Buscar

Pele e Anexos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

BIANCA ABREU-MD2 1 
 
Problema 1 
Módulo V 
Objetivos 
1. Descrever a classificação das articulações 
1.1. Descrever a fisiologia e anatomia das articulações 
1.2. Descrever os tipos de articulações 
1.3. Descrever a biomecânica articular 
1.4. Descrever o liquido sinovial e as suas características 
2. Analisar e descrever a histologia do tecido cartilaginoso 
2.1. Diferenciar cartilagem hialina, fibrosa e articular 
2.2. Descrever a cartilagem epifisária, sua histologia e sua contribuição para o crescimento 
ósseo 
2.3. Descrever a histologia do disco intervertebral 
3. Descrever a via protopática 
3.1. O que são substancias algogênicas? 
3.2. Como funciona a teoria do portão da dor? 
4. Descrever a cascata do ácido araquidônico 
4.1. Diferenciar a atuação de AIES E AINES 
4.2. Onde ocorre o bloqueio da COX-1 E COX-2? 
4.3. Qual é a atuação de cada anti-inflamatório? 
4.4. Diferenciar os seletivos e os não seletivos 
5. De que maneira o movimento articular contribui para a viscosidade do liquido sinovial? 
6. Conceituar doença ocupacional 
7. Identificar os fatores ocupacionais que contribuem para as DORT 
 
 
 
 
BIANCA ABREU-MD2 2 
 
 
 
TECIDO CONJUNTIVO CARTILAGINOSO 
ESTRUTURA 
Composto por condrócitos e matriz extracelular extensa e altamente especializada 
Os condrócitos são essenciais na produção e manutenção da matriz 
A matriz extracelular é firme, solida e maleável, o que garante a sua elasticidade; ela é CRUCIAL para a 
sobrevida dos condrócitos pois NÃO HÁ rede vascular no tecido cartilaginoso 
Quem permite a difusão de substancias no tecido cartilaginoso é a matriz extracelular, a qual é composta 
por glicosaminoglicanos (GAG) e fibras de colágeno do tipo II, sendo que as GAG tem alta quantidade de 
água presa em suas moléculas. 
As características biofísicas contrastantes da composição da matriz: colágeno resistente a tensão e GAG 
resistentes a compressão, geram uma adaptação essencial para o tecido em relação a sustentação e 
movimento. 
Alguns tecidos cartilaginosos possuem o pericôndrio, que é um tecido conjuntivo denso que circunda 
o tecido cartilaginoso, ele serve como fonte para novas células de cartilagem e contem nervos e 
vasos sanguíneos. Vale ressaltar que ele segue gradualmente com o tecido cartilaginoso. 
 
CRESCIMENTO DA CARTILAGEM 
APOSICIONAL: forma nova cartilagem na superfície de uma cartilagem pré-existente, sendo que as 
novas células são derivas da porção interna do pericôndrio. 
INTERSTICIAL: forma nova cartilagem dentro de uma massa cartilaginosa pré-existente, sendo que as 
novas células são originadas da divisão dos condrócitos dentro das lacunas/colunas. 
BIANCA ABREU-MD2 3 
 
 
REPARO DA CARTILAGEM 
A cartilagem pode tolerar um estresse intenso e repetitivo considerável. Entretanto, quando danificada, a 
cartilagem manifesta uma incapacidade marcante de cicatrização, mesmo nas lesões menos importante. 
Essa falta de resposta à lesão é atribuível à avascularidade da cartilagem, à imobilidade dos condrócitos 
e à capacidade limitada dos condrócitos maduros em proliferar. O reparo geralmente coloca a formação 
de tecido conjuntivo denso. 
Em adultos, novos vasos sanguíneos comumente se desenvolvem no local da ferida em cicatrização, o 
que estimula o crescimento do osso em vez do reparo cartilaginoso verdadeiro. 
Inúmeros pesquisadores acreditam que o processo de remoção da cartilagem envolva um tipo específico 
de célula designada condroclasto. Essa célula é descrita como se assemelhando a um osteoclasto tanto 
morfologicamente quanto na função lítica. 
CARTILAGEM HIALINA 
 
Fornece uma superfície de baixo atrito, participa da lubrificação das articulações sinoviais e distribui as 
forças aplicadas ao osso subjacente 
Os condrócitos estão distribuídos isoladamente ou em grupos isógenos→ produzem a matriz, secretam 
metaloproteinases, colágeno, GAG e proteoglicanos 
Os condrócitos que são ativos na produção da matriz exibem áreas de basofilia citoplasmática, que são 
indicativas de síntese proteica, e áreas claras, que indicam seu grande aparelho de Golgi 
Matriz com fibras de colágeno tipo II, GAG, proteoglicanas e glicoproteínas adesivas 
BIANCA ABREU-MD2 4 
 
A matriz é altamente hidratada para proporcionar resiliência e difusão de pequenos metabólitos 
Os componentes da matriz da cartilagem hialina não são distribuídos uniformemente. 
A matriz capsular (pericelular) é um anel de matriz mais densamente corada localizado imediatamente 
ao redor do condrócito. Ela contém a maior concentração de proteoglicanas sulfatadas, hialuronana, 
biglicanas e várias glicoproteínas multiadesivas (p. ex., fibronectina, decorina e laminina). A matriz 
capsular contém quase que exclusivamente fibrilas de colágeno do tipo VI que formam um fechamento 
intensamente entrelaçado ao redor de cada condrócito. O colágeno do tipo VI liga-se aos receptores de 
integrina na superfície celular e ancora os condrócitos à matriz. A maior concentração de colágeno do tipo 
IX também está presente na matriz capsular 
A matriz territorial é uma região que é mais removida da vizinhança imediata dos condrócitos. Ela 
circunda o grupo isógeno e contém uma rede aleatoriamente arranjada de fibrilas de colágeno do tipo II 
com menores quantidades de colágenos do tipo IX. Ela também tem uma menor concentração de 
proteoglicanas sulfatadas e se cora menos intensamente do que a matriz capsular 
A matriz interterritorial é uma região que circunda a matriz territorial e ocupa o espaço entre grupos de 
condrócitos. Além dessas diferenças regionais na concentração das proteoglicanas sulfatadas e na 
distribuição das fibrilas de colágeno, existe uma diminuição no conteúdo de proteoglicanas que ocorre à 
medida que a cartilagem envelhece, o que também é refletido por diferenças de coloração. 
Obs.: a cartilagem hialina é quem fornece o modelo para o esqueleto do feto em desenvolvimento 
pelo processo de ossificação endocondral (substituição de cartilagem por osso) 
OBS.: DISCO EPIFISÁRIO 
Durante o processo de desenvolvimento, no qual a maior parte da cartilagem é substituída por 
osso, a cartilagem remanescente serve como um local de crescimento denominado placa de 
crescimento epifisária (disco epifisário). Essa cartilagem permanece funcionante enquanto o osso 
cresce em comprimento. Em um indivíduo completamente crescido, a cartilagem que permanece 
no esqueleto em desenvolvimento é encontrada nas superfícies articulares (cartilagem articular) e 
dentro do arcabouço costal (cartilagens costais). Lembrando que ele se torna uma linha epifisária 
quando cessa o crescimento. 
 
BIANCA ABREU-MD2 5 
 
CARTILAGEM ELÁSTICA 
Distingue-se pela presença de elastina 
A matriz da cartilagem elástica também contém uma densa rede de fibras elásticas ramificadas e 
anastomosantes e lâminas de interconexão de material elástico, assim como também são presentes 
fibras de colágeno tipo ii 
Possui pericôndrio 
Não se calcifica com o envelhecimento 
É encontrada na orelha externa, nas paredes do meato acústico externo, na tuba auditiva e na epiglote da 
laringe 
CARTILAGEM FIBROSA OU FIBROCARTILAGEM 
São uma combinação de tecido conjuntivo regular denso e de cartilagem hialina 
Não possui pericôndrio 
Tipicamente, a fibrocartilagem 
está presente nos discos 
intervertebrais, na sínfise púbica, 
nos discos articulares das 
articulações esternoclaviculares 
e temporomandibulares, nos 
meniscos da articulação do 
joelho, no complexo de 
fibrocartilagem triangular do 
punho e em certos locais onde 
os tendões se inserem nos 
ossos. 
 
BIANCA ABREU-MD2 6 
 
 
OBS.: DISCO INTERVERTEBRAL 
Formam articulações fortes e absorvem impactos verticais→ se achatam e se alargam 
Estão entre as vertebras e são unidas a elas por ligamentos 
Durante o transcorrer do dia, os discos se comprimem e perdem água 
Com o envelhecimento, o núcleo pulposo endurece e se torna menos elásticoCorresponde a 33% da altura da coluna vertebral 
Separam as vértebras e transmitem a carga entre elas, restringindo movimentos excessivos 
São compostos por: 
ANÉIS FIBROSOS: porção periférica de tecido conjuntivo denso com colágeno, MAS NA SUA MAIOR 
EXTENSAO É FORMADO POR FIBROCARTILAGEM 
NÚCLEO PULPOSO: possui alta quantidade de água; presença de células arredondadas dispersas em 
liquido viscoso e rico em ácido hialurônico 
BIANCA ABREU-MD2 7 
 
 
Funções
Ânulo fibroso: – ajuda a estabilizar os corpos 
vertebrais adjacentes; – permite o movimento 
entre os corpos vertebrais; – atua como 
ligamento acessório; – retém o núcleo pulposo 
em sua posição; – funciona como amortecedor 
de forças. 
 Núcleo pulposo: – funciona como mecanismo 
de absorção de forças; – troca líquido entre o 
disco e capilares vertebrais; – funciona como 
um eixo vertical de movimento entre duas 
vértebras 
 
 
BIANCA ABREU-MD2 8 
 
 
 
 
BIANCA ABREU-MD2 9 
 
ARTICULAÇÕES 
Existem sempre dois ou mais ossos se encontrando, podendo estar em contato direto ou separados por 
tecido fibroso, cartilagem ou líquido 
Cada articulação realiza um movimento específico, e as superfícies ósseas, cartilagens, ligamentos, 
tendões e músculos trabalham em conjunto para manter o movimento dentro da amplitude normal. 
CLASSIFICAÇÃO 
ESTRUTURAL 
• Articulações fibrosas: não há cavidade articular e os ossos são mantidos unidos por tecido conjuntivo 
denso não modelado e rico em fibras de colágeno 
• Articulações cartilagíneas: não há cavidade articular e os ossos são mantidos juntos por cartilagem 
• Articulações sinoviais: os ossos que formam a articulação apresentam cavidade articular e são unidos
 pelo tecidoconjuntivo denso não modelado de uma cápsula articular e, muitas vezes, por ligamentos 
acessórios. 
FUNCIONAL 
• Sinartrose: uma articulação imóvel 
• Anfiartrose: uma articulação discretamente móvel 
• Diartrose: uma articulação livremente móvel. Todas as diartroses são articulações sinoviais. Elas
 apresentam várias formas e possibilitam diversos tipos diferentes de movimentos 
MOVIMENTO 
• Não axial→ não se movimentam em nenhum eixo 
• Uniaxial→ se movimentam em um único eixo 
• Biaxial→ se movimentam em 2 eixos 
• Triaxial→ se movimentam em 3 eixos 
 
BIANCA ABREU-MD2 10 
 
 
ARTICULAÇÕES FIBROSAS 
Nas articulações fibrosas ocorre pouco ou nenhum movimento→ sinartrose ou anfiartrose! 
Os três tipos de articulações fibrosas são suturas, sindesmoses e membranas interósseas. 
SUTURA: 
Uma sutura é uma articulação fibrosa encontrada apenas entre os ossos do crânio. As margens dos 
ossos são travadas e unidas na sutura por tecido conectivo fibroso. Esse tecido conectivo é denominado 
ligamento sutural ou membrana sutural. A membrana sutural é composta pelos remanescentes não-
ossificados da membrana mesenquimal, na qual os ossos se desenvolveram 
GONFOSE: 
Uma gonfose é uma forma especializada de articulação fibrosa que une cada dente ao alvéolo dental 
ósseo circundante. Essa conexão fibrosa é devida às fibras do periodonto 
SINDESMOSE: 
Na sindesmose, os ossos articulados são conectados por um ligamento que limita o movimento desses 
ossos. São exemplos a sindesmose tibiofibular, entre a tíbia e a fíbula, e a membrana interóssea do 
antebraço, entre o rádio e a ulna. 
BIANCA ABREU-MD2 11 
 
 
CARTILAGINOSAS 
possibilita pouco ou nenhum movimento→ sinartrose ou anfiartrose 
os ossos integrantes da articulação estão fortemente ligados por cartilagem hialina ou fibrocartilagem 
Os dois tipos de articulações cartilagíneas são as sincondroses e as sínfises. 
SINCONDROSE 
Sincondrose é uma articulação cartilagínea na 
qual o material conectivo é cartilagem hialina. 
A lâmina epifisial (de 
crescimento) que conecta a epífise e a diáfise 
de um osso em crescimento é um exemplo de 
sincondrose 
Do ponto de vista funcional, a sincondrose é 
uma articulação imóvel (sinartrose). 
Quando o crescimento ósseo cessa, a cartilage
m hialina é substituída por osso e a 
sincondrose se torna 
uma sinostose, ou seja, uma articulação óssea 
A sincondrose é a cartilagem que vira osso 
São sinartroses 
SÍNFISE 
Sínfise é uma articulação cartilagínea na qual a
s extremidades dos ossos da articulação são 
recobertas por cartilagem 
hialina, porém um disco largo e plano de 
fibrocartilagem conecta os ossos. 
Todas as sínfises ocorrem na linha média do 
corpo. 
A sínfise é a cartilagem que permanece 
cartilagem por toda a vida 
São anfiartroses 
BIANCA ABREU-MD2 12 
 
 
SINOVIAIS 
Articulações sinoviais, são especializadas para o movimento e permitem uma grande amplitude de 
movimento. Em condições normais, as superfícies ósseas no interior de uma articulação sinovial 
não fazem contato entre si, porque essas superfícies são revestidas por cartilagens articulares. 
Essas cartilagens atuam como amortecedores de choque e ajudam a reduzir o atrito. As cartilagens 
articulares não têm pericôndrio e a matriz contém mais líquido do que a cartilagem hialina típica. As 
articulações sinoviais são encontradas nas extremidades dos ossos longos, como os dos membros 
superiores e inferiores. 
BIANCA ABREU-MD2 13 
 
ESTRUTURA DA ARTICULAÇÃO SINOVIAL 
UMA CÁPSULA ARTICULAR: 
A cápsula articular é composta de duas camadas, uma membrana fibrosa externa e uma membrana sinovial 
interna. Em geral, a membrana fibrosa consiste em tecido conjuntivo denso não modelado (na maioria 
fibras de colágeno) que se fixa ao periósteo dos ossos da articulação. A cápsula envolve a articulação, 
circunda a cavidade e une os ossos. 
A flexibilidade da membrana fibrosa possibilita movimento 
considerável na articulação, enquanto sua grande resistência à tração (resistência a estiramento) ajuda a evitar
 que os ossos se desloquem da articulação. 
As fibras de algumas membranas fibrosas são distribuídas como feixes paralelos de tecido 
conjuntivo denso não modelado, altamente adaptados para resistir às tensões. 
A resistência desses feixes de fibras, 
chamado ligamentos, é um dos principais fatores mecânicos que mantêm os ossos unidos na a
rticulação sinovial. 
A camada mais interna da cápsula articular, a membrana sinovial, 
é composta de tecido conjuntivo areolar com fibras elásticas. 
Em muitas articulações sinoviais, a membrana sinovial possui 
acúmulos de tecido adiposo, chamados de corpos adiposos articulares. 
O corpo adiposo infrapatelar presente no joelho é um exemplo 
CARTILAGENS ARTICULARES 
A cartilagem hialina que cobre as superfícies articulares das articulações móveis é denominada 
cartilagem articular. Todavia, a superfície livre ou articular não tem pericôndrio. 
A cartilagem articular reduz o 
atrito entre os ossos na articulação durante o movimento e ajuda a absorver impactos. 
• A zona superficial (tangencial) é uma região resistente à pressão mais próxima da superfície 
articular. Ela contém numerosos condrócitos alongados e achatados, circundados por 
condensação de fibrilas de colágeno do tipo II que estão dispostas em fascículos paralelos à 
superfície livre. 
BIANCA ABREU-MD2 14 
 
• A zona intermediária (de transição) situa-se abaixo da zona superficial e contém condrócitos 
redondos distribuídos aleatoriamente dentro da matriz. As fibrilas de colágeno são menos 
organizadas e estão dispostas em uma orientação um tanto oblíqua em relação à superfície. 
• A zona profunda (radial) é caracterizada por pequenos condrócitos redondos que estão 
dispostos em colunas curtas perpendiculares à superfície livre da cartilagem. As fibrilas de 
colágeno estão posicionadas entre as colunas paralelamente ao eixo longo do osso. 
• A zona calcificada é caracterizada por uma matriz calcificada com a presença de pequenos 
condrócitos. Essa zona é separada da zona profunda (radial) por uma linha lisa, ondulada, 
intensamente calcificada, denominada marca d’água.Acima dessa linha, a proliferação de 
condrócitos dentro das lacunas cartilaginosas fornece as novas células para o crescimento 
intersticial. Na renovação da cartilagem articular, os condrócitos migram dessa região na direção 
da superfície articular. 
UMA CAVIDADE ARTICULAR PREENCHIDA COM SINÓVIA (LÍQUIDO SINOVIAL) 
UMA MEMBRANA SINOVIAL QUE REVESTE A CÁPSULA ARTICULAR 
ESTRUTURAS ACESSÓRIAS 
Meniscos articulares são discos articulares fibrocartilagíneos que podem subdividir uma cavidade 
articular, canalizar o fluxo do líquido sinovial, permitir variações de forma das faces articulares ou 
restringir movimentos na articulação. 
 Corpos adiposos em geral estão situados próximo à periferia da articulação, ligeiramente cobertos pela 
membrana sinovial. Os coxins de corpos adiposos proporcionam proteção para as cartilagens articulares 
e servem como material de acondicionamento para a articulação como um todo. Eles preenchem os 
espaços criados quando os ossos se movem e a cavidade articular muda de forma. 
Ligamentos: Os ligamentos são acessórios que sustentam, fortalecem e reforçam as articulações 
sinoviais. Os ligamentos intrínsecos, ou ligamentos capsulares, são espessamentos da própria cápsula 
articular. Os ligamentos extrínsecos são separados da cápsula articular. Esses ligamentos podem ser 
localizados externa ou internamente à cápsula articular, e são denominados ligamentos extracapsulares e 
intracapsulares, respectivamente 
Tendões: Embora tipicamente não façam parte da articulação propriamente dita, os tendões em geral 
passam através da articulação ou em sua proximidade. O tônus muscular normal mantém os tendões 
tensos, e a tensão pode limitar a amplitude de movimento. Em algumas articulações, os tendões são 
partes integrantes da cápsula articular e proporcionam resistência expressiva à cápsula. 
Bolsas sinoviais: São pequenas bolsas preenchidas por líquido sinovial no tecido conectivo. As bolsas 
sinoviais são revestidas pela membrana sinovial e podem comunicar-se ou não com a cavidade articular. 
As bolsas sinoviais formam-se onde o tendão ou os ligamentos atritam contra outros tecidos. Sua função 
é reduzir o atrito e agir como amortecedores de choque. As bolsas são encontradas em torno da 
maioria das articulações sinoviais, como a do ombro. 
As bainhas tendíneas sinoviais: São bolsas tubulares que circundam os tendões onde eles passam 
através de superfícies ósseas. As bolsas também podem aparecer abaixo da pele que reveste um osso 
ou no interior de outros tecidos conectivos expostos a atrito ou pressão. As bolsas que se desenvolvem 
em localização anormal ou devido a pressões anormais são chamadas de bolsas adventícias. 
BIANCA ABREU-MD2 15 
 
NERVOS SENSITIVOS E VASOS SANGUÍNEOS QUE SUPREM O EXTERIOR E O INTERIOR DA 
ARTICULAÇÃO 
As artérias nas proximidades enviam numerosos ramos que penetram nos ligamentos e na cápsula 
articular para fornecer oxigênio e nutrientes! Vale ressaltar que as veias são responsáveis para remoção 
de metabólitos. 
LIQUIDO SINOVIAL 
É um liquido incolor, transparente e viscoso 
Possui alto teor de ácido hialurônico→ tem efeito de lubrificação, nutrição e amortecimento 
É a via transportadora de substâncias entre a cartilagem articular e o sangue das capsulas da membrana 
sinovial 
É um ultrafiltrado do plasma, enriquecido com moléculas de alto peso molecular, rico em 
sacarídeos, como o hialuronato e o acido hialurônico 
Normal→ <3,5ml; amarelho-palha; transparente e muito viscoso 
Inflamado→ >3,5ml; opalescente; translucido ou turvo; viscoso; alto teor de leucócitos 
COMPOSIÇÃO 
Proteínas totais 1,00 a 3,00 g/dl ou 10,0 a 
30,0 g/l 
Albumina até 2,50 g/dl ou até 25,0 g/l 
Hialuronato 0,30 a 0,41 g/dl ou 3,00 a 4,10 g/l 
Lactato 1,00 a 25,0 mg/dl 
Ácido úrico 1,00 a 7,20 mg/dl 
Glicose (Glicemia - glicose sinovial) ≤ 10 
mg/dl 
Complemento total 8 a 42 U/ml (CH50) 
Leucócitos até 150/µl 
 Polimorfonucleares 0 a 25 % 
 Mononucleares 75 a 100 % 
Hemácias ausentes 
Fator reumatóide até 20,0 UI/ml 
 
 
Possui baixo número de eosinófilos 
Possuem células fagocíticas que retiram os metabolitos produzidos pelos condrócitos 
Altos linfócitos e baixos monócitos apenas em DOENTES 
Doença que aumenta o liquido sinovial→ sinovite “água no joelho” = alta quantidade de liquido sinovial 
IMPORTANTE! Quanto mais ocorre movimentação na articulação, menor a viscosidade do liquido 
sinovial 
BIANCA ABREU-MD2 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS DIFERENTES ESTRUTURAS DE ARTICULAÇÃO SINOVIAL 
As articulações sinoviais têm movimento amplo. Uma vez que permitem grande amplitude de movimento, 
são classificadas de acordo com o tipo e com a amplitude de movimento permitida. A anatomia da 
articulação define seu movimento. 
ARTICULAÇÕES PLANAS: As articulações 
planas, também chamadas de planares ou 
deslizantes, têm faces articulares planas ou 
ligeiramente curvas. As faces articulares 
relativamente planas deslizam uma sobre a 
outra, mas a amplitude de movimento é bem 
pequena. Os ligamentos em geral impedem ou 
restringem a rotação. As articulações planas 
são encontradas nas extremidades das 
clavículas, entre os ossos carpais, entre os 
ossos tarsais e entre as faces articulares de 
vértebras adjacentes. Elas podem ser não-
axiais, o que significa que permitem apenas 
pequenos movimentos deslizantes, ou 
multiaxiais, significando que permitem 
deslizamento em qualquer direção. 
 ARTICULAÇÕES GÍNGLIMOS: Os 
gínglimos (articulações em dobradiça) 
permitem movimento angular de flexão e 
extensão no plano sagital, como a abertura e 
o fechamento de uma porta. A articulação em 
dobradiça é um exemplo de articulação 
uniaxial (eixo transversal). São exemplos 
dessas articulações o cotovelo e o joelho. 
 ARTICULAÇÕES TROCÓIDEAS: As 
articulações trocóideas (em pivô) também 
são uniaxiais, mas permitem apenas rotação. 
A articulação trocóidea entre o atlas e o áxis 
(articulação atlantoaxial mediana) permite que 
você gire a cabeça para ambos os lados. 
 
ARTICULAÇÕES ELIPSÓIDEAS OU 
CONDILARES: Em uma articulação 
elipsóidea, ou condilar, uma face articular oval 
(convexa) aninha-se no interior de uma 
depressão (côncava) na face articular oposta. 
Com esse tipo de organização, o movimento 
angular ocorre em dois planos (sagital e 
frontal), ao longo ou através da face oval. 
Assim, é um exemplo de articulação biaxial. 
As articulações elipsóideas conectam as 
falanges proximais dos dedos da mão e do pé 
com os ossos metacarpais e os ossos 
metatarsais, respectivamente. 
BIANCA ABREU-MD2 17 
 
 ARTICULAÇÕES SELARES: As 
articulações selares têm faces articulares 
complexas. Assemelham-se a uma sela porque 
são côncavas em um eixo e convexas no outro. 
As articulações selares são extremamente 
móveis, permitindo movimento angular 
extenso sem rotação. Em geral, são 
classificadas como articulações biaxiais. 
Mover a articulação selar na base de seu 
polegar (articulação carpometacarpal do 
polegar) é um exemplo. 
ARTICULAÇÕES ESFERÓIDEAS: Em uma 
articulação esferoide a cabeça redonda de um 
osso repousa no interior de uma depressão em 
forma de cúpula do outro. Todas as 
combinações de movimentos, inclusive a 
rotação, podem ser realizadas em uma 
articulação esferóidea. Elas são articulações 
triaxiais, e são exemplos as articulações do 
ombro e do quadril. 
BIANCA ABREU-MD2 18 
 
 
BIOMECÂNICA ARTICULAR 
 
BIANCA ABREU-MD2 19 
 
MOVIMENTO LINEAR→ DESLIZAMENTO 
No deslizamento, duas faces articulares opostas deslizam uma sobre a outra. O deslizamento ocorre 
entre as faces dos ossos carpais articulados e os ossos tarsais e entre as clavículas e o esterno. O 
movimento pode ocorrer em quase todas as direções, mas o montante de movimento é pequeno, e a 
rotação é, em geral, evitada pela cápsula e pelos ligamentos associados. 
MOVIMENTO ANGULAR (MOVIMENTOS, QUE MUDAM O ÂNGULOENTRE O CORPO DO 
OSSO E A FACE ARTICULAR, SÃO EXEMPLOS DE MOVIMENTO ANGULAR)→ 
ABDUÇÃO/ADUÇÃO; FLEXÃO/EXTENSÃO; ROTAÇÃO; PRONAÇÃO/SUPINAÇÃO 
A abdução é o movimento que distancia o segmento do corpo do plano mediano e movê-lo de volta 
em direção ao tronco é denominado adução. Abdução e adução sempre se referem a movimentos do 
esqueleto apendicular 
A flexão pode ser definida como o movimento no plano ânteroposterior, que reduz o ângulo entre os 
elementos articulados. A extensão ocorre no mesmo plano, mas aumenta o ângulo entre os 
elementos articulado. A extensão é um movimento no mesmo plano da flexão, porém na direção 
oposta. A extensão pode fazer o membro voltar ou ir além da posição anatômica. 
A rotação da cabeça pode ser para a esquerda ou para a direita. Na análise dos movimentos dos 
membros, se a região anterior do membro girar medialmente, na direção da face ventral do corpo, 
você tem uma rotação medial. Se ele se voltar para lateral, você tem uma rotação lateral. 
As articulações radiulnares proximal e distal permitem a rotação da epífise distal do rádio a partir da 
posição anatômica através da face anterior da ulna. Esse movimento, denominado pronação, faz com 
que o punho e a palma da mão – da posição voltada para frente – virem-se para trás; o movimento 
oposto, que posiciona a palma da mão para a frente, é a supinação. 
MOVIMENTO ESPECIAL→ EVERSÃO/INVERSÃO; FLEXÃO DORSAL/PLANTAR/LATERAL; 
PROTAÇÃO/RETRAÇÃO; OPOSIÇÃO E ELEVAÇÃO/DEPRESSÃO 
Eversão é um movimento de torção do pé, que vira a planta para lateral. O movimento oposto, que 
vira a planta para medial, chama-se de inversão 
Flexão dorsal e flexão plantar também se referem a movimentos do pé. A flexão dorsal, ou extensão do 
tornozelo, eleva a parte distal do pé e os dedos do pé, como quando caminhamos sobre os 
calcanhares. A flexão plantar, ou flexão do tornozelo, eleva o tornozelo e a parte proximal do pé, 
como quando ficamos na ponta dos pés. 
A flexão lateral ocorre quando a coluna vertebral se inclina para o lado. A flexão lateral para a 
esquerda é contrabalançada pela flexão lateral para a direita. 
Protração significa mover uma parte do corpo para a frente no plano horizontal. Retração é o 
movimento inverso 
Oposição é o movimento especial do polegar que produz o contato de polpa a polpa do polegar 
com a palma da mão ou qualquer outro dedo. O contrário da oposição chama-se reposição 
 Elevação e depressão ocorrem quando uma estrutura se move para cima ou para baixo. 
BIANCA ABREU-MD2 20 
 
 
 
BIANCA ABREU-MD2 21 
 
 
 
 
 
BIANCA ABREU-MD2 22 
 
DOR 
NOCICEPÇÃO E DOR 
É uma sensação desagradável associada a dano tecidual real ou potencial. O processo que conduz as 
sinalizações nocivas para que ocorra a experiência da dor é chamado de nocicepção. 
 
OBS.: TERMORRECEPTORES são terminações nervosas livres, ramificadas e não mielinizadas de 
fibras do tipo Aδ e C. Apresentam canais termossensíveis em sua membrana, podendo ser fibras de frio 
ou fibras de calor. As fibras apresentam melhor resposta em momentos de variações de temperatura, 
havendo adaptação em temperaturas mais constantes 
TIPOS DE NOCICEPTORES 
São terminações nervosas livres, ramificadas e não mielinizadas, as quais se originam de fibras do tipo 
Aδ e C. a ativação dessa via corresponde ao início de respostas adaptativas protetoras. NÃO ESTAO 
NO SNC!!!! 
A TRANSDUÇÃO dos estímulos dolorosos ocorre nas terminações nervosas livres não-mielinizadas C 
(dor crônica) e nas pobremente mielinizadas A-delta (dor aguda) 
Os nociceptores podem ser: 
• POLIMODAIS: respondem aos estímulos mecânicos, térmicos e químicos; 
• MECÂNICOS: respondem seletivamente a pressões intensas; 
• TÉRMICOS: respondem seletivamente ao calor (ex.: capsaicina [pimenta]) ou frio extremos; 
• QUÍMICOS: respondem seletivamente à histamina e a outros agentes químicos à Fibras C 
(histamina) à Prurido. 
TIPOS DE PERCEPÇÃO DA DOR 
A dor pode ser percebida de duas formas. A percepção inicial, chamada dor primária ou primeira dor, é 
aguda e muito intensa, sendo transmitida por fibras do tipo Aδ. Posteriormente, na dor secundária ou 
segunda dor, a percepção torna-se mais duradoura e menos intensa. Essa já é mediada pela ativação de 
fibras do tipo C, as quais conduzem o impulso de forma mais retardada. 
BIANCA ABREU-MD2 23 
 
CONDUÇÃO RÁPIDA: dor bem precisa transmitidas por fibras A-d; 
CONDUÇÃO LENTA: dor mais difusa e prologada no tempo, transmitida por fibras C. 
As fibras A e C levam informação ao SNC a velocidades diferentes, em função das diferenças em suas 
velocidades de condução dos potenciais de ação. A dor primária (rápida e aguda) é causada pela 
ativação das fibras Ad; a dor secundária é causada pela ativação das fibras C (lenta e prolongada); 
TIPOS DE DOR 
DOR RÁPIDA→ Descrita como agulhada é 
rapidamente transmitida ao SNC por fibras 
aferentes primárias mielínicas do tipo Ag; 
DOR LENTA→ Descrita como difusa, lenta e 
em queimação é transmitida ao SNC por fibras 
aferentes primárias não mielinizadas do Tipo C; 
PRURIDO→ proveniente de nociceptores da 
pele 
DOR CRÔNICA→ É uma dor crônica ou 
neuropática, ou seja, consequência de uma 
lesão que afeta o Sistema Somatossensorial. 
DOR INFLAMATÓRIA→ substancias 
algogênicas; aumento da sensibilidade a dor 
DOR SUPERFICIAL→ pele 
DOR SOMÁTICA PROFUNDA→ músculos 
esqueléticos; mediada por fibras aferentes 
primárias não mielinizadas do Tipo C, 
igualmente difusas e lentas, caracterizando as 
cãibras musculares. 
DOR REFERIDA! LEMBRAR PALESTRA! 
DOR VISCERAL → Mediada por fibras 
aferentes primárias não mielinizadas do Tipo C, 
igualmente difusas e lentas, caracterizando as 
CÓLICAS. 
DOR DO MEMBRO FANTASMA→ Em 
casos de amputação de extremidades, a 
sensação dolorosa do membro inexistente é 
projetada à mesma região inexistente. A dor 
está relacionada com uma regeneração 
defeituosa dos nervos do coto, o que pode 
formar neuromas. 
 
 
SUBSTANCIAS ALGOGÊNICAS 
Os interneurônios são os responsáveis por essas ações 
Substâncias químicas envolvidas na modulação, as substancias algogênicas: As substâncias 
algogênicas são chamadas de pró-inflamatórias pois podem promover dilatação e alteração da 
permeabilidade vascular, causar rubor, calor e edema, além de facilitação da detecção de 
estímulos potencialmente lesivos. 
BIANCA ABREU-MD2 24 
 
 
 
 
 
EXCITATÓRIAS: glutamato, substância P, ATP, prostaglandinas, outras 
INIBITÓRIAS: opioides endógenos, GABA, glicina, serotonina, acetilcolina, noradrenalina 
MODULAÇÃO DA DOR 
TEORIA DO PORTÃO DA DOR: determinados axônios dos cornos dorsais, que projetam seus 
axônios pelo trato espinotalâmico, são excitados tanto por axônios sensoriais de grande diâmetro quanto 
por axônios não- mielinizados de nociceptores. Além disso, o neurônio secundário (de projeção) também 
é inibido por um interneurônio, e esse é excitado por axônios sensoriais calibrosos e inibido pelo axônio 
nociceptivo. Assim, se os mecanorreceptores dispararem conjuntamente, eles ativarão o interneurônio 
que suprimirá os sinais nociceptivos. 
REGULAÇÃO AFERENTE 
A dor causada pela atividade dos nociceptores também pode ser diminuída pela atividade simultânea em 
mecanorreceptores de baixo limiar (fibras A beta). Isso explica a sensação agradável que se sente 
quando se massageia a canela depois de contundi-la; o tratamento elétrico para alguns tipos de dor 
crônica, intratável; 
REGULAÇÃO DESCENDENTE 
 Emoções fortes, estresse ou determinação estóica podem suprimir de maneira poderosa as sensações 
dolorosas; 
BIANCA ABREU-MD2 25 
 
Várias regiões encefálicas estão envolvidas na supressão da dor. Uma delas é uma região contendo 
neurônios no mesencéfalo, chamada de SUBSTÂNCIA CINZENTA PERIAQUEDUTAL (PAG), cuja 
estimulação elétrica gera analgesia. Os neurônios da PAG enviam axônios descendentes a várias 
regiões localizadas na linhamédia do bulbo, especialmente para os núcleos da rafe (cujos neurônios 
usam neurotransmissor a serotonina). Esses neurônios bulbares projetam os axônios, por sua vez, para 
os cornos dorsais da medula espinhal, onde podem deprimir de maneira eficiente a atividade dos 
neurônios nociceptivos. 
MECANISMOS FISIOLÓGICOS PARA REDUÇÃO DA DOR 
Frio→ Diminui velocidade de condução dos nervos periféricos; a informação aferente à medula; a 
atividade dos neurônios da coluna dorsal da medula = redução da transmissão nociceptiva aos centros 
cerebrais superiores = diminuição da percepção da dor 
FISIOPATOLOGIA DA DOR ARTICULAR 
As alterações patológicas são causadas principalmente por inflamação mediada por citocinas, com as 
células T CD4+ sendo a principal fonte das citocinas 
Muitos pacientes também produzem anticorpos contra peptídeos citrulinados cíclicos (PCCs), os quais 
podem contribuir para as lesões articulares. Os PCCs são derivados de proteínas nas quais resíduos de 
arginina são convertidos em resíduos de citrulina após a tradução. 
• Fatores genéticos: Estima-se que 50% do risco de desenvolvimento da AR estejam relacionados 
a fatores genéticos. A suscetibilidade à artrite reumatoide está ligada ao lócus HLA-DRBI. 
Estudos recentes de ligação e associação pangenômica revelaram grande número de genes não 
HLA nos quais polimorfismos estão associados à AR. Há forte associação com um polimorfismo 
no gene PTPN22, o qual codifica uma tirosina-fosfatase que é postulada como inibindo a 
ativação das células T. 
• Fatores ambientais: Muitos agentes infecciosos candidatos — cujos antígenos podem ativar 
células T ou B — têm sido considerados, mas nenhum foi implicado de forma conclusiva. 
Conforme mencionado, em pelo menos 70% dos pacientes o sangue contém anticorpos anti-
PCC, os quais podem ser produzidos durante a inflamação. Insultos inflamatórios e ambientais, 
como tabagismo e infecções, podem induzir a citrulinação de algumas proteínas do próprio 
corpo, criando novos epitopos que deflagram reações autoimunológicas. Foi feita a proposta de 
que a doença seja iniciada em pessoa geneticamente predisposta através da ativação de células 
T auxiliares CD4+ que respondem a algum agente artritogênico, possivelmente microbiano, ou a 
um autoantígeno, tal como os PCCs. 
Células TH1 e TH17 CD4 +, linfócitos B ativados, plasmócitos e macrófagos, além de outras células 
inflamatórias, são encontrados na sinóvia inflamada e, em casos severos, folículos linfoides com centros 
germinativos bem formados podem estar presentes. Numerosas citocinas, incluindo IL-1, IL-8, TNF, IL-6, 
IL-17 e interferon g, foram detectadas no líquido sinovial. As citocinas produzidas pelas células T ativadas 
recrutam leucócitos e macrófagos, cujos produtos causam injúria tecidual, e também ativam células 
sinoviais residentes para produzir enzimas proteolíticas, como colagenases, que medeiam a destruição 
da cartilagem, de ligamentos e dos tendões das articulações. 
 A atividade aumentada dos osteoclastos nas articulações contribui para a destruição óssea na artrite 
reumatoide; isso pode ser causado pela produção do ligante RANK, da família de citocinas do TNF, 
através de células T ativadas. Apesar da infinidade de citocinas produzidas na articulação durante a AR, 
BIANCA ABREU-MD2 26 
 
o TNF parece desempenhar um papel fundamental. Isso é demonstrado através da notável efetividade de 
antagonistas do TNF em pacientes com a doença, mesmo naqueles que são resistentes a outras 
terapias. 
• O IFN-γ de células TH1 ativa macrófagos e células sinoviais. 
• O IL-17 de células TH17 recruta neutrófilos e monócitos. 
• O RANKL expresso em células T ativadas estimula os osteoclastos e a reabsorção óssea. 
• O TNF e IL-1 de macrófagos estimulam as células sinoviais residentes a secretar proteases que 
destroem a cartilagem hialina 
A inflamação localiza-se na articulação, recrutando macrófagos e desencadeando a ativação e/ou 
proliferação de células sinoviais, condrócitos e fibroblastos. A produção de enzimas proteolíticas e 
citocinas contribuem para a destruição da cartilagem e, por meio do aumento da atividade dos 
osteoclastos, há também destruição do osso 
 
 
OBS.: Pannus articular: Exsudato inflamatório produzido pela membrana sinovial no 
interior de uma cápsula articular
BIANCA ABREU-MD2 27 
 
VIAS ASCENDENTES DA DOR 
Estão inseridas no sistema protopático 
A via de transmissão nociceptiva a partir dos nervos 
espinhais é chamada de sistema anterolateral. Nela, 
fibras aferentes entram na medula e ramificam-se em 
colaterais ascendentes e descendentes, formando o 
trato dorsolateral de Lissauer. Essas fibras, então, 
formam sinapse com neurônios da coluna posterior, 
os quais emitem projeções que decussam ao nível 
da própria medula.
A mais proeminente é a via espinotalâmica 
Existem dois subtipos de vias espinotalâmicas: 
A NEOESPINOTALÂMICA/LATERAL→ 
Trata-se da via clássica de dor e temperatura, tem a 
característica da dor ser localizada do tipo dor em 
pontada. 
Neurônios I – Localizam-se nos gânglios espinhais. 
Neurônios II – Coluna posterior da medula. 
Neurônios III – tálamo, seus axônios formam 
radiações talâmicas pela cápsula interna e coroa 
radiada, chegam à área somestésica. 
A PALEOESPINOTALÂMICA → 
Esta via se torna consciente já em nível talâmico. Esta 
via é responsável por um tipo de dor pouco localizada, 
dor profunda do tipo crônico, correspondendo a dor 
em queimação. 
Constituída pelo trato espino-reticular 
Neurônios I – localizam-se nos gânglios espinhais. 
Neurônios II – Coluna posterior da medula. 
 Neurônios III – localizam-se na formação reticular 
Neurônio IV (tálamo- núcleos intralaminares) -projetam-se p/ territórios amplos do córtex cerebral 
As informações acerca do tato ascendem ipsilateralmente, enquanto as informações da dor (e da 
temperatura) ascendem contralateralmente 
 
BIANCA ABREU-MD2 28 
 
VIA DA DOR PARA A FACE 
Mediada pelo nervo trigêmeo 
É a via que transmite informações táteis, 
originadas da face, a partir do nervo 
trigêmeo. O nervo trigêmeo é o quinto nervo 
craniano e apresenta três ramos (ramo 
oftálmico, maxilar e mandibular), os quais vão 
inervar áreas determinadas da face, assim 
como os dentes e a mucosa da cavidade oral e 
nasal. 
• Neurônios de primeira ordem: são neurônios 
pseudounipolares, cujos corpos celulares estão 
localizados dentro do gânglio trigeminal. Suas 
fibras aferentes entram ao nível da ponte no 
tronco encefálico. 
• Neurônios de segunda ordem: estão 
localizados na ponte no núcleo sensorial 
principal, o qual faz parte do complexo 
trigeminal do tronco encefálico. 
• Neurônios de terceira ordem: estão presentes 
no núcleo ventral posterior medial do tálamo. As 
fibras dos neurônios de segunda ordem 
decussam e então fazem sinapse com esse 
núcleo, formando um trato chamado trato 
trigeminotalâmico ou lemnisco trigeminal. 
VIA TRIGEMINAL EXTEROCEPTIVA USANDO 
O NUCLEO ESPINHAL 
 
BIANCA ABREU-MD2 29 
 
CICLO DO ÁCIDO 
ARACDÔNICO 
LIPO-OXIGENASES (LOX) 
Lipoxinas: inibidores de inflamação, atuando como antagonistas dos leucotrienos, inibindo a adesão 
leucocitária no endotélio 
Leucotrienos: aumentam a permeabilidade vascular e favorecem o edema 
 
CICLO-OXIGENASES (COX) 
Prostaglandinas: recrutam macrófagos e leucócitos ao local da inflamação e aumentam a permeabilidade 
capilar 
Tromboxanos: são vasoconstritores e facilitam a agregação plaquetária 
 
 
BIANCA ABREU-MD2 30 
 
ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS 
Atuam inibindo a enzima COX, inibindo a ação das prostaglandinas e tromboxanos, diminuindo a 
intensidade do processo inflamatório; Inibição periférica e central da atividade da enzima 
ciclooxigenase e subsequente diminuição da biossíntese e liberação dos mediadores da dor, inflamação e 
febre A isoforma COX-1 encontrada em vários tecidos é uma enzima constitutiva, desempenhandofunção ao promover homeostasia. Por outro lado, a COX-2 é uma enzima induzida na inflamação, 
influenciando os eventos vasculares. 
Bloqueio da formação de PGs por inibição da COX, inibição da liberação de histamina, diminuição da 
migração PMN e monócitos 
AINES inibidores específicos da COX-2 impediriam o processo inflamatório sem causar os efeitos 
colaterais gástricos resultantes da inibição da COX-1; 
Eles também antagonizam os receptores de PG, inibindo a liberação de PGE1 o que leva a redução do 
estado febril e reduzem a permeabilidade capilar, diminuindo o edema e vermelhidão; 
Apresentam propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e antipiréticas/antitérmicas; 
Podem ser divididos em: NÃO SELETIVOS (atuam sobre a COX1 e 2) e SELETIVOS (somente na 
COX-2); 
LEMBRANDO QUE A COX 1 ESTÁ PRESENTE EM QUASE TODOS OS TECIDOS E RESULTA EM 
DIVERSOS EFEITOS FISIOLÓGICOS; JÁ A COX 2 ESTÁ PRESENTE NOS LOCAIS DE 
INFLAMAÇÃO E É EXPRESSA POR CÉLULAS QUE ESTAO ENVOLVIDAS NO PROCESSO 
INFLAMATÓRIO 
Efeitos adversos mais comuns dos AINE’s não seletivos: hemorragias do trato gastrointestinal, 
insuficiência renal aguda (por causa do efeito protetor das prostaglandinas na mucosa do trato 
gastrointestinal e nos rins). Porque as prostaglandinas agem no estômago inibindo a produção de 
ácido clorídrico e aumentando a produção do muco que reveste e protege a parede estomacal. 
Quando as prostaglandinas são inibidas, o estômago fica mais vulnerável à ação do ácido 
aumentando o risco do surgimento de gastrite ou úlceras 
BIANCA ABREU-MD2 31 
 
Por esse motivo, houve a necessidade de serem sintetizados AINE’s seletivos 
Exemplos de AINE’s tradicionais/não seletivos: nimesulida, ibuprofeno, diclofenaco 
Exemplos de AINE’s seletivos: celecoxib, parecoxib, etoricoxib
Entretanto, a maioria desses fármacos não são mais comercializados devido seu alto potencial gerador 
de efeitos adversos. Para garantir a homeostase, as prostaglandinas PGI2 e TXA2 devem estar em 
equilíbrio, porém, quando um fármaco seletivo atua inibindo a COX-2 sua função anticoagulante é inibida 
e a função coagulante prevalece, aumentando a chance de formação de tromboses, que levam à: Infarto 
Agudo do Miocárdio, Acidente Vascular Encefálico, Tromboembolismo Pulmonar. 
A COX também estimula a produção de tromboxano A2, que é uma substância que estimula a agregação 
das plaquetas, facilitando a sua ação nos processos de coagulação do sangue. Quando a COX e 
o tromboxano A2 são inibidos pelos AINE, uma das consequências é a redução da capacidade de 
agregação das plaquetas. Essa inibição da coagulação pode ser perigosa em pacientes com elevado 
risco de hemorragia ou que vão ser submetidos à alguma cirurgia. Em geral, os AINES devem ser 
suspensos dias antes de qualquer operação. Todos os AINES agem como antiagregantes 
plaquetários, mas o AAS (ácido acetilsalicílico) é o fármaco dessa classe que exibe maior efeito 
sobre as plaquetas. Esse efeito colateral é frequentemente aproveitado nos pacientes com elevado 
risco de infarto ou AVC. O que as pessoas chamam de” afinar o sangue com AAS” é, na verdade, 
uma descrição leiga para a potente ação antiplaquetária desse fármaco. 
Ibuprofeno com constância gera problemas no estomago, muco do estomago vai ser degradado pela cox-
2, pois ela depende do ciclo do ácido araquidônico. 
ANTIINFLAMATÓRIOS ESTEROIDAIS OU 
CORTICOESTEROIDES 
O Cortisol aumenta a síntese de Lipocortina (ou anexina = são sinônimos) na membrana celular das 
células imunológicas, fazendo com que a lipocortina estabilize a fosfolipase A2 (FA2) e evite que ela se 
quebre em alguns metabólitos, dentre eles, o Ácido araquidônico responsável pelos sinais flogísticos 
típicos da inflamação, assim tendo efeito anti-inflamatório ESTEROIDAL 
Também agem diminuindo a IL-12, age diminuindo os estímulos para Musculoconstrição, Vasodilatação 
(que geram Dor, Rubor, Calor e facilitam a passagem de líquidos e (as vezes) proteínas, gerando o 
Edema. 
 
 
 
 
 
 
BIANCA ABREU-MD2 32 
 
DOENÇAS OCUPACIONAIS 
São danos decorrentes da utilização excessiva, imposta ao sistema musculoesquelético, e da falta de 
tempo para recuperação no exercício da atividade laboral ou devido condições especiais de trabalho 
DOENÇAS COMUNS: 
• LER (lesões por esforço repetitivo) 
• DORT (distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho) 
• Síndrome cervicobraquial ocupacional 
• Afecções musculoesqueléticas relacionadas ao trabalho (AMERT) 
• Lesoes por traumas acumulativos (LTC) 
• Transtornos auditivos 
• Transtornos das articulações 
FATORES OCUPACIONAIS QUE CONTRIBUEM PARA ESSAS DOENÇAS 
• Movimentos repetitivos 
• Ritmo de trabalho intenso 
• Postura inadequada 
• Doenças crônicas 
• Cobrança continua por produtividade 
• Prevenção para doenças ocupacionais 
• Controle do ritmo de trabalho 
• Rodizio de atividades 
• Realização de pausas 
• Controle de temperatura e de ruídos 
• Adequação de mobília e de equipamentos de trabalho 
PROFISSÕES MAIS ATINGIDAS 
Digitadores, bancários, telefonistas, cozinheiros, operadores de caixa, costureiras, faxineiros, motoristas 
entre outros...

Outros materiais