de organização, o movimento angular ocorre em dois planos (sagital e frontal), ao longo ou através da face oval. Assim, é um exemplo de articulação biaxial. As articulações elipsóideas conectam as falanges proximais dos dedos da mão e do pé com os ossos metacarpais e os ossos metatarsais, respectivamente. BIANCA ABREU-MD2 17 ARTICULAÇÕES SELARES: As articulações selares têm faces articulares complexas. Assemelham-se a uma sela porque são côncavas em um eixo e convexas no outro. As articulações selares são extremamente móveis, permitindo movimento angular extenso sem rotação. Em geral, são classificadas como articulações biaxiais. Mover a articulação selar na base de seu polegar (articulação carpometacarpal do polegar) é um exemplo. ARTICULAÇÕES ESFERÓIDEAS: Em uma articulação esferoide a cabeça redonda de um osso repousa no interior de uma depressão em forma de cúpula do outro. Todas as combinações de movimentos, inclusive a rotação, podem ser realizadas em uma articulação esferóidea. Elas são articulações triaxiais, e são exemplos as articulações do ombro e do quadril. BIANCA ABREU-MD2 18 BIOMECÂNICA ARTICULAR BIANCA ABREU-MD2 19 MOVIMENTO LINEAR→ DESLIZAMENTO No deslizamento, duas faces articulares opostas deslizam uma sobre a outra. O deslizamento ocorre entre as faces dos ossos carpais articulados e os ossos tarsais e entre as clavículas e o esterno. O movimento pode ocorrer em quase todas as direções, mas o montante de movimento é pequeno, e a rotação é, em geral, evitada pela cápsula e pelos ligamentos associados. MOVIMENTO ANGULAR (MOVIMENTOS, QUE MUDAM O ÂNGULOENTRE O CORPO DO OSSO E A FACE ARTICULAR, SÃO EXEMPLOS DE MOVIMENTO ANGULAR)→ ABDUÇÃO/ADUÇÃO; FLEXÃO/EXTENSÃO; ROTAÇÃO; PRONAÇÃO/SUPINAÇÃO A abdução é o movimento que distancia o segmento do corpo do plano mediano e movê-lo de volta em direção ao tronco é denominado adução. Abdução e adução sempre se referem a movimentos do esqueleto apendicular A flexão pode ser definida como o movimento no plano ânteroposterior, que reduz o ângulo entre os elementos articulados. A extensão ocorre no mesmo plano, mas aumenta o ângulo entre os elementos articulado. A extensão é um movimento no mesmo plano da flexão, porém na direção oposta. A extensão pode fazer o membro voltar ou ir além da posição anatômica. A rotação da cabeça pode ser para a esquerda ou para a direita. Na análise dos movimentos dos membros, se a região anterior do membro girar medialmente, na direção da face ventral do corpo, você tem uma rotação medial. Se ele se voltar para lateral, você tem uma rotação lateral. As articulações radiulnares proximal e distal permitem a rotação da epífise distal do rádio a partir da posição anatômica através da face anterior da ulna. Esse movimento, denominado pronação, faz com que o punho e a palma da mão – da posição voltada para frente – virem-se para trás; o movimento oposto, que posiciona a palma da mão para a frente, é a supinação. MOVIMENTO ESPECIAL→ EVERSÃO/INVERSÃO; FLEXÃO DORSAL/PLANTAR/LATERAL; PROTAÇÃO/RETRAÇÃO; OPOSIÇÃO E ELEVAÇÃO/DEPRESSÃO Eversão é um movimento de torção do pé, que vira a planta para lateral. O movimento oposto, que vira a planta para medial, chama-se de inversão Flexão dorsal e flexão plantar também se referem a movimentos do pé. A flexão dorsal, ou extensão do tornozelo, eleva a parte distal do pé e os dedos do pé, como quando caminhamos sobre os calcanhares. A flexão plantar, ou flexão do tornozelo, eleva o tornozelo e a parte proximal do pé, como quando ficamos na ponta dos pés. A flexão lateral ocorre quando a coluna vertebral se inclina para o lado. A flexão lateral para a esquerda é contrabalançada pela flexão lateral para a direita. Protração significa mover uma parte do corpo para a frente no plano horizontal. Retração é o movimento inverso Oposição é o movimento especial do polegar que produz o contato de polpa a polpa do polegar com a palma da mão ou qualquer outro dedo. O contrário da oposição chama-se reposição Elevação e depressão ocorrem quando uma estrutura se move para cima ou para baixo. BIANCA ABREU-MD2 20 BIANCA ABREU-MD2 21 BIANCA ABREU-MD2 22 DOR NOCICEPÇÃO E DOR É uma sensação desagradável associada a dano tecidual real ou potencial. O processo que conduz as sinalizações nocivas para que ocorra a experiência da dor é chamado de nocicepção. OBS.: TERMORRECEPTORES são terminações nervosas livres, ramificadas e não mielinizadas de fibras do tipo Aδ e C. Apresentam canais termossensíveis em sua membrana, podendo ser fibras de frio ou fibras de calor. As fibras apresentam melhor resposta em momentos de variações de temperatura, havendo adaptação em temperaturas mais constantes TIPOS DE NOCICEPTORES São terminações nervosas livres, ramificadas e não mielinizadas, as quais se originam de fibras do tipo Aδ e C. a ativação dessa via corresponde ao início de respostas adaptativas protetoras. NÃO ESTAO NO SNC!!!! A TRANSDUÇÃO dos estímulos dolorosos ocorre nas terminações nervosas livres não-mielinizadas C (dor crônica) e nas pobremente mielinizadas A-delta (dor aguda) Os nociceptores podem ser: • POLIMODAIS: respondem aos estímulos mecânicos, térmicos e químicos; • MECÂNICOS: respondem seletivamente a pressões intensas; • TÉRMICOS: respondem seletivamente ao calor (ex.: capsaicina [pimenta]) ou frio extremos; • QUÍMICOS: respondem seletivamente à histamina e a outros agentes químicos à Fibras C (histamina) à Prurido. TIPOS DE PERCEPÇÃO DA DOR A dor pode ser percebida de duas formas. A percepção inicial, chamada dor primária ou primeira dor, é aguda e muito intensa, sendo transmitida por fibras do tipo Aδ. Posteriormente, na dor secundária ou segunda dor, a percepção torna-se mais duradoura e menos intensa. Essa já é mediada pela ativação de fibras do tipo C, as quais conduzem o impulso de forma mais retardada. BIANCA ABREU-MD2 23 CONDUÇÃO RÁPIDA: dor bem precisa transmitidas por fibras A-d; CONDUÇÃO LENTA: dor mais difusa e prologada no tempo, transmitida por fibras C. As fibras A e C levam informação ao SNC a velocidades diferentes, em função das diferenças em suas velocidades de condução dos potenciais de ação. A dor primária (rápida e aguda) é causada pela ativação das fibras Ad; a dor secundária é causada pela ativação das fibras C (lenta e prolongada); TIPOS DE DOR DOR RÁPIDA→ Descrita como agulhada é rapidamente transmitida ao SNC por fibras aferentes primárias mielínicas do tipo Ag; DOR LENTA→ Descrita como difusa, lenta e em queimação é transmitida ao SNC por fibras aferentes primárias não mielinizadas do Tipo C; PRURIDO→ proveniente de nociceptores da pele DOR CRÔNICA→ É uma dor crônica ou neuropática, ou seja, consequência de uma lesão que afeta o Sistema Somatossensorial. DOR INFLAMATÓRIA→ substancias algogênicas; aumento da sensibilidade a dor DOR SUPERFICIAL→ pele DOR SOMÁTICA PROFUNDA→ músculos esqueléticos; mediada por fibras aferentes primárias não mielinizadas do Tipo C, igualmente difusas e lentas, caracterizando as cãibras musculares. DOR REFERIDA! LEMBRAR PALESTRA! DOR VISCERAL → Mediada por fibras aferentes primárias não mielinizadas do Tipo C, igualmente difusas e lentas, caracterizando as CÓLICAS. DOR DO MEMBRO FANTASMA→ Em casos de amputação de extremidades, a sensação dolorosa do membro inexistente é projetada à mesma região inexistente. A dor está relacionada com uma regeneração defeituosa dos nervos do coto, o que pode formar neuromas. SUBSTANCIAS ALGOGÊNICAS Os interneurônios são os responsáveis por essas ações Substâncias químicas envolvidas na modulação, as substancias algogênicas: As substâncias algogênicas são chamadas de pró-inflamatórias pois podem promover dilatação e alteração da permeabilidade vascular, causar rubor, calor e edema, além de facilitação da detecção de estímulos potencialmente lesivos. BIANCA ABREU-MD2 24 EXCITATÓRIAS: glutamato, substância P, ATP, prostaglandinas, outras INIBITÓRIAS: opioides endógenos, GABA, glicina, serotonina, acetilcolina, noradrenalina MODULAÇÃO DA DOR TEORIA DO PORTÃO DA DOR: determinados axônios dos cornos dorsais, que projetam seus axônios pelo trato espinotalâmico, são excitados tanto por axônios sensoriais de grande diâmetro quanto por axônios não- mielinizados de nociceptores. Além disso, o neurônio secundário (de projeção) também é inibido por um interneurônio, e esse é excitado por axônios sensoriais calibrosos e inibido pelo axônio nociceptivo. Assim, se os mecanorreceptores dispararem conjuntamente, eles ativarão o interneurônio que suprimirá os sinais nociceptivos. REGULAÇÃO AFERENTE A dor causada pela atividade dos nociceptores também pode ser diminuída pela atividade simultânea em mecanorreceptores de baixo limiar (fibras A beta). Isso explica a sensação agradável que se sente quando se massageia a canela depois de contundi-la; o tratamento elétrico para alguns tipos de dor crônica, intratável; REGULAÇÃO DESCENDENTE Emoções fortes, estresse ou determinação estóica podem suprimir de maneira poderosa as sensações dolorosas; BIANCA ABREU-MD2 25 Várias regiões encefálicas estão envolvidas na supressão da dor. Uma delas é uma região contendo neurônios no mesencéfalo, chamada de SUBSTÂNCIA CINZENTA PERIAQUEDUTAL (PAG), cuja estimulação elétrica gera analgesia. Os neurônios da PAG enviam axônios descendentes a várias regiões localizadas na linhamédia do bulbo, especialmente para os núcleos da rafe (cujos neurônios usam neurotransmissor a serotonina). Esses neurônios bulbares projetam os axônios, por sua vez, para os cornos dorsais da medula espinhal, onde podem deprimir de maneira eficiente a atividade dos neurônios nociceptivos. MECANISMOS FISIOLÓGICOS PARA REDUÇÃO DA DOR Frio→ Diminui velocidade de condução dos nervos periféricos; a informação aferente à medula; a atividade dos neurônios da coluna dorsal da medula = redução da transmissão nociceptiva aos centros cerebrais superiores = diminuição da percepção da dor FISIOPATOLOGIA DA DOR ARTICULAR As alterações patológicas são causadas principalmente por inflamação mediada por citocinas, com as células T CD4+ sendo a principal fonte das citocinas Muitos pacientes também produzem anticorpos contra peptídeos citrulinados cíclicos (PCCs), os quais podem contribuir para as lesões articulares. Os PCCs são derivados de proteínas nas quais resíduos de arginina são convertidos em resíduos de citrulina após a tradução. • Fatores genéticos: Estima-se que 50% do risco de desenvolvimento da AR estejam relacionados a fatores genéticos. A suscetibilidade à artrite reumatoide está ligada ao lócus HLA-DRBI. Estudos recentes de ligação e associação pangenômica revelaram grande número de genes não HLA nos quais polimorfismos estão associados à AR. Há forte associação com um polimorfismo no gene PTPN22, o qual codifica uma tirosina-fosfatase que é postulada como inibindo a ativação das células T. • Fatores ambientais: Muitos agentes infecciosos candidatos — cujos antígenos podem ativar células T ou B — têm sido considerados, mas nenhum foi implicado de forma conclusiva. Conforme mencionado, em pelo menos 70% dos pacientes o sangue contém anticorpos anti- PCC, os quais podem ser produzidos durante a inflamação. Insultos inflamatórios e ambientais, como tabagismo e infecções, podem induzir a citrulinação de algumas proteínas do próprio corpo, criando novos epitopos que deflagram reações autoimunológicas. Foi feita a proposta de que a doença seja iniciada em pessoa geneticamente predisposta através da ativação de células T auxiliares CD4+ que respondem a algum agente artritogênico, possivelmente microbiano, ou a um autoantígeno, tal como os PCCs. Células TH1 e TH17 CD4 +, linfócitos B ativados, plasmócitos e macrófagos, além de outras células inflamatórias, são encontrados na sinóvia inflamada e, em casos severos, folículos linfoides com centros germinativos bem formados podem estar presentes. Numerosas citocinas, incluindo IL-1, IL-8, TNF, IL-6, IL-17 e interferon g, foram detectadas no líquido sinovial. As citocinas produzidas pelas células T ativadas recrutam leucócitos e macrófagos, cujos produtos causam injúria tecidual, e também ativam células sinoviais residentes para produzir enzimas proteolíticas, como colagenases, que medeiam a destruição da cartilagem, de ligamentos e dos tendões das articulações. A atividade aumentada dos osteoclastos nas articulações contribui para a destruição óssea na artrite reumatoide; isso pode ser causado pela produção do ligante RANK, da família de citocinas do TNF, através de células T ativadas. Apesar da infinidade de citocinas produzidas na articulação durante a AR, BIANCA ABREU-MD2 26 o TNF parece desempenhar um papel fundamental. Isso é demonstrado através da notável efetividade de antagonistas do TNF em pacientes com a doença, mesmo naqueles que são resistentes a outras terapias. • O IFN-γ de células TH1 ativa macrófagos e células sinoviais. • O IL-17 de células TH17 recruta neutrófilos e monócitos. • O RANKL expresso em células T ativadas estimula os osteoclastos e a reabsorção óssea. • O TNF e IL-1 de macrófagos estimulam as células sinoviais residentes a secretar proteases que destroem a cartilagem hialina A inflamação localiza-se na articulação, recrutando macrófagos e desencadeando a ativação e/ou proliferação de células sinoviais, condrócitos e fibroblastos. A produção de enzimas proteolíticas e citocinas contribuem para a destruição da cartilagem e, por meio do aumento da atividade dos osteoclastos, há também destruição do osso OBS.: Pannus articular: Exsudato inflamatório produzido pela membrana sinovial no interior de uma cápsula articular BIANCA ABREU-MD2 27 VIAS ASCENDENTES DA DOR Estão inseridas no sistema protopático A via de transmissão nociceptiva a partir dos nervos espinhais é chamada de sistema anterolateral. Nela, fibras aferentes entram na medula e ramificam-se em colaterais ascendentes e descendentes, formando o trato dorsolateral de Lissauer. Essas fibras, então, formam sinapse com neurônios da coluna posterior, os quais emitem projeções que decussam ao nível da própria medula. A mais proeminente é a via espinotalâmica Existem dois subtipos de vias espinotalâmicas: A NEOESPINOTALÂMICA/LATERAL→ Trata-se da via clássica de dor e temperatura, tem a característica da dor ser localizada do tipo dor em pontada. Neurônios I – Localizam-se nos gânglios espinhais. Neurônios II – Coluna posterior da medula. Neurônios III – tálamo, seus axônios formam radiações talâmicas pela cápsula interna e coroa radiada, chegam à área somestésica. A PALEOESPINOTALÂMICA → Esta via se torna consciente já em nível talâmico. Esta via é responsável por um tipo de dor pouco localizada, dor profunda do tipo crônico, correspondendo a dor em queimação. Constituída pelo trato espino-reticular Neurônios I – localizam-se nos gânglios espinhais. Neurônios II – Coluna posterior da medula. Neurônios III – localizam-se na formação reticular Neurônio IV (tálamo- núcleos intralaminares) -projetam-se p/ territórios amplos do córtex cerebral As informações acerca do tato ascendem ipsilateralmente, enquanto as informações da dor (e da temperatura) ascendem contralateralmente BIANCA ABREU-MD2 28 VIA DA DOR PARA A FACE Mediada pelo nervo trigêmeo É a via que transmite informações táteis, originadas da face, a partir do nervo trigêmeo. O nervo trigêmeo é o quinto nervo craniano e apresenta três ramos (ramo oftálmico, maxilar e mandibular), os quais vão inervar áreas determinadas da face, assim como os dentes e a mucosa da cavidade oral e nasal. • Neurônios de primeira ordem: são neurônios pseudounipolares, cujos corpos celulares estão localizados dentro do gânglio trigeminal. Suas fibras aferentes entram ao nível da ponte no tronco encefálico. • Neurônios de segunda ordem: estão localizados na ponte no núcleo sensorial principal, o qual faz parte do complexo trigeminal do tronco encefálico. • Neurônios de terceira ordem: estão presentes no núcleo ventral posterior medial do tálamo. As fibras dos neurônios de segunda ordem decussam e então fazem sinapse com esse núcleo, formando um trato chamado trato trigeminotalâmico ou lemnisco trigeminal. VIA TRIGEMINAL EXTEROCEPTIVA USANDO O NUCLEO ESPINHAL BIANCA ABREU-MD2 29 CICLO DO ÁCIDO ARACDÔNICO LIPO-OXIGENASES (LOX) Lipoxinas: inibidores de inflamação, atuando como antagonistas dos leucotrienos, inibindo a adesão leucocitária no endotélio Leucotrienos: aumentam a permeabilidade vascular e favorecem o edema CICLO-OXIGENASES (COX) Prostaglandinas: recrutam macrófagos e leucócitos ao local da inflamação e aumentam a permeabilidade capilar Tromboxanos: são vasoconstritores e facilitam a agregação plaquetária BIANCA ABREU-MD2 30 ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS Atuam inibindo a enzima COX, inibindo a ação das prostaglandinas e tromboxanos, diminuindo a intensidade do processo inflamatório; Inibição periférica e central da atividade da enzima ciclooxigenase e subsequente diminuição da biossíntese e liberação dos mediadores da dor, inflamação e febre A isoforma COX-1 encontrada em vários tecidos é uma enzima constitutiva, desempenhandofunção ao promover homeostasia. Por outro lado, a COX-2 é uma enzima induzida na inflamação, influenciando os eventos vasculares. Bloqueio da formação de PGs por inibição da COX, inibição da liberação de histamina, diminuição da migração PMN e monócitos AINES inibidores específicos da COX-2 impediriam o processo inflamatório sem causar os efeitos colaterais gástricos resultantes da inibição da COX-1; Eles também antagonizam os receptores de PG, inibindo a liberação de PGE1 o que leva a redução do estado febril e reduzem a permeabilidade capilar, diminuindo o edema e vermelhidão; Apresentam propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e antipiréticas/antitérmicas; Podem ser divididos em: NÃO SELETIVOS (atuam sobre a COX1 e 2) e SELETIVOS (somente na COX-2); LEMBRANDO QUE A COX 1 ESTÁ PRESENTE EM QUASE TODOS OS TECIDOS E RESULTA EM DIVERSOS EFEITOS FISIOLÓGICOS; JÁ A COX 2 ESTÁ PRESENTE NOS LOCAIS DE INFLAMAÇÃO E É EXPRESSA POR CÉLULAS QUE ESTAO ENVOLVIDAS NO PROCESSO INFLAMATÓRIO Efeitos adversos mais comuns dos AINE’s não seletivos: hemorragias do trato gastrointestinal, insuficiência renal aguda (por causa do efeito protetor das prostaglandinas na mucosa do trato gastrointestinal e nos rins). Porque as prostaglandinas agem no estômago inibindo a produção de ácido clorídrico e aumentando a produção do muco que reveste e protege a parede estomacal. Quando as prostaglandinas são inibidas, o estômago fica mais vulnerável à ação do ácido aumentando o risco do surgimento de gastrite ou úlceras BIANCA ABREU-MD2 31 Por esse motivo, houve a necessidade de serem sintetizados AINE’s seletivos Exemplos de AINE’s tradicionais/não seletivos: nimesulida, ibuprofeno, diclofenaco Exemplos de AINE’s seletivos: celecoxib, parecoxib, etoricoxib Entretanto, a maioria desses fármacos não são mais comercializados devido seu alto potencial gerador de efeitos adversos. Para garantir a homeostase, as prostaglandinas PGI2 e TXA2 devem estar em equilíbrio, porém, quando um fármaco seletivo atua inibindo a COX-2 sua função anticoagulante é inibida e a função coagulante prevalece, aumentando a chance de formação de tromboses, que levam à: Infarto Agudo do Miocárdio, Acidente Vascular Encefálico, Tromboembolismo Pulmonar. A COX também estimula a produção de tromboxano A2, que é uma substância que estimula a agregação das plaquetas, facilitando a sua ação nos processos de coagulação do sangue. Quando a COX e o tromboxano A2 são inibidos pelos AINE, uma das consequências é a redução da capacidade de agregação das plaquetas. Essa inibição da coagulação pode ser perigosa em pacientes com elevado risco de hemorragia ou que vão ser submetidos à alguma cirurgia. Em geral, os AINES devem ser suspensos dias antes de qualquer operação. Todos os AINES agem como antiagregantes plaquetários, mas o AAS (ácido acetilsalicílico) é o fármaco dessa classe que exibe maior efeito sobre as plaquetas. Esse efeito colateral é frequentemente aproveitado nos pacientes com elevado risco de infarto ou AVC. O que as pessoas chamam de” afinar o sangue com AAS” é, na verdade, uma descrição leiga para a potente ação antiplaquetária desse fármaco. Ibuprofeno com constância gera problemas no estomago, muco do estomago vai ser degradado pela cox- 2, pois ela depende do ciclo do ácido araquidônico. ANTIINFLAMATÓRIOS ESTEROIDAIS OU CORTICOESTEROIDES O Cortisol aumenta a síntese de Lipocortina (ou anexina = são sinônimos) na membrana celular das células imunológicas, fazendo com que a lipocortina estabilize a fosfolipase A2 (FA2) e evite que ela se quebre em alguns metabólitos, dentre eles, o Ácido araquidônico responsável pelos sinais flogísticos típicos da inflamação, assim tendo efeito anti-inflamatório ESTEROIDAL Também agem diminuindo a IL-12, age diminuindo os estímulos para Musculoconstrição, Vasodilatação (que geram Dor, Rubor, Calor e facilitam a passagem de líquidos e (as vezes) proteínas, gerando o Edema. BIANCA ABREU-MD2 32 DOENÇAS OCUPACIONAIS São danos decorrentes da utilização excessiva, imposta ao sistema musculoesquelético, e da falta de tempo para recuperação no exercício da atividade laboral ou devido condições especiais de trabalho DOENÇAS COMUNS: • LER (lesões por esforço repetitivo) • DORT (distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho) • Síndrome cervicobraquial ocupacional • Afecções musculoesqueléticas relacionadas ao trabalho (AMERT) • Lesoes por traumas acumulativos (LTC) • Transtornos auditivos • Transtornos das articulações FATORES OCUPACIONAIS QUE CONTRIBUEM PARA ESSAS DOENÇAS • Movimentos repetitivos • Ritmo de trabalho intenso • Postura inadequada • Doenças crônicas • Cobrança continua por produtividade • Prevenção para doenças ocupacionais • Controle do ritmo de trabalho • Rodizio de atividades • Realização de pausas • Controle de temperatura e de ruídos • Adequação de mobília e de equipamentos de trabalho PROFISSÕES MAIS ATINGIDAS Digitadores, bancários, telefonistas, cozinheiros, operadores de caixa, costureiras, faxineiros, motoristas entre outros...
Compartilhar