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Rascunho para Prova discursiva de FONÉTICA E FONOLOGIA da Libras

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Fonética e Fonologia - Processo das Línguas Orais e Língua de Sinais (LBR03)
Avaliação: Avaliação Final (Discursiva) - Individual Semipresencial
1. Quando estudamos a língua de sinais, percebemos que existe uma diferença importante entre sinais icônicos e sinais arbitrários. Ainda que os dois são designados sinais de Libras, eles possuem características distintas e específicas. É importante ressaltarmos que existe uma oposição entre arbitrariedade e iconicidade do signo linguístico das línguas de sinais e de sabermos diferenciá-los. 
Disserte sobre os Sinais Icônicos e os Sinais Arbitrários na Libras. ( * Máximo 4000 caracteres )
Resposta Esperada:
Há uma grande diferença entre sinais icônicos e sinais arbitrários em Libras. Eles são opostos entre si. Os sinais icônicos são alguns sinais da Libras que fazem alusão à imagem do seu significado. Eles reproduzem a imagem do seu referente, ou seja, a pessoa ou objeto fotografado. Pode-se citar como exemplos: casa, árvore, calor, frio, borboleta, telefone etc. Os sinais arbitrários na Libras, nos quais não existe relação entre o som, o significante e o significado da palavra, ou conceito, são aqueles que mantêm nenhuma semelhança com o dado da realidade que representam. Uma das propriedades básicas de uma língua é a arbitrariedade existente entre significante e referente.
MINHA RESPOSTA
Podemos dizer que os sinais icônicos se configuram como uma categoria baseada na plasticidade, consistindo na capacidade de um signo poder representar de maneira pictórica ou figurativa o objeto tomado como referência, ou seja, tem uma natureza imagística, apresentando, portanto, propriedades que se assemelham ao objeto a que se refere.
Capovilla e Raphael (2005) afirmam que a iconicidade de um símbolo “diz respeito ao grau em que seu significado é imediatamente aparente a um observador ingênuo e não familiarizado com esse sinal (…)”
A ideia de iconicidade é conhecidamente estudada por Charles Peirce (1999), filósofo norte-americano contemporâneo de Saussure. Para Peirce, “o signo é uma ideia e o mundo onde vivemos está rodeado deles”.
No caso da Libras, por ser uma língua de modalidade visuo-espacial, a iconicidade está presente em vários sinais, pois a relação entre a “forma” e o “sentido” é mais visível. Além de ocorrer nos substantivos, a iconicidade também acontece em alguns verbos na libras, porém ela se manifesta de modo diferente. Há alguns verbos que variam de acordo com o sujeito que sofre a ação, como, por exemplo, o verbo “cair”. Se o sujeito for uma pessoa, a configuração de mão será os dedos indicador e médio em pé, representando a imagem das pernas do indivíduo em pé, e o movimento da queda será feito a partir do deslize desses dois dedos pela palma da mão, representando a queda de um ser humano. No entanto, se o sujeito for um objeto, como uma folha de papel, a configuração de mão será o sinal de “papel” e o ato de cair se relacionará com o movimento que esse objeto faz em direção ao chão. Logo, o verbo “cair” tem natureza icônica, pois sua constituição é influenciada pelo modo como o sujeito ao qual ele se refere se comporta.
Já no caso da arbitrariedade na libras, podemos dizer que existem os sinais arbitrários, cuja particularidade está no fato de não manter nenhuma relação com seu referente ou nenhuma semelhança com o dado da realidade que esses sinais representam. Um detalhe relevante acerca da arbitrariedade é a convenção sob as quais as palavras estão submetidas. Ou seja, cada palavra é arbitrária porque é uma convenção reconhecida pelos falantes de uma determinada língua.
Na visão saussuriana, uma unidade linguística, chamada também de signo, é formada de duas partes: um conceito, que ele chamará de “significado”, e uma imagem acústica que será denominada de “significante.
Alguns exemplos que podem ser citados são os verbos “ter” e “querer”. Nesses casos, seus sentidos foram estabelecidos a partir de conceitos convencionais criados e não porque seus significantes nos dão “pistas” ou têm alguma relação direta com seus sentidos.
2. Um dos objetivos de uma análise fonêmica é definir quais são os sons de uma língua que têm valor distintivo (servem para distinguir palavras). Sons que estejam em oposição - por exemplo [f] e [v] em "faca" e "vaca" - são caracterizados como unidades fonêmicas distintas e são denominados fonemas. Por isso, os fonemas são importantes: para entendermos o significado não apenas dos sons, mas também para entendermos a escrita e o sentido das palavras.
Disserte sobre os conceitos básicos da fonêmica. ( * Máximo 4000 caracteres )
Resposta Esperada:
Os fonemas são importantes para entendermos o significado dos sons, da escrita e o sentido das palavras. O fonema é considerado a menor unidade da língua. Um fonema não é a mesma coisa que letra. No estudo dos fonemas encontramos alguns conceitos básicos da fonêmica. Conforme o autor Silva temos quatro conceitos importantes: Primeiro, os fones. São unidades sonoras que são atestadas por meio da produção da fala, são também segmentos vocálicos e consonantais que encontramos nas transcrições fonéticas. Em segundo lugar, temos os fonemas que são distinguidas funcionalmente das outras línguas através de pares mínimos ou análogos. Em terceiro, temos os alofones. São unidades que se relacionam com as manifestações fonéticas de outros fonemas. Estes são identificados por meio do método chamado de distribuição complementar. Por fim, temos os pares suspeitos. Estes representam grupos de dois sons semelhantes e, por isso, podem ser caracterizados como fonemas ou alofones.
MINHA RESPOSTA
Um dos objetivos centrais da fonêmica é fornecer aos seus usuários o instrumental para a conversão da linguagem oral em código escrito, como o uso de uma onomatopeia, por exemplo.
Outro objetivo de uma análise fonêmica é definir quais são os sons de uma língua que têm valor distintivo (servem para distinguir palavras). Sons que estejam em oposição - por exemplo [f] e [v] em “faca” e “vaca” - são caracterizados como unidades fonêmicas distintas e são denominados fonemas, partindo daí para ocorrência de Alofonia; tema que tem começado a se e perceber sua ocorrência também nas Línguas de sinais. 
O procedimento habitual de identificação de fonemas é buscar duas palavras com significados diferentes cuja cadeia sonora seja idêntica. As duas palavras constituem um par mínimo. Ex: faca e vaca
Dizemos que o par mínimo “faca/vaca” caracteriza os fonemas /f,v/ por contraste em ambiente idêntico (CAI). Um par de palavras é suficiente para caracterizar dois fonemas.
Quando pares mínimos não são encontrados para um grupo de sons em uma determinada língua, podemos caracterizar os dois segmentos em questão como fonemas distintos pelo contraste em ambiente análogo (CAA). Ex: assa e asa

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