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Urgências em Endodontia - Dayanne Alves - UPE/FOP

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E n d o d o n t i a | Dayanne Alves – UPE/FOP 
 
 
Urgências em Endodontia 
 
 
Um paciente vai ter uma necessidade de EMERGÊNCIA se ele tiver, por exemplo: 
Paciente não consegue fazer nada; a atividade corriqueira dele normal não está 
estabelecida, pq ele tem uma área de edema/dor. 
 
- Há quanto tempo esse paciente tá apresentando essa dor ou esse edema? 
Dificilmente ele vai estar em um quadro de emergência se ele chega pra vc e diz “ Dra., eu 
estou com dor faz 15 dias!” Pois, se o paciente conseguiu aguentar até 15 dias, ele não está 
em nenhum quadro agudo. 
 
Temos QUADRO AGUDO quando o paciente está num estado doloroso e crescente 
(começa com uma dor, no outro dia está maior, e, no outro, maior ainda) → Enquadra-se 
como uma emergência. 
“ Uma emergência verdadeira raramente dura mais do que 2 a 3 dias, que é o período 
normal do curso de uma resposta inflamatória aguda.” 
 
- Se o paciente tomou algum medicamento e resolveu, não é emergência! Porque, 
dificilmente quando a gente tem uma emergência endodôntica um analgésico vai 
fazer efeito. Ele pode até aliviar momentaneamente, mas não é resolutivo. 
 
Quando o paciente realmente está num quadro de extrema emergência, como um 
ABSCESSO APICAL AGUDO ou uma PULPITE AGUDA, dificilmente ele vai tomar um 
Paracetamol e vai resolver. Ele vai dizer : “Já tomei 10 Paracetamol e o meu dente continua 
doendo !!! Preciso de um atendimento odontológico.” 
 
Portanto, devemos sempre observar esses pontos para que possamos fazer um correto 
diagnóstico. 
- Tratamento imediato p/ emergências; 
- Marcação de consultas p/ os casos de urgências (mas, o mais breve possível para 
que esse não evolua para uma emergência verdadeira). 
 
“Casos de Urgências podem evoluir imprevisivelmente para uma Emergência 
verdadeira.” Como um abscesso inicial que está se encaminhando para um ABSCESS O 
EM EVOLUÇÃO e pra se tornar EVOLUÍDO. Logo, intervir imediatamente é a melhor forma 
de tratamento e não esperar o paciente ter alguma febre, mal estar, linfadenite... alguma 
consequência mais grave. 
 
No DIAGNÓSTICO 
- Exame Subjetivo: Devemos levar em conta a história médica e a história dental 
pregressa. 
- Exame Objetivo: Devem ser bem executados os exames clínico-visual; Teste de 
sensibilidade - térmico, elétrico, de cavidade (ver se o dente tem vitalidade ou n/ 
polpa morta e polpa viva); Realizar os testes perirradiculares possíveis - palpação e 
percussão; Fazer teste de sondagem (ver se o paciente tem bolsa periodontal e ver 
se a lesão endodôntica está combinada com uma lesão periodontal); 
 
 
E n d o d o n t i a | Dayanne Alves – UPE/FOP 
 
- Exame radiográfico (exame complementar imprescindível); 
- Ver se o paciente tem algum problema sistêmico importante (diabético, hipertenso… 
A condição de tratamento vai ser a mesma?) 
 
 
CONDIÇÕES DOLOROSAS AGUDAS DE ORIGEM ENDODÔNTICO QUE REQUEREM 
TRATAMENTO ENDODÔNTICO DE URGÊNCIA 
1- PULPITE REVERSÍVEL 
2- PULPITE IRREVERSÍVEL SINTOMÁTICA 
3- ABSCESSO APICAL AGUDO 
4- PERIODONTITE APICAL AGUDA 
5- ABSCESSO FÊNIX 
 
*presença de dor e edema → atendimento de Urgência! 
 
CONDIÇÕES QUE NÃO REQUEREM TERAPIA ENDODÔNTICA → hipersensiblidade 
dentinária; pulpite reversível. *são consideradas urgências, segundo o Lopes. 
 
CONDIÇÕES QUE REQUEREM TERAPIA ENDODÔNTICA → pulpite irreversível 
sintomática. 
 
POLPA VIVA 
 
O quê pode causar Pulpite? 
- cárie profunda; trauma... (agressões químicas; mecânicas e microbianas) 
 Ex.: o uso da caneta de alta rotação sem refrigeração pode causar algum choque àquela 
polpa; tbm o uso da taça de borracha por um longo período de tempo sem refrigeração; 
paciente com uma alimentação mt ácida - podemos ter uma agressão química importante… 
 
 
PULPITE REVERSÍVEL 
 
Como que o paciente chega até a gente acometido por esse quadro? 
- Dor bem significativa, embora de curta duração: “Dói mt dra.quando eu como doce, 
água gelada…” 
- Dor provocada pelas fibras A (porque durante os estágios iniciais da inflamação, o 
limiar de excitabilidade dessas fibras é diminuído, tornando-as mais suscetíveis aos 
estímulos externos); 
Daí vc radiografa o paciente e este, possivelmente, terá uma cárie bem relevante. Quando 
a pulpite é reversível, provavelmente o analgésico que ele tomar, aliviará a dor. 
- Assintomático à percussão; 
- Dor localizada: “Dra., o dente que está doendo é esse daqui!” Logo, haverá uma 
maior facilidade de se obter um diagnóstico. 
O que fazemos para tratar? 
Removemos o agente agressor 
*No caso da agressão ter sido cárie, e uma cárie mt grande, nós podemos fazer ali uma 
restauração, averiguando a necessidade de um CAPEAMENTO PULPAR DIRETO ou 
INDIRETO. 
 
 
E n d o d o n t i a | Dayanne Alves – UPE/FOP 
 
“TRATAMENTO 
- Remoção do tecido cariado ou da restauração defeituosa; 
- Aplicação de um curativo com ZOE; 
- Após uma a duas semanas, se tiver assintomático, a restauração definitiva pode 
então ser aplicada.” 
 
*Restaurações mt altas podem lesar, através do trauma, o dente antagonista. Ou seja, um 
estímulo de baixa intensidade e longa duração pode dar uma CRONIFICAÇÃO DO DENTE 
→ lesa o periodonto → PERIODONTITE APICAL AGUDA 
 
 
PULPITE IRREVERSÍVEL SINTOMÁTICA 
- Dor muito forte e severa; 
- Você pode dar milhões de remédios a ele e não vai resolver, ele realmente precisa 
de um atendimento odontológico. 
- dificuldade de identificar qual dente dói (“tá doendo tudo!”) na grande maioria das 
vezes; DOR DIFUSA 
- Pode ter alguma área de edema; 
- Pode ter dor à percussão 
- Dor espontânea; 
- Dor incapacitante; 
- Característica da dor é variável: pode durar horas ou minutos “desde manhã tá com 
dor” “doeu uns 20 minutos” 
- Estímulos quentes e frios podem provocar a dor e, no final, no estágio final da 
pulpite reversível sintomàtica - quando ela já está virando transicional-, o paciente 
vai começar a dizer que quando ele toma coisa gelada, alivia! Já as quentes, doí 
mais ainda, pois dessa fase transicional o dente já está se encaminhando pra virar 
uma necrose. Então, possa ser que o paciente chegue ao seu consultório com uma 
bolsa de gelo na boca. 
- Os quadros de pulpite podem estar relacionado aos quadros de lesões cariosas 
imensas 
*Cuidado para não confundir casos de rizogênese incompleta com lesões periapicais! 
Quadro mt comum em adolescentes, pq estão passando geralmente pelo final da 
rizogênese. Por isso, nunca abram o dente sem fazer teste de sensibilidade! 
 
O que fazer, então, quando o paciente apresenta uma PULPITE REVERSÍVEL? 
Sempre, a depender das condições do quadro, lógico, partir para uma terapia mais 
conservadora, se não der certo, iremos para uma mais radical. 
 
1- CAPEAMENTO PULPAR DIRETO 
Para pequenas exposições (1. por trauma- se ainda nas 24h pós acidente, pois ainda não 
houve mt contaminação com a boca/ se passado um pouco esse intervalo de tempo, vc 
tenta, mais comunica aos pais que tem uma chance de não dar certo, pq se der merda, os 
pais n vão pensar que vc n sabe de nada; 2. ou acidental - quando vc tá removendo a 
cárie) 
Fatores favoráveis ao capeamento: 
- pequena exposição; 
 
 
E n d o d o n t i a | Dayanne Alves – UPE/FOP 
 
- dentes com polpa jovem (pq quanto mais novo a gente é, maior a nossa capacidade 
proliferativa, devido a maior quantidade de células mesenquimais que têm a 
capacidade de diferenciar-se em qualquer grupo celular da polpa); 
- Remanescente coronário adequado ( se, por exemplo, o paciente teve uma fratura 
total de coroa, como vou fazer uma reabilitação tratando só com um capeamento, já 
que eu preciso por um pino DENTRO do canal radicular? Logo, já não é mais 
indicação para capeamento pulpar) 
*O selamento deve estar perfeito! 
*Todos os procedimentos endodônticos devem ser feitos sob isolamento absoluto! 
*Tudo é com anestesia! 
- Verificar o estado pulpar ( Pq se o dente já tiver se encaminhando parauma 
necrose, não faz sentido algum capear e restaurar o dente.) 
 
2- PULPOTOMIA 
 Outra possibilidade de tratamento que tem até mais chances de dar certo que o 
capeamento é a pulpotomia. Tem uma taxa de sucesso de até 80% dos casos. 
Nela teremos uma exposição por cárie ou acidental, com a polpa clinicamente vital: 
vermelho-vivo bem rutilante. Se ela não tiver assim, tiver com um vermelho mais fechado, 
sem resistência ao corte, se liquefazendo, não fazemos! Pois a polpa tá morrendo. 
- Por exemplo, se uma criança chega pra vc com o dente fraturado por mais de 24 h 
já, todo contaminado, vc tenta a pulpotomía (corte de toda a polpa coronária, só 
deixa a radicular). E terá grandes chances de dar certo se for num paciente assim, 
jovem. 
*É sempre bom tentar fazer a pulpotomia, mesmo em pacientes adultos, pois têm uma 
relativa chance de dar certo tbm, sendo, contudo, uma terapia mais conservadora. Vc 
preferiria ter no seu dente um tratamento endodôntico completo ou uma pulpotomia? 
 
 Fatores favoráveis a pulpotomia: 
- Dentes com polpa jovem; 
- Remanescente coronário adequado; 
- Selamento adequado; 
- Estado pulpar: o dente deve estar vital; *se tiver mais pra morto do quê pra vivo: 
trat. radical. 
*Quando fazemos pulpotomia, a polpa não pode estar necessariamente morta, ela pode 
estar infectada. Se a polpa radicular tiver morta n tem jeito → tratamento radical. Dá pra 
ver clinicamente: 
- Polpa morta: consistência liquefeita; apresenta um exsudado purulento; 
- Polpa viva: boa consistência - quando vc corta com uma cureta pulpar, a polpa 
radicular fica lá bem linda no lugar e nem forma nenhum exsudado/liquido 
 
 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DE UMA POLPA COM INFLAMAÇÃO REVERSÍVEL 
- Sangramento vermelho-vivo 
- Estabilização da polpa radicular na embocadura do canal ao corte da coronária 
(coloca uma camadinha de Otosporin e espera 5 minutinhos), ou seja, com 
consistência tecidual normal 
*aí a gente faz a pulpotomia. Pode ser realizada com Hidróxido de Cálcio ou MTA. 
 
 
 
E n d o d o n t i a | Dayanne Alves – UPE/FOP 
 
Qual a contra-indicação para pulpotomia? 
- se vc abre o dente e ele não para de sangrar; vc corta a polpa, a polpa n tem 
consistência. Logo, não é indicado, pois provavelmente já deve ter algum nível de 
contaminação importante. 
- Sangramento vermelho-escuro; pouco sangramento; sem sangramento 
(característica de polpa morrendo, se encaminhando para uma necrose) 
- Ou seja, se sangrar mt ou tbm se não sangrar nada, há contraindicações! Tem que 
sangrar normal e conseguir ser controlado. 
*Quando não conseguimos a solução com o tratamento conservador (capeamento e 
pulpotomia), temos que, infelizmente, partir para um tratamento radical. E, caso essa polpa 
esteja muito liquefeita, temos que fazer o tratamento de maneira IMEDIATA. No mínimo, 
realizar um PREPARO CERVICAL (na FOP, fazemos com as GGs: explora, irriga e usa as 
ggs - ou com limas, dependendo do protocolo a ser utilizado pelo CD) para diminuir a 
inflamação, pois o dente não possui circulação colateral. Então, se houver um edema lá 
dentro, o dente vai ficando como um “bombo” . Pq é muito comum os dentistas acharem que 
abriu o dente, tendo acesso só ao corno pulpar, taca medicação e manda o paciente 
embora :( Isso não resolve! Pelo contrário, tem mais chances do paciente ter uma 
reagudização, pq as bac que estão causando a inflamação mt provavelmente estão 
espalhadas além do corno. Ele pode até vir a melhorar nas primeiras 24 h, mas depois se 
lasca, pq vai reagudizar. 
 
 
POLPA MORTA 
 
PERIAPICOPATIAS 
● PERIODONTITE APICAL AGUDA DE ORIGEM FÍSICA (TRAUMA), QUÍMICA OU 
BACTERIANA. 
● ABSCESSO APICAL AGUDO EM FASE INICIAL; EM EVOLUÇÃO; EVOLUÍDO. 
● ABSCESSO FÊNIX 
● FLARE-UPS 
 * podemos fazer flare-ups em pacientes com polpa vital tbm. Ex.: o paciente tem uma 
pulpite reversível, daí vc faz uma abertura do corno pulpar só, o paciente pode ter uma 
agudização e vamos chama-la de “Flare-ups” 
 
PERIODONTITE APICAL AGUDA 
 
 Quais as medidas tomar? 
- Alívio e repouso articular 
- Fazer uso de uma medicação analgésica ou antiinflamatória. (Não vai melhorar 
100%, mas pode ser que pelo uso da medicação antiinflamatória anterior, fique mais 
fácil de se anestesiar.) 
*paciente com abscesso na mandíbula: infecção altíssima e pH alterado. Aqui, pode ser que 
a anestesia não pegue tão eficazmente. Então, você pode dar um analgésico praquele 
paciente, até pra ele não chegar desesperado, morrendo de dor. Efeito psicológico muito 
relevante também. 
- dor contínua; 
- dor quase sempre pulsátil; 
- dor agravada por pressão e oclusão dos dentes; 
 
 
E n d o d o n t i a | Dayanne Alves – UPE/FOP 
 
- sensação de “dente crescido” (pelo edema existente no ligamento periodontal, 
extruindo o dente para fora do alvéolo) 
- mobilidade pode estar presente (devido ao edema) 
- também pode estar presente a dor a palpação → “dor em fundo de sulco” 
- Logo, radiograficamente, podemos ter um aumento do espaço do ligamento 
periodontal ou não. 
*O TRATAMENTO depende do agente causal. 
* Um apertamento (bruxismo cêntrico) pode gerar uma periodontite apical aguda, pois 
caracteriza-se por um estímulo de baixa intensidade e longa duração. Logo, um paciente 
com bruxismo deve ser acompanhado endodonticamente sempre. 
- É DIFERENTE DE ABSCESSO APICAL AGUDO!*No abscesso, na maioria das 
vezes, ao realizar a abertura, vamos ter um exsudado purulento, na periodontite, 
não. 
- dor a percussão horizontal e vertical 
- ou seja, dói tudo! Paciente polissintomático. 
- pode ter uma cárie grande no dente referendado 
 
*quando estamos diante de uma polpa viva, podemos ter uma dor vertical, mas quando 
estamos falando de “periodontite”, ou seja, que vai afetar o periodonto, além da vertical, 
teremos tbm a dor horizontal. Isso em praticamente todos os diagnósticos. 
 
ABSCESSO APICAL/PERIRRADICULAR AGUDO 
- muito confundido com a periodontite, porque são radiograficamente similares e com 
mesmo quadro doloroso, a diferença é o exsudado. 
*às vezes tbm tem a mesma sensação de “dente crescido”, da periodontite. Mas pra 
concurso, “dente crescido” é periodontite. O abscesso é mais preocupante, pelo fato de 
poder ter acometimento sistêmico e tbm uma evolução rápida. 
- dor espontânea, pulsátil a mastigação. 
- dor a percussão vertical e horizontal; 
- consegue identificar; 
- pode haver mobilidade; 
- pode ter tbm envolvimento sistêmico com febre; (maior atenção) 
 
● no ESTÁGIO INICIAL (sem tumefação) 
- não vai ter tumefação, mas vai sentir mttttt dor : “tô me acabando de dor!” 
- O diagnóstico clínico é confundido com a periodontite apical aguda e só poderá ser 
confirmado após a abertura do canal e a observação da drenagem do exsudado 
purulento de dentro. 
 
● No ESTÁGIO EM EVOLUÇÃO (tumefação não flutuante) 
- Semelhante ao estágio inicial, contudo vamos ter a presença de tumefação, sem, 
entretanto, flutuação. 
- Se o abscesso já se localiza no espaço subperiosteal, a dor é pronunciada, devido a 
rica inervação do periósteo. 
 
● No ESTÁGIO EVOLUÍDO (tumefação flutuante) 
- Semelhante ao estágio em evolução, contudo a tumefação já é flutuante; 
 
 
E n d o d o n t i a | Dayanne Alves – UPE/FOP 
 
- Neste, a pressão exercida pelo exsudado já foi tamanha que rompeu o periósteo e 
atingiu os tecidos moles supraperiosteais, provocando alívio da sintomatologia 
dolorosa. 
 
TRATAMENTO? 
Varia conforme o estágio de evolução do abscesso : inicial; em evolução; evoluído. 
 
ESTÁGIO INICIAL 
- Preparo inicial: descontaminação da cavidade pulpar → fazer uma cobertura 
coronária adequada. 
- Isolamento 
- Faz a DRENAGEM VIA CANAL (espera de 15 a 30 min para que todo o conteúdo se 
esvaia), se o conteúdo purulento não sair, vc faz uma incisão mesmo 
- preparo cervical 
- medicação intracanal (Callen com PMCC - pq vai ter um espectro de ação 
bacteriana maior, aumentandoas chances de um resultado positivo) 
- Selamento da cavidade adequado (para não recontaminar dps) 
- Prescrição medicamentosa de analgésicos ou antiinflamatórios, principalmente em 
pacientes dramáticos. 
 
 P/ O EM EVOLUÇÃO 
- Nós fazemos o mesmo tratamento do abscesso apical em estágio inicial, só que agr 
o paciente vai ter uma tumefação consistente não flutuante. Como já está no espaço 
subperiosteal, a dor tá bem grande. Nesse caso, fica mais indicado da gente fazer a 
incisão, pq a gente já vê a área de tumefação, melhorando o quadro de dor do 
paciente. A incisão deve ser feita antes de tudo. 
*Se a tumefação se encontra INTRAORAL, optamos pela incisão da mucosa, mesmo na 
ausência de flutuação, como é o caso. Na maioria das vezes, só o sangue drena. Contudo, 
este procedimento permite a drenagem de mediadores químicos e produtos tóxicos e tbm 
favorece a redução da pressão intratecidual, o que traz um alívio da dor para o paciente, 
deixando-o mais apto para os próximos procedimentos: 
- abertura coronária 
- *vê se precisa drenar intracanal tbm 
- *se não drenar, vc pode tentar um ALARGAMENTO FORAMINAL. Contudo, artigos 
recentes (2017) estão o contra-indicando, pois alegam que este pode vir causar 
microtrincas no dente, levando até mesmo a perda deste elemento a longo prazo. 
Logo, eles tão mandando instrumentar no forame, mas alargar mesmo 1 mm aquém. 
- *a endodontia moderna (não a da FOP kk) instrumenta já no forame, aqui 1 mm 
aquém, pois usamos limas manuais. 
- *nós podemos fazer app de calor (compressas) - para exteriorizar o edema 
- pode passar analgésicos e anti-inflamatórios e averiguar a necessidade de 
antibióticos. Se o paciente tiver apresentando febre, linfadenite, seria interessante o 
antibiótico como medida profilática de segurança. 
* Se a tumefação se encontra EXTRAORAL → não incisamos! Prescrevemos aplicação de 
calor intraoral (bochechos com água aquecida e bicarbonato de sódio) e aplicação de frio 
extraoral, sobre a área de tumefação. Isto visa estimular a exteriorização intraoral do 
abscesso, facilitando a incisão e drenagem na consulta posterior (12 a 36h dps), o que se 
 
 
E n d o d o n t i a | Dayanne Alves – UPE/FOP 
 
torna um procedimento mais cômodo e sem sequelas para o paciente. Deve ser colocado 
um dreno no momento da drenagem extraoral. 
 
P/ O EVOLUÍDO 
- é extremamente semelhante, mas aqui já teremos a flutuação do edema, 
possibilitando a incisão sem maiores problemas. 
- Tratamento idêntico aos anteriores: incisão; tratamento endodôntico completo; 
prescrição de bochechos com solução aquecida; prescrição de analgésicos/anti-
inflamatórios e pesar a necessidade de antibióticos. 
*em casos de POLPA MORTA, o ideal é não só fazer o preparo cervical, mas a 
instrumentação do canal completa, mas nem sempre dá, se, por exemplo, vc for um dentista 
de plano (socorro, Deus!) 
TRATAMENTO: 
- anestesia; 
- isolamento; 
- coloca o medicamento ou obtura já. É preferível que se coloque o medicamento, 
porque muitas vezes a outra alternativa pode levar a uma reagudização (é sempre 
melhor que se faça isso. Em todos os estágios). 
 
*CELULITE EXTRAORAL → medicação cirúrgica na veia; 
*fazemos a incisão na área de flutuação, se não tiver, fazemos nas proximidades da raíz do 
dente. 
 
ABSCESSO FÊNIX 
É uma lesão apical que se desenvolve pela… aguda de uma alteração periapical crônica. 
Ou seja, o paciente vai ter uma reagudização bem grande formando um edema e, quando 
vc radiografa, ele já tem uma lesão periapical enorme: o paciente vinha crônico, nunca 
sentiu nenhuma dor nesse dente, mas num dado momento, a imunidade dele baixou, aí 
ele tem uma agudização do caso e começa a sentir dor. Quando isso acontece, 
classificamos de “abscesso fênix”. Tem que ter algum start! Não vai começar, assim, do 
nada. 
Porque quando o paciente tem uma dor aguda, inicialmente ele não vai apresentar 
nenhuma alteração radiográfica importante, talvez só um leve espessamento do ligamento, 
como acontece na Periodontite Apical Aguda. Então, se vc pega um paciente com uma 
lesão periapical gigante e o paciente morrendo de dor, pode ter certeza que vc está diante 
de um abscesso fênix realmente (agudização de um granuloma ou cisto; ou a agudização 
de um abscesso que estava crônico) 
*lesão periapical com sintomatologia = abscesso fênix 
 
FLARE- UP 
É uma emergência verdadeira que se desenvolve entre as sessões de tratamento 
endodôntico, sendo caracterizada por dor e/ou tumefação. 
Tipicamente após a intervenção endodôntica em um dente assintomático, o paciente retorna 
algumas hrs ou no dia seguinte, queixando-se de dor severa e/ou tumefação. 
Há o desenvolvimento de uma resposta inflamatória aguda dos tecidos perirradiculares, 
caracterizada pelo desenvolvimento de uma Periodontite Apical Aguda ou de um Abscesso 
Apical Agudo, secundários a intervenção endodôntica. 
 
 
E n d o d o n t i a | Dayanne Alves – UPE/FOP 
 
Ex.: o paciente estava com um abscesso apical em evolução , daí vc fez apenas o preparo 
cervical (vc misturou todas as bac e não descontaminou o canal), o paciente acaba voltando 
para você, porque ele teve uma agudização do processo, pq vc não descontaminou tudo, 
não deu condições para que o dente dele se recuperasse. 
Ou, vc não usou isolamento e, aí, contaminou aquele canal com as bactérias entéricas da 
boca, gerando uma piora no quadro daquele paciente. 
Em casos de polpa viva, tbm podemos ter flare-ups, por exemplo, paciente com pulpite 
reversível sintomática, aí, vc instrumenta o canal, mas não faz um selamento adequado, daí 
recontamina → Flare Up! 
 
*Todas as vezes que tivermos uma lesão periapical, a reabsorção acontece. A lesão 
periapical “come” parte do osso e parte do dente. Não é um processo sintomático, mas tá 
acontecendo. 
 
PRINCIPAIS CAUSAS DO FLARE-UP 
- Microorganismos → (principal causa!) vc botou a lima lá dentro do canal, uma lima 
mt calibrosa por exemplo, que acabou levando de uma vez só os microorganismos 
que estavam na porção cervical para apical 
- Iatrogenias → Sobreinstrumentação→ o dente tem 20mm, vc tá em 22mm, 
levando as bac pro osso (sangue na porção apical do canal é um de seus sinais); 
Instrumentação incompleta→ só fez o preparo cervical; Extravasamento de 
Hipoclorito → agudização (área de flare-up) e necrose; Perfuração; Medicação 
que extravasou → normalmente, o paciente vai sentir um desconforto na hora, 
quando vc tá colocando a medicação : “ai”. Esta medicação vai causar uma irritação 
local na área, mas dps de um tempo ela vai ser solubilizada e o paciente vai ficar ok. 
Vc não vai instrumentar pra tirar o medicamento; Se extravasou mttt mesmo, pra tirar 
vc vai ter que fazer curetagem via CIRURGIA PERIRRADICULAR. Tem doido que 
diz que extravasar um pouco é bom, outros não. Numa RIZOGÊNESE 
INCOMPLETA é que é mais difícil ainda não extravasar, pois não vamos contar com 
o “controle mecânico” do ápice. Logo, é bom usar essas seringas no CRT-2mm. 
- Acontecem em 2,5 a 16% dos casos; 
- Fatores do hospedeiro podem predispor a Flare-Ups: dor prévia ao tratamento; 
mulheres acima de 40 anos; dentes inferiores; dentes com lesão perirradicular; 
história de alergia e retratamento. 
 
COMO QUE A BACTÉRIA INDUZ FLARE-UPS? 
- Pela extrusão apical de detritos → aquela questão da lima calibrosa de uma vez, 
sem fazer uma boa limpeza cervical. Aí tipo, o paciente antes do procedimento 
estava assintomático, pq havia uma relação equilíbrio entre as defesas do paciente e 
os irritantes presentes, mas a parttir do momento que esses irritantes são lançados 
para o interior da lesão, o equilíbrio é rompido, gerando uma resposta inflamatória 
aguda por parte do hospedeiro. 
- Com aumento do potencial de óxido-redução → as bac que causam os 
problemas endodônticos são, normalmente, bac anaeróbias estritas e facultativos, 
mas quando fazemos abertura coronária o dente fica aberto em contatocom a 
pressão atmosférica que, em presença do ar, os microorganismos facultativos têm 
seu potencial de oxirredução elevado e se multiplicam dms, competindo com as bac 
causadoras, gerando uma reagudizaçao, como o Streptococcus. Incomum. 
 
 
E n d o d o n t i a | Dayanne Alves – UPE/FOP 
 
- Desequilíbrio da Microbiota Endodôntica → As bactérias estão presentes em 
uma comunidade mista no interior do canal radicular, vivendo em uma relação 
ecológica de comensalismo e amensalismo entre si. Contudo, quando realizamos o 
preparo químico-mecânico incompleto do canal, podemos remover algumas 
bacterias e outras, não. Gerando um desequilíbrio nas relações, bactérias que antes 
eram inibidas, agora passam a se proliferar, causando agudização do quadro. 
- Introdução de Novas Bactéria no Canal → Ocorre quando o profissional não 
segue as devidas medidas de assepsia (isolamento do campo operatório) ou, 
quando por acidente, são rompidas. Ambas resultam na introdução de bactérias que 
originalmente não fazem parte da microbiota endodôntica. Caso, consigam 
sobreviver dentro do canal, podem causar infecções secundárias de controle difícil. 
 
DORES PÓS-OPERATÓRIAS 
Quando a gente termina o canal o paciente pode sentir algumas dores pós operatórias. É 
normal nas primeiras 24h. Pois vc alargou aquele canal, vc o manipulou, vc desgastou as 
paredes dentinárias e esse desgaste gera debris dentinários que podem ser empurrados 
para o forame e, ao serem empurrados para o forame, podem gerar desconforto para o 
paciente. Onde isso mais acontece? Nos dentes que são mt curtos ou nos que são mt 
longos. 
- O desconforto resolve-se espontaneamente nos primeiros dias. Após os 7 dias 92% 
dos pacientes ficam assintomáticos. 
Prescreve: 
DECADRON (DEXAMETASONA) → 4mg de 8/8h por 2 dias. 
NIMESULIDA → 50 a 100 mg de 12/12 h, por 3 ou 2 dias. 
 
- E quando a dor for severa e persistente? 
Vê se a obturação tá adequada. Se tiver, vc prescreve analgésico, se não tiver, indica o 
retratamento. O retratamento tbm é indicado caso a dor persista por 15 dias a 1 mês. Se 
tiver uma sobreobturação de guta percha — a obturação tá inadequada: retrata! Mas se 
for só de cimento, a gente prescreve um analgésico e anti-inflamatório e acompanha o 
paciente. Diz que é normal, pois houve um extravasamento de cimento, mas que isso não 
vai causar nenhum prejuízo a saúde dele. Se não resolver, remove a obturação, faz um 
retratamento e drena. E, ainda assim, se não resolver partimos para uma CIRURGIA 
PARENDODÔNTICA, limpando a parte externa do dente. Às vezes o dente está com 
microtrincas ou o biofilme está do lado externo da raiz. 
 
Nunca podemos deixar o dente aberto! 
- Sempre devemos selar coronariamente (após todo conteúdo purulento se esvair). 
Pois deixar o dente aberto para drenagem só traz problemas, tais como: aumento da 
população microbiana dentro do canal, com a introdução de atípicos 
microorganismos em relação a flora endodôntica (bac. entéricas, por exemplo), 
podendo causar infecções secundárias de difícil resolução; introdução de substratos 
para proliferação microbiana; obstrução e contaminação por restos alimentares. 
 
- A PRESCRIÇÃO DE ANTIBIÓTICOS PARA ABSCESSOS só deve ser feita 
quando: 1- apresentar acometimento sistêmico (febre, mal-estar, linfadenite); 2-
celulite; 3- pacientes com risco de endocardite bacteriana. Os antibióticos de 
 
 
E n d o d o n t i a | Dayanne Alves – UPE/FOP 
 
primeira escolha para as infecções endodônticas são as penicilinas, mais 
precisamente a Amoxicilina. Em caso de alergia, opta-se pela Clindamicina. 
 
- Os AINES pra tratar dor de origem endodôntica é de Ibuprofeno pra baixo.

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