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Departamento de Ciências Exatas e da Terra Universidade Federal de São Paulo Professor: Dr. Cristiano Raminelli Tema da aula: Compostos Carbonílicos - Aula 02 Curso: Química (Bacharelado) Disciplina: Introdução à Química Orgânica Período: Integral Reações com Íons Acetileto CarbânionpKa=24 pKa=33 Adição de Nucleófilos de Carbono 2 Adição de Nucleófilos de Carbono (Formação de ligações carbono-carbono) Adição de cianeto de hidrogênio - Esta reação leva à formação de cianoidrinas (hidróxi-alcanonitrilas). - Devido à alta toxicidade do HCN, adiciona-se lentamente pequenas porções de um ácido forte a um sal de cianeto (tipicamente NaCN), o que produz HCN in situ em concentrações pequenas. O + NaCN HCl conc. (-NaCl) OH CN cianoidrina 3 Adição de Nucleófilos de Carbono (Formação de ligações carbono-carbono) Adição de cianeto Mecanismo da adição de -CN a aldeídos/cetonas Reação reversível - Instável em meio básico Acontece o mesmo com os ácidos sulfúricos e clorídricos? 4 • As cianoidrinas são intermediários úteis em síntese orgânica. • Podem ser hidrolisadas aos respectivos a-hidróxiácidos ou ácidos a,b-insaturados (desidratação em meio ácido). Veja mecanismo da hidrólise ácida e básica no material suplementar. Exemplo: Leitura sugerida: “Hidrólise de nitrilas” In: SOLOMONS & FRYHLE Química Orgânica. 8 ed. v. 2, Cap. 18, p. 125-126. ab 5 6 HIDRÓLISE DE NITRILAS: Ácidos Carboxílicos Adição de reagentes organometálicos - Um reagente organometálico apresenta ligação carbono-metal (ex: magnésio ou lítio). - A reatividade dos compostos organometálicos aumenta com caráter iônico da ligação C-Metal. Compostos organometálicos de lítio e magnésio (RMgX e RLi) apresentam caráter iônico considerável (35% e 40%, respectivamente). São nucleófilos e bases fortes. François Auguste Victor Grignard – químico francês que recebeu o Prêmio Nobel em 1912 pela descoberta da reação de Grignard (ver adiante). Diferença de eletronegatividade entre os átomos < 0,5 ligação covalente apolar 0,5 a 1,9 ligação covalente polar > 1,9 ligação iônica 7 • Os reagentes organometálicos são básicos e podem reagir com ácidos. 8 Reação de organometálicos com o formaldeído leva à obtenção de álcoois primários Reação de organometálicos com aldeídos superiores leva à obtenção de álcoois secundários 9 • Os reagentes organometálicos também se comportam como nucleófilos (carbânions). Reação de organometálicos com cetonas leva à obtenção de álcoois terciários Reação de organometálicos com CO2 leva à obtenção de ácidos carboxílicos 10 Reação com reagentes de Grignard com ésteres • A reação de ésteres com reagentes de Grignard levam à obtenção de álcoois terciários como produtos. • Observe que uma cetona é intermediário da reação. Exemplos: 11 Adição de Nucleófilos de Nitrogênio Adição de aminas primárias: formação de IMINAS - Esta reação é catalisada por ácido (reação ocorre mais rapidamente em pH entre 4 e 5). - Todas as etapas são reversíveis e as iminas podem ser hidrolisadas em meio ácido regenerando a amina primária e o composto carbonílico de partida. Aldeídos/cetonas reagem com aminas primárias para fornecer iminas. Aldeídos/cetonas reagem com aminas secundárias para fornecer enaminas (será discutido em disciplinas posteriores da Química Orgânica) (reação de adição-eliminação) 12 Mecanismo da formação de iminas em meio ácido 13 Mecanismo da formação de enaminas em meio ácido 14 Reação com derivados da amônia - Formação de OXIMAS: reação com hidroxilamina - Formação de HIDRAZONAS: reação com hidrazinas 15 - Formação de SEMICARBAZONAS: reação com semicarbazida Exemplos: 16 Adições de hidreto: Reações de redução Esta é uma reação de redução Por que a adição de H- não ocorre adicionando-se, por exemplo, NaH? O orbital 1s2 é muito pequeno e não tem uma boa interação com o orbital LUMO da carbonila. H- reagem sempre como bases. 17 Como ocorre a adição de hidretos à carbonila? Na verdade, é uma transferência de hidreto. Qual a estrutura da espécie NaBH4? O LiAlH4 também é utilizado como redutor de compostos carbonílicos. O LiAlH4 é um redutor mais forte que o NaBH4, já que o alumínio é um átomo mais eletropositivo que o boro, deixando o átomo de hidrogênio com uma densidade de carga negativa maior. 18 • O NaBH4 é um redutor mais fraco do que o LiAlH4, sendo utilizado para a redução de aldeídos e cetonas. • A redução de ácidos carboxílicos e derivados exige a utilização de hidretos mais fortes, como o LiAlH4. Explique a ordem de reatividade dos compostos carbonílicos frente aos redutores mostrados acima. 19 • Compostos carbonílicos também podem ser reduzidos por reações de hidrogenação catalítica. Exemplo: • Compostos carbonílicos podem ser reduzidos aos respectivos hidrocarbonetos através da redução de Clemmensen. • Compostos carbonílicos podem ser reduzidos aos respectivos hidrocarbonetos através da redução de Wolff-Kishner. O R R Zn(Hg) HCl CH2 R R Redução de Clemmensen O R R CH2 R R Redução de Wolff-Kishner H2N NH2 H2O, 20 Mecanismo geral da redução de Wolff-Kishner 21 22 Derivados de Ácidos Carboxílicos ÁCIDOS CARBOXÍLICOS 23 Estrutura e Propriedades de Ácidos Carboxílicos e Derivados * Ácidos carboxílicos são caracterizados pela presença do grupo carboxila. * Características do grupo funcional: Ácido fórmico: carbono carbonílico é trigonal planar: 24 Até quatro carbonos, completamente solúveis em água: Formam dímeros quando puros e em soluções diluídas de solventes próticos: O O H O OH - - - - 25 26 Mas como preparar os cloretos de ácido? Mecanismo da reação de ácido carboxílico com cloreto de tionila 27 Conversão de Cloretos de Ácidos em outros derivados de Ácidos Carboxílicos 28 29 Reação com Álcoois – Formação de Ésteres 30 Reação com amônia e aminas – Formação de amidas - Podemos usar aminas terciárias nessa reação? - Por que usar excesso da amina ou base na reação? 31 Hidrólise – Formação de ácidos carboxílicos Por que não podemos deixar os cloretos de ácido expostos ao ambiente? 32 Reações de Ácidos Carboxílicos Reação com álcoois • A reação entre um álcool e um ácido carboxílico em meio ácido é conhecida como Esterificação de Fischer. 33 Não existe espécie carregada negativamente na reação 34 mecanismo para hidrólise de ésteres em meio básico 35 Mecanismo para hidrólise de amidas em meio ácido 36 100oC, 1-3 h Após a formação do intermediário tetraédrico, o íon NH2- (pKaH 35) tem apenas uma pequena chance de sair quando o íon OH- (pKaH 15) é o outro grupo de partida possível. A formação irreversível do íon carboxilato desloca os equilíbrios das etapas anteriores na formação do produto. Mecanismo para hidrólise de amidas em meio básico Referências bibliográficas SOLOMONS, T. W. G.; FRYHLE, C. B. Química Orgânica. Tradução de Robson Mendes Matos. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC - Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 2006, v. 1 e 2. BRUICE, P. Y. Organic Chemistry. New Jersey: Prentice Hall, 2004. CLAYDEN, J. et al. Organic Chemistry. New York: Oxford University Press, 2000. MORRISON, R. T.; BOYD, R. N. Química Orgânica. 14 ed. Lisboa: Fundação Calouste Culbenkian, 2005. CAREY, F. A. Organic Chemistry. 7 ed. New York: McGraw-Hill, 2007. 37
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