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Aula 3 Metabolismo de Lipoproteínas

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Bioquímica 3 
Aula 2 – Metabolismo de Lipoproteínas 
 
Importância das Lipoproteínas 
 
As lipoproteínas transportam e controlam o metabolismo do colesterol e triglicérides (ácidos graxos). Na fase exógena há 
o metabolismo de fase endógena, com a gordura da dieta através de quilomícrons no intestino. Já na fase endógena 
temos o metabolismo de gordura endógena, com ação do fígado e de tecidos extra hepáticos. 
 
Principais classes de lipoproteínas plasmáticas humanas: algumas propriedades 
 
Vimos anteriormente que as lipoproteínas tem importância para o transporte de lipídeos no organismo humano. 
Destacamos as principais proteínas como sendo quilomícrons, VLDL, LDL e HDL. Cabe ressaltar que os quilomícrons são 
as lipoproteínas com a menor densidade, porém, é a que apresenta maior tamanho e o seu conteúdo de triacilgliceróis é 
equivalente a 85% do peso. A VLDL, que é uma lipoproteína de muita baixa densidade, por sua vez, apresenta uma 
composição de triacilgliceróis de apenas 50% em relação a seu peso. Essas duas lipoproteínas são as que possuem mais 
composição percentual de triacilgliceróis, porém, possuem origem metabólica diferente. 
Os quilomícrons possuem origem no intestino, já as VLDL, que são ricas em triacilgliceróis, tem origem no fígado. Essas 
lipoproteínas, então, têm função de auxiliar no transporte de lipídios, focando em triacilgliceróis, especialmente de origem 
exógena, no que diz respeito aos quilomícrons, e de fonte endógena em relação ao VLDL. 
Temos também as frações LDL, que é uma lipoproteína de baixa densidade, tendo como conteúdo majoritário os ésteres 
de colesterila, indicando que o colesterol está esterificado a uma cadeia de acido graxo, ou seja, não está livre, mas sim, 
esterificada. A HDL é a lipoproteína de alta densidade e apresenta um percentual maior de proteína ao ser comparada 
com as outras lipoproteínas, com um percentual de cerca de 55%. Sendo assim, quanto maior o conteúdo proteico da 
lipoproteína, maior sua densidade e, quanto maior seu conteúdo lipídico, menor a sua densidade. 
 
Nessa imagem, temos uma comparação das moléculas das lipoproteínas 
relacionando a sua densidade com seu diâmetro. Podemos observar 
que as lipoproteínas de alta densidade (HDL), apresentam o menor 
diâmetro. Já as lipoproteínas de baixa densidade (quilomícrons) 
possuem o maior diâmetro. Percebemos, então, que os quilomícrons 
podem ser gerados no intestino e sendo responsáveis pelo transporte 
do principal conteúdo lipídico, o triacilglicerol, provenientes na dieta. Já 
a HDL, com maior conteúdo proteico, tem sua maior parcela gerada 
no leito vascular, tendo também algumas frações de origem no fígado 
e intestino. 
 
 
Metabolismo ideal de lipoproteínas 
 
O metabolismo ideal de lipoproteínas envolve a Lipoproteína lipase (LPL), que é uma enzima presente no endotélio e 
tem uma síntese aumentada mediante o trânsito de lipídeos pelo leito vascular. Também temos a participação da Lipase 
Hepática (LH) nesse metabolismo e, também, como peça fundamental desse trânsito e, portanto, facilitando o metabolismo, 
temos as Apolipoproteínas. As apolipoproteínas A, B, C e E merecem um destaque, sendo que essas apolipoproteínas 
são importantes para o transporte pelos tecidos, para o transporte reverso do colesterol dos tecidos para o fígado e no 
que diz respeito ao processo de depuração que, em essência, é a retirada do excedente da circulação com o retorno 
para o fígado. Logo, temos que as apolipoproteínas são mediadoras da internalização de lipídeos pelos tecidos, com sua 
participação no transporte reverso e configurando o processo de depuração. 
Para quantificação dessas lipoproteínas plasmáticas é empregado, hoje, métodos enzimáticos colorimétricos para dosagem 
por meio de kits padronizados para colesterol total, HDL-c e Triglicérides. Os valores referenciais do perfil lipídico são 
estimados para cada paciente. 
 
 
 
 
 
Estrutura molecular do Quilomícron 
 
Aqui temos um maior destaque para a estrutura molecular do quilomícron. Na seta vermelha há a indicação da 
Apolipoproteína C-II, logo, temos que na superfície dessa esfera há a presença de moléculas que correspondem às 
principais apolipoproteínas, como a B-48, C-III e a C-II, que recebe destaque como já mencionado anteriormente. Temos 
também, compondo os quilomícrons, o conteúdo majoritário, que nesse caso são triacilgliceróis e ésteres de colesterol, 
assim como fosfolipídios em sua camada mais externa, tornando possível a sua mobilidade pelo leito vascular. 
 
 
Processamento das gorduras da dieta 
 
Cabe ressaltar que na etapa 4 temos quilomícrons formados pelos enterócitos e com inclusão, entre outras, de 
Apolipoproteína C-II. Esses quilomícrons movem-se pelo sistema linfático e pela corrente sanguínea para os tecidos. A 
lipase lipoproteica, ativada por apoproteína C-II nos capilares, converte triacilgliceróis em ácidos graxos e glicerol. Sendo 
assim, os ácidos graxos entram nas células e são oxidados como combustível ou esterificados novamente para 
armazenamento. 
 
Embora não esteja representado nitidamente, os ácidos graxos são carreados pela albumina, não percorrendo o leito 
vascular de forma livre. Sendo assim, a albumina tem a função de facilitar o transporte dos ácidos graxos (AGL) pelo leito 
vascular. 
 
Metabolismo do Quilomícron 
 
No que diz respeito ao metabolismo do quilomícron, 
temos que no quilomícron o conteúdo de triglicérides 
é muito maior do que o de ésteres de colesterol. 
Temos que o metabolismo do quilomícron envolve 
uma etapa de depuração rápida, ou seja, o retorno do 
que sobrou para o fígado. Temos então que a apo-C-
II é essencial para alvo de LPL no endotélio, liberando 
AGL. Porém, aquilo que sobra do quilomícron, através 
da apo-E3, retorna para o fígado, fazendo com que 
não haja acúmulo de quilomícrons no leito vascular. Essa 
depuração rápida é importante, uma vez que o 
conteúdo lipídico do quilomícron não é mais 
majoritariamente triglicérides, mas sim colesterol. 
 
 
 
 
Metabolismo de HDL-c 
 
O HDL-c é conhecido também como o “bom colesterol”. Alguns artigos trazem como níveis desejados atualizados: 
• Maior de 55 mg/dL em mulheres 
• Maior de 45 mg/dL em homens 
O praticado pelos laboratórios de análises clínicas, amparado pelas diretrizes, é um valor mínimo desejável, tanto para 
homens quanto para mulheres, de 40 mg/dL. 
Olhando para a imagem, temos os 
principais pontos de origem do HDL. Ela 
pode ser originada no fígado e no 
intestino, sendo que os transportadores 
ABCA1, em ambos os órgãos, permite o 
transporte do HDL nascente. Esse 
transportador ABCA1 marca essa HDL 
nascente com uma Apolipoproteína A-I. 
Temos que, no leito vascular, essa HDL 
nascente sofre ação da enzima LCAT, 
que é responsável pelo amadurecimento 
dessa HDL no leito vascular, sendo esse 
o motivo de o leito vascular ser o principal 
foco de geração de HDL madura. Temos 
então que a LCAT irá formar 
subfrações, a HDL 3 e a HDL 2. A HDL 
3, por apresentar apo AII, já possui um 
efeito cardioprotetivo. A LCAT então, irá 
continuar seu ciclo gerando HDL 2, apresentando apo E, que é responsável pelo retorno dessa subfração para o fígado, 
uma vez que é reconhecida pelos receptores hepáticos SR-B1. 
Esse efeito cardioprotetivo do HDL 3 e HDL 2 é devido à sua propriedade de remoção do LDL que se oxida no leito 
vascular, inibindo também a fixação de moléculas de adesão, o que poderia promover a obliteração do canal vascular. 
Estimula também a liberação de óxido nítrico. 
 
Metabolismo de VLDL 
 
É a lipoproteína de densidade muito baixa que, semelhante 
ao quilomícron, apresenta os triglicérides em maior 
quantidade do que qualquer outro componente, porém, 
com origem nos hepatócitos. Durante a síntese de VLDL, 
temos a incorporação de Apo C-II na sua “capa”, sendo 
alvo de LPL no endotélio. Há a presença de Apo B100 de 
forma a identificar essa partícula de VLDL, além deApo 
E-II, responsável pelo retorno de VLDL remanescente 
para o fígado. 
A metabolização de VLDL com formação de VLDL 
remanescente acaba por gerar uma forma intermediária 
chamada IDL, posteriormente formando LDL. A apo B-100 
apresenta uma função importante nesse LDL, que possui 
maior quantidade de esteres de colesterol, sendo 
responsável pela recaptação de LDL pelos tecidos. 
Quando o nível de insulina está alto (após uma refeição), 
as VLDL atuam principalmente para transportar lipídeos da 
dieta para o tecido adiposo para armazenamento. No estado de jejum ou entre as refeições, os ácidos graxos usados 
para produzir as VLDL no fígado são originários principalmente do tecido adiposo, e o principal alvo das VLDL são os 
cardiomiócitos e músculo esquelético. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Metabolismo LDL-c 
 
 
Acúmulo de LDL contendo grupos acil-graxo parcialmente oxidados – Células do sistema imune (monócitos) são atraídas 
para a região onde há acúmulo de LDL, e elas se diferenciam em macrófagos, que captam o LDL oxidado e o colesterol 
que eles contêm – Acumulo de colesterol livre nas células espumosas e em suas membranas, elas sofrem apoptose – 
oclusão das artérias progressivamente pelas placas, consistindo em material da matriz extracelular, tecido cicatricial formado 
por tecido muscular liso e células espumosas remanescentes.

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