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TCC FINALIZADO

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35
BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL
JANAINE DE CÁSSIA ELEOTÉRIO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
A INSERÇÃO DO DEFICIENTE NO MERCADO DE TRABALHO
Itabira 
2020
JANAINE DE CÁSSIA ELEOTÉRIO
TRABLHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
A INSERÇÃO DO DEFICIENTE NO MERCADO DE TRABALHO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à
Universidade Pitágoras UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social.
Orientador: Profora. Valquíria Aparecida Dias Caprioli
Itabira
2020
Dedico ao meu marido Jaquellhyne Aparecida Eleotério, por ser a pessoa que mais me incentivou a buscar novas perspectivas e acreditar nos meus sonhos. 
AGRADECIMENTOS
A Deus primeiramente por se autor e consumador da minha fé, por me permitir acordar todos os dias e acreditar que na presença Dele tudo é possível. Minha força, minha esperança, meu alicerce, meu tudo.
Aos meus pais Geraldo Paulo da Silva e Elza Iria Costa Eleotério pelo apoio e incentivo que serviram de alicerce para as minhas realizações e por serem sempre o meu exemplo, o que sou hoje é consequência da criação dada por vocês
Aos meus irmãos Jaquellhyne Aparecida Costa Eleotério, Christian Henrique Costa Eleotério e Creiton José Eleotério pela amizade e atenção dedicadas quando sempre precisei.
A todos os meus amigos do curso de graduação que compartilharam dos inúmeros desafios que enfrentamos, sempre com o espírito colaborativo.
A todos os meus amigos de vida, que souberam entender até mesmo a minha ausência, quando a demanda dos estudos exigia mais de mim, que souberam entender até mesmo a minha mudança de humor quando acreditava que não ia conseguir seguir enfrente, é muito bom ter amigos como vocês, não citarei nomes porque poderei ser injusta esquecendo-me de alguns, mas todos você estão no meu coração.
A nossa tutora de turma, Nélia aparecida Gerônimo Dias, por nunca mediu esforços em nos ajudar na busca pelo conhecimento.
Enfim, gostaria de agradecer a todos que direta ou indiretamente me ajudaram a chegar até e conquistar mais essa vitória. Sou muito feliz por isso
Lutar pelos direitos dos deficientes é uma forma de superar as nossas próprias deficiências
John F. Kennedy
ELEOTÉRIO, Janaine de Castro. A Inserção do Deficiente Físico no Mercado de Trabalho. 2020. 37 fls. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Serviço Social) – Centro de Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, Universidade Pitágoras UNOPAR, Itabira, 2020.
RESUMO
O objetivo deste trabalho é entender como ocorre a Inserção do Deficiente Físico no mercado de trabalho, considerando todas as dificuldades em relação a acessibilidade e suas limitações, trazendo o questionamento se as empresas estão ou não realmente preparadas pra receber esse profissional. Esta questão será discutida nesta pesquisa através de uma Revisão Bibliográfica, com análise no trabalho do Serviço Social. Percebe-se que cada vez mais surgem novas Leis e Decretos, dando direito aos deficientes, permitindo que tenham os mesmos direitos profissionais que qualquer outro cidadão, porém a realidade não é condizente, o que se vê na verdade é a dificuldade de Inseri-los no mercado de trabalho, onde não se permite uma concorrência leal, com base nos seus talentos e habilidades. Neste contexto foi desenvolvido este Trabalho de Conclusão do Curso.
PALAVRAS CHAVE: Deficiente, Mercado de Trabalho, Inserção
ELEOTÉRIO, Janaine de Castro. The Insertion of the Disabled Person in the Labor Market. 2020. 37 pages Course Completion Work (Bachelor of Social Work) - Center for Business and Social Applied Sciences, Pitágoras UNOPAR University, Itabira, 2020..
ABSTRACT
The objective of this work is to understand how the Insertion of the Physically Disabled occurs in the job market, considering all the difficulties in relation to accessibility and its limitations, raising the question whether or not companies are really prepared to receive this professional. This issue will be discussed in this research through a Bibliographic Review, with analysis in the work of Social Work. It is noticed that more and more new Laws and Decrees are appearing, giving the disabled the right, allowing them to have the same professional rights as any other citizen, but the reality is not consistent, what is seen in reality is the difficulty of Inserting them in the job market, where fair competition is not allowed, based on your talents and skills. In this context, this Course Conclusion Work was developed. 
KEY WORDS: Disabled, Labor Market, Insertion
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	9
 1-1 OBJETIVOS	9
 1.1.1 Objetivo Geral	9
 1.1.2 Obejtivos Especícos	10
 1-2 Justificariva	10
 1-3 Metodológia	10
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA	11
 2.1 Conceito de Deficiência	11
 2.2 A História da Deficiência 	12
 2.3 O Trabalho 	15
 2.4 O Pananorama do Trabalho no Brasil 	16
 2.5 O Deficiente no Mercado de Trabalho 	16
 2.5.1 Leis de Cotas para Ingressar no Mercado de Trabalho	16
 2.5.2 Contratando o Deficiente	18
 2.5.3 Portador de Deficiência Habilitado	18
 2.5.4 Em que Modalidade se da a Contratação do Portador de deficiência	19
 2.5.5 Processo de Admissão do Portador de Deficiência	20
 2.5.6 Salário Diferenciado	21
 2.6 Deicientes, Direitos e Benefícios 	21
 2.6.1 Direito a Inserção	22
 2.7 A inclusão e Suas Dificuldades 	23
 2.8 Capacitando o Portador de Deficiência 	24
 2.9 A Dificuldade na Localização da Pessoa com Deficiência 	25
 2.10 Preconcito o Maior de Todos os Obstáculos 	25
 2.11 As Ferramentas que Auxiliam na Inserção 	26
 2.12 O Número de Trabalhadores Portadores de Deficiência no Mercado Formal 	29
2.13 A Atuação do Assistente Social na Inserção do Portador de Deficiência no Mercado de Trabalho 	30
3 CONSIDERAÇÕES INAIS	32
REFERÊNCIAS	33
	
	
	
	
1 introdução
Apesar de a palavra cidadania estar em moda nos últimos tempos, e muitos estarem lutando pra sua ampla concepção, ainda encontramos muitas dificuldades para o seu completo exercício, um grande exemplo disso é inserção do deficiente físico, que sofrem uma gigantesca exclusão econômica, em face da dificuldade de sua inserção no mercado de trabalho.
Há algum tempo atrás os deficientes físicos eram meros beneficiários de políticas de assistência sociais, demorou muito tempo para entender a necessidade de inseri-los em uma vida socialmente ativa, hoje eles tem se tornado autores do próprio destino, buscando seu direito de ir e vir, estudar, trabalhar, conscientizando que esta a chave de abertura para sua inserção como qualquer outro cidadão, tendo assim que superar todas as suas limitações. 
	O papel do Estado é sim de suma importância, mas essa responsabilidade não se aplica só a Ele, a Família e a Sociedade no modo geral tem grande responsabilidade para construção da cidadania do deficiente físico. A construção de uma sociedade igualitária depende de todos nós que por meio de políticas públicas eficientes, que buscam parcerias com empresas que capacitarão, respeitarão e valorizarão a mão de obra de pessoas com necessidades especiais.
	O primeiro passo para inserir o deficiente no mercado de trabalho é se despir de todo e qualquer tipo de preconceito em relação a eles, enxergá-los como pessoas que mesmo com suas limitações, são capazes de desenvolver atividades laborais.
1.1 Objetivos
1.1.1 Objetivo Geral
· Compreender o funcionamento e as dificuldades da Inserção do deficiente no mercado de trabalhos
1.1.2 Objetivos Específicos
· Caracterizar deficiente físico
· Apontar as dificuldades encontradas para inserção do deficiente no mercado de trabalhos
· Conhecer os direitos dos deficientes em relação ao trabalho
· Analisar as oportunidades 
1.2 Justificativa
Justifica-se o presente trabalho, pela necessidade de conhecer melhor a situação do deficiente físico e sua dificuldade de inserção no mercado de trabalho, pois muito pouco se fala e se faz nesse sentido. A pesquisa também pelo preconceito muitas vezesvelado com relação aos PcD, impedindo assim sua inserção no mercado de trabalho. Dai se dá a importância do trabalho do Assistente Social dentro das empresas para que o deficiente seja inserido de forma justa e igualitária. 
1.3 Metodologia
		A metodologia utilizada no presente trabalho se trata de uma pesquisa bibliográfica, através de estudo de estatuto, artigos, livros, revistas e sites universitários confiáveis que abordam o assunto de forma séria e consciente. Manzo e Trujillo (apud MARCONI; LAKATOS, 2003, p.183) enfatizam que a pesquisa bibliográfica nos oferecem meios para definir assuntos já abordados e também explorar áreas ainda pouco conhecidas em relação ao tema, reforçando ao mesmo tempo a manipulação das informações obtidas.
		
 REVISÕES BIBLIOGRÁFICA
2.1 Conceitos de Deficiência
No art 2° da Lei Federal n° 13.146/2015: Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
As deficiências podem ser classificadas em:
· Física: Limitação motora, como paraplegia, tetraplegia, paralisia cerebral e amputação.
· Auditiva: Redução ou ausência da capacidade de ouvir, determinados sons em diferentes graus de intensidade.
· Visual: Redução ou ausência total da visão, podendo ser dividida em baixa visão ou cegueira,
· Intelectual: Funcionamento Intelectual significativamente inferior à média e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como, cuidado pessoal, comunicação, saúde e segurança.
· Mental: Presença das habilidades Intelectuais necessárias, que, entretanto apresentam funcionamento comprometido. Temos como exemplo as esquizofrenias, o transtorno bipolar entre outros.
· Transtorno do Espectro Autista: Síndrome clínica caracterizada por deficiência persistente e significativa da comunicação e interação social, ausência de reciprocidade social, ou ainda padrões restritivos e repetitivos de comportamentos, interesses e atividades, excessiva aderência de rotinas, interesses restritos e fixos.
· Múltiplas: Associação de duas ou mais deficiências.
· Surdocegueira: Deficiência única, que representa a perda da visão e da audição concomitantemente em diferentes graus.
Conceituar deficiência é tarefa difícil até mesmo pros doutrinadores, ao. 
longo dos anos várias expressões pejorativas foram usadas para identificar os deficientes, tais como: “excepcional”, “retardado”, “desvalido”, “aleijado”, “minusvalido”, “cego”, “surdo-mudo”, “mancos”, “indivíduos de capacidade limitada”. 		Na atualidade os termos mais usados são “pessoas portadoras de deficiências” e “pessoas com necessidades especiais”
2.2 A História da Deficiência
		A relação sociedade/deficiente varia de acordo com a cultura de cada povo, dependendo de cada cultura, crença ou ideologia, de acordo com Franco e Dias (2005), é inegável a influência desses fatores no decorrer da história.
		Na cultura grega as pessoas portadoras de deficiência eram conhecidas, como fracas, incompletas, imperfeitas, de acordo com Sullivan (2001), as crianças deficientes nascidas em Esparta, eram assassinadas, lançadas ao mar ou jogadas em precipícios, em contrapartida Atenas já tratavam os deficientes de uma forma mais humanitária, por influência de Aristóteles, que definiu juridicamente: “Tratar os Desiguais de maneira desigual constitui-se em injustiça”.
		Os historiadores relatam que em Esparta, os recém-nascidos, deficientes ou não tinham que se apresentados ao Conselho Espartano, se a criança, for considerada norma, ela volta para a família até os sete anos de idade, quando retorna ao Estado para se tornar um guerreiro, mas se a criança fosse considerada deficiente ou até mesmo fraca ou franzina, elas não eram nem mesmo devolvidas aos pais, já eram imediatamente jogadas no abismo, segundo eles, nem para as crianças seria bom sobreviver com tal limitação. (LICURGO DE PLUTARCO opud GARCIA. 2011. p. s/p.).
		Garcia (2011. p. s/p.) relata também que na Roma Antiga os romanos agiam da mesma forma, tanto aos nobres como aos plebeus era permitido sacrificar os filhos que nasciam deficientes.
		Na Idade Média, período que compreende os séculos V aos séculos XV, as pessoas doentes ou deficientes eram colocados em locais sem nenhuma condição de higiene e saúde, ficando vulnerável a todo tipo de epidemias e doenças contagiosas, vivendo assim em condições sub-humanas.
		Já entre os Séculos XI e XII, período da Inquisição, a Igreja Católica, considerava as pessoas com deficiência frutos da “ira de Deus”, então essas pessoas eram sacrificadas em virtude de sua má formação.
		Os portadores de deficiência, no século XV, estavam inseridos no contexto de marginalidade e pobreza, o que envolvia a maioria da população, apesar dos atos caridosos e solidários da época, essas pessoas faziam parte da camada excluída.
		As mudanças de pensamento começam surgir entre os séculos XV e XVII, onde ocorre certa humanização do mundo europeu cristão e ocorre também a libertação de alguns dogmas e crendices, e despertando assim a ciência, libertando o homem da crença da “ira de Deus”, como castigo, passando assim a um pensamento mais racionalizado. De acordo com Silva, essa evolução do pensamento do homem “alteraria para melhor a vida do menos privilegiado”, classe em que estavam inseridos na época os portadores de deficiência. (apud GARCIA, 2011, p. s/p.).
		Somente no Século XIX é que começam a surgir algumas ações que atendem diretamente ao deficiente, no Brasil no ano de 1841 o Decreto nº 82 de 18 de julho, vinculado a Santa Casa de Misericórdia é fundado o Hospício Don Pedro II, situado no Rio de Janeiro, mas para atendimento exclusivo de alienados. Já em 1854 surge o Imperial Instituto dos Meninos Cegos (atual Instituto Benjamin Constant – IBC) e em 1856, o Imperial Instituto dos Surdos-Mudos (hoje Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES). Nesse período somente a classe dos cegos e surdos tinham acesso a ações direcionadas a educação.
		Com o surgimento da industrialização com início na década de 1920 e aprofundado entre 1940 e 1950, inicialmente através da sociedade civil, começam a surgir algumas instituições voltadas para o atendimento das pessoas portadoras de outros tipos deficiências, atuando não só na educação, mas também na saúde. Nessa época era a sociedade que determinava a deficiência ou não de uma pessoa, conforme Baker (2006), se um indivíduo mesmo com limitações fosse capaz de se sustentar ou tivesse alguém para tal, não seria considerado deficiente e era inserido na sociedade. A questão do deficiente não só no Brasil, como no restante do mundo, foi desenvolvida em um longo processo de reflexão da problematização, trazendo assim algumas conquistas.
O percurso histórico das pessoas com deficiência no Brasil, assim como ocorreu com as civilizações mais remotas em todas as demais partes do mundo, foi assinalado por uma fase inicial de eliminação e de exclusão, deixando a margem da sociedade este segmento, percebido historicamente, como constituído por pessoas incapazes e/ou doentes. Mais especificamente, tanto na velha Europa como no Brasil, a quase totalidade das informações sobre a história das pessoas deficientes encontra-se diluída em comentários relacionados à categoria mais ampla dos “miseráveis”, aos doentes e aos mais pobres (PEREIRA; SARAIVA, 2017, p. 177-178)
		Em 1932 é criada a Pestalozzi e em 1954 a APAE (Associação de Pais e Amigos do Excepcional), instituições essas voltadas para a educação de pessoas com deficiência intelectual, em 1956 quebrando os paradigmas de que os surdos eram pessoas incapazes de aprender surge o Instituto Nacional de Educação do Surdo.
		Nos meados e final da década de 70, houve uma maior efetividade nos movimentos de pessoas portadoras de deficiência, começava ai a redemocratização do país, tendo fim à era militar. A Coalizão Pró-Federal Nacionalde Entidades de Pessoas com Deficiência, foi criada em 1979, alcançando nível nacional, antes disso não havia comunicação entre outras associações criadas de forma isolada.
		O primeiro encontro de pessoas com deficiências no Brasil, aconteceu em Brasília no ano de 1980, tendo participação de deficientes e pessoas ligadas à causa de todo país, cada deficiente reivindicou segundo suas limitações, cadeirantes – rampas, surdos – língua de sinais, cegos – braile e assim por diante, esse encontro foi um marco para inserção do deficiente, a parir dai começaram a ganhar voz.	
		O segundo Encontro Nacional de Entidade de Pessoas com Deficiência junto ao Primeiro Congresso Brasileiro da Pessoa Com Deficiência, aconteceu em 1981 em Recife, esse ano foi considerado pela ONU como o ano Internacional da Pessoa com Deficiência, as expressões pejorativas como “invalido” e “incapacitado” foram substituídas por pessoa com deficiência, um grande marco deste ano também foi à especificação das deficiências.
		Em São Bernardo dos Campos, em 1983, acontece o terceiro encontro, dando ainda mais visibilidade à luta da classe, já em 1987 e 1988, deficientes participaram da Assembleia Nacional Constituinte, onde tiveram participação ativa nas discussões, foram um total de oito seções, onde três foram relativas a questões ligadas aos portadores de deficiência, onde foi garantida a distribuição do tema em artigos constitucionais, nos tópicos do direito cidadão, do direito a saúde, do direito a educação.
		Até chegar à atualidade, muitas lutas foram travadas, mas os direitos das pessoas portadoras de deficiência foram garantidos pela Lei federal nº 13.146/2015, comumente conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, garantido assim a assegurando assim o direito a igualdade e cidadania.
2.3 O Trabalho
		O trabalho é definido como um conjunto de atividades realizadas, é o esforço feito por indivíduos, com o objetivo de atingir uma meta.
		O trabalho possibilita ao homem viver uma vida com dignidade, é através dele que o cidadão busca o meio de realizar seus sonhos e objetivo de vida. È no trabalho que se desenvolve e aperfeiçoa as habilidades explorando ações e iniciativas.
		O homem aprende a conviver com diferenças e se desvencilhar do egoísmo, pois se torna inevitável a convivência em equipe, pensando não somente no bem comum, mas no bem estar e desenvolvimento da empresa.
		A conquista do próprio espaço é um dos maiores ganhos trazidos pelo trabalho, a partir dele vem a conquista do respeito e a autoestima, trazida pela realização de um trabalho feito com excelência e nada melhor para o ser humano que a satisfação pessoal e profissional.
		Há uma grande distância entre trabalho e emprego, enquanto o trabalho proporciona ao homem a realização pessoal através de seus projetos e metas o emprego trás em si somente uma realização financeira, podendo ser até mesmo uma atividade alienada, tendo uma grande chance de ser infeliz, fazendo tarefas que não te realizam pessoal e profissionalmente. Como já dizia o estudioso alemão Max Weber (1864 – 1920): “o trabalho enobrece o homem”,
2.4 O Panorama do Trabalho no Brasil
		O Brasil também tem seu lugar na crise do trabalho, principalmente num cenário não favorável, o cenário do trabalho no Brasil tem como grande característica a instabilidade, as questões históricas tais como a abolição da escravatura, imigração europeia, crescimento demográfico e migração rural, criaram um excesso de mão de obra que não foram absorvidas pelo mercado brasileiro. 
		Segundo Pochmann, a crise econômica internacional (que teve início em 2018, teve suas consequências também no brasil, trazendo com ela aumento do desemprego, a ocupação precária e a rotatividade de mão de obra, menos contratações e mais demissões).
		Na medida em que os setores mais afetados se recuperem, espera-se que o país retome o crescimento e consequentemente o aquecimento do mercado de trabalho.
		O Estado tem grande capacidade em promover o aumento de postos de trabalho, tanto em tempos favoráveis como em tempos de crise, porém essa capacidade depende de vontades políticas de melhorar progressivamente as condições de vida, neste contexto estão inseridas as ações sociais e políticas públicas de inserção de pessoas portadoras de deficiência.
2.5 O Deficiente no Mercado de Trabalho	
2.5.1 – Lei de Cotas para Ingresso no Mercado de Trabalho
		A Lei que define a cota de vagas para deficientes nas empresas é a 8.213/91, ela exige que grandes empresas tenham um percentual mínimo de pessoas com deficiências entre seus colaboradores, esse percentual está descritos nos incisos de I ao IV do art. 93 da Lei supracitada, conforme descreve a tabela a baixo.
Tabela 1:
	Números de Funcionários
	Percentual de Deficientes
	De 100 até 200
	2% das vagas
	De 201 até 500
	3% das vagas
	De 501 até 1000
	4% das vagas
	A partir de 1000
	5% das vagas
		A lei de cotas foi implantada há mais de 20 anos, mesmo assim muitas empresas justificam a falta de mão de obra qualificada como motivo para não cumpri-la, qualificar pessoas com deficiência para o mercado de trabalho é uma tarefa árdua, sem contar que a qualificação para o trabalho se da principalmente pelo exercício da função e que é sempre complementada pelos treinamentos oferecidos pelas empresas, como se qualificar se não tiver a oportunidade. O que ocorre bastante também a contratação do “deficiente sem deficiência”, isso acontece quando os recrutadores de RH, optam por contratar portadores de deficiência que exigem menos preparo e esforço para adaptação dentro da empresa.
“As empresas se tornam verdadeiramente inclusiva na medida em que suas motivações não se restringem ao cumprimento da Lei de Cotas e, sim, que se fundamentam na crença de que a contratação de pessoas com deficiências e o consequente atendimento às suas necessidades especiais beneficiam a todos, inclusive as próprias empresas, e refletem conceitos altamente valorizados no Século XXI” (SASSAKI, 2006, P. 44)
		É muito comum ouvir casos de empresas que contratam deficientes para ficarem em casa ou seja para não trabalhar, servindo somente para cumprir protocolo, por exigência do Ministério Público, isso acontece com muito mais frequência que o imaginado, a Lei de Cotas é vista somente como uma obrigação e não como inclusão.		
		Por que isso acontece? 
		A falta de informação e de conhecimento das deficiências por parte dos gestores é o fator principal, eles não sabem explorar e lidar com as habilidades dos deficientes e na maioria das vezes nem se interessam em buscar conhecer, isso gera preconceito, porque se pautam somente nos mitos e não numa mudança de postura que gera esclarecimento, trazendo uma inclusão benéfica para empresa. Um grande exemplo de mito na contratação do deficiente é que é uma “mão de obra mais cara”, acreditando que os gastos com as teologias assistivas encarecem a contratação. Há no mínimo dois motivos que fazem cair por terra essa crença equivocada, encontrar pessoas que se encaixem no perfil desejado é um desafio, mesmo tendo deficiências ou não e se você investe em tecnologia assistiva, isso acontece uma única vez, da mesma forma que se investe em tecnologia padronizada. Percebe-se aqui, que é preciso qualificar os gestores e não os colaboradores portadores de deficiência.
2.5.2 Contratando o Deficiente
		A contratação da pessoa com deficiência como qualquer outra deve ser planejada, o deficiente como qualquer outro deve obedecer todas as normas e rotinas admissionais, tais como, processos seletivos e exames admissionais
2.5.3 Portador de Deficiência Habilitado
		 É considerada pessoa com Deficiência Habilitada ,aquela que concluiu curso de educação profissional de nível básico, técnico ou tecnológico, ou curso superior, com certificação ou diplomação expedida por instituição pública ou privada, legalmente credenciada pelo Ministério da Educação ou órgão equivalente, ou aquela com certificado de conclusão de processo de habilitação ou reabilitação profissional fornecido pelo INSS. Considera-se,também, pessoa portadora de deficiência habilitada aquela que, não tendo se submetido a processo de habilitação ou reabilitação, esteja capacitada para o exercício da função (art. 36, §§ 2º e 3º, do Decreto nº 3.298/99).
		Sendo o deficiente habilitado, cabe as empresas aproveitar sua mão de forma eficaz, promovendo cada vez mais a sua capacitação, através de cursos e treinamentos, inserindo-os assim de forma eficiente ao ambiente de trabalho, com o convívio também poderá notar onde é maior a adaptação do funcionário portador de deficiência. As organizações que investem em treinamentos e capacitações, são sempre o bem mais sucedido no mercado de trabalho.
2.5.4 Em que Modalidade se dá a Contratação da Pessoa Portadora de Deficiência
		Com base no artigo 35 do Decreto n° 3.298/99 a inclusão pode se dar de três formas:
Colocação seletiva: ocorre de forma especial, com ambiente de trabalho adequado, onde o deficiente pode ter carga horária flexível e salário proporcional a essa carga horária.
Colocação competitiva: A deficiência não é critério de diferenciação com os demais, na cobrança e na avaliação, inclusive na qualidade e produtividade da prestação de serviços, não serão excluída a utilização de apoios
Em alguns casos podem acontecer a intermediação de entidades sem fins lucrativos na Contratação Seletiva, são elas:
· Trabalho por conta própria: formas autônomas de trabalho através de economia familiar ou cooperativas, tendo como finalidade a economia financeira.
· Feitas através de convênio com empresas públicas ou privadas e a instituição, nesta modalidade o trabalhador passará por um período de treinamento e adaptação, se inferior a seis meses, não caracterizará vínculo empregatício. 
· De acordo com M.T.E., se realizado através de entidades sem fins lucrativos idôneas, com finalidade de assistência ao deficiente, não caracterizará vínculo empregatício, a contratação será considerada para fins terapêuticos, ou desenvolvimento laboral reduzido, na inserção do Deficiente no mercado de trabalho.
· Comercialização de bens e serviços, decorrente de programas de habilitação profissional do deficiente.
Vale salientar, que as contratações mediadas por entidades sem fins lucrativos não poderão ser contabilizadas nas vagas de cotas para deficientes. 
		
2.5.5 Processo de Admissão do Portador de Deficiência
		Ao contratar o profissional com deficiência o processo deve ser feito com total clareza, as exigências devem estar em adequadas as particularidades da deficiência, utilizando instrumentos acessíveis nos testes e entrevistas, utilizando de todos os meios que venham viabilizar um processo claro e sem constrangimentos, utilizar interprete de sinais em caso de surdos e braile em caso de cegos, para que isso ocorra é necessário previamente que solicite ao candidato que identifique a sua deficiência, para que não ocorra transtornos na hora da contratação.
		A comprovação da deficiência pode se dar das seguintes formas:
· A deficiência deve ser atesta através de laudo médico expedido pelo médico do trabalho da empresa ou de outro médico qualificado, de acordo com as definições estabelecidas no art 1° do Decreto 3.298/99 e arts. 3° e 4° com alterações do art. 70 do Decreto 5.296/04, deverão ser especificados o tipo de deficiência e deverá ter a autorização expressa do empregado.
· Certificado de reabilitação profissional emitido pelo INSS.
Quando contratado o profissional deficiente deve ser informada no CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e também na RAIS (Relação Anual das Informações Sociais), a empresa pode ser atuada caso a RAIS contenha informações falsas ou inexatas, de acordo com a Lei n° 24 da Lei n° 7.998/90, e art. 7° do Decreto n° 76.900/75.
		Deverá ser contratado outro profissional em condições semelhantes, caso ocorra a demissão do deficiente, por contrato por prazo determinado superior a 90 dias ou dispensa imotivada.
2.5.6 Salários Diferenciados
		Salário diferente para portadores de deficiência é proibido, pelo inciso XXXI, do artigo 7° da Constituição. Salário é a remuneração que tem direito todo e qualquer trabalhador que incluiu a sua jornada de trabalho, não podendo sofrer qualquer discriminação em relação a sua remuneração o deficiente físico. A remuneração deve ser feita de acordo com a função exercida, sendo igual a dos demais, que exercem a mesma função.
Salário é a retribuição em dinheiro ou equivalente pago pelo empregador ao empregado, em função do cargo que exerce e dos serviços que presta durante um determinado tempo. (Chiavenato, 1999, P.222).
2.6 Deficientes, Direitos e Benefícios
		O Benefício de Prestação Continuada é um benefício que tem direito todo deficiente que não tem condições de prover seu próprio sustento nem por si mesmo, nem pela sua família, esta é uma ação social paga pelo INSS, mas vinculada ao Ministério da Previdência Social.
		Em seu artigo 203 no inciso V a Constituição Federal garante o pagamento de um salário-mínimo mensal ao deficiente e ao idoso, benefício este previsto também no artigo 2° da LOAS (Lei Orgânica de Assistência Social). Para o recebimento do beneficio são considerados deficientes os seguintes casos:
· Incapacitado para o trabalho, comprovado por perícia médica do INSS;
· Incapaz para vida independente, comprovado por perícia médica do INSS;
· Pessoa carente, ou seja com renda familiar inferior a 25% do salário-mínimo;
		Somente terá direito ao beneficio se estiveram enquadrados nos itens supracitados, não podendo assim ser contratado formalmente por nenhuma empresa, como estagiários, aprendiz, nem participar de cooperativas e nenhum outro tipo de emprego. Para se adquirir esse benefício, deve-se procurar um posto do INSS, munidos dos seguintes documentos:
· Requerimento;
· Formulário de declaração do grupo familiar e suas respectivas rendas;
· Comprovante de rendimento dos membros da família;
· Certidão de Nascimento do requerente
· Termo de tutela se for o caso (pais falecidos ou desaparecidos)
· Termo de curatela se for o caso (menores de 18 anos incapazes para atos civis);
· Documento Oficial de identificação do requerente (carteira profissional, carteira de identidade, entre outros);
· Certidão de óbito se o requerente for viúvo,
· CPF do requerente,
		Para que seja concedido tal benefício é imprescindível, a comprovação da renda de todos os membros da família. 
2.6.1 Direito a Inserção
		Impedir sem justa causa que o cidadão tenha acesso a cargos públicos, emprego ou trabalho, por motivo de deficiência, constitui crime passível de reclusão de 1 a 4 anos e multa, no artigo 8°, da Lei n° 7.853/89.
		O direito de se inscrever em concurso Público está assegurado no Decreto n° 3.298/99, resguardo a condições de igualdade com outros candidatos, para cargos que tenham compatibilidade com a deficiência de que é portador, quando a deficiência não puder ser superada por auxílio de equipamentos próprios. Podemos citar como exemplo de uma vaga não conciliável com a deficiência um surdo e mudo exercer a função de telefonista, porém existem outras vagas que podem ser sem problema algum preenchidas por esse mesmo deficiente.
		O que é inaceitável e incabível é que o deficiente seja considerado pela sociedade como inferior, pela sua incapacidade de exercer essa ou aquela função.
Outra condição socialmente comum e que traz implicações significativas para o ajustamento de sujeitos desviantes é a confusão generalizada entre termos incapacidade e inferioridade. Na maioria das vezes, estas duas palavras são usadas como sinônimos e utilizadas indiscriminadamente como o mesmo significado. Todavia, a busca de uma compreensão mais cuidadosa destes termos mostra diferenças essenciais. A incapacidade é definida como uma lesão de uma estrutura ou função, e a inferioridade como a resultante do efeito da incapacidade em si e das relações pessoais e sociais sobre a capacidade funcional do sujeito. (AMIRALIAN, 1986, p. 42).
		Não sendo o deficiente inferior a qualquer outro cidadão, mesmo tendo suas limitações em função da incapacidadegerada pela sua deficiência, cabe as empresas se adaptar e se adequar, no intuito de promover a inclusão da pessoa portadora de deficiência.
2.7 A Inclusão e Suas Dificuldades
		Segundo o Censo de 2000, a população de deficientes no Brasil girava em torno dos 30 milhões, os seja 10% de toda população brasileira, sem contar que em função de algum acidente ou doenças 10 mil pessoas por mês adquirem algum tipo de deficiência, quase sempre causadas pelo trânsito ou armas de fogo, mesmo com esse grande número de deficientes no Brasil, as empresas encontram obstáculos para preenchimento das cotas exigidas por lei.
		Os deficientes são amparados pela Lei Orgânica de Assistência Social, desde que considerados deficientes pela assistência social. Devido a isso muito deles optam por trabalhos informais onde não correm o risco de perderem o direito a pensão.
		Em função de muitas cidades não possuir um órgão voltado para a captação e inclusão do deficiente e nem mesmo um cadastro, as empresas encontram uma grande dificuldade em localizar esse deficiente, dificultando assim o processo, tornando até mesmo inviável a inclusão.
		Outro grande fator dificultador é que os deficientes capacitados e especializados somam uma pequena porcentagem.
		Na RAIS de 2010 o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), divulgou dados que a grande maioria dos empregados com deficiência possuem o ensino médio completo. Segue a baixo os dados referentes a formação escolar:
· 39,5% concluíram o ensino médio;
· 13,4% concluíram o ensino fundamental;
· 4,12% superior incompletos;
· 8,4% ensino médio incompleto;
· 21,1% ensino fundamental incompleto;
· 1,18% analfabetos.
		Ainda de acordo com a RAIS 2010, pode-se observar um aumento de 6,9% no crescimento de trabalhos formais, enquanto a contratação de pessoas com deficiência cresceu somente 3%.
		A falta de capacitação profissional por parte do deficiente e o pouco interesse de adaptação por parte das empresas vem sendo os grandes fatores dificultadores da inserção da pessoa portadora de deficiência.	
2.8 Capacitando o Portador de Deficiência
		Cada deficiente possui a sua limitação e suas dificuldades, por isso a capacitação ocorre de forma muito particular, pois cada limitação deve ser trabalhada de forma específica, facilitando assim a sua evolução, no processo de capacitação o apoio da família é de grande ajuda, pois é da mesma que vem o maior incentivo para os estudos, ajudando para que não desistam diante as primeiras dificuldades, dificuldades essas que com certeza irão existir, esse apoio e esse estimulo tem que vir desde criança, para ter um processo contínuo de evolução.
		A capacitação e a formação do deficiente com certeza fará a grande diferença para inserção do mesmo no mercado de trabalho, não só no mercado de trabalho mas também na sociedade em que vive.
Todas as atividades que visam o desenvolvimento global do indivíduo vão refletir direta e indiretamente na sua capacitação para uma vida independente, produtiva e integrada socialmente. (TELFORD, 1978, P.55).
		Não se pode imaginar como impossível a capacitação de um deficiente baseando-se nas suas limitações, por que não buscar habilidades ao invés de focar na incapacidade, buscar o lado compensador.
2.9 As Dificuldades na Localização do Portador de Deficiência
		Localizar o deficiente nem sempre é uma tarefa muito fácil, na verdade é uma das grandes dificuldades que as empresas encontram para inserção dos portadores de deficiência no mercado de trabalho, muitos não estão aptos a trabalhar e outros que estão aptos nem querem ser “encontrados”, porque preferem continuar recebendo o benefício do INSS.
		Alguns meios podem ser utilizados , entre eles sites de busca, órgãos municipais de capacitação e inclusão do cidadão deficiente, cadastros de entidades voltadas para o deficiente interessado em trabalhar, APAE, por fim nos órgãos de assistência social.
		As empresas podem se aproximar dos deficientes através de parcerias com esses órgãos, tornando assim mais ágil e eficaz a contratação do profissional portador de deficiência.
2.10 Preconceito o Maior de Todos os Obstáculos 
		Com toda certeza o preconceito é o maior obstáculo na contratação da pessoa portadora de deficiência, por mais capacitada que a esta pessoa seja a discriminação que na maioria das vezes se manifesta de forma velada, faz com que o outro sem deficiência seja contratado, mesmo tendo uma qualificação muito aquém em relação ao candidato com deficiência, é inadmissível que em pleno século XXI, isso ainda aconteça, se falta conhecimento no assunto, contrate profissionais que sejam capacitados a trabalhar com a inclusão social, existem muitos Assistente Social, Gestores de Recursos Humanos, Psicólogos que estão altamente qualificados a inserir o portador de deficiência no mercado de trabalho. O que não se pode admitir é que a ignorância humana, fruto da falta de conhecimento venha excluir o deficiente do seu direito a cidadania, da sua exclusão do mercado de trabalho, impedindo-o de viver uma vida pautada na dignidade. 
Ignorância não é atributo apenas dos mais pobres ou dos que têm menos estudo. É algo que está presente em todas as camadas sociais, em muitas famílias, grupos de empresários, funcionários do governo e até mesmo, em muitos médicos que não se especializara em reabilitar pessoas portadoras de deficiência ou que não tem prática no tratamento de algumas restrições do corpo. (RIBAS, 1996, p.63).
		O preconceito contra o deficiente, de tratá-los como incapaz, como pessoas inferiores, já se tornou uma situação cultural, que vem de tempos remotos e até nos dias de hoje a sociedade não quebrou esses paradigmas, alguns apresentam até mesmo um discurso contrário, mas, na prática, continuam tratando o deficiente com inferior aos ditos “normais”.
2.11 As Ferramentas que Auxiliam na Inclusão
		Um fator bastante relevante na contratação do portador de deficiência no mercado de trabalho é ter dentro das empresas profissionais especializados, capazes de lidar com as diferenças e habilidades de cada um, não adianta fazer de qualquer maneira, para se que se torne somente um cumprimento de protocolo, ou seja o preenchimento das cotas. Se a empresa tem em seu setor de recrutamento pessoal com capacidade para lidar com a contratação, capacitação e socialização, se torna muito mais fácil fazer com que o portador de deficiência se sinta inserido e parte da empresa. 
		Outra ferramenta fundamental para inclusão do deficiente é a acessibilidade, as empresas têm a obrigação de adequar suas dependências para receber o deficiente, ajustando seus equipamentos, postos e locais de trabalho, minimizando assim a exclusão dessas pessoas, por falta de estrutura física, claro que isso gera algum tipo de gasto, mas as empresas têm obrigações sociais, obrigação de devolver a sociedade local, os benefícios que são a elas proporcionados, e uma forma de fazer essa devolução é inserindo o deficiente de uma forma eficiente no mercado de trabalho, com disponibilidade de adequação a tudo que facilite a inserção desse indivíduo.
		A acessibilidade é prevista por Lei:
Acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização com segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos sistemas e meios de comunicação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida. (Lei 10.098, Art. 2o).
		É de fundamental importância a questão da acessibilidade para que haja a inclusão do deficiente, por esse motivo vale apena citar os tipos de acessibilidades e suas adequações: 
· Acessibilidade atitudinal: está relacionada a atitude do outro perante o deficiente, é se despir de todo e qualquer preconceito, estereótipos, estigmas e discriminações. Como por exemplo usar o termo “pessoa com deficiência” e não “deficiente”, ao se comunicar dirigir-se diretamente a pessoa e não a quem a acompanha e jamais tratar o portador de deficiência como coitadinho. Outro bom exemplo da acessibilidade atitudinal é quando diretores,chefes e gerentes promovem ações de integração e conscientização.
· Acessibilidade arquitetônica: É a extinção total de barreiras físicas e ambientais dentro de residências, espaços públicos e privados, edificações e equipamentos urbanos, tais como: rampas, elevadores e banheiros adaptados, calçadas com piso tátil, etc.
· Acessibilidade metodológica: Conhecida também como acessibilidade pedagógica se trata da quebra de barreiras entre as metodologias de ensino. Exemplo: quando professores realizam trabalhos e atividades com o uso de recursos de acessibilidade para alunos com deficiência, como textos em braile ou textos ampliados. É também muito presente em ambientes corporativos, na análise dos postos de trabalho adequados aos profissionais com deficiência.
· Acessibilidade instrumental: visa superar barreiras com utensílios, instrumentos e ferramentas de estudo dentro das escolas e também em atividades profissionais, de recreação e lazer. Por exemplo,: quando uma pessoa cega tem acesso a um software de leitor de tela no computador.
· Acessibilidade programática: ligadas a leis e normas que atendem as necessidades dos portadores de deficiência, um exemplo dessa acessibilidade é a Lei n° 13.146/2015, conhecida como Lei Brasileira da Inclusão (LBI), ou a Convenção da ONU sobre Direitos da Pessoa com Deficiência.
· Acessibilidade nas comunicações: Diz respeito ao acesso à comunicação interpessoal (como língua de sinais), comunicação escrita em livros, apostilas, jornais, revistas e comunicação virtual. Exemplo: a presença de intérprete de Libras e a áudio descrição de imagens, sejam elas fotografias, filmes, peças de teatro ou eventos em geral. 
· Acessibilidade natural: Refere-se à extinção de barreiras da própria natureza. Um cadeirante, por exemplo, terá dificuldades em se locomover em uma vegetação irregular, ou uma calçada repleta de árvores. Outro bom exemplo de iniciativa nesse sentido são os projetos que oferecem cadeiras de rodas anfíbias para que as pessoas possam se locomover pela areia da praia e tomar um banho de mar.
· Acessibilidade nos transportes: visa promover acesso facilitado e seguro aos meios de transportes públicos em todo o território nacional. Diz respeito, importante ressaltar, não somente aos veículos (ônibus ou trens), mas também aos pontos de parada, calçadas, terminais, estações e seus equipamentos disponíveis. Exemplos: rampas de acesso em terminais de ônibus.
· Acessibilidade digital; tem como objetivo a eliminação de barreiras que possam impedir o acesso à comunicação digital, seja por dificuldades de acesso físico a determinados locais e também em relação a equipamentos e programas, assim como apresentação de conteúdos e informações em formatos não acessíveis. Exemplo: acessibilidade digital é uma realidade quando há materiais bibliográficos em braile ou em formatos de áudio para consulta de pessoas com deficiência visual.
A acessibilidade é sem sombra de dúvidas o maior facilitador para a inclusão do portador de deficiência, não só no mercado de trabalho como em qualquer outro ambiente social, pois assim será garantida a segurança e a independência do cidadão com deficiência.
Outra ferramenta, não menos importante são os apoios especiais, elas permitem compensar uma ou mais limitações dos portadores de deficiência, são voltadas a orientação, supervisão e ajudas técnicas, como as acessibilidades, auxiliam a superar barreiras de mobilidade e comunicação, um exemplos de apoios especiais são: serviço de mensagem e vibracal em telefones para deficientes auditivos, folheadores eletrônicos para tetraplégicos, impressão em braile, sinalização e alarmes sonoros, corrimão para auxiliar a locomoção e algumas tecnologias de acesso a computador e internet como, sintetizadores de voz e livros falados para deficientes visuais, interprete de libras ou até banheiros adaptados para cadeirantes.
2.12 O Número de Trabalhadores Portadores de Deficiência no Mercado Formal
		Apesar da importância e obrigatoriedade legal, a inclusão da pessoa com deficiência no trabalho formal ainda é pequena. Apenas 403.255 estão empregados, o que corresponde a menos de 1°% das pessoas portadoras de deficiência no país.
		Segundo a RAIS de 2017, houve um aumento de vagas formais preenchidas por trabalhadores com deficiências. A maior alta foi de 16,3% para deficientes visuais, em relação a 2016, ou seja, 8,7 mil vagas a mais, seguida por trabalhadores com deficiência intelectual (mental), 7,3% a mais o que corresponde 2,5 mil novos empregos. Para trabalhadores com deficiência múltipla mais 370 novos postos foram abertos, correspondendo a 5,1%, para pessoas portadoras de deficiência física, a porcentagem foi de 4,1, 8,3 mil novas vagas, já para os deficientes auditivos o crescimento foi de 3,5% ou seja um total de 2,8 mil portadores de deficiência auditiva os mais inseridos no mercado de trabalho. Isso não chega nem de longe ao número ideal, demonstrando que ainda há um longo caminho a percorrer no que tange a inserção do portador de deficiência no mercado de trabalho, para isso é preciso da intensificação da fiscalização por meio do Ministério e Trabalho e Ministério Público, para que a Lei de Cotas seja cumprida e as empresas cumpram com suas obrigações legais, na inclusão do portador de deficiência e reabilitados.
2.13 A Atuação do Assistente Social na Inserção do Deficiente no Mercado de Trabalho
		O mercado de trabalho atual exige que o Assistente social seja um profissional proativo, capaz de inovar e propor novas estratégias pra que suas ações sejam eficazes. Embora o Serviço Social seja considerado uma profissão liberal, a mesma não atua como tal, necessitando de recursos necessários para seu exercício profissional. 			
O fato do Serviço Social ser regulamentado como uma profissão liberal – embora em choque com sua prática efetiva que depende de uma relação contratual de trabalho com as entidades empregadoras – atribui ao profissional certas prerrogativas, como o respeito ao código de ética que lhe preservam certo poder de barganha, diante das instituições na defesa de suas próprias iniciativas (IAMAMOTO, 1995, p.51)
		Ainda segundo Iamamoto (2012, p. 65-69), O Serviço Social interfere na produção e no processo de reprodução sociopolítica e ideopolítica dos indivíduos, possui uma relativa autonomia na execução da sua atividade profissional, ou seja, possui amparo legal. Sempre se destacarão no mercado de trabalho os assistentes sociais comprometidos e propositivos.
Um dos maiores desafios que o assistente social vive no presente é desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas e capazes de preservar e efetivar direitos, a partir de demandas emergentes no cotidiano. (IAMAMOTO, 2012, p. 20)
		O assistente social, possui atributos para intervir na vida cotidiana dos trabalhadores portadores de deficiência, tanto o âmbito doméstico, como profissional, ao mesmo tempo em que interfere na reprodução da força do trabalho, por meio da administração de benefícios sociais, exerce o papel de mediador nas relações empregado-empresa, implantando programas integrativos, abrangendo a sua interação, neste aspecto se torna fundamental o trabalho do assistente social, no processo de valorização do portador de deficiência dentro da empresa, estimulando plenamente o funcionário com deficiência em sua desenvoltura para uma evolução significativa e total integração junto a sociedade, sem visões diferenciadas, e sim como pessoa capaz, mesmo dentro de suas limitações.
		A intervenção do assistente social é diretamente ligada a necessidade do cidadão portador de deficiência, não podendo assim definir uma via de regra, sua intervenção se dá no dia a dia, para resolução de problemas e superação de dificuldades, dando a essas pessoas a oportunidade de se tornarem mais confiantes e proativas. 
Segundo o Código de Ética Profissional do Assistente Social (CFESS, 2012):
Art. 5º - São deveres do/a assistente social nas suas relações com os/as usuários/as:
1. Contribuir para a viabilizaçãoda participação efetiva da população usuária nas decisões institucionais;
2. Garantir a plena informação e discussão sobre as possibilidades e consequências das situações apresentadas, respeitando democraticamente as decisões dos/as usuários/as, mesmo que sejam contrários aos valores e às crenças individuais dos/as profissionais, resguardados os princípios deste Código;
3. Democratizar as informações e o acesso aos programas disponíveis no espaço institucional, como um dos mecanismos indispensáveis à participação dos/as usuários/as;
4. Devolver as informações colhidas nos estudos e pesquisas aos/às usuários/as, no sentido de que estes possam usá-los para o fortalecimento dos seus interesses;
5. Informar à população usuária sobre a utilização de materiais de registro audiovisual e pesquisas a elas referentes e a forma de sistematização dos dados obtidos;
6. Fornecer à população usuária, quando solicitado, informações concernentes ao trabalho desenvolvido pelo Serviço Social e as suas conclusões, resguardado o sigilo profissional;
7. Contribuir para a criação de mecanismos que venham desburocratizar a relação com os/as usuários/as, no sentido de agilizar e melhorar os serviços prestados;
8. Esclarecer aos/às usuários/as, ao iniciar o trabalho, sobre os objetivos e a amplitude de sua atuação profissional.
3. CONSIDERÇÕES FINAIS
		A história da pessoa portadora de deficiência é uma história de exclusão por parte da sociedade preconceituosa em que vivemos, mas esse quadro precisa ser mudado, não adianta criar leis de cotas se elas não são cumpridas, não adianta criar projetos de inclusão se eles não aplicados. O que precisa na verdade são leis constitucionais eficientes e a conscientização da sociedade para uma visão voltada para habilidade e não para incapacidade.
		O mercado de trabalho deve encarar o portador de deficiência como outro candidato qualquer, focando somente nas suas aptidões e qualificações para o cargo a ser preenchido, não se deve focar no que ele não sabe fazer. Quando se contrata um profissional “normal”, na análise do seu currículo é considerado se ele é apito ou não para o cargo, o mesmo deve acontecer com o profissional com deficiência, analisar somente a sua competência, nada menos e nada mais que isso.	
		O profissional responsável pelo processo de contratação de uma empresa, exerce um papel fundamental, no momento de se contratar uma pessoa com necessidades especiais, pois o foco não pode ser somente o cumprimento da lei, mas esse profissional deve sim se colocar no papel de agente de transformação social;
		Porém a causa não está restrita somente as empresas em suas relações com o portador de deficiência, mas é papel também do Estado e da família o auxilio na interação deficiente com o mundo, afinal todos fazemos parte do mundo que vivemos, nunca se conseguirá nada sozinho, nesse mundo norteado por preconceitos.
		Diante do relatado, pode-se observar que as pessoas portadoras de deficiência estão cada dia mais procurando se capacitar se tornarem mais competentes e proativas, buscando autonomia que as levem ainda mais a um patamar de liberdade e igualdade, elas têm feito o seu papel que é sair da comiseração, da zona de conforto e buscar seu espaço na sociedade, cabe agora a sociedade e as esferas competentes fazerem também o seu papel que é o de se despir de todo e qualquer preconceito e aceitar e facilitar a inserção do portador de deficiência não só no mercado de trabalho, mas na sociedade de um modo geral.
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