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Diabetes Gestacional

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA
COMPONENTE CURRICULAR: FARMACOEPIDEMIOLOGIA
PROFESSORA: LINDOMAR BELÉM
CASO CLÍNICO: GESTANTE DIABÉTICA
ALUNOS: JONAS LIRA, MARIA LUIZA BRONZEADO, NATHALIA MARTINS
CASO CLÍNICO
Paciente LSA, 35 anos, parda, primigesta, com 21 semanas de gestação, 
procurou o Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Campina Grande/PB), 
acompanhada pela sua mãe, relatando aumento no apetite e na vontade de 
urinar, cansaço, edema nos membros inferiores e ganho de peso repentino e 
exagerado. Nega sangramentos vaginais, não tem histórico de HAS, relata não 
fazer o uso de bebidas alcoólicas ou ser tabagista, além disso, informa que 
realizou pré-natal desde o início da gestação.
● Ausência de contrações uterinas;
● Foi solicitado exame para diabetes mellitus gestacional.
Tº = 35,9 ºC Sat O2 = 96% FR = 20 rpm PA = 120/80 mmHg
FCmaterna = 87 
bpm FCfetal = 142 bpm Medida uterina = 33 cm
138 mg/dl
FISIOPATOLOGIA
● Diabetes mellitus gestacional é definido como qualquer nível de 
intolerância a carboidratos, resultando em hiperglicemia de gravidade 
variável, com início ou diagnóstico durante a gestação. 
Elevação de hormônios 
contra-reguladores da 
insulina
Estresse fisiológico
Fatores predeterminantes 
(genéticos ou ambientais)
FATORES DE RISCO
● Idade materna;
● Obesidade ou ganho excessivo de peso na gravidez atual;
● História familiar;
● História de intolerância à glicose anterior;
● História prévia de diabetes gestacional;
● História prévia de bebês grandes;
● Síndrome dos ovários policísticos;
● Uso de corticóides;
● Gestação múltipla;
● Hipertensão durante gravidez. 
TRATAMENTO
DIETA
EXERCÍCIO
INSULINA
Principal Meta 
Prevenção de Complicações 
Fetais 
Horário da coleta Limite inferior Limite superior
Jejum 70 mg/dL 95 mg/dL
1h pós-prandial 70 mg/dL 140 mg/dL
2h pós-prandial 70 mg/dL 120 mg/dL
Pré-prandiais e madrugada 70 mg/dL 100 mg/dL
Metas para o controle glicêmico
Dieta
Ponto chave no Tratamento
➔ Primeira opção para a maioria das gestantes, deve 
oferecer necessidades nutricionais mínimas para a 
gestação e atingir metas glicêmicas;
● Evita o ganho excessivo de peso;
● Gera menor taxa de macrossomia fetal;
● Complicações perinatais.
Avaliação nutricional
Exercício
● Apresenta os mesmos benefícios da dieta;
● Deve ser recomendada para todas as gestantes diabéticas, na ausência 
de contraindicações (trabalho parto pré-termo; hipertensão, 
incompetência istmo cervical; gestação múltipla (≥ trigemelar); 
sangramento persistente 2° ou 3° trim.; diabetes tipo 1; doença 
tireoidiana, cardiovascular, respiratória; neuropatia diabética autonômica 
grave; hipoglicemias graves assintomáticas, entre outras)
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➔ 15 a 30 minutos de atividade diária, em cicloergômetro, ou 
caminhadas;
➔ Monitorização da atividade fetal e, idealmente, da glicemia capilar;
➔ Exercícios não devem ser realizados, se:
- a movimentação fetal for menor que dez 
vezes em 24h;
- a glicemia capilar estiver abaixo de 60 
mg/dL ou acima de 250 mg/dL.
Tratamento Medicamentoso
Metformina
● A metformina tem sido considerada uma medicação segura para uso 
durante toda a gestação, inclusive no primeiro trimestre.
● Apresenta eficácia e segurança semelhantes às da insulina nos desfechos 
da gestação. 
- Suplementação de insulina.
● A droga é bem tolerada na gestação e é pouco frequente a necessidade 
de redução da dose (8,8% das gestantes) ou a suspensão da medicação 
(1,9%) por efeitos adversos.
● Gestante candidata ao uso. 
Metformina
● Inicialmente, 500 mg 1x ao dia.
● Podendo ser aumentada a dose no decorrer do tratamento.
Insulina
● Caso a gestante que não consiga atingir as metas de controle glicêmico 
com dieta ou apresentar falha do tratamento com medicação oral ou 
glicemia de jejum > 140 mg/dL.
● A dose e o tipo de insulina utilizada dependem do padrão da 
hiperglicemia.
Medicações utilizadas na diabetes gestacional
Considerações finais 
● Terapia nutricional; 
● O exercício físico;
● A metformina e a glibenclamida como opções terapêuticas; 
● Insulinoterapia: insulinas NPH, regular, lispro e asparte;
● A monitorização glicêmica é realizada com medida da glicemia capilar;
● A monitorização do tratamento: medida ecográfica da circunferência 
abdominal fetal a partir da 28ª semana de gestação, que deve estar 
abaixo do percentil 75;
Considerações finais 
● As ultrassonografias de segundo trimestre para avaliação morfológica 
fetal (18-22 semanas) devem ser realizadas em todas as gestações;
● O momento e a via de parto devem ter indicação obstétrica;
● Diabetes gestacional não é indicação de cesariana;
● A glicemia durante o trabalho de parto deve ser mantida entre 70 e 126 
mg/dL. Insulinoterapia ou soro glicosado 5% podem ser utilizados.
OBRIGADO!

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