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Resumo P1 - Embriologia

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Ana Clara Bocato – TXV - Medicina FASM P1 - Embriologia 
CICLOS REPRODUTIVOS FEMININOS 
→ MENARCA (primeiro período menstrual): mulher passa 
mensalmente por ciclos reprodutivos regulados pelo hipotálamo, 
glândula hipófise e ovários. O hormônio liberador de gonadotrofinas, 
sintetizado pelas células neurossecretórias do hipotálamo, estimula 
a liberação de dois hormônios que atuam nos ovários e promovem 
o crescimento do endométrio: 
 HORMÔNIO FOLICULOESTIMULANTE (FSH): estimula o 
desenvolvimento dos folículos ovarianos e a produção de estrogênio 
pelas células foliculares. 
 HORMÔNIO LUTEINIZANTE (LH): “gatilho” para a ovulação 
e estimula as células foliculares e o corpo lúteo a produzirem 
progesterona. 
 
❖ CICLO OVARIANO 
→ FSH e LH produzem alterações cíclicas nos ovários: 
desenvolvimento dos folículos ovarianos, ovulação e formação do 
corpo lúteo. 
→ Durante cada ciclo, o FSH promove o crescimento de diversos 
folículos primários, porém somente um deles geralmente se 
desenvolve em folículo maduro e se rompe, expelindo o oócito. 
 
• DESENVOLVIMENTO FOLICULAR 
- Crescimento e diferenciação do oócito primário, 
- Proliferação de células foliculares. 
- Formação da zona pelúcida. 
- Desenvolvimento de uma cápsula (teca folicular). 
• OVULAÇÃO 
→ Ocorre até 24h após o pico de produção de LH, que é 
estimulado pelo alto nível de estrogênio no sangue. 
→ Ruptura do estigma (pequeno ponto oval e avascular na 
superfície da protuberância do folículo ovariano), que expele o 
oócito secundário (após a formação do antro) + líquido folicular. 
→ Oócito secundário expelido é envolto pela zona pelúcida 
(cobertura acelular de glicoproteínas + camada de células 
foliculares), que forma a corona radiata. 
• CORPO LÚTEO 
→ Logo após a ovulação, o folículo ovariano colapsa, e sob a 
influência do LH, suas paredes desenvolvem o corpo lúteo, que 
secreta progesterona e um pouco de estrogênio. 
→ Se o oócito é fecundado, o corpo lúteo aumenta de tamanho 
para formar um corpo lúteo gravídico e aumenta sua produção 
hormonal. A degeneração do corpo lúteo é impedida pela 
gonadotrofina coriônica humana (hCG). 
→ Se o oócito não for fecundado, o corpo lúteo degenera de 10 
a 12 dias após a ovulação, e passa a ser chamado de corpo lúteo 
da menstruação. 
 
❖ CICLO MENSTRUAL 
→ Período pelo qual o oócito amadurece, é ovulado e entra na 
tuba uterina. Estrogênio e progesterona causam alterações cíclicas 
no endométrio do útero. 
→ O ciclo é de 28 dias, variando de 23 a 35 dias. O dia 1 
corresponde ao dia em que a menstruação começa. 
 
• FASE MENSTRUAL 
→ Camada funcional da parede uterina é destacada e eliminada 
com o fluxo menstrual, que geralmente dura de 4 5 dias. 
 MENSTRUAÇÃO: quantidades variadas de sangue 
combinadas com pequenos pedaços de tecido endometrial. 
 
• FASE PROLIFERATIVA 
→ Dura aproximadamente 9 dias e coincide com o crescimento 
dos folículos ovarianos; é controlada pelo estrogênio secretado 
pelos folículos. 
→ Há aumento de duas a três vezes na espessura do endométrio 
durante este período, pois a superfície do epitélio do endométrio 
se regenera, as glândulas aumentam em número e comprimento, 
assim como as artérias espiraladas se alongam. 
 
• FASE LÚTEA 
→ Fase secretória, que dura aproximadamente 13 dias e coincide 
com a formação, função e crescimento do corpo lúteo. 
→ Progesterona produzida pelo corpo lúteo estimula o epitélio 
glandular a secretar um material mucoide, rico em glicogênio. 
→ Endométrio se espessa devido ao aumento do líquido intersticial. 
→ Se houver fecundação: 
▪ Divisão do zigoto e formação do blastocisto. 
▪ Blastocisto começa a se implantar aproximadamente no 
6º dia da fase lútea. 
▪ hCg mantém a secreção de estrógenos e progesterona 
pelo corpo lúteo. 
▪ Fase lútea continua e menstruação não ocorre. 
Ana Clara Bocato – TXV - Medicina FASM P1 - Embriologia 
→ Se a fecundação não ocorre: 
▪ Corpo lúteo se degenera. 
▪ Níveis de estrogênio e progesterona diminuem e o 
endométrio entra na fase isquêmica. 
▪ Menstruação ocorre. 
 
• FASE ISQUÊMICA 
→ Isquemia: suprimento sanguíneo reduzido, ocorre pela 
constrição das artérias espiraladas resultante da diminuição na 
secreção de progesterona. A ausência de hormônio também 
resulta na interrupção da secreção glandular, na perda de líquido 
intersticial e no encolhimento significativo do endométrio. 
 Com a constrição das artérias espiraladas por períodos 
prolongados, ocorre estase venosa e necrose (morte) isquêmica 
pontual dos tecidos superficiais. 
→ Ruptura das paredes vasculares e escoamento do sangue 
para o tecido conjuntivo subjacente, formando poças de sangue e 
posterior rompimento da parede superficial endometrial, 
resultando em sangramento para dentro do útero e vagina. 
 
 
 
PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO 
 
❖ FECUNDAÇÃO 
→ Local habitual da fecundação: ampola da tuba uterina. 
 Se oócito não for fecundado neste local, ele passa 
lentamente pela tuba até a cavidade do útero, onde se degenera 
e é reabsorvido. 
→ Fases da fecundação: 
▪ CAPACITAÇÃO 
→ Remoção ou modificação dos componentes da superfície do 
espermatozoide provocada por secreções do trato genital 
feminino, e aumento da permeabilidade da membrana à íons, que 
desestabilizam a bicamada fosfolipídica. 
▪ QUIMIOTAXIA 
→ Sinais químicos que atraem os espermatozoides para o óvulo; 
são secretados pelo oócito e por todas as células foliculares 
circundantes. 
▪ HIPERATIVAÇÃO 
→ Mudança no padrão do batimento flagelar que facilita a 
penetração dos espermatozoides através dos diversos envoltórios 
oócitos. 
▪ PENETRAÇÃO DA CORONA RADIATA 
→ Passagem do espermatozoide através da corona radiata do 
oócito. A dispersão das células foliculares da corona radiata ocorre, 
principalmente, em decorrência da ação de uma enzima liberada a 
partir do acrossomo do espermatozoide, Movimentos da cauda do 
espermatozoide também são importantes durante a penetração 
da corona radiata. 
▪ PENETRAÇÃO DA ZONA PELÚCIDA 
→ Formação de um caminho para o espermatozoide, através da 
zona pelúcida, é decorrente da ação de enzimas liberadas a partir 
do acrossoma, causando lise da zona pelúcida. 
 
 
 
▪ FUSÃO DAS MEMBRANAS 
→ Oócito e espermatozoide fundem suas membranas 
plasmáticas, provocando modificação na zona pelúcida. Essa 
alteração evita que outros espermatozoides entrem. A membrana 
Ana Clara Bocato – TXV - Medicina FASM P1 - Embriologia 
celular se rompe, cabeça e cauda do espermatozoide entram no 
citoplasma do oócito. 
▪ FINALIZAÇÃO DA SEGUNDA DIVISÃO MEIÓTICA 
→ Oócito completa segunda divisão meiótica e forma oócito 
maduro e segundo corpo polar. Núcleo do oócito maduro se torno 
o pronúcleo feminino. 
▪ FORMAÇÃO DO PRONÚCLEO MASCULINO 
→ Dentro do citoplasma do oócito, núcleo do espermatozoide 
aumenta de tamanho e forma pronúcleo masculino, Cauda do 
espermatozoide degenera. 
▪ RUPTURA DAS MEMBRANAS PRONUCLEARES 
→ Condensação e rearranjo dos cromossomos para divisão 
celular mitótica e primeira clivagem celular do zigoto. A combinação 
de 23 cromossomos em cada pronúcleo resulta em zigoto com 46 
cromossomos. 
 
 
→ E se dois espermatozoides fecundares o mesmo oócito? Não 
costuma acontecer, pois com a entrada de um espermatozoide, o 
oócito se inviabiliza de ser novamente fecundado. Se por algum 
erro ou atraso dois espermatozoides fecundarem o mesmo oócito, 
é formado um zigoto triploide, ou seja, incompatível com a vida. 
 
 
❖ CLIVAGEM DO ZIGOTO 
→ Repetidas divisões mitóticas do zigoto, levando a um rápido 
aumento do número de células, chamadas de blastômeros. 
→ Durante a clivagem, o zigoto ainda é envolto pela zona pelúcida. 
→ COMPACTAÇÃO: após estágio de oito células, blastômeros 
mudam de forma e se alinham firmemente uns contra os outros, 
Esse fenômeno pode ser mediano por glicoproteínas de adesão da 
superfície celular. 
 Possibilita melhor interação célula-célula eé pré-requisito 
para a segregação das células internas que forma a massa celular 
interna. 
→ De 12 a 32 blastômeros: mórula. As células internas da mórula 
são envolvidas por uma camada de blastômeros que formam o 
trofoblasto. 
 Proteína imunossupressora é secretada, 
fornecendo o fator precoce da gravidez, que forma a base do 
teste de gravidez aplicável durante os primeiros dias de 
desenvolvimento. 
 
❖ FORMAÇÃO DO BLASTOCISTO 
→ Após 4 dias de fecundação, depois da entrada da mórula no 
útero, o líquido uterino passa através da zona pelúcida para formar 
um espaço cheio de líquido – cavidade blastocística. 
→ Blastômeros são separados em duas partes: 
▪ TROFOBLASTO: células externas delgadas que dão origem 
à parte embrionária da placenta. 
▪ EMBRIOBLASTO: grupo pequeno de blastômeros que é o 
primórdio do embrião. 
→ Embrioblasto se projeta para a cavidade blastocística e o 
trofoblasto forma a parede do blastocisto. 
→ Após 2 dias, zona pelúcida desaparece. Esse destacamento 
possibilita que o blastocisto aumente rapidamente de tamanho. 
 
RESULTADOS DA FECUNDAÇÃO 
- Estimulação do oócito secundário a completar a segunda 
divisão meiótica. 
- Restaura o número diploide normal de cromossomos (46) no 
zigoto. 
- Responsável pela variação da espécie humana por meio da 
mistura dos cromossomos maternos e paternos. 
- Determina o cromossomo sexual do embrião. 
Espermatozoide portador do cromossomo sexual X produz 
embrião feminino, enquanto portador do Y produz embrião 
masculino. 
- Ativação metabólica do oócito, que inicia clivagem do zigoto. 
 
Ana Clara Bocato – TXV - Medicina FASM P1 - Embriologia 
→ Após 6 dias da fecundação, o blastocisto adere ao epitélio 
endometrial, e começa a se diferenciar em duas camadas: 
▪ CITOTROFOBLASTO: camada interna de células. 
▪ SINCICIOTROFOBLASTO: camada externa de massa 
protoplasmática multinucleada, formada pela fusão das 
células. 
→ Sinciciotrofoblasto se estende através do epitélio endometrial 
e invade o tecido conjuntivo endometrial ao final da primeira 
semana, retirando seus nutrientes do tecido materno erodido. 
→ Sinciciotrofoblasto produz enzimas proteolíticas que erodem 
os tecidos maternos, permitindo que o blastocisto se insira no 
endométrio. 
→ Ao final da primeira semana, uma camada de células cuboides 
(hipoblasto) aparece na superfície do Embrioblasto com a face 
voltada para a cavidade blastocística. 
 
 
 
❖ FORMAÇÃO DOS GÊMEOS 
→ GÊMEOS NÃO IDÊNTICOS (DIZIGÓTICOS): devido a alterações 
hormonais, a mulher libera dois oócitos no mês e ambos são 
fecundados. São bivitelinos, se desenvolvem em placentas 
diferentes. 
→ GÊMEIS IDÊNTICOS (MONOZIGÓTICOS) BIVITELINOS: em certo 
ponto, a divisão da mórula se divide formando duas massas 
celulares; cada blastocisto tem seu próprio trofoblasto. 
 
 
→ GÊMEOS IDÊNTICOS (MONOZIGÓTICOS) UNIVITELINOS: mesmo 
trofoblasto que originará uma mesma placenta. 
 
 XIFÓPAGOS: gêmeos siameses. 
 
 
 
SEGUNDA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO 
 
→ A implantação do blastocisto se completa durante a segunda 
semana do desenvolvimento. 
→ Produção do disco embrionário bilaminar, composto por 
epiblasto e hipoblasto. 
→ O disco embrionário origina as camadas germinativas que 
formam todos os tecidos e órgãos do embrião. 
→ Estruturas extraembrionárias que se formam: cavidade 
amniótica, âmnio, vesícula umbilical e saco coriônico. 
 
→ O sinciciotrofoblasto, ativamente erosivo, invade o tecido 
conjuntivo endometrial que contém glândulas e capilares uterinos; 
à medida que isso ocorre, o blastocisto lentamente aprofunda-se 
no endométrio. 
 As células endometriais sofrem apoptose (morte 
celular programada), que facilita a implantação. 
 Produz um hormônio (gonadotrofina coriônica 
humana – hCG), que entra no sangue materno, sendo uma das 
bases do teste de gravidez. 
 
 
Ana Clara Bocato – TXV - Medicina FASM P1 - Embriologia 
❖ FORMAÇÃO DA CAVIDADE AMNIÓTICA E DO 
DISCO EMBRIONÁRIO 
→ DISCO EMBRIONÁRIO: placa bilaminar, circular e achatada, 
formada por duas camadas: 
• EPIBLASTO: camada mais espessa, formada por células 
cilíndricas altas, relacionadas com a cavidade amniótica. 
• HIPOBLASTO: camada mais delgada, formada por células 
cúbicas e pequenas adjacentes à cavidade exocelômica 
(primórdio da vesícula umbilical). 
→ A camada mais externa de células da vesícula umbilical forma 
uma camada de tecido conjuntivo frouxo, o mesoderma 
extraembrionário. 
→ LACUNAS: são preenchidas com mistura de sangue materno 
derivado dos capilares endometriais rompidos e restos celulares 
das glândulas uterinas erodidas; passa por difusão para o disco 
embrionário, representando o início da circulação uteroplacentária. 
 
 
→ Quando o sangue materno flui para o interior das lacunas, 
oxigênio e substâncias nutritivas tornam-se disponíveis para os 
tecidos extraembrionários ao longo da grande superfície do 
sinciciotrofoblasto. 
→ O sangue pobremente oxigenado é removido das lacunas 
através das veias endometriais. 
NO 10º DIA O EMBRIÃO ESTÁ COMPLETAMENTE IMPLANTADO NO 
ENDOMÉTIO 
 
❖ DESENVOLVIMENTO DA SACO CORIÔNICO 
→ O final da segunda semana é caracterizado pelo surgimento 
das vilosidades coriônicas primárias, a partir da proliferação de 
células citotrofoblásticas, formando o primeiro estágio da placenta. 
→ O ultrassom transvaginal é usado para medir o diâmetro do 
saco coriônico, medida importante para a avaliação do 
desenvolvimento embrionário inicial e da progressão da gravidez. 
 
• LOCAIS DE IMPLANTAÇÃO EXTRAUTERINA 
→ Os blastocistos podem se implantar fora do útero, resultando 
em gestações ectópicas, que geralmente ocorrem na tuba uterina. 
→ Sinais e sintomas: dor abdominal, sangramento anormal e 
irritação do peritônio pélvico. 
→ Causas: frequentemente estão relacionadas a fatores que 
prejudicam ou impedem o transporte do zigoto em clivagem para 
o útero (bloqueio da tuba uterina, por exemplo). 
→ Geralmente resultam em ruptura da tuba uterina e 
hemorragia na cavidade peritoneal durante as primeiras oito 
semanas, seguidas pela morte do embrião. 
 
 
 
TERCEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO 
→ Rápido desenvolvimento do embrião a partir do disco 
embrionário é caracterizado por: 
▪ Aparecimento da linha primitiva; 
▪ Desenvolvimento da notocorda; 
▪ Diferenciação das três camadas germinativas. 
→ Ocorre durante a semana de ausência do período menstrual, 
ou seja, 5 semanas após o primeiro dia do último período menstrual 
normal. 
 
 
 
Ana Clara Bocato – TXV - Medicina FASM P1 - Embriologia 
❖ GASTRULAÇÃO 
→ Processo pelo qual o disco embrionário bilaminar é convertido 
em disco embrionário trilaminar (ectoderma, mesoderma e 
endoderma). 
→ Início da morfogênese – desenvolvimento da forma e 
estrutura de vários órgãos e partes do corpo) – que começa com 
a formação da linha primitiva. 
 
• LINHA PRIMITIVA 
→ Resulta da proliferação e migração de células do epiblasto 
para o plano mediano do disco embrionário. 
→ Assim que a linha primitiva surge, é possível identificar o eixo 
craniocaudal do embrião, as superfícies dorsal e ventral, e os lados 
direito e esquerdo. 
→ Pouco depois do aparecimento da linha primitiva, as células 
abandonam sua superfície profunda e formam o mesoblasto (rede 
frouxa de tecido conjuntivo embrionário – mesênquima), que forma 
os tecidos de sustentação. 
→ A linha primitiva diminui de tamanho e torna-se uma estrutura 
insignificante na região sacrococcígea. 
 
 
TERATOMA SACROCOCCÍGEO 
→ Restos da linha primitiva podem persistir e dar origem a um 
tumor grande. 
→ Por derivar de células da linha primitiva pluripotente, o tumor 
contém derivados de todas as três camadas germinativas em 
estágios incompletos de diferenciação. 
→ Geralmente esses tumores são facilmente removidos 
cirurgicamente e o prognóstico é bom. 
 
• NOTOCORDA 
→ Cordão celular mediano, que logo adquire uma luz, o canalnotocordal. Cresce cefalicamente entre o ectoderma e o 
endoderma até alcançar a placa precordal (área circular de células 
que é um importante organizador da região cefálica). 
→ Algumas células da linha primitiva migram cefalicamente de 
cada lado do processo notocordal e em torno da placa precordal, 
se encontrando e formando o mesoderma cardiogênico, onde o 
primórdio do coração começa a se desenvolver no fim da terceira 
semana, 
→ A notocorda é um bastão celular que: 
▪ Define o eixo do embrião, dando-lhe uma certa rigidez; 
▪ Serve como base para o desenvolvimento do esqueleto 
axial (ossos da cabeça e da coluna vertebral); 
▪ Indica a futura área dos corpos vertebrais. 
→ Degenera e desaparece quando os corpos vertebrais se 
formam, mas parte dela persiste como núcleo pulposo. 
→ Funciona como indutor primário, induzindo o ectoderma a se 
expressar e formar a placa neural, primórdio do sistema nervoso 
central. 
 
❖ NEURULAÇÃO 
→ Processos envolvidos: formação da placa neural e pregas 
neurais e fechamento destas para formar o tubo neural. Estão 
completos ao final da quarta semana. 
• PLACA NEURAL E TUBO NEURAL 
→ Placa neural: placa alongada e espessa de células 
neuroepiteliais, que dará origem ao sistema nervoso central e 
outras estruturas. 
→ Por volta do 18º dia, a placa neural se invagina ao longo do eixo 
central, formando um sulco neural longitudinal e mediano com 
pregas neurais em ambos os lados. 
→ No fim da terceira semana, as pregas neurais já começaram 
a se aproximar e a se fusionar, convertendo a placa neural em 
tubo neural. 
 
ÁCIDO FÓLICO 
→ É indutor da mitose, logo, muito importante que seja feita a 
suplementação durante a gravidez e/ou planejamento da mesma. 
→ Fundamental nas 3ª e 4ª semanas de gestação pois age no 
fechamento do tubo neural. 
→ Sua deficiência durante a gravidez pode acarretar defeitos 
do tubo neural, não ocorrendo Neurulação correta. 
 
DEFEITOS DO TUBO NEURAL 
→ NÃO FECHAMENTO DO CENTRO: incompatível com a vida. 
Ana Clara Bocato – TXV - Medicina FASM P1 - Embriologia 
→ NÃO FECHAMENTO DA REGIÃO CEFÁLICA: meroanencefalia 
(feto anencéfalo). 
→ NÃO FECHAMENTO DA REGIAO CAUDAL: espinha bífida. 
 
 
• FORMAÇÃO DA CRISTA NEURAL 
→ Quando o tubo neural se separa do ectoderma da superfície, 
as células da crista neural migram dorsolateralmente de cada lado 
do tubo neural. 
→ As células se diferenciam em vários tipos celulares, incluindo 
gânglios espinais e do sistema nervoso autônomo. 
 
SÍNDROME DE TEACHER COLLINS 
→ Trata-se de um distúrbio de caráter genético, que se 
caracteriza por deformidades craniofaciais, devido à falha na 
proliferação de células da crista neural, errando o lugar pra onde 
deveriam ir. 
 
 
MEGACÓLON CONGÊNITO 
→ Ocorre quando as células da crista neural não migram para o 
complexo intestinal, não ocorrendo a inervação do plexo intestinal. 
→ O conteúdo fecal se acumula pois não há relaxamento das 
paredes do cólon, ocorrendo a distensão. 
 
❖ DESENVOLVIMENTO INICIAL DO SISTEMA 
CARDIOVASCULAR 
→ A formação inicial do sistema cardiovascular está 
correlacionada à necessidade urgente de transporte de oxigênio e 
nutrientes para o embrião a partir da circulação materna, através 
do córion. 
→ A formação dos vasos sanguíneos (vasculogênese), no início 
da terceira semana, começa no mesoderma extraembrionário da 
vesícula umbilical e do pedículo de conexão. 
→ Os vasos sanguíneos se desenvolvem aproximadamente 2 
dias depois, e no final da terceira semana desenvolve-se o 
primórdio de uma circulação uteroplacentária. 
→ No final da terceira semana, o sangue circula e o coração 
começa a bater no 21º ou 22 dia. Assim, o sistema cardiovascular 
é o primeiro que alcança um estágio funcional primitivo. 
→ Os batimentos cardíacos embrionários podem ser detectados 
por ultrassonografia Doppler durante a quarta semana, cerca de 
6 semanas após o último período menstrual normal. 
EXERCÍCIOS E PROVA ANTIGA 
 
• PROVA ANTIGA 
1. Uma mãe de neonato apresentando espinha bífida cística e 
cardiopatias, relata várias exposições a radiação no seu ambiente 
de trabalho, porém não sabe relatar exatamente a época da 
gestação em que isso ocorreu. O que você concluiria sobre a época 
(semana) de exposição? Explique. 
R: A época da exposição ocorreu a partir da 3ª semana de 
gestação, sendo do da 4ª à 8ª semana os períodos mais sensíveis, 
pois ocorre a organogênese (diferenciação celular). 
 
2. As meroanencefalia são defeitos do tubo neural que aparecem 
numa frequência de 1/3000 nascimentos. Explique a que se deve 
o desenvolvimento de tal malformação, ou seja, qual o processo de 
desenvolvimento falhou para ter como consequência a 
meroanencefalia? 
R: A malformação é resultado do mal desenvolvimento do tubo 
neural, devido à falha no fechamento da placa neural na região 
cefálica. 
 
3. Você está participando de um programa de prevenção de 
defeitos congênitos para mulheres que nunca estiveram 
gestantes. O que você sugeriria para essas mulheres em relação 
ao uso do ácido fólico? Por quê? 
R: Sugeriria que iniciassem o uso do ácido fólico alguns meses antes 
para aquelas que estão planejando a gravidez. Para os casos de 
gravidez não planejada, se descobrirem na primeira semana, 
começar o uso imediatamente. 
Ana Clara Bocato – TXV - Medicina FASM P1 - Embriologia 
 
4. “Uma mãe foi exposta a altas dosagens de medicamentos 
diversos durante a primeira semana após a fertilização, isso trouxe 
como consequência o desenvolvimento de malformações no trato 
gastrointestinal do neonato’. A afirmação está correta? Justifique 
sua resposta. 
R: Não, pois na primeira semana após a implantação do blastocisto, 
as células ainda não se diferenciaram e não há formação de 
primórdios gastrointestinais ainda. 
 
5. Assinale a alternativa verdadeira sobre o surgimento de gêmeos. 
a) Gêmeos idênticos surgem de dois ovócitos diferentes. 
b) Gêmeos não idênticos desenvolvem-se sempre na mesma 
placenta. 
c) Gêmeos idênticos surgem de uma única fertilização. 
d) Gêmeos não idênticos surgem de uma única fertilização. 
e) Gêmeos idênticos sempre se desenvolvem na mesma placenta. 
 
6. “O período da terceira semana de desenvolvimento do embrião 
é o menos vulnerável a ação de agentes externos”. Escreva se a 
frase está correta ou não. Justifique sua resposta. 
R: Não está correta. A partir da 3ª semana, o embrião inicia o 
processo de desenvolvimento e diferenciação de várias células, 
sendo após essa semana, os dias mais vulneráveis. 
 
7. Caso dois espermatozoides fertilizem um ovócito 
cromossomicamente normal, a consequência será: 
a) Formação de gêmeos idênticos. 
b) Formação de gêmeos univitelinos. 
c) Formação de zigoto haploide. 
d) Formação de zigoto triploide. 
e) Formação de gêmeos não idênticos. 
 
8. Assinale a alternativa que contém a substância produzida pelo 
sinciciotrofoblasto: 
a) Acrosina. 
b) Sangue embrionário. 
c) Hormônio luteinizante. 
d) Gonadotrofina coriônica. 
e) Andrógenos. 
 
9. Assinale a alternativa que apresenta um evento que não ocorre 
na segunda semana de desenvolvimento intrauterino: 
a) Formação de ilhotas sanguíneas. 
b) Formação do disco embrionário bilaminar. 
c) Formação do saco vitelino. 
d) Conclusão da implantação. 
e) Formação das lacunas no sinciciotrofoblasto. 
 
10. Assinale a alternativa que apresenta um evento que não ocorre 
na terceira semana de desenvolvimento embrionário: 
a) Início da neurulação. 
b) Gastrulação. 
c) Formação do citotrofoblasto. 
d) Formação do mesoderma. 
e) Formação do sistema cardiovascular primitivo. 
 
11. Analise e explique o gráfico abaixo, relacionando as semanas de 
gestação com o risco de malformação e justifique essa correlação. 
 
R: Antes da 3ª semana, o zigoto está em processo de implantação 
e desenvolvimento, no qual agentes externos não interferem em 
sua formação. A partir da 3ª semana inicia-se a formação de 
elementos essenciaise a diferenciação celular (organogênese), que 
aumenta o risco de ocorrência de malformações. 
 
• EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
1. O que é a corona radiata? Qual sua função? 
R: É uma das camadas que revestem o ovócito a partir do momento 
que este é liberado. Sua principal função é emitir sinais químicos 
(quimiotaxia) que atraem os espermatozoides. 
 
2. O que é zona pelúcida? Qual sua função? 
R: É a camada que se localiza logo após a corona radiata. Ela atua 
como uma barreira para a entrada do espermatozoide, entretanto, 
quando esse já fundiu sua membrana com o ovócito, a zona pelúcida 
é responsável pela prevenção da poliespermia (entrada de mais de 
um espermatozoide) por meio de substâncias químicas que são 
enviadas pelo próprio ovócito, para avisá-la que a fusão já ocorreu, 
portanto, já está em formação. 
 
3. Por que as mitocôndrias são heranças exclusivamente 
maternas? 
R: No momento em que o espermatozoide supera a zona pelúcida, 
apenas sua cabeça e corpo adentram o ovócito. A parte que 
Ana Clara Bocato – TXV - Medicina FASM P1 - Embriologia 
contém as mitocôndrias se localiza na peça intermediária, e 
portanto, “fica de fora” no momento da fusão de membranas. 
 
4. Quais são os acontecimentos importantes na primeira semana 
de gestação? 
R: Formação do blastocisto, nidação (aderência do blastocisto ao 
endométrio), transformação da mórula em blastocisto. 
 
5. O que é trofoblasto e Embrioblasto? 
R: Após a formação do blastocisto (cavidade redonda oca com 
células ao redor da sua circunferência), aproximadamente 4 dias 
após a fecundação, esse se subdivide em trofoblasto e 
embrioblasto. O trofoblasto passa a ser uma camada de células 
externas delgadas que darão origem ao componente fetal da 
placenta e as membranas extraembrionárias associadas. 
Embrioblasto, por sua vez, é o conjunto de células que darão origem 
propriamente ao embrião e às membranas extraembrionárias 
associadas. 
 
6. Quais são os acontecimentos importantes da segunda semana? 
R: Diferenciação do trofoblasto em citotrofoblasto e 
sinciciotrofoblasto, e o fim da nidação. 
 
7. O que é citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto? 
R: Citotrofoblasto é uma camada de células, e o sinciciotrofoblasto 
é uma camada expandida de células multinucleadas. 
 
8. Qual a importância do sinciciotrofoblasto? 
R: Ele será responsável por invadir o endométrio materno e fixar 
o blastocisto (futuro embrião) no útero materno (nidação). 
9. O que é gravidez ectópica? Quais os sintomas? Por que costuma 
ser uma gravidez de risco? 
R: Consiste na implantação do blastocisto fora do local devido, ou 
seja, na cavidade peritoneal, na superfície do ovário, dentro da 
tuba uterina ou em locais anormais do útero. Os sintomas são: 
sangramento vaginal e fortes dores abdominais. Costuma ser uma 
gravidez de risco pois os vasos sanguíneos se formam em locais 
anormais, por isso a propensão para rupturas e possíveis 
hemorragias. 
 
10. Quais são os tipos de gêmeos? Qual a diferença entre eles? 
R: Eles podem ser dizigóticos, gêmeos fraternos ou não idênticos, 
podendo ser do sexo feminino ou masculino, pois resultam da 
fertilização de dois ovócitos por dois espermatozoides diferentes; 
e podem ser monozigóticos, ou idênticos, que são gerados por uma 
única fecundação, e os irmãos podem ser de sexos diferentes. 
11. Como se formam os gêmeos monozigóticos univitelinos e 
bivitelinos? 
R: Os univitelinos se formam após a fase de mórula, quando as 
células do blastocisto se dividem em duas e continuam suas divisões 
separadamente, assim, os gêmeos terão um trofoblasto, um 
blastocisto e um embrioblasto, dividindo o vitelo, pois tem apenas 
uma placenta. Já os bivitelinos se formam antes da fase de mórula, 
quando as clivagens resultam em dois blastocistos que darão origem 
a dois embrioblastos e dois trofoblastos, que darão origem a duas 
placentas. 
 
12. O que são lacunas maternas? 
R: Serão os locais, do endométrio materno, no qual passará sangue 
materno para nutrir o feto.

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