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M e d ic in a U N IC ID T X X IX Tutoria- P2 M2- Audição e Equilíbrio Percepção, Consciência e Emoção- Módulo 2 Rodrigo Barbosa Guerra 1 Audição e equilíbrio Anatomia da Via Auditiva Orelha externa A orelha externa coleta e encaminha as ondas sonoras até a orelha média, amplificando o som. As ondas são captadas pelo pavilhão auricular, e o meato acústico externo transfere e amplifica o som para a orelha média, entre 200 a 3000 Hz, aproximadamente 20 dB. Além disso, ajuda para localizar a origem do som, pela impressão da pressão que é aplicada pelo som nas orelhas A principal função da orelha externa é a proteção da membrana timpânica, mantendo condições adequadas de temperatura e umidade para manter a sua elasticidade, com a ajuda das glândulas ceruminosas e os pelos Orelha média É uma cavidade preenchida com ar, que se comunica-se com a nasofaringe pela tuba auditiva ou tuba de Eustáquio. Sua função é a equalização das impedâncias da orelha média e interna Dentro dela, há uma cadeia de ossículos, composta por: 1. Martelo – contato com a membrana timpânica 2. Bigorna 3. Estribo – comunica-se com a cóclea através da janela oval A cadeia ossicular passa as vibrações da membrana timpânica, até a base do estribo, funcionando como um pistão Tuba auditiva Ela mantém o arejamento da cavidade timpânica. O equilíbrio entre a pressão atmosférica e o ar da cavidade é necessário para que haja a vibração da unidade tímpano-ossicular Orelha interna Cóclea Forma o labirinto anterior, sendo constituído por três tubos. Sua parede se dispõe em espiral, em torno da columela ou modíolo, ao redor do qual dão três voltas. Ele faz a transdução do sinal mecânico em elétrico. Sua base possui duas janelas, a oval e a redonda Os três tubos são denominados: 1. Rampa vestibular M e d ic in a U N IC ID T X X IX Tutoria- P2 M2- Audição e Equilíbrio Percepção, Consciência e Emoção- Módulo 2 Rodrigo Barbosa Guerra 2 2. Rampa média – órgão de Corti e é delimitada pela membrana basilar 3. Rampa timpânica As rampas vestibulares e timpânicas comunicam-se entre si através do helicotrema. No interior dessas rampas, há perilinfa, rico em sódio. Enquanto no ducto coclear, contém endolinfa, rico em potássio A rampa vestibular é separada do ducto coclear pela membrana vestibular de Reissner, e este, está separado da rampa timpânica pela membrana basilar, onde está situado o órgão de Corti. A membrana tectória projeta-se sobre o órgão de Corti, com sua borda interna fixa ao modíolo e a borda externa livre Membrana basilar Ela não é uniforme, de forma que suas propriedades mecânicas variam ao longo de seu comprimento: 1. Ápice – mais delgada e solta 2. Base – espessa e fixa Isso atribui à membrana uma estrutura denominada tonotópica, em que sons agudos tem seu pico na espira basal do ducto coclear e sons graves, na espira apical. As deformações da membrana basilar mexem com as células ciliadas do órgão de Corti Órgão de Corti Ele transforma energia mecânica em energia elétrica. Está sobre a membrana basilar, sendo formado por cinco tipos de células: 1. Células ciliadas internas – coluna mais interna, e são piriformes 2. Células ciliadas externas – fileira mais externa e são cilíndricas 3. Células de sustentação – Deiters, Hensen e Claudius 4. Aferências neuronais a. Neurônios tipo 1 – inervam as células ciliadas internas b. Neurônios tipo 2 – inervam as células ciliadas externas A membrana tectória está em contato com os estereocílios, mudando de posição durante a vibração da membrana basilar Estereocílios Ambos os tipos celulares estão cobertos com estereocílios As células ciliares internas possuem esterocílios em tamanho decrescente, e em forma de V. As células ciliares externas possuem seus esterocílios em 3 a 4 fileiras, em formato de W A parte apical está implantada na membrana tectória. Sua estrutura é proteica, com seu centro formado de filamentos de actina com monômeros, e sua parte basal presa a placa cuticular formada por proteínas contráteis como a actina, miosina e tropomiosina Nervo Vestibulococlear Ele possui uma parte coclear e uma parte vestibular, que mesmo tendo um tronco comum, possui conexões e fibras diferentes. A parte coclear se origina do gânglio espiral, originado da base das células ciliadas Via auditiva Os seus receptores são as células ciliadas, localizadas no órgão de Corti. Com a ativação dos cílios, é gerado um potencial de ação que segue pelas vias auditivas. Essa via possui diversos tipos de neurônios: 1. Neurônios 1 – são neurônios bipolares localizados no gânglio espiral, com prolongamentos em contato com as células ciliadas no órgão de Corti. Os prolongamentos centrais formam a porção coclear do nervo M e d ic in a U N IC ID T X X IX Tutoria- P2 M2- Audição e Equilíbrio Percepção, Consciência e Emoção- Módulo 2 Rodrigo Barbosa Guerra 3 vestibulococlear, e terminam na Ponte, fazendo sinapse com os neurônios tipo 2 2. Neurônios 2 – estão nos núcleos cocleares dorsal e ventral. Seus axônios cruzam para o lado oposto, compondo o corpo trapezoide, e formam o lemnisco lateral. Suas fibras terminam fazendo sinapse com os neurônios 3 no colículo inferior 3. Neurônios 3 – a maioria está no colículo inferior. Seus axônios vão para o corpo geniculado medial 4. Neurônios 4 – estão no corpo geniculado medial. Seus axônios formam a radiação auditiva, que passam pela cápsula interna, e chagam até o córtex auditivo, nas áreas 41 e 42 de Brodmann, no giro temporal transverso anterior Além desse caminho, podem seguir um trajeto mais complicado, passando pelo núcleo trapezoide, núcleo olivar superior e núcleo do lemnisco lateral. Impulsos relacionados com tons de determinadas frequências seguem caminhos específicos, projetando- se para áreas específicas Apresenta duas peculiaridades: 1. Possui fibras homolaterais. Cada área do córtex recebe impulsos originados na cóclea de seu próprio lado e na do lado oposto, sendo impossível a perda da audição por lesão de uma só área auditiva 2. Possui núcleos relés, sendo que na via possui quatro núcleos ou mais Fisiologia sonora Membrana timpânica e sistema ossicular Condução do som da membrana timpânica para a cóclea O cabo do martelo é fixado no centro da membrana timpânica, tracionada pelo músculo tenso do tímpano, permitindo que as vibrações da membrana timpânica possam ser transmitidas para os ossículos. O martelo está fixado a bigorna por ligamentos, atuando em conjunto como uma alavanca. A extremidade oposta da bigorna articula com o estribo, empurrando- o para frente, fazendo com que sua placa, que está na janela oval, faz com que o líquido coclear se mova para dentro. Depois, o líquido é puxado de volta para fora, todas as vezes que o martelo se movimenta para fora M e d ic in a U N IC ID T X X IX Tutoria- P2 M2- Audição e Equilíbrio Percepção, Consciência e Emoção- Módulo 2 Rodrigo Barbosa Guerra 4 Casamento de impedância do sistema ossicular A amplitude dos movimentos do estribo é menor que os do martelo, porém, há o aumento da força desse movimento pelo sistema de alavancas ossiculares, em relação ao líquido da cóclea, quando comparada à membrana timpânica. Isso ocorre devida a maior inércia do líquido coclear, trazendo a necessidade de um aumento de força para que sejam transmitidas as vibrações aéreas. Esse efeito é denominado casamento de impedância entre as ondas sonoras do ar e do líquido coclear Atenuação do som pelos Músculos tensor do tímpano e Estapédio Quando sons intensos são transmitidos para o sistema nervoso central, ocorre um reflexo de latência, que leva a contração dos músculos estapédio e tensor do tímpano, isso faz comque o cabo do martelo seja puxado para dentro, e o estribo, seja puxado para fora. Isso faz com que haja aumento da rigidez e menor condução ossicular Esse reflexo protege a cóclea de vibrações prejudiciais e máscara os sons de fundo, de menor frequência. Além disso, esse mecanismo diminui a sensibilidade auditiva da própria voz da pessoa, por meio de sinais nervosos colaterais Transmissão sonora óssea Vibrações do crânio inteiro podem causar vibrações do líquido coclear, por estar localizado no labirinto ósseo, no osso temporal. Com isso, quando meios vibratórios são colocados em protuberâncias cranianas, é possível ouvir o som Cóclea As vibrações entram na rampa vestibular pela placa do estribo, na janela oval, sendo conectada a ela por ligamentos frouxos, permitindo sua movimentação para dentro e para fora. Isso causa a movimentação dos líquidos na rampa vestibular e média Membrana basilar A membrana basilar contém fibras em direção ao centro ósseo, o modíolo, que não são fixos em suas extremidades distais, podendo vibrar. Seus diâmetros diminuem em direção ao helicotrema, diminuindo sua rigidez total, enquanto o seu comprimento aumenta. Com isso, perto da janela oval, as fibras vibram melhor em frequências mais altas, enquanto, perto da extremidade coclear, vibram melhor em frequências mais baixas A frequência das ondas de alta frequência ocorrem perto da base da membrana basilar, próximo a janela oval. Enquanto as frequências das ondas de baixa frequência ocorre perto do helicotrema, por conta das fibras menos rígidas e por precisar vibrar uma maior massa de líquido Onda viajante na cóclea Com o movimento do estribo para dentro da janela oval, a janela redonda fica abaulada. A onda sonora faz com que a membrana basilar se curve em direção a janela redonda. Uma tensão elástica é criada nas fibras basilares, desencadeando a criação da onda que vai até o helicotrema. No início, todas as ondas são fracas, até chegarem à parte de ressonância da membrana basilar, vibrando com facilidade até a energia se dissipar, morrendo e deixando de se propagar pelo restante da membrana A onda de alta frequência possui trajeto pequeno, antes de chegar ao seu ponto de ressonância. A onda de frequência média, possui ponto médio. E a onde de baixa frequência possui ponto de ressonância no fim do trajeto da distância da membrana basilar As ondas trafegam rapidamente no início da membrana basilar, ficando cada vez mais lento em direção à cóclea, devido ao alto coeficiente da elasticidade das fibras basilares, que diminui ao longo da membrana M e d ic in a U N IC ID T X X IX Tutoria- P2 M2- Audição e Equilíbrio Percepção, Consciência e Emoção- Módulo 2 Rodrigo Barbosa Guerra 5 Os sons de alta frequência chegam longe o suficiente, se propagando e se separando na membrana. Se isso não ocorresse, sons de mesma frequência se agrupariam Amplitude da membrana basilar A membrana basilar possui um padrão da amplitude de vibração, em que o estribo: 1. Está todo para dentro 2. Voltou à posição neutra 3. Está todo para fora 4. Voltou ao ponto neutro, mas indo para dentro Essa amplitude faz com que as diferentes frequências sonoras possam ser diferenciadas, com os diferentes lugares estimulados no órgão de Corti Órgão de Corti O órgão de Corti é o órgão receptor que gera impulsos nervosos em resposta às vibrações da membrana basilar. Existem dois tipos de receptores: 1. Células ciliadas internas – em uma fileira única 2. Células ciliadas externas – em 3 a 4 fileiras Suas bases e seus lados fazem sinapse com as fibras nervosas do gânglio espiral de Corti Excitação das células ciliadas Os estereocílios das células ciliadas se projetam no revestimento em gel da membrana tectorial. No geral, a curvatura desses cílios, despolariza as células, e na direção oposta, hiperpolariza Uma das extremidades externas das células ciliadas se fixam à lâmina reticular, sustentada por bastões de Corti, que se fixam às fibras basilares. Eles se movimentam como uma única unidade. A vibração da fibra basilar pode ocorrer em dois sentidos 1. Para cima, fazendo com que a lâmina basilar vá para cima e para dentro 2. Para baixo, fazendo com que a lâmina basilar vá para baixo e para fora Isso faz com que as células ciliadas sejam distorcidas contra a membrana tectorial, sendo excitadas sempre que a membrana basilar vibra Potenciais receptores Os estereocílios possuem estrutura proteica rígida. Eles ficam mais longos ao lado da célula ciliada distante do modíolo. Quando eles se curvam na direção em que são mais longos, as pontas menores são puxadas para fora da superfície da célula ciliada. Isso abre canais de cátions, permitindo a entrada de íons potássio do líquido da rampa média para dentro da célula, causando despolarização da membrana das células ciliadas Na direção oposta, isso causa a hiperpolarização, gerando potencial receptor alternante da célula ciliada, estimulando as terminações do nervo coclear que fazem sinapse com as bases das células ciliadas. Um neurotransmissor de ação rápida é liberado, possivelmente o glutamato Potencial endococlear A endolinfa contém alta concentração de potássio, diferente da perilinfa, que possui baixa concentração desse íon. Entre esses líquidos há um potencial elétrico de cerca de +80 milivolts, com positividade no interior da rampa média e negatividade para fora. Isso é chamado de potencial endococlear, que ocorre pela secreção contínua de íons potássio, com a secreção de endolinfa na rampa média, pela estria vascular Ele é importante porque a rampa média é banhada pela endolinfa, cobrindo os topos das células ciliadas, enquanto o corpo delas é banhada pela perilinfa. As células ciliadas têm potencial interno de - 70 milivolts em relação perilinfa, e de -150 milivolts em relação à endolinfa. Isso sensibiliza ainda mais a célula, permitindo uma maior capacidade de responder a sons mais discretos Sinais auditivos e as células ciliadas internas A maior parte das fibras nervosas são estimuladas pelas células ciliadas internas. Porém, as células ciliadas externas controlam a sensibilidade das M e d ic in a U N IC ID T X X IX Tutoria- P2 M2- Audição e Equilíbrio Percepção, Consciência e Emoção- Módulo 2 Rodrigo Barbosa Guerra 6 internas para os diferentes tons, realizando a afinação do sistema receptor. Existem fibras retrógradas que saem do tronco cerebral para a vizinhanças das células ciliadas externas, isso faz com que elas se encurtem e também variam seu grau de rigidez, controlando o aparelho auditivo e variando seus tons O princípio do lugar Os sons de baixa frequência ativam perto do ápice da cóclea, enquanto altas frequências ativam perto da base da cóclea. Cada frequência ativa neurônios cerebrais específicos para cada uma. Para determinar a área, o sistema nervoso central interpreta qual área da membrana basilar está sendo mais estimulada, determinando a frequência. Isso é chamado de princípio do lugar O ápice, no helicotrema, é estimulado por frequência menor de 200 ciclos/s. Para diferenciar frequências entre 200 ciclos/s e 20 ciclos/s, ocorre o disparo em surto ou princípio da frequência. Isso, causa surtos de impulsos nervosos sincronizados, que são transmitidos pelo nervo coclear até os núcleos cocleares do cérebro Determinação da intensidade Pode ser determinada por três modos: 1. Quando o som fica mais intenso, aumenta a amplitude da vibração da membrana basilar e das células ciliadas, fazendo com que as células ciliadas excitem as terminações nervosas com frequência mais rápida 2. À medida que a amplitude da vibração aumenta, faz com que mais células ciliadas sejam estimuladas nas margens da porção ressonante da membrana basilar, causando a somação espacial dos impulsosnas fibras nervosas 3. As células ciliadas externas não são estimuladas até que a vibração da membrana basilar atinja alta intensidade. Essa estimulação avisa o SNC de que o som é intenso Detecção das alterações de intensidade – A Lei da Potência As mudanças de intensidade dos estímulos sensoriais ocorrem em proporção a uma função da potência inversa da intensidade real. No som, muda em proporção à raiz cúbica da intensidade real do som Além disso, podem-se discriminar diferenças pelo aumento da energia do som ou a amplitude do movimento da membrana basilar Unidade em Decibéis As variações da intensidade sonora que o ouvido pode discriminar e detectar é medido em decibéis. Um aumento de 10 vezes de energia sonoro é chamado 1 bel, e 0,1 bel é chamado de 1 decibel, representando aumento de energia sonora em 1,26 vez Faixa de frequência da audição Uma pessoa jovem pode ouvir entre 20 e 20.000 ciclos/s, porém, isso depende da intensidade. Se a intensidade for menor que 60 decibéis, a faixa será de 500 a 5.000 ciclos/s. Apenas com sons intensos é que se atinge a faixa de 20 a 20.000 ciclos/s. Na idade avançada, essa faixa é de 50 a 8.000 ciclos/s Mecanismos auditivos centrais Revisão das vias nervosas auditivas As fibras nervosas do gânglio de Corti vão para os núcleos cocleares dorsal e ventral, no bulbo. Depois, passam para o núcleo olivar superior, podendo permanecer no mesmo lado, ou, ir para o lado oposto. A via sobe pelo lemnisco lateral, parando no núcleo lemnisco lateral, ou, continuam até o colículo inferior, depois, passa para o núcleo geniculado medial, prossegue para a radiação auditiva, até o córtex auditivo, situado no giro superior do lobo temporal Em três lugares do tronco cerebral ocorre o cruzamento dos sinais entre os dois lados da via: 1. Corpo trapezoide 2. Comissura entre os dois núcleos do lemnisco lateral 3. Comissura que liga os colículos inferiores M e d ic in a U N IC ID T X X IX Tutoria- P2 M2- Audição e Equilíbrio Percepção, Consciência e Emoção- Módulo 2 Rodrigo Barbosa Guerra 7 Muitas fibras da via entram diretamente no sistema reticular ativador do tronco cerebral, se projetando para cima, no tronco cerebral, e para baixo, na medula espinal. Outros colaterais vão para o verme do cerebelo, em um ruído súbito Existe um alto grau de orientação espacial das fibras, desde a cóclea, até o final de seu trajeto. Com isso, existem três diferentes padrões espaciais para as diferentes frequências sonoras nos núcleos cocleares: 1. Dois padrões nos colículos inferiores 2. Um preciso para frequências de som diferentes no córtex auditivo 3. Cinco outros padrões precisos no córtex auditivo e nas áreas de associação auditiva As fibras nervosas isoladas que entram nos núcleos cocleares do nervo auditivo podem causar descargas com frequências determinadas pela intensidade do som. Nos tratos auditivos do tronco cerebral, essas descargas não são sincronizadas com a frequência sonora Função do córtex cerebral na audição O córtex auditivo está no plano supratemporal do giro temporal superior, se estendendo à lateral do lobo temporal, no córtex insular, até a lateral do opérculo lateral. O córtex auditivo primário e o córtex de associação auditiva, ou córtex auditivo secundário, compõem as subdivisões. O córtex auditivo primário é excitado por projeções do corpo geniculado medial, enquanto as áreas de associação, são excitadas pelo próprio córtex auditivo primário, além de outras áreas de associação talâmica Frequências sonoras no córtex auditivo primário Existem pelo menos seis mapas tonotópicos no córtex auditivo primário, em que neurônios são excitados por altas frequências em um lado, enquanto outros são excitados por baixas frequências do outro lado. Os mapas tonotópicos de baixa frequência estão localizados na frente. Cada uma dessas áreas também traz alguma característica específica do som, como a sensação psíquica dos tons sonoros, a direção em que o som vem, ou outras características especiais, tais como, início súbito dos sons, modulações especiais, ruídos contra frequências puras M e d ic in a U N IC ID T X X IX Tutoria- P2 M2- Audição e Equilíbrio Percepção, Consciência e Emoção- Módulo 2 Rodrigo Barbosa Guerra 8 Quando a excitação chega ao córtex, os neurônios não respondem a faixa ampla de frequências, assim como a estreita, devido a algum ponto da via em que esse foco é direcionado. Isso ocorre pela inibição lateral. Quando a cóclea em determinada frequência inibe as frequências sonoras em ambos os lados dessa frequência primária, causada pelas fibras colaterais que se ramificam da via primária e que exercem inibição nas vias adjacentes Os neurônios no córtex de associação auditiva não respondem apenas a frequências específicas. Com isso, eles associam diferentes frequências sonoras, ou frequências sonoras com outras informações sensoriais do córtex. Isso ocorre pelo córtex de associação auditiva estar sobreposto pela área somatossensorial 2 Discriminação de padrões sonoros pelo córtex auditivo O córtex auditivo é importante na discriminação dos padrões sonoros tonais e sequenciais. Se houver lesão em um dos córtex auditivos, apenas em um dos lados, isso afeta a capacidade de localizar a fonte do som, porque são necessários sinais comparativos em ambos os córtices Quando ocorre uma lesão na área de associação, a pessoa fica incapaz de interpretar o significado do som ouvido. Lesões na parte posterior do giro temporal superior, ou área de Wernicke, parte da área de associação, a pessoa passa a não conseguir interpretar o significa das palavras faladas Determinação da direção do som Existem dois meios pelos quais as pessoas determinam a direção horizontal dos sons: 1. O intervalo da entrada de som em cada ouvido a. Funciona melhor abaixo de frequências de 3.000 ciclos/s 2. A diferença de cada ouvido sobre as intensidades sonoras O mecanismo do intervalo de tempo discrimina a direção do som muito mais precisamente, não dependendo de fatores alheios. Quando o som está mais próximo do ouvido direito do que o esquerdo, os sinais entrarão ao cérebro antes do que do outro lado. Porém, esses mecanismos não conseguem determinar se a origem do som está vindo da parte da frente ou de trás, de cima ou de baixo. Isso é determinado pelos dois ouvidos ao mesmo tempo Mecanismos neurais As análises neurais começam nos núcleos olivares superiores no tronco cerebral, mas são necessárias todas as vias para a interpretação. O núcleo olivar superior divide-se em: 1. Núcleo olivar superior medial – detecta o intervalo de tempo entre os sinais acústicos que entram nos dois ouvidos. Seus neurônios possuem dois dendritos principais, um para a direita e outro para a esquerda, em que os sinais do ouvido direito vão para o dendrito direito, e os sinais do ouvido esquerdo vão para o dendrito esquerdo. A intensidade da excitação é sensível ao intervalo de tempo dos sinais entre os dois ouvidos. Uma de suas bordas responde a sinais de tempo curto, enquanto a outra, a intervalos de tempo longo, enquanto o intermédio responde a tempos intermediários 2. Núcleo olivar superior lateral – detecta a direção de onde o som está vindo, comparando a diferença de intensidades No núcleo olivar superior medial, os sons à frente da cabeça estimulam um grupo específico de neurônios olivares, enquanto em outros ângulos, estimulam neurônios do lado oposto. Esses estímulos são direcionados ao córtex auditivo, determinando a direção do som. Eles excitam vias e locais diferentes Sinais centrífugos para os centros auditivos inferiores Existem vias retrógradas do córtex até a cóclea. A principal via é do núcleo olivar superior até as células ciliadas no órgão de Corti. Essas fibras são inibitórias, inibindo áreasespecificas no órgão de Corti, reduzindo a sensibilidade por 15 a 20 decibéis. Isso permite que as pessoas direcionem sua atenção para sons de qualidades particulares Anatomia da Via Vestibular Vestíbulo membranoso O vestíbulo é uma cavidade entre a cóclea e os canais semicirculares. É composto por duas vesículas, o utrículo e o sáculo, chamados de órgãos otolíticos. O utrículo é maior e superior, e o sáculo é menor e inferior. Uma área, de cada um, se diferencia no órgão sensorial, a mácula. A mácula do utrículo se chama lápilus, enquanto a do sáculo, de rágata. O lápilus é horizontal e determina a orientação da cabeça quando a pessoa está ereta, e rágata é vertical é determina a orientação quando está em decúbito M e d ic in a U N IC ID T X X IX Tutoria- P2 M2- Audição e Equilíbrio Percepção, Consciência e Emoção- Módulo 2 Rodrigo Barbosa Guerra 9 As máculas apresentam células ciliadas sensoriais intercaladas por células de sustentação. Cada mácula possui uma camada gelatinosa, com otólitos mergulhados, que são formações de carbonato de cálcio. As células ciliadas projetam cílios para dentro da camada gelatinosa O sáculo é ligado ao ducto coclear pelo canalículo de Hensen. Do utrículo e do sáculo originam- se ductos que vão se unir para formar o ducto endolinfático, que atravessa o aqueduto vestibular, e termina no saco endolinfático, uma dilatação recoberta por dura-máter. Ele equilibra a pressão entre o sistema vestibular e o sistema nervoso central, além de absorver endolinfa Líquidos do labirinto A endolinfa é um líquido rico em potássio, além de possuir glicose e proteínas, e preenche o labirinto membranoso. Sua secreção também é feita algumas regiões do epitélio labiríntico. A perilinfa está entre o labirinto membranoso e o ósseo, amortecendo as vibrações ósseas, composto principalmente de sódio Canais semicirculares Existem três, denominados: 1. Superior ou anterior 2. Lateral ou horizontal 3. Posterior ou frontal Estão dispostos em um ângulo reto em relação um ao outro, representando todos os três planos do espaço. Cada espaço tem uma extremidade dilatada, chamada de ampola e uma extremidade não ampolar. As extremidades não ampolares dos canais superior e posterior se unem antes de chegarem ao vestíbulo, onde se abrem em um orifício comum O epitélio dos canais semicirculares é formado pelas cristas ampolares, sendo formadas por células de sustentação e células ciliadas. A crista é recoberta pela Cúpula, uma estrutura gelatinosa e elástica que pode ser deformada pela endolinfa A célula ciliada é o receptor do sistema vestibular, e ligado a ela, estão neurônios bipolares, com corpos celulares no gânglio de Scarpa, e depois para o tronco encefálico. Existem dois tipos celulares: 1. Tipo 1 – formato arredondado 2. Tipo 2 – formato cilíndrico Ambas as células possuem em sua superfície apical, os cílios, porém, eles diferem das células do órgão de Corti por possuírem o cinocílio, único, e na sua periferia, um grupo de estereocílios Nervo vestibulococlear É formado por fibras que se originam do gânglio vestibular, que estão ligados às células ciliadas, constituindo a porção vestibular do nervo vestibulococlear Via vestibular Os receptores celulares nessa via são os cílios das células sensoriais que estão em contato com a endolinfa. Dos receptores do utrículo e do sáculo, se diferem as máculas. As células sensoriais nos canais semicirculares localizam-se as cristas, situadas nas ampolas A via possui diversos tipos de neurônios como a via auditiva: 1. Neurônios 1 – neurônios bipolares que estão localizados no gânglio vestibular. Seus M e d ic in a U N IC ID T X X IX Tutoria- P2 M2- Audição e Equilíbrio Percepção, Consciência e Emoção- Módulo 2 Rodrigo Barbosa Guerra 10 prolongamentos ligam-se aos receptores, e formam a porção vestibular do nervo vestibulococlear, fazendo sinapse com os neurônios 2 2. Neurônios 2 – estão nos núcleos vestibulares, localizados no tronco encefálico. Ele possui dois trajetos: a. Via inconsciente – os axônios dos neurônios 2 formam o fascículo vestibulocerebelar, que vira o córtex do vestibulocerebelo, passando pelo pedúnculo cerebelar inferior. Algumas fibras vão diretamente ao cerebelo b. Via consciente – existem conexões entre os núcleos vestibulares e o córtex cerebral. Há uma dúvida em relação a um relé talâmico. A área vestibular no córtex, admite-se que está no lobo parietal próximo ao território da área somestésica relacionada à face. Também existe uma outra área vestibular no lobo temporal, próximo à área auditiva Depois dos núcleos vestibulares no bulbo, são distribuídos para os centros superiores. Algumas das fibras passam diretamente para os núcleos reticulares do tronco cerebral ou para os núcleos fastigiais e lobos uvular e floculonodular do cerebelo. As fibras que terminam no tronco cerebral fazem sinapse com neurônios que enviam fibras para o cerebelo, para os tratos vestibuloespinais, para o fascículo longitudinal medial e outras áreas do tronco cerebral, os núcleos reticulares A via primária para os reflexos do equilíbrio começa nos nervos vestibulares, passando para os núcleos vestibulares e para o cerebelo. Depois, são enviados sinais para os núcleos reticulares do tronco cerebral, bem como para a medula espinal, por meio dos tratos vestibuloespinais e reticuloespinais. A medula controla a inibição dos músculos antigravitários Os lobos floculonodulares do cerebelo, sendo relacionados a sinais do equilíbrio dinâmico dos canais semicirculares. A úvula desempenha papel no equilíbrio estático Os sinais ascendem por tratos reticulares para o córtex cerebral, terminando no centro cortical primário para o equilíbrio, localizado no lobo parietal profundamente na fissura cerebral lateral, oposto a fissura da área auditiva. Esses sinais irão informar à psique sobre as condições de equilíbrio do corpo Fisiologia do equilíbrio Máculas – órgão sensorial do utrículo e do sáculo Elas estão localizadas na superfície interna de cada utrículo e sáculo. A mácula do utrículo está no plano horizontal, determinando a posição da cabeça M e d ic in a U N IC ID T X X IX Tutoria- P2 M2- Audição e Equilíbrio Percepção, Consciência e Emoção- Módulo 2 Rodrigo Barbosa Guerra 11 quando está em posição ereta. A mácula do sáculo está no plano vertical e sinaliza a cabeça quando a pessoa está em decúbito Cada mácula é coberta por uma camada gelatinosa, onde estão imersos pequenos cristais de carbonato de cálcio, chamados estatocônias. Elas possuem gravidade específica maior que a gravidade das estruturas circunjacentes. Nela, também existem células ciliadas, com seus cílios direcionados para cima na camada gelatinosa. Suas bases fazem sinapse com o nervo vestibular Sensibilidade direcional das células ciliadas Cada célula ciliada possui estereocílios, e um grande cinocílio. Ela fica sempre de um lado, e os esterocílios estão no resto, ficando cada vez mais curtos, em direção ao lado oposto da célula. Diversos ligamentos filamentosos ligam todos esses cílios Por conta dessas conexões, quando ocorre a curvatura em direção ao cinocílio, os filamentos puxam os estereocílios, afastando-os do corpo celular. Isso abre vários canais na membrana celular, conduzindo íons positivos da endolinfa adjacente, despolarizando a membrana do receptor. Quando se movimenta no lado oposto, isso fecha os canais iônicos, causando a hiperpolarização da célula Durante o repouso, as fibras nervosas enviam impulsos contínuos. Quando se movimenta em direção ao cinocílio, isso aumenta o tráfego de impulsos, enquanto no lado oposto, diminui esses impulsos, ou inibe-o completamente O peso das estatocônias distorce os cílios, à medida que a cabeça muda sua direção, transmitindoos sinais apropriados. Em cada mácula, cada uma das células ciliadas é orientada em direções diferentes, levando a um padrão de excitação diferente das fibras nervosas, de acordo com o campo gravitacional Canais semicirculares Cada ducto tem um alargamento, a ampola, que ficam cheios de endolinfa, e seu fluxo excita o órgão sensorial. Cada ampola possui uma crista ampular. Na sua parte superior, existe uma massa de tecido gelatinoso, a cúpula. M e d ic in a U N IC ID T X X IX Tutoria- P2 M2- Audição e Equilíbrio Percepção, Consciência e Emoção- Módulo 2 Rodrigo Barbosa Guerra 12 Quando o indivíduo começa a girar a cabeça em qualquer direção, a inércia do líquido nos canais semicirculares faz com que o líquido permaneça estacionário, enquanto o canal semicircular gira com a cabeça. Isso faz com que o líquido flua do ducto para a ampola, deformando a cúpula para um lado. Quando ocorre para o lado oposto, a cúpula se deforma para o lado oposto, respectivamente Na cúpula, os cílios das células estão presos na crista ampular. Os cinocílios estão orientados na direção da cúpula, então, quando a cúpula se direciona para o lado do cinocílio, ocorre a despolarização da célula, e no seu lado oposto, ocorre a hiperpolarização. Esses sinais passam para o nervo vestibular, levando informações sobre alterações na rotação da cabeça e a velocidade dessa alteração, nos três planos espaciais Manutenção do equilíbrio estático As células ciliadas estão orientadas em direções diferentes nas máculas dos utrículos e dos sáculos, isso faz com que existam diferentes padrões de estimulação do sistema nervoso central, sobra a posição da cabeça em relação à tração da gravidade. Com isso, o sistema nervoso vestibular, cerebelar e motor reticular excitam os músculos posturais, mantando o equilíbrio Detecção da aceleração linear Quando o corpo se acelera, as estatocônias com inércia de massa maior do que o líquido se deslocam para trás, sobre os cílios das células ciliadas, enviando a informação de desequilíbrio, e o indivíduo sente que está caindo para trás. Com isso, o indivíduo se inclina para frente até que o desvio resultante se iguale a tendência das estatocônias caírem para trás, depois, o estado de equilíbrio apropriado é detectado e não mais inclina o corpo para frente. Assim, as máculas operam durante a aceleração linear As máculas não operam para a detecção de velocidade linear. Quando alguém começa a correr, o indivíduo se inclina para frente, devido à aceleração inicial, e, só se mantém nessa posição devido à resistência do ar contra seus corpos, por conta da pressão do ar atuando nos receptores de pressão na pele, e não pela mácula Detecção da rotação Quando a cabeça começa a girar em qualquer direção, chamada de aceleração angular, a endolinfa, devido à sua inércia, continua estacionária, enquanto os canais semicirculares giram. Isso causa fluxo relativo do líquido nos canais na direção oposta à rotação Em uma posição de repouso, a célula ciliada emite 100 impulsos por segundo. Quando o indivíduo começa a girar, as células se deformam para um lado, aumentando a frequência de descarga, e com a rotação contínua, o excesso de descarga da célula ciliada gradualmente retorna de volta ao nível de repouso. Essa adaptação ocorre durante os primeiros segundos de rotação Depois de vencida a resistência inercial, a endolinfa começa a se deformar conforme o canal semicircular, até que a cúpula retorna para de modo lento para sua posição de repouso no meio da ampola, por conta de uma retração elástica própria Com a parada súbita da rotação, a endolinfa continua a girar, enquanto o canal semicircular para, fazendo com que a cúpula se deforme na posição oposta, e a célula ciliada pare de descarregar. A endolinfa para de se movimentar e a cúpula retorna à sua posição de repouso permitindo que as células ciliadas voltem ao seu nível tônico normal O canal semicircular transmite sinal com uma polaridade quando a cabeça começa a girar e da polaridade oposta, quando ela para de girar M e d ic in a U N IC ID T X X IX Tutoria- P2 M2- Audição e Equilíbrio Percepção, Consciência e Emoção- Módulo 2 Rodrigo Barbosa Guerra 13 Função preditiva na manutenção do equilíbrio Os canais semicirculares só detectam se a cabeça do indivíduo está começando ou parando de girar em uma posição ou em outra Se uma pessoa está correndo rapidamente para frente e depois começa, a virar para um lado, ela sairá do equilíbrio rapidamente. As máculas não podem detectar se ela está fora do equilíbrio, até depois que isso tenha ocorrido. Contudo, os canais semicirculares já terão detectado isso, notificando ao sistema nervoso central de que a pessoa sairá do equilíbrio Mecanismos vestibulares para estabilizar os olhos Se a pessoa mudar sua direção rapidamente, ou inclinar sua cabeça para o olho, não seria possível manter uma imagem estável nas retinas. A rotação da cabeça faz com que os canais semicirculares enviem sinais pelos núcleos vestibulares e pelo fascículo longitudinal medial para os núcleos oculomotores, fazendo com que os olhos se desviem em direção igual e oposta à rotação da cabeça Outros fatores Proprioceptores do pescoço O sistema vestibular detecta a orientação e a movimentação apenas da cabeça. Essa informação é transmitida dos proprioceptores do pescoço para os núcleos vestibulares e reticulares, no tronco cerebral, e por via indireta, no cerebelo As informações são transmitidas por receptores articulares do pescoço. Quando a cabeça se inclina por curvatura do pescoço, os proprioceptores impedem os sinais do aparelho vestibular. Porém, quando o corpo inteiro se inclina em uma direção, os impulsos não recebem oposição dos sinais dos proprioceptores do pescoço Informações proprioceptivas e exteroceptivas de outras partes do corpo Existem informações de pressão nas plantas dos pés, dizendo à pessoa: 1. Se o peso está distribuído igualmente nos dois pés 2. Se o peso nos pés é mais para frente ou para trás As informações exteroceptivas realizam a manutenção do equilíbrio quando a pessoa está correndo. A pressão do ar contra a parte da frente do corpo, sinaliza a oposição de forças, a pessoa se inclina para frente, de maneira a se opor a essa força Informações visuais na manutenção do equilíbrio O movimento linear ou rotacional do corpo muda as imagens visuais na retina, e elas são retransmitidas aos centros de equilíbrio Núcleos vestibulares e os músculos antigravitários Os núcleos vestibulares funcionam em associação com os núcleos reticulares pontinhos para controlar os músculos antigravitários, sendo eles, os músculos do pescoço e extensores dos membros. Os núcleos vestibulares transmitem sinais excitatórios para os músculos por meio dos tratos vestibuloespinais lateral e medial nas colunas anteriores da medula espinal Os núcleos vestibulares controlam seletivamente os sinais excitatórios para os músculos antigravitários, mantendo o equilíbrio em resposta ao sistema vestibular Relação entre o sistema auditivo e vestibular A orelha interna junto com o sistema vestibular, é localizado na fossa do osso temporal, devido a M e d ic in a U N IC ID T X X IX Tutoria- P2 M2- Audição e Equilíbrio Percepção, Consciência e Emoção- Módulo 2 Rodrigo Barbosa Guerra 14 utilização do líquido cerebrospinal para a composição da perilinfa. A endolinfa é feita pela estria vascular, e passa para o saco endolinfático, enquanto a perilinfa entra pelo aqueduto coclear O sáculo é ligado ao ducto coclear pelo canalículo de Hensen. Com isso, a endolinfa que vem do saco endolinfático, e é utilizado pelo sistema vestibular, como também é utilizado pelo sistema auditivo, assim como a perilinfa, sendo utilizados nos processos deorientação no equilíbrio e percepção auditiva Além dessas questões anatômicas, ambos os sistemas utilizam como receptores para suas funções fisiológicas, as células ciliadas, com estereocílios e cinocílios, em que a direção para que se movimenta, permite a despolarização ou hiperpolarização da célula, gerando sinais elétricos a partir de estímulos mecânicos Ambos os sistemas possuem mesma origem embriológica e por isso, possuem semelhanças anatômicas e receptivas. Seus receptores possuem mesma origem também, sendo ela, epitelial Porém, a única diferença entre eles, é o que estimulam esses cílios Nós sentimos tontura quando ouvimos um som muito alto, pois, o som pode causar movimentação do líquido presente no sistema vestibular, além do líquido coclear
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