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Imunidade Parlamentar-Natiele Saraiva e Souza

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Nome: Natiele Saraiva e Souza
Turma: 159
Matéria: Direito Constitucional II
Professor: Pedro Adamy
IMUNIDADE PARLAMENTAR
Relatório: Natiele Saraiva (Relator)
 A senadora Madonna Carey proferiu palavras em forma de insulto contra a senadora Britney Aguillera acusando-a de ter problemas conjugais, assim como dela estar tendo um caso extraconjugal com seu respectivo advogado e também senador.
Ainda durante o seu discurso a senadora Madonna Carey percebendo que conseguiu desestabilizar a sua colega fazendo-a chorar na frente de todos no senado. Percebendo o rumo que a situação estava chegando o presidente do senado tentou interromper a senadora Madonna Carey pedindo que a mesma se controlasse, pois ela estava ofendendo outros membros do senado e que essa situação não iria ser admitida, nesse momento a senadora Carey acusa-o de ser o amante da senadora Britney Aguillera e que ele estava usando seu cargo de presidente para proteger a sua amante. A senadora Carey tentou agredir fisicamente o senador Collins e proferiu um cuspe no vice presidente do senado.
Fora do âmbito do Senado ocorreram outros fatos envolvendo a senadora Madonna Carey que continuou a fazer acusações contra outras membros do senado acusando-os de corrupção, assim como a mesma ofendeu a religião do senador Collins cometendo intolerância religiosa, a fala da senadora foi filmada e a mesma divulgou o vídeo em seus grupos na rede social WhatsApp, assim como também o publicou em suas outras redes sociais fazendo-o viralizar.
Ambos senadores envolvidos o senador Collins e a senadora Aguillera proporão ação civil de reparação de danos morais contra a senadora Madonna Carey. 
A esposa do senador Collins além da ação civil de reparação de danos morais, apresentou também queixa-crime por difamação, calúnia e injúria perante a Procuradora Geral da República.
VOTO
Natiele Saraiva (Relator)
 Diante do exposto na inicial do relatório podemos perceber com bastante clareza que as atitudes da senadora Madonna Carey foram totalmente errôneas, e que a mesma faltou com total respeito contra seus colegas membros do senado. 
A imunidade parlamentar não deveria servir de “proteção” para que os senadores pudessem falar o que bem entenderem, óbvio todos tem o livre arbítrio e o direito de liberdade de expressão, mas no momento que uma senadora usa isso para ofender não apenas os seus colegas senadores mas também suas famílias em seu primeiro mês de mandato, cometendo injúria e difamação, algo tem que ser feito. Pois além das ofensas proferidas aos senadores, a senadora Madonna Carey ainda tentou agredir fisicamente um colega tendo que ser impedida por outras pessoas de cometer tal ato errôneo.
Diante disso no meu entender a sua conduta não mereceria ser enquadrada na imunidade parlamentar, pois em nenhum momento as suas falas e atitudes tem alguma relação com seu cargo de senadora, serviu apenas para ela proferir ofensas e injúrias contra outros senadores e seus familiares. 
Assim mesmo que a imunidade parlamentar a proteja em relação a sua opinião e aos seus votos, a senadora Madonna Carey nada mais fez do apenas ridicularizar e ofender outros membros do senado sem motivo algum e também sem prova nenhuma de que as suas alegações que eles eram corruptos e que tinham casos extraconjugais eram verdadeiras.
O que devemos deixar claro é que toda liberdade de expressão tem limites, pois no momento que você decide usar a sua liberdade para ofender e acusar alguém de tal ato, a sua liberdade já não vale nada, sendo assim a fala da senadora Madonna Carey contra seus colegas senadores Britney Aguillera e Phill Collins, assim como a sua atitude em tentar agredir outro ser humano, e também cuspir no vice presidente não merece prosperar, pois não tem relação alguma com o seu oficio de senadora.
Sendo assim a imunidade parlamentar prevista no artigo 53 da constituição federal, deverá ser afastada nessa situação em relação aos atos cometidos pela senadora Madonna Carey, pois como já mencionado em nenhum momento suas falas e atitudes tem alguma relação com a sua função pública (seu cargo de senadora).
Fora do âmbito do senado a senadora Madonna Carey também proferiu ofensas e injúrias, além de viralizar o vídeo de suas falas em redes sociais, assim aceito a queixa-crime apresentada pela esposa do senador collins, pois de fato a senadora Madonna Carey nada mais fez além de cometer injúria e difamação contra membros do senado e seus familiares que não deveriam ter sido envolvidos nas falas da senadora. 
A imunidade parlamentar incide apenas quando as palavras tenham sido praticadas dentro do senado e tendo relação com seu ofício de senadora, o que não aconteceu em nenhum momento, pois todas palavras proferidas e atitudes praticadas pela senadora Madonna Carey tanto dentro como fora do senado, não tiveram relação nenhuma com o seu cargo público.
"Despiciendo, nesse caso, perquirir sobre a pertinência entre o teor das afirmações supostamente contumeliosas e o exercício do mandato parlamentar" (Inq 3.814, Primeira Turma, rel. min. Rosa Weber, unânime, j. 7-10-2014, DJE de 21-10-2014).
A senadora Madonna Carey em nenhum momento se preocupou em medir suas palavras e atitudes, o que fica claro que a mesma agiu de forma errônea com base em sua “proteção” da imunidade parlamentar achando que poderia fazer o que bem entender e falar, mesmo suas falas não tendo relação nenhuma com o seu cargo e sua função pública.
 A imunidade parlamentar não deve servir de palco para que qualquer pessoa pública possa praticar ofensas, injurias e difamações sem nenhuma prova contra outros membros do senado e suas famílias em seu primeiro mês de mandato, evidentemente a senadora fez todo esse alarde não apenas dentro do senado mas fora dele também, e divulgando em redes sociais apenas para se auto promover sem se preocupar em denegrir a imagem de seus colegas, e também de seus familiares que nada tinham a ver com tal situação.
“Art. 53 da CF. Imunidade parlamentar. Ofensas em entrevistas a meios de comunicação de massa e em postagens na rede social WhatsApp. O "manto protetor" da imunidade alcança quaisquer meios que venham a ser empregados para propagar palavras e opiniões dos parlamentares. Precedentes. Possível aplicação da imunidade a manifestações em meios de comunicação social e em redes sociais. Imunidade parlamentar. A vinculação da declaração com o desempenho do mandato deve ser aferida com base no alcance das atribuições dos parlamentares. As "funções parlamentares abrangem, além da elaboração de leis, a fiscalização dos outros Poderes e, de modo ainda mais amplo, o debate de ideias, fundamental para o desenvolvimento da democracia" – RE 600.063 RG, rel. p/ ac. min. Roberto Barroso, Tribunal Pleno, julgado em 25-2-2015.
A senadora Madonna Carey devera responder civilmente pelas suas palavras proferidas e atitudes cometidas dentro e fora do âmbito do senado, pois a clausula de inviolabilidade constitucional que a impediria de ser responsabilizada penal/civil por suas palavras e opiniões proferidas a outros senadores e seus familiares não estão vinculadas ao seu desempenho de mandato.
“A cláusula de inviolabilidade constitucional, que impede a responsabilização penal e/ou civil do membro do Congresso Nacional, por suas palavras, opiniões e votos, também abrange, sob seu manto protetor, as entrevistas jornalísticas, a transmissão, para a imprensa, do conteúdo de pronunciamentos ou de relatórios produzidos nas Casas Legislativas e as declarações feitas aos meios de comunicação social, eis que tais manifestações – desde que vinculadas ao desempenho do mandato – qualificam-se como natural projeção do exercício das atividades parlamentares. [Inq 2.332 AgR, rel. min. Celso de Mello, j. 10-2-2011, P, DJE de 1º-3-2011.]

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