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Antimicóticos Revisão fungos: Fármacos usados para tratar as infecções fúngicas: Os agentes terapêuticos atuais podem ser amplamente classificados em dois grupos: o primeiro, composto pelos antibióticos antifúngicos que ocorrem naturalmente, como os polienos e as equinocandinas, e o segundo, pelos fármacos sintéticos, os azóis e as pirimidinas fluoradas. Locais de ação dos fármacos antifúngicos comuns. Antibióticos antifúngicos: Anfotericina B (Macrolídeo polienco anfótero): É uma mistura de substâncias antifúngicas derivadas da bactéria filamentosa Streptomyces nodosus. Estruturalmente, esta é uma molécula grande, macrolídeo. É um fungicida = mata o fungo. Atua contra fungos filamentosos e leveduras. Candidemia localizada e sistêmica (Cryptococcus, Histoplasma, Blastomyces, Coccidioides, Aspergillus). Mecanismo de ação: Seu local de ação é a membrana celular fúngica, uma bicamada lipídica composta por ergosterol, lá o fármaco interfere na permeabilidade e as suas funções de transporte, formando grandes poros na membrana. A anfotericina tem ação seletiva, ligando-se na membrana, com isso, ela possui grande afinidade com o ergosterol, o qual é um esterol presente na membrana do fungo, este não é encontrado nas células animais. No momento em que ocorre a ligação e a formação dos poros, o célula fúngica que tem o seu centro hidrofílico passa por alterações iônicas. É uma droga de amplo espectro. Este fármaco é padrão ouro no tratamento de infecções disseminadas causadas por microorganismos, como Aspergillus e Candida. Farmacocinética: Absorção: É um fármaco pouco absorvido pela via oral, sendo esta via utilizada apenas em tratamento das infecções fúngicas do TGI superior; Pode ser usada topicamente; No caso das infecções sistêmicas, é administrada através da formulação de lipossomos, ou outras preparações que contenham lipídios, por infusão intravenosa lenta. * Reações durante a infusão. Distribuição: A anfotericina possui alta afinidade a proteínas plasmáticas, penetrando pouco nos tecidos e nas membranas do corpo humano, como por exemplo, a barreira hematoencefálica. Metabolismo: É eliminada muito lentamente através do rim. Eliminação: Eliminada lentamente pela urina e seus traços são encontrados na urina por dois meses ou mais após o fim da administração. * Nefrotóxica. Apresentações: Devido a toxicidade da droga, ela apresenta 4 apresentações: Anfotericina B desoxicolato (molécula original); Anfotericina B lipossomal (Ambisome); Anfotericina B Complexo lipídico (Abelcet); Anfotericina B Dispersão coloidal (Amphotec). Efeitos adversos: O efeito adverso mais comum é a reação com calafrios, febre, tremores e cefaléia que ocorre durante a infusão do fármaco; Hipotensão e anafilaxia ocorrem em pacientes mais severamente afetados; Os fármacos encapsulados em lipossomos e complexadas em lípidos provocam reações com menos frequência e com menos severidade; O efeito mais grave é a toxicidade renal, em mais de 80% dos pacientes ocorre uma redução da função renal. Este efeito melhora após a interrupção do tratamento, mas pode permanecer algum comprometimento da filtração glomerular; Pode ocorrer alteração da função hepática e trombocitopenia, além de anemia e hipocalemia. Nistatina: É um antibiótico, também macrolídeo poliênico, o qual possui o mesmo mecanismo de ação da anfotericina. É administrada via oral, mas não é absorvida através das membranas mucosas ou da pele, seu uso é limitado principalmente a infecções por Cândida na pele, nas membranas mucosas e TGI. Os efeitos adversos podem incluir náusea, vômito e diarreia. Fungistática e fungicida. Antifúngico + Antiséptico, cicatrizante. Equinocandinas: Compõem-se de um anel de seis aminoácidos ligados a uma cadeia lateral lipofílica. Todos os fármacos desse grupo são modificações sintéticas da equinocandina B, que é encontrada no Aspergillus nidulans. São fungicidas para a Cândida e fungistáticas para Aspergillus. Mecanismos de ação: Este fármaco se liga ao receptor presente na membrana e inibe a síntese do 1,3-B-glicano sintetase, este é necessário para a manutenção da estrutura da parede fúngica, pois produz glicano, o qual é um dos componentes necessários para manter a conformidade estrutural da parede. Na ausência deste polímero a células fúngicas perdem a sua integridade, ocorre a entrada de água, levando a lise celular. Farmacocinética: A absorção oral é pequena e ocorre de maneira intravenosa, uma vez ao dia. Efeitos adversos: Incluem náusea, êmese e diarréia, além de exantema cutâneo. Drogas antifúngicas da classe caspofunginas: Caspofungina, Anidulafungina e Micafungina - todas compartilham falta de disponibilidade oral, a extensa ligação à proteína (>97%), a incapacidade de penetrar no LCR, a ausência de depuração renal e o fato de ocasionar apenas um leve e modesto efeito na função hepática acompanhando a concentração plasmática do fármaco. Agentes antifúngicos sintéticos: Azóis: São um grupo de fungistáticos sintéticos, com um amplo espectro de atividade fúngica. Aspectos químicos: Clotrimazol, econazol, fenticonazol, cetoconazol, miconazol, tioconazol e sulconazol - se baseiam no núcleo imidazol, ou seja, possuem duas moléculas de N no seu anel azólico; Itraconazol, posaconazol, voriconazol e fluconazol - Possuem três N no seu anel azólico. Mecanismo de ação: Os azóis atuam dentro do fungo inibindo a enzima fúngica, lanosina 14 alfa-desmetilase, a qual é responsável pela conversão do lanosterol em ergosterol, este é o principal esterol da membrana celular fúngica. Com isso, ocorrerá uma alteração na fluidez da membrana no momento da citocinese, interferindo na ação das enzimas associadas a membrana. Como efeito final, haverá a inibição da replicação. Esses fármacos também inibem a transformação das células de levedura de cândida em hifas, a forma invasiva e patogênica do parasita. Alilaminas: Terbinafina, Naftilina e Amorolfilina Usados para micoses superficiais e cutâneas. Terbinafina: É um composto fungicida, altamente lipofilico. Muito útil em infecções das unhas. Mecanismo de ação: Atua inibindo de modo seletivo, a enzima esqualenopoxidase, a qual é envolvida na síntese do ergosterol a partir do esqualeno na parede celular fúngica. O acúmulo de esqualeno na célula é tóxico para o microorganismo. Farmacocinética: É bem absorvida pela via oral (40% da dose inicial é perdida nno metabolismo de primeira passagem no fígado), sendo rapidamente captada pela pele, unhas e tecido adiposo; É metabolizada no fígado e eliminada na urina; Possui alta afinidade a proteínas plasmáticas; Contra indicadas para pacientes com azotemia e insuficiência hepática. Efeitos adversos: Ocorrem em 10% dos indivíduos e, em geral são brandos, incluem alterações gastrointestinais, erupções cutâneas, prurido, cefaléia e tonturas. Tem-se alguns relatos de dores articulares e musculares, e raramente hepatite. Naftilina: A sua ação é similar à da terbinafina. Amorolfina: Ação similar aos outros dois do seu grupo. Resumo do mecanismo de ação das alilaminas, azóis e macrolídeos poliênicos anfóteros: Flucitosina: É um agente antifúngico (fungicida) sintético ativo por via oral que se mostra efetivo contra certa faixa limitada (principalmente leveduras) de infecções fúngicas sistêmicas. Infecção por Cyptococcus e cromoblastomicose. O fungo pode criar mecanismos de resistência quando administrado de forma isolada este fármaco, sendo assim, usualmente é associado com a anfotericina, em casos de infecções sistêmicas graves, como a candidíase e meningite. Mecanismo de ação: O fármaco é administrado na forma de um pró-fármaco, após passar pela membrana fúngica através do receptor proteico citocina permease, a Flucitosina é transformada em um fármaco ativo pela ação da enzima Citosina desaminase. Ocorre a conversão no antimetabólito 5-fluroracila (5-FU) no meio intracelular, posteriormente este vai inibir a timidilato sintetase, com isso, ocorrerá a inibição da síntese de DNA e RNA do fungo. Farmacocinética: Usualmente administradapor infusão intravenosa, porém também pode ser usada de forma oral; É amplamente distribuída por todos os líquidos do corporais; Cerca de 90% é eliminado sem alteração pelos rins. A dosagem deve ser reduzida caso haja comprometimento na função renal. Efeitos adversos: Incluem distúrbios gastrointestinais, anemia, neutropenia, trombocitopenia e alopecia. Griseofulvina: É um agente antifúngico de pequeno espectro, isolado em culturas de Penicillium griseofulvum. Em baixa dose = efeitos fungistáticos; Em alta dose = efeitos fungicida. Pode ser usada para tratar infecções dermatofíticas da pele ou das unhas, quando a administração local se mostra ineficaz, porém o tratamento precisa ser prolongado. Mecanismo de ação: O fármaco interfere na mitose pela ligação com os microtúbulos fúngicos. É ativo no fuso mitótico e impede que essa ação se complete, com isso o fungo não consegue se dividir (não ocorre a separação dos cromossomos). Farmacocinética: É administrada oralmente; Sendo pouco hidrossolúvel, e sua absorção varia de acordo com o tipo de preparação e, em particular, com o tamanh da partícula. Efeitos adversos: São infrequentes, porém pode causar alterações gastrointestinais, cefaleia e fotossensibilidade, além de poder ocorrer reações alérgicas também. * Fármaco de última escolha. Revisão fungos: -eucariontes, unicelulares( leveduras) ou multicelulares (filamentosos). - Citologia: -nucleo bem definido -mitocôndrias, corpúsculo de golgi e retículo endoplasmatico -parede celular de quitina e glucano. -membrana celular de ergosterol -Doenças micóticas: -hipersensibilidade( reação alérgica) -micotoxicoses(envenenamento por alimentos ou produtos com fungos) -micetismo(ingestão de toxinas) -infecção fúngica -Sítios de ação dos antifúngicos: -função da membrana= Anfotericina B -síntese da parede celular= Equinocandinas -síntese dos ácidos nucleicos= Flucitosina -síntese de ergosterol= Azois e inibidores de esqualeno epoxidase. Referência Bibliográfica: https://www.evolution.com.br/epubreader/9788535265002 Rang e Dale Farmacologia 8ED - RANG, Humphrey P. ; DALE, Maureen M. ; RITTER, J.M. ; FLOWER, R. J. ; HENDERSON, G. Cap.: Fármacos Antifúngicos 53 https://www.evolution.com.br/epubreader/9788535265002 https://www.evolution.com.br/searchresults?keyword=&option=catalog&title=&author=RANG,%20Humphrey%20P.&type=advanced https://www.evolution.com.br/searchresults?keyword=&option=catalog&title=&author=%20%20DALE,%20Maureen%20M.&type=advanced https://www.evolution.com.br/searchresults?keyword=&option=catalog&title=&author=%20%20RITTER,%20J.M.&type=advanced https://www.evolution.com.br/searchresults?keyword=&option=catalog&title=&author=%20%20FLOWER,%20R.%20J.&type=advanced https://www.evolution.com.br/searchresults?keyword=&option=catalog&title=&author=%20%20HENDERSON,%20G.&type=advanced
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