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Origem do Conhecimento: Empirismo e Racionalismo

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Origem do Conhecimento……………………………………………………………….
	2021
1. Introdução 
O presente trabalho de investigação de filosofia aborda sobre a origem do conhecimento: empirismo, racionalismo, intelectualismo e construtivismo. A origem do conhecimento já é questionada há imensos séculos e muitas têm sido as respostas a esta questão. Pode-se dizer que é uma questão que ao longo de muitos séculos despertou reflexões filosóficas de grandes pensadores, nomeadamente Descartes e, Spinoza. Em suma, qual é a origem do conhecimento? É a esta questão que vamos centrar a responder ao longo de todo o trabalho, mostrando e defendendo adequadamente, com fundamentos claros e bem estruturados a corrente racionalista como resposta a essa mesma questão e tendo em conta o ponto de vista de René Descartes.
Para a realização do presente trabalho foi feita uma pesquisa bibliográfica, que consiste na revisão da literatura relacionada à temática abordada. Para tanto, foram utilizados livros, artigos científicos, sites da Internet entre outras fontes, coletando informações relevantes e de qualidade.
2. Origem de conhecimento
Na reflexão acerca da fonte do conhecimento, a questão de partida é a seguinte: Qual é a fonte que nos dá o conhecimento? A sensibilidade (os sentidos, a experiência) ou a razão do sujeito (intelecto)? O conhecimento é constituído por ideias (conceitos), juízos e raciocínios. 
Os juízos e os raciocínios são obtidos a partir das ideias. Por isso, o problema da origem do conhecimento consiste em determinar como se adquirem as ideias e os primeiros princípios que normalizam todo o conhecimento. Na tentativa de responder à pergunta sobre a origem do conhecimento, surgiram três teorias fundamentais: 
· Empirismo;
· Racionalismo; e
· Apriorismo ou intelectualismo. 
O surgimento do empirismo e do racionalismo, corno correntes antagónicas, justifica-se pelo facto de, em primeiro lugar, surgirem em áreas geográficas diferentes e, em segundo, e principalmente, pela divergência das áreas de investigação: enquanto na Europa continental florescia a Matemática e a Geometria — ciências meramente especulativas —, na Inglaterra floresciam as ciências matemáticas e experimentais, a saber: a Botânica, a Química, a Astronomia e, a Óptica, a Medicina, etc. Isto fez com que os filósofos continentais (Descartes e, Spinoza) exaltassem o conhecimento abstracto e universal, baseado na razão, enquanto os ingleses se interessavam por urna pesquisa de urna teoria de conhecimento e de um método que satisfizessem as exigências das ciências por eles investigadas. 
As ciências experimentais partem da constatação de acontecimentos particulares, da experiência de certos factos concretos; o seu objectivo é ir além dos factos, mediante a descoberta de relações constantes, de leis estáveis, de modo que tornem possível a antecipação de outras experiências. A problemática epistemológica da Filosofia inglesa, sobre a origem do conhecimento, consistirá essencialmente em saber corno é possivel, partindo da experiência, de factos singulares, elaborar leis universais, que garantam o retomo à esfera dos acontecimentos concretos, das experiências individuais.
a) Empirismo 
As origens do empirismo remontam a John Locke e David Hume, dois filósofos ingleses do século XVIII. Trata-se de urna corrente filosófica, que surgiu na Inglaterra, que defende o primado da experiência na aquisição do conhecimento. Para estes autores, conhece-se aquilo que se tem experiência. Segundo John Locke, no início do processo cognitivo, a mente humana é como urna tábua rasa ou um papel em branco, onde nada está escrito, e que a experiência preenche de conhecimento resultante dos factos vividos. 
A experiência é fonte do processo cognitivo por dois modos: como sensação, através da qual chegam até nós as ideias das coisas exteriores, e como reflexão, que nos dá o conhecimento daquilo que se passa dentro de nós. Da experiência, mediante a sensação, originam-se as ideias simples (exemplo: a ideia de azul, doce, macio, etc.) e, pela reflexão, a ideia de percepção, dúvida, desejo, etc., e todas as operações da mente.
b) Racionalismo 
Da experiência, mediante a sensação, originam-se as ideias simples (exemplo: a ideia de azul, doce, macio, etc.) e, pela reflexão, a ideia de percepção, dúvida, desejo, etc., e todas as operações da mente. As ideias complexas nascem das ideias simples, em virtude da actividade do sujeito que as une, separa, analisa e sintetiza. Segundo Locke, nada, porém, existe de diferente nestas ideias complexas daquilo que caracteriza as ideias simples, às quais se podem reduzir. David Hume, por sua vez, diz que todos os nossos conheci mentos se reduzem a impressões ou a ideias (vista de uma árvore e recordação da mesma) e pretende explicar, a partir destes conhecimentos simples, a formação das ideias complexas, por meio de leis princípios que são chamados «ideias de associação».
c) Apriorismo ou intelectualismo
Falar do intelectualismo não é senão falar de Kant e do seu posicionamento em relação ao problema da origem do conhecimento, deveras debatido pelo empirismo e pelo racionalismo. Kant foi influenciado pelo progresso científico do seu tempo e o sucesso proveniente do método utilizado pelas ciências exactas e naturais. Porém, ele estava consciente da tentação de começar a aplicar o método das ciências indiscriminadamente para explicar e compreender o ser humano, pois dessa forma os valores morais e a sua fundamentação metafisica podiam ser absorvidos pelo mundo do mecanicismo material. As principais correntes filosóficas do tempo de Kant foram o racionalismo e o empirismo. Mas para Kant, o racionalismo defendia os princípios metafísicos, era desenraizado (la experiência e, portanto, dogmático). O empirismo, Por sua vez, enraizado na experiência, mas incapaz de levar o Homem além da experiência, conduzia o Homem ao cepticismo. Para Kant, o empirismo implica a negação da validade universal e necessária do conhecimento científico, porque a experiência nunca é universal. 
Com base nesta constatação, Kant integra o que há de positivo no racionalismo e no empirismo e produz a sua própria teoria filosófica. Kant faz esta integração através de uma análise crítica das três principais operações da razão humana: conhecimento, vontade e sentimentos (sensações). 
Esta análise deu origem a três importantes obras críticas que marcaram o inundo: 
· Crítica da Razão Pura (sobre o conhecimento);
· Crítica da Razão Prática (sobre a vontade); e 
· Crítica do juízo (sobre os sentimentos). 
Segundo Kant, à verdade e ao conhecimento só se chega através do juízo. O juízo é a combinação que é feita do sujeito e do objecto. Kant distingue dois tipos de conhecimento: conheci mento puro, proveniente da razão, e conhecimento empírico, proveniente da experiência. 
Na introdução da Crítica da Razão pura, Kant escreve: «todo o conhecimento humano começa co a experiencia, mas a experiencia não esgota não esgota todo o nosso conhecimento». Diz ainda: «Se todo o conhecimento se inicia com a experiência, isso não prova, porém, que todo ele deriva da experiência». O conhecimento sensível é constituído pela receptividade do sujeito que sofre certa impressão pela presença do objecto. Este conhecimento representa os objectos como eles aparecem para o sujeito. Portanto, o conhecimento empírico é sempre subjectivo; por isso só se pode confiar muito neste tipo de conhecimento, pois depende de corno o sujeito sofre a influência do objecto.
Conhecimento propriamente dito, que engloba os conhecimentos provenientes da experiência sensível e cia razão, vem dos juízos que estabelecem ligação entre sujeito e objecto. Há dois tipos principais de juízo: analítico e sintético. Quando se formula a informação de que o predicado B pertence ao sujeito A, trata-se de um juízo analítico.
Kant não hesita em afirmar que os juízos que constituem o conhecimento verdadeiro são os sintéticos a priori. O juízo 3 + 2 = 5 é sintético co priori, ou seja, esta operação decorre da experiência sensível, empíricada experiência, mas fazemo-lo da mente e pode ser implementado para qualquer realidade. Este juízo é sintético a priori porque parte da experiência, mas supera tal experiência, podendo ser aplicado a qualquer realidade. Esta é a ciência verdadeira e a explicação de Kant ao modo como conhecemos: a partir da experiência, elaboramos juízos sintéticos a priori, universais e necessários, aplicáveis a todas as realidades.
d) Construtivismo 
O construtivismo explica, em geral, como a inteligência humana se desenvolve, partindo do princípio de que o desenvolvimento da inteligência é determinado pelas acções mútuas entre o indivíduo e o meio. Esta corrente de pensamento prévio das teorias da epistemologia genética e da pesquisa súcio-histórica de Jean Piaget e Lev Vysotsky, respectivamente. Tanto a epistemologia genética como a pesquisa sócio-histórica acreditam que o Homem não nasce inteligente, tuas também não é um simples receptor cias influências do meio. Ele responde aos estímulos cio ambiente e desta forma constrói e organiza o próprio conhecimento. 
Dado que o conhecimento é construido por cada um dos indivíduos, outra coisa não se podia esperar senão a construção de um conhecimento subjectivo. Portanto, HO se atinge a verdade absoluta (representação do real como ele é), o organismo apenas se adapta ao seu meio, isto é, compreende o ambiente onde estiver inserido. Por conseguinte, o sujeito do conhecimento orienta as suas acções e pensamentos com base nas suas experiências. De acordo com Piaget, existem dois procedimentos usados rio acto da aquisição cio conhecimento: assimilação e acomodação. Através destes dois processos, o Homem cria um equilíbrio mental pela perturbação provocada pela impressão de um novo objecto (não conhecido antes). É o chamado princípio de equilibração. 
No processo de assimilação, o novo objecto é analisado com base no esquema existente no entendimento do individuo, que passa a Ler mais urna impressão. No processo de acomodação, a nova experiência que não se enquadra nos esquemas de pensamento anteriores postula um novo esquema que acomoda o novo conhecimento, que será ampliado mediante o estabelecimento de relações com o meio do sujeito cognoscente.
 
3. Considerações Finais 
No âmbito do desenvolvimento do presente trabalho pode-se perceber que, o surgimento do empirismo e do racionalismo, corno correntes antagónicas, justifica-se pelo facto de, em primeiro lugar, surgirem em áreas geográficas diferentes e, em segundo, e principalmente, pela divergência das áreas de investigação: enquanto na Europa continental florescia a Matemática e a Geometria — ciências meramente especulativas —, na Inglaterra floresciam as ciências matemáticas e experimentais, a saber: a Botânica, a Química, a Astronomia e, a Óptica, a Medicina, etc. Isto fez com que os filósofos continentais (Descartes e, Spinoza) exaltassem o conhecimento abstracto e universal, baseado na razão, enquanto os ingleses se interessavam por urna pesquisa de urna teoria de conhecimento e de um método que satisfizessem as exigências das ciências por eles investigadas. 
As ciências experimentais partem da constatação de acontecimentos particulares, da experiência de certos factos concretos, o seu objectivo é ir além dos factos, mediante a descoberta de relações constantes, de leis estáveis, de modo que tornem possível a antecipação de outras experiências. A problemática epistemológica da Filosofia inglesa, sobre a origem do conhecimento, consistirá essencialmente em saber corno é possível, partindo da experiência, de factos singulares, elaborar leis universais, que garantam o retomo à esfera dos acontecimentos concretos, das experiências individuais.
4. Referências Bibliográficas
BIRATE, Manuel Mussa, GEQUE, Eduardo R.G., Pré-universitário-Filosofia 11,Pearson Moçambique Limitada, Maputo-Moçambique, 1a edição, 2014. 
HESSEN, J. Teoria do Conhecimento. Tradução de Antônio Correia. 8. ed. Coimbra: Armênio Amado, 1987.
LOCKE, John. Ensaio acerca do entendimento humano. Segundo tratado sobre o governo. 5. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1991. (Os pensadores, 9)
 
 
 
Não basta querer, você também precisa lutar. Sonhos só se tornam realidade, se você batalhar. 	 Pág. 6

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