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Pontos chaves: o que é fisioterapia do trabalho, mercado de trabalho, atividades e técnicas, beneficios.
O que é fisioterapia do trabalho: 
Fisioterapia do Trabalho é uma área que aos poucos vem conquistando seu lugar no mercado. O crescimento dessa carreira pega carona no momento em que a saúde do trabalhador se torna uma das grandes preocupações de empresas de diversos portes, tanto no setor público quanto no privado. O principal papel do fisioterapeuta do trabalho é tratar e prevenir lesões no ambiente laboral. A ideia é oferecer mais qualidade de vida aos funcionários.
O fisioterapeuta do trabalho é responsável por manter a saúde do trabalhador em dia. Ele atua na prevenção de lesões, no desenvolvimento de técnicas físicas laborais e na recuperação de problemas decorrentes da atividade profissional. É um profissional valioso para empresas, especialmente as de grande porte, pois ajuda a diminuir o afastamento de trabalhadores por problemas musculares ou esqueléticos.
As principais atividades e técnicas realizadas por um fisioterapeuta dentro do ambiente de trabalho são:
Prevenir desconforto ou queixas musculoesqueléticas nas atividades laborais;
Promover palestras de conscientização, capacitação e treinamento preventivo de doenças ocupacionais de trabalho;
Realizar orientações posturais e ergonômicas;
Avaliar a postura e a analisar a biomecânica das tarefas nos postos de trabalho, promovendo a adequação do posto e das posturas para um melhor desempenho;
Prevenção e tratamento de lesões ocupacionais através de cinesioterapia preparatória e compensatória, eletroterapia e reeducação postural; 
Desenvolver programas de ginástica laboral;
Realizar o tratamento das patologias ou das queixas musculoesqueléticas dos trabalhadores, dentro ou fora da empresa.
ADICIONAR ALGUMAS IMAGENS E VIDEOS NOS SLIDES SOBRE ISSO.
Quais os beneficios?
A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo IBGE, mostrou que em 2013, mais de 3 milhões de trabalhadores disseram ter tido diagnóstico de LER/DORT. Há décadas, dentre as doenças ocupacionais, são as mais frequentes nas estatísticas da Previdência Social.
Fisioterapia do Trabalho não auxilia somente na vida do trabalhador, mas também, e principalmente, contribui no desenvolvimento da empresa como um todo. Estes são os benefícios gerados pela fisioterapia laboral: 
Aumento da produtividade.
Diminuição de pedidos de afastamento e porcentagem de faltas.
Boa relação entre os funcionários.
Redução de perdas por presenteismo.
Previne fadiga muscular.
Resolução: 
RESOLUÇÃO Nº 465, DE 20 DE MAIO DE 2016.
Disciplina a Especialidade Profissional de Fisioterapia do Trabalho e dá outras providências.
O Plenário do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – COFFITO, no exercício de suas atribuições legais e regimentais e cumprindo o deliberado em sua 265ª Reunião Plenária Ordinária, realizada nos dias 20 e 21 de maio de 2016, em sua subsede, situada na Rua Padre Anchieta, 2285, salas 801/802, Bigorrilho, Curitiba/PR, na conformidade com a competência prevista nos incisos II, III e XII do art. 5º da Lei nº 6.316, de 17 de dezembro de 1975,
CONSIDERANDO o Decreto-Lei n° 938, de 13 de outubro de 1969;
CONSIDERANDO o que dispõe a Resolução-COFFITO nº 80, de 9 de maio de 1987;
CONSIDERANDO os termos da Resolução-COFFITO nº 259, de 18 de dezembro de 2003;
CONSIDERANDO os termos da Resolução-COFFITO nº 351, de 13 de junho de 2008;
CONSIDERANDO os termos da Resolução-COFFITO nº 370, de 6 de novembro de 2009;
CONSIDERANDO os termos da Resolução-COFFITO nº 377, de 11 de junho de 2010;
CONSIDERANDO os termos da Resolução-COFFITO nº 387, de 8 de junho de 2011;
CONSIDERANDO a Ética Profissional do fisioterapeuta que é disciplinada por meio de seu Código Deontológico Profissional;
Art. 1º Disciplinar a atividade do fisioterapeuta no exercício da Especialidade Profissional em Fisioterapia do Trabalho.
Art. 2º Para efeito de registro, o título concedido ao profissional fisioterapeuta será de Especialista Profissional em Fisioterapia do Trabalho.
Art. 3º Para o exercício da Especialidade Profissional em Fisioterapia do Trabalho é necessário o domínio das seguintes Grandes Áreas de Competência:
I – Realizar avaliação e diagnóstico cinésiológico-funcional, por meio da consulta fisioterapêutica (solicitando e realizando interconsulta e encaminhamento), para exames ocupacionais complementares, reabilitação profissional, perícia judicial e extrajudicial.
https://www.coffito.gov.r/nsite/?p=5020 adicionar link ao slide
Associação: 
Foi criada em 1998 a ANAFIT – Associação Brasileira de Fisioterapia do Trabalho, para normatizar a atuação do profissional no mercado. Já em 2002, surge a SOBRAFIT – Sociedade Brasileira de Fisioterapia do Trabalho, com a intenção de divulgar a pesquisa e intercambiar conhecimento nesta área, agregando profissionais de todo território nacional.
Assim, com a crescente ampliação no mercado de trabalho, a especialidade em Fisioterapia do Trabalho foi regulamentada em 2003, através da resolução COFFITO 259, de 18 de dezembro de 2003. Em 2006, no Congresso Brasileiro de Fisioterapia do Trabalho ocorreu a fusão das duas entidades ANAFIT e SOBRAFIT com o apoio do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional.
Em 2007 foi realizado um projeto de lei para inclusão do fisioterapeuta do trabalho na NR4, para que seja obrigatório em todas as empresas a presença de um fisioterapeuta do trabalho no quadro de colaboradores.
Mercado de trabalho e como trabalhar nessa área: 
você pode seguir a carreira de Fisioterapeuta do Trabalho com:
a) atuação em ambulatório dentro da empresa (objetivo de atender queixas, porém buscando as causas e atuando nelas com foco a minimizar ou eliminar os fatores de causas de doenças ocupacionais);
b) realizar análises ergonômicas do trabalho, com desenvolvimento de relatórios e pareceres técnicos;
c) sugerir e participar de implementações ergonômicas nas empresas;
d) capacitar e coordenar comitês de ergonomia que tem objetivo de implementar a cultura prevencionista nas empresas;
e) participar de programas de qualidade de vida e ações de prevenção e promoção de educação em saúde e segurança no trabalho;
f) participar de equipe multi e interdisciplinar em saúde ocupacional;
g) participar de projetos em relação aos leiautes de acessibilidade, bancadas de trabalho, mobiliário, processo produtivo que envolva a organização do trabalho, modo operatório e descrição de tarefas e atividades;
h) realizar através de exames cinéticos funcionais o processo pré admissional, exames periódicos (PCMSO), de reintegração ao trabalho ou demissional;
i) realizar exame cinético funcional ergonômico de PCDs e sua integração ao trabalho;
j) auxiliar a empresa em passivos trabalhistas relacionados a LER/DORT;
k) Coordenar equipes, gerenciar setores de saúde e segurança do trabalho.
Essas são algumas das diversas áreas que você pode trabalhar dentro de empresas sempre fisioterapeuta do trabalho.
E para trabalhar nessa área você concluir uma graduação de Fisioterapia reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC) e tem registro profissional no Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito). Ou seja, o fisioterapeuta do trabalho precisa, obrigatoriamente, ser bacharel em Fisioterapia. De preferência, deve ter especialização na área de Fisioterapia do Trabalho.
Artigo: 
https://portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/183/6-O_Papel_da_Fisioterapia_na_Qualidade_de_Vida_do_Trabalhador.pdf 
Ler a introduçao do artigo na apresentação e resumir oq é dito no texto
O PAPEL DA FISIOTERAPIA NA QUALIDADE DE VIDA DO 
TRABALHADOR 
 
Danielle de Nazaré Barbosa 
fisiodaniellebarbosa@hotmail.com 
Dayana Maia Mejia 
Pós-graduação em Fisioterapia do Trabalho - BIOCURSOS 
 
Resumo 
A fisioterapia do trabalho é uma especialidade que atua na prevenção, no resgate e na manutenção 
da saúde do trabalhador, buscando assim, sua melhora no ambiente laboral. Uma de suas 
atribuições é evitar o desenvolvimento das doenças crônicas degenerativas, tais comoDORT e 
LER. A saúde ocupacional implica na soma de todos os esforços para melhorar a saúde dos 
trabalhadores, tanto em seu ambiente de trabalho como na comunidade. O estudo presente é de 
caráter bibliográfico, com análises em livros e artigos sobre o assunto. Na pesquisa ora apresentada 
percebemos que, compete ao fisioterapeuta do trabalho avaliar, prevenir e auxiliar no tratamento 
de lesões decorrentes das atividades laborais, porém, somente tendo um foco na prevenção de 
doenças ocupacionais, que conseguiremos gerar um aumento do bem-estar, desempenho e 
produtividade dos trabalhadores e consequentemente um custo menor para as empresas. 
Palavras-chave: Saúde do Trabalhador, Fisioterapia, Prevenção. 
 
Introdução 
Com o surgimento da Revolução Industrial na Inglaterra do século XVIII, ocorreram grandes 
mudanças tecnológicas que alteraram os processos produtivos tanto socialmente como 
economicamente, causando assim, um grande deslocamento da área rural para a área urbana. Os 
trabalhadores abandonaram o trabalho artesanal e a manufatura e começaram a trabalhar com 
máquinas, tendo uma jornada de trabalho de aproximadamente 80 horas semanais, provocando um 
grande aumento no número de doenças e acidentes no trabalho. Percebendo a necessidade de 
mudanças, foram realizados exercícios para recuperar os trabalhadores acidentados, além da 
criação de atividades com o objetivo de aumentar a produtividade.1 
Os fisioterapeutas do trabalho acabaram tornando-se cada vez mais importante no meio industrial, 
visando sempre melhorar a qualidade de vida do trabalhador e prevenir lesões 
musculoesqueléticas. O resultado desta intervenção é uma melhora no desempenho e na 
produtividade no trabalho.2 Atuando em implantação de programas de ergonomia, de 
cinesioterapia laboral, reabilitando trabalhadores afastados por LER/DORT, trazendo uma 
melhoria rendimento para a empresa, e um melhor bem-estar físico e social para seus empregados.3 
Como menciona a resolução nº 43 de 18 de agosto de 2011 do COFFITO - Art 3. Para o exercício 
da Especialidade Profissional de Fisioterapia do Trabalho é necessário o domínio das seguintes 
Grandes Áreas de Competência: [...] VIII – Avaliar a qualidade de vida no trabalho; e IX – 
Participar da elaboração de projetos e Programa de Qualidade de Vida e Saúde do Trabalhador; A 
partir da grande demanda de Fisioterapeutas, intervindo preventivamente e/ou terapeuticamente 
de forma significativa para a redução dos índices de doenças ocupacionais, e considerando que o 
Fisioterapeuta é qualificado e legalmente habilitado para contribuir com suas ações para a 
prevenção, promoção e restauração da saúde do trabalhador, foi estabelecido em 2003, a Resolução 
259 do COFFITO sobre a Fisioterapia do Trabalho.4 
E ainda, a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) do Ministério do Trabalho e Emprego 
(MTE), define o fisioterapeuta como Cinesiólogo Fisioterapeuta e descreve que este profissional 
atende pacientes e clientes para prevenção, habilitação e reabilitação, realiza diagnóstico 
específico, desenvolvendo programas de prevenção, promoção de saúde e qualidade de vida.5 
A aplicação dos princípios de ergonomia pode propiciar uma interação adequada e confortável do 
ser humano com os objetos que maneja e com o ambiente de trabalho, aumentando assim o seu 
desempenho.6 
Os riscos ergonômicos na saúde do trabalhador são provenientes da movimentação e posturas 
inadequadas, transporte de equipamentos pesados e em atividades de organização e assistência, 
trocas de turnos e trabalhos noturnos. Essas ações podem causar à saúde dos trabalhadores 
problemas de postura, fadiga, hérnias, fraturas, torções, contusões, lombalgias e varizes.6 
Sendo assim, a ação do fisioterapeuta do trabalho se torna indispensável no ambiente de trabalho, 
devido ele ser o profissional com qualificações e habilidades para desenvolver atividades laborais 
que auxiliam na melhoria do tempo de trabalho e qualidade de vida, diminuindo dores e possíveis 
afastamentos trabalhistas.7 
O fisioterapeuta deve atuar com visão ampla, sabendo reconhecer situações como: perfil de saúde 
ocupacional sofrido, baixa produtividade, necessidade de treinamentos, tratamento médico, 
afastamentos prolongados, programas de reintegração do trabalhador e por processos 
indenizatórios. Desta forma, as empresas tomam consciência da contribuição do fisioterapeuta 
junto ao seu papel na saúde ocupacional e sua contribuição para gerenciamentos de programas de 
qualidade e saúde dentro da empresa.8 
L.E.R/DORT 
Os distúrbios osteomioarticulares (DORT) relacionados ao trabalho, termo que substituiu a 
terminologia Lesões por Esforços Repetitivos (LER), caracterizam-se pela dor crônica, 
acompanhada ou não de alterações objetivas. Diversas afecções, tais como tendinite, tenossinovite, 
bursite, lombalgia, síndrome do túnel do carpo, entre outras e, com base nos dados do INSS (2003), 
são, atualmente, a segunda causa de afastamento do trabalho.9,10 Os esforços repetitivos, trabalho 
estático, ritmos intensos de trabalho, péssima condição biomecânica do posto de trabalho e 
posturas inadequadas estão presentes na maioria das atividades profissionais.11,12 
A maior incidência da doença ocorre com trabalhadores na faixa etária situada entre 20 a 39 anos, 
e o maior número de casos é registrado entre mulheres.13 As LER/DORT resultam da sobrecarga 
do sistema osteomuscular, caracterizam-se pela ocorrência de sintomas concomitantes ou não, 
como dor, parestesia, sensação de peso, fadiga.10 
Quanto à dor crônica, é definida como aquela associada a processos patológicos crônicos, que 
causam dor contínua ou recorrente em intervalos de meses ou anos.14 Não há um ponto fixo na 
qual a dor aguda se torna dor crônica; a dor simplesmente persiste além do tempo esperado.10 
São doenças ocupacionais que levam a diminuição da produtividade temporária ou permanente, 
estando associada à sobrecarga do sistema osteomuscular, repetitividade, falta de tempo para 
recuperação, falta da implantação de um fisioterapeuta do trabalho que busque tratamento e 
principalmente a prevenção destas doenças.15,16 
Se antes, essa afecção parecia apenas se restringir a uma classe trabalhadora, estando apenas 
relacionada a execução de movimentos repetitivos, passou a invadir outros postos de trabalho que 
não se caracterização pela repetição, merecendo destaque no cenário de adoecimento dos mais 
variados profissionais.17 
 
Ergonomia 
Uma das estratégias mais utilizadas pelo fisioterapeuta do trabalho, na prevenção e recuperação 
de distúrbios, é a Ergonomia, definida como a aplicação de um conjunto de conhecimentos sobre 
o homem no ambiente ocupacional, com a intenção de melhor adaptar o trabalho às condições 
humanas. É uma ferramenta científica que trata da compreensão fundamental das interações entre 
os seres humanos e outros elementos de um sistema, bem como na aplicação de métodos, teorias 
e dados apropriados para melhorar o bem-estar humano e, sobretudo ao desempenho dos sistemas.2 
A abordagem ergonômica classifica- se em quatro etapas, sendo elas: Ergonomia de Correção, 
realizada quando o diagnóstico se baseia em fadiga, falta de segurança, presença de distúrbios ou 
diminuição da produtividade; Ergonomia de Concepção, promove o estudo e a criação de um 
produto, máquina ou ambiente antes do relacionamento do trabalhador com estes; Ergonomia de 
Conscientização: realização de treinamento, palestras, cursos de aprimoramento e atualização 
constante acerca dos fatores menos prejudiciais à saúde do trabalhador, bem como mostrando os 
benefícios das propostas ergonômicas para o bem-estar coletivo; Ergonomia Participativa: 
envolve representantes da empresa e dos funcionários presentes no Comitê Interno de Ergonomia, 
que enfatiza a ergonomia de conscientização para que ocorra o pleno usufruto do projeto 
ergonômico elaborado pela ergonomia deconcepção ou de correção.18 
A ergonomia estuda tanto as condições prévias como as consequências do trabalho e as interações 
que ocorrem entre o homem, máquina e ambiente durante a realização deste trabalho.19 
A eficácia de uma intervenção ergonômica depende de sua capacidade de controlar ou amenizar 
os fatores de risco das lesões/distúrbios músculo-esqueléticos.20 O programa ergonômico realiza 
avaliações sedimentadas em critérios científicos e baseados pela NR-17, buscando atingir 
objetivos benéficos à empresa.18 
O fisioterapeuta do trabalho com especialização em ergonomia possui condições de atender a 
empresa junto aos programas de saúde, acompanhando empregados afastados, realocando-os em 
novos postos e funções, assessorando a empresa junto ao INSS e atuando nos programas de 
ergonomia da empresa, através de treinamentos como “Transporte e Levantamento de Carga”, 
assim como na elaboração de AETs (Análise ergonômica do trabalho).16 
 
Ginástica Laboral 
Ginástica Laboral (GL) é definida como a realização de exercícios físicos no ambiente de trabalho, 
durante o horário de expediente, para promover a saúde dos funcionários e evitar lesões de esforços 
repetitivos ou doenças ocupacionais. Consiste em alongamentos, relaxamento muscular e 
flexibilidade das articulações. Apesar da prática da Ginástica Laboral ser coletiva, ela é moldada 
de acordo com a função exercida pelo trabalhador.21,22 
Podendo ser dividida em Ginástica Laboral Compensatória (GLC), que visa proporcionar o 
equilíbrio funcional, com duração de 5 a 10 minutos durante a jornada de trabalho.23 E em 
Ginástica Laboral Preparatória, que consiste na realização de exercícios específicos dentro do local 
de trabalho, atuando de forma preventiva e terapêutica, realizada no início da jornada de trabalho, 
tem a duração aproximada de 10 a 12 minutos, tem por objetivo, preparar o indivíduo para o 
trabalho de velocidade, força ou resistência.24,25 
Entre as ferramentas utilizadas na procura de melhoria da qualidade de vida, a GL tem tomado 
lugar de destaque em vários segmentos industriais.24 A GL tem um papel importante também no 
funcionamento da cognição. A explicação para isso reside na melhor oxigenação de todo o 
organismo e principalmente do cérebro.26,27 
As atividades físicas mantêm o bom estado funcional do organismo contribuindo também para a 
socialização das pessoas, valores estes desprezados pelo atual ritmo de vida.28 Uma das mais 
importantes causas de desajustes que levam a quadros dolorosos do sistema musculoesquelético é 
o despreparo físico. LER/DORT.29 
A ginástica laboral vem provando ter muitos benefícios tanto para o trabalhador, atuando na 
prevenção de LER/DORT, diminuindo tensões musculoesqueléticas, promovendo relaxamento e 
amenizando fadiga muscular, e quanto para a empresa, reduzindo o índice de absenteísmo e 
acidentes de trabalho.30,31 
 
Qualidade de vida 
A expressão qualidade de vida é definida como o valor atribuído à vida, ponderado pelas 
deteriorações funcionais; as percepções e condições sociais que são induzidas pela doença, 
agravos, tratamentos.32 
Atualmente, o ser humano passa mais de 1/3 (um terço) de sua vida no ambiente laboral, 
desempenhando diferentes atividades, que faz com que as condições de trabalho sejam adequadas 
para eliminar os riscos que possam provocar acidentes de trabalho e alterações à saúde dos 
trabalhadores, resultando em maior satisfação e motivação dos empregados e consequentemente o 
mesmo será mais produtivo.33 
Sabe-se que o estresse ocupacional é um conjunto de perturbações psicológicas ou sofrimento 
psíquico, associado às experiências do trabalho, podendo ser minimizado por fatores pessoais, 
como, estado de saúde, personalidade e suporte social, e organização do trabalho.34 
Qualidade de vida é uma noção eminentemente humana, que tem sido aproximada ao grau de 
satisfação encontrado na vida familiar, amorosa, social e ambiental e à própria estética existencial. 
Pressupõe a capacidade de efetuar uma síntese cultural de todos os elementos que determinada 
sociedade considera seu padrão de conforto e bem-estar.32,35 
Apesar da amplitude do conceito, viver com qualidade de vida é manter o equilíbrio no dia-a-dia, 
procurando sempre melhorar o processo de interiorização de hábitos saudáveis, aumentando a 
capacidade de enfrentar pressões e dissabores e vivendo mais consciente e harmônico em relação 
ao meio ambiente, às pessoas e a si próprio.36 
 
METODOLOGIA 
O presente artigo caracteriza-se como uma revisão de literatura, realizada com o intuito de levantar 
uma discussão sobre os meios que o fisioterapeuta do trabalho pode utilizar para garantir uma 
melhora na qualidade de vida do trabalhador. Foram utilizados como fontes de referências 
periódicos, livros de áreas afins ao tema abordado e artigos do banco de dados do Scielo e Lilacs. 
Como critérios de inclusão foram considerados artigos publicados entre os anos de 2000 à 2011, 
em língua portuguesa e inglesa, e disponível gratuitamente na íntegra, e livros técnicos entre os 
anos de 1994 a 2011. 
DISCUSSÃO 
Como foi visto, o fisioterapeuta do trabalho é diferenciado dos outros profissionais da área, pois 
não só atua em grande parte do tempo no ambiente natural da clínica de fisioterapia e hospital, 
como também indo ao ambiente onde estão os problemas, nesse caso a indústria.37 
Em 2008, a instituição britânica responsável pela regulação dos riscos ocupacionais à saúde, The 
Health & Safety Executive, estimou que as doenças osteomusculares foram as doenças 
relacionadas ao trabalho que mais acometeram sua população, chegando a 538 mil casos nas 
estatísticas; dentre estes, 215 mil casos ocorreram nos membros superiores.35 
Medidas ergonômicas eficazes resultam na redução dos esforços e desconforto no 
desempenho da tarefa, conseqüentemente há um aumento da rentabilidade das empresas pela maior 
eficácia produtiva, diminuição do custo operacional, sem considerar a economia das despesas 
públicas com a saúde e a seguridade social.38 
As ações preventivas culminam em um maior e melhor vínculo entre empresa e funcionários, o 
que interfere diretamente no ambiente interno e nos resultados da organização.36 O evoluir do 
mercado competitivo fez com que as empresas ficassem mais preocupadas com a saúde e 
segurança do trabalhador para assim otimizar sua produtividade.39 
Do ponto de vista empresarial, desenvolver ações de promoção em saúde e da qualidade de vida 
para os trabalhadores representa um investimento com retorno garantido a médio e longo prazo. 
Trabalhadores bem informados e conscientes de que seus comportamentos podem determinar o 
risco maior ou menor de adoecer, ou mesmo de ficar incapacitado ou morrer precocemente, são 
certamente, mais saudáveis, produtivos e possivelmente, mais felizes.40 
CONCLUSÃO 
 
O Fisioterapeuta do trabalho, além de ter conhecimento das técnicas terapêuticas, aborda os 
processos de produção, administração e leis trabalhistas para avaliar, prevenir e tratar os distúrbios 
ou lesões decorrentes das atividades de trabalho. Hoje a saúde nas empresas não prioriza 
unicamente periódicos, vacinas ou higiene do trabalho, mas busca também a saúde integral. 
Sabendo que as afecções ocasionadas no trabalho trazem um grande problema para a empresa e 
para o trabalhador, devem ser priorizadas as decisões preventivas, com a colaboração das chefias 
e dos funcionários para um resultado eficaz. O profissional de Fisioterapia deve estar em constante 
aprimoramento e completo conhecimento em Ergonomia, Biomecânica, Fisiologia do Trabalho e 
Legislação. 
Dessa forma, a fisioterapia do trabalho aproxima os programas de qualidade de vida com o lucro 
da empresa, trabalhando na conscientização e parceria do trabalhador, gerando um ambiente 
agradável nas fábricas e escritórios. Ocasionando a redução da utilização dos planos de saúde, 
menos faltas ouafastamentos no trabalho, elevando a produtividade e tornando esse colaborador 
saudável e motivado. É de extrema importância a participação deste profissional para a melhoria 
no âmbito laboral, ainda que este campo seja promissor e pouco explorado, cada vez mais vemos 
crescer o reconhecimento e credibilidade do profissional na área. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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FisioBrasil, ano 2003, n. 59, p.20-31. 
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COFFITO e Ministério do Trabalho/CBO: uma conquista para a fisioterapia e a saúde do 
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