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Aula 1 - Serviços Públicos - Direito Administrativo II - UNESA

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DIREITO ADMINISTRATIVO II - Profa Márcia Medeiros 
BIBLIOGRAFIA
JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO FILHO - MANUAL DE DIREITO ADMINISTRATIVO - EDITORA ATLAS 
MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO - DIREITO ADMINISTRATIVO - ED ATLAS
FERNANDA MARINELA - DIREITO ADMINISTRATIVO - ED SARAIVA
ALEXANDRE MAZZA - DIREITO ADMINISTRATIVO - ED SARAIVA
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
A repartição de competências é uma técnica política utilizada pela constituinte para distribuir entre os entes federados as diferentes atividades do Estado. A repartição é feita pela aplicação do CRITÉRIO DA PREDOMINÂNCIA DE INTERESSES.
União - Geral / Nacional
Estado - Regional
Municípios - Local 
DF - Regional e Local
Inexiste hierarquia jurídica entre os entes federados. Todos são pessoas jurídicas dotadas
de capacidade política, enquanto atuam dentro de suas esferas de competência constitucionalmente traçadas. (deve ser prestigiada a harmonia dos entes).
Os estados membros são pessoas jurídicas de direito público interno, autônomos com capacidade de :
· auto-organização - art 25.
· autogoverno - art 27, 28 e 125 (Estruturação dos poderes legislativo, executivo e judiciário)
· autoadministração e autolegislação - art 18, 25 á 28.
Regiões administrativas ou de desenvolvimento 
O art 43 da CRFB/88 estabeleceu que para efeitos administrativos a União poderá articular ações afirmativas visando o desenvolvimento e a redução de desigualdades regionais ( Dentre os incentivos regionais podemos destacar: incentivos fiscais, juros favorecidos para financiamento, igualdade das tarifas e etc). A lei complementar disporá sobre a integração de regiões em desenvolvimento.
A distribuição de competência:
Competência exclusiva - art 21 da CRFB/88 - não se admite delegação - competência administrativa da União. (atuação político-administrativa ou seja, funções governamentais, não se trata de atividade legiferante)
Competência privativa - art 22 da CRFB/88 - são de competência de um único ente, mas podem ser delegadas se houver autorização legal. Competência legislativa da União, mas podem ser delegadas por lei complementar aos Estado.
Competência Comum - art 23 da CRFB/88 - Competências administrativas comuns que cabem a todos os entes federativos. A competência de um não exclui a do outro. Busca evitar conflitos e a dispersão de recursos, procurando estabelecer mecanismos de otimização dos esforços.
Competência concorrente - art 24 da CRFB/88 - são competências legislativas que cabem a todos os entes federativos. A competência da União limitar-se-á a estabelecer NORMAS GERAIS, em caso de inércia da União, os Estados e o Distrito Federal podem legislar supletivamente a União ( competência legislativa plena) para atender suas peculiaridades.
Observações importantes:
Obs - A LC 140/2011 que regulamentou os incisos III, VI e VII do art 23, fixou normas de cooperação entre a União, Estados, DF e municípios nas ações administrativas no exercício da competência comum relativa como por exemplo - a proteção do meio ambiente e combate a poluição, combate a poluição, preservação das florestas, da fauna e flora.
Obs. - a competência dos Estados é residual -
Obs. o município é competente para legislar sobre meio ambiente, juntamente com a União e o Estado membro no limite do interesse local desde que a legislação seja harmônica. ( art 24 VI c/c art 30 I da CRFB/88 - RE 586.224/SP).
Obs - Os estados e o DF não podem, a pretexto de complementar normas gerais federais editar normas que interfiram em especificidades locais, que são de competência municipal.
SERVIÇOS PÚBLICOS 
Toda atividade prestada pelo Estado ou por seus delegados, basicamente sob regime de direito público, com vistas à satisfação de necessidades essenciais e secundárias da coletividade. Em síntese, o serviço é público porque se destina a satisfação imediata de direitos fundamentais, entre os quais avulta a dignidade da pessoa humana.
É toda atividade material que a lei atribui ao Estado para que o exerça de forma direta ou via delegados com vistas a satisfazer a necessidade coletiva sob regime jurídico total ou parcial público. (Di Pietro)
Inúmeras são as normas de direito público aplicáveis aos serviços públicos, destacando-se a que impõe a fiscalização do serviço; a supremacia do Estado no que toda à execução; a prestação de contas e outras do gênero.
Princípios inerentes aos serviços públicos - 
Generalidade - Os serviços devem ser prestados com maior amplitude possível ou seja, devem beneficiar o maior número possível de indivíduos, sem discriminação, quando tenham estes as mesmas condições técnicas e jurídicas para a fruição.
Continuidade - os serviços colocados à disposição da população não devem sofrer interrupções, ou seja, sua prestação deve ser contínua para evitar que a paralisação provoque colapso nas múltiplas atividades particulares. A continuidade deve estimular o Estado ao aperfeiçoamento e a à extensão do serviço, recorrendo, quando necessário, às modernas tecnologias, adequadas à adaptação da atividade às novas exigências sociais.
Eficiência - Deve o Estado prestar seus serviços com a maior eficiência e o menor custo possível, menos custos e mais resultados. Nesse ponto, a Lei 13729/2018, dispõe sobre a racionalização de atos e procedimentos administrativos em todas as unidades da federação para desburocratizar o serviços público e melhor atender aos anseios dos usuários.
Modicidade - Os serviços devem ser remunerados a preços módicos, devendo o poder público avaliar o poder aquisitivo do usuário. As tarifas dos serviços não podem ser abusivas.
Mutabilidade - Os contratos administrativos podem ser alterados para atender os interesses dos usuários. A mutabilidade dos contratos consiste em reconhecer a supremacia da administração, quanto à faculdade de inovar, unilateralmente, as normas de serviço, adaptando as estipulações contratuais às novas necessidades e conveniências públicas. Havendo alteração que afete o equilíbrio econômico e financeiro do contrato a Administração Pública deve rever a cláusula econômica, Conforme art 58 c/c art 65 da lei 8666/93. 
EXECUÇÃO DO SERVIÇO - 
A execução direta é aquela através da qual o próprio Estado presta diretamente os serviços públicos. Acumula, pois, as situações de titular e prestador de serviço. As competências para essa função são distribuídas entre os diversos órgãos que compõem a estrutura administrativa da pessoa prestadora. Assim, pode-se dizer que a execução direta dos serviços públicos está a cargo da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal através dos órgãos integrantes de suas respectivas estruturas.
A execução indireta ocorre quando os serviços são prestados por entidades diversas pessoas federativas. O titular transfere a atividade para a iniciativa privada através da delegação dos serviços, a chamada descentralização. Descentralização é o fato administrativo que traduz a transferência da execução de atividade estatal a determinada pessoa, integrante ou não da Administração Pública.
SERVIÇOS DELEGÁVEIS E INDELEGÁVEIS.
Serviços delegáveis - são aqueles que, por sua natureza ou pelo fato de assim dispor o ordenamento jurídico, comportam ser executados pelo Estado ou por particulares colaboradores. Exemplo: serviços de transporte coletivo, energia elétrica, telefonia etc.
Serviços Indelegáveis - são aqueles que só podem ser prestados pelo Estado diretamente, ou seja, por seus próprios órgãos ou agentes. Exemplo: Defesa nacional, segurança interna, fiscalização etc. Tais serviços são inerentes ao Poder Público centralizado e a entidades autárquicas e fundacionais e, em virtude de sua natureza específica, não podem ser transferidos a particulares, para a segurança do próprio Estado.
OBS - Os serviços privativos são aqueles atribuídos a apenas uma esfera da federação, como por exemplo, emissão de moeda, serviço postal e polícia marítima, conforme art 21, VII, C e XXII da CRFB/88, serviço de gás canalizado, privativo dos Estados, art 25, § 2º da CRFB/88, transporte coletivo intermunicipal,conferido aos municípios art 30 III e V da CRFB/88.
SERVIÇOS COLETIVOS E SINGULARES
Serviços coletivos (uti universi) são aqueles prestados a grupos indeterminados de indivíduos, de acordo com as opções e prioridades da Administração, e em conformidade com os recursos de que disponham. Tais serviços são prestados de acordo com as conveniências e possibilidades administrativas e, desse modo, não têm os indivíduos subjetivo próprio para sua obtenção. Exemplos: pavimentação das ruas, iluminação pública, prevenção de doenças.
Serviços singulares (uti singuli) preordenam-se a destinatários individualizados, sendo mensurável a sua utilização por cada um dos indivíduos. Os indivíduos têm direito subjetivo quando os mesmos se mostram em condições técnicas de recebê-los, podendo até recorrer à via judicial para o reconhecimento de seu direito. Exemplos: telefonia, energia elétrica domiciliar.

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