Direito Civil - LINDB

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LINDB 
Conceito 
 É uma regra de superdireito, aplicável a todos os 
ramos do ordenamento jurídico, seja público ou privado. 
 Sendo uma norma máxima de compreensão do 
sistema jurídico, regulando a vigência e a eficácia de 
todas as normas, trazendo, ainda, critérios para conflitos 
no tempo e no espaço. 
 
 
Validade da norma 
 É a forma de verificar a compatibilidade da norma 
com o sistema jurídico. 
 Adotando um critério lógico-formal. 
 Consequência para o descumprimento das regras de 
validade: inconstitucionalidade ou ilegalidade da norma 
 
♥ Validade formal: observância das normas quanto a 
sua criação, ou seja, se há conformidade com o devido 
processo legislativo. 
Ex.: Proposta para emenda na CF deve ser discutida e 
votada em cada casa do Congresso Nacional, em dois 
turnos. E apenas será aprovada se tiver, em cada casa 
do CN, três quintos dos votos. 
 
♥ Validade material: observância da matéria passível de 
normatização ou se houve incompatibilidade de 
conteúdo. 
Ex.: Legislação de competência privativa da União não 
pode ser estabelecida por outra entidade federativa. 
 
 
 
 
 
Vigência da norma 
 É referente ao período de validade, ou seja, o lapso 
temporal entre o momento que a norma passa a ter 
força vinculante até o momento que ela é revogada ou 
em que se esgota o prazo prescrito para a sua 
duração (no caso de normas temporárias). 
 
Eficácia da norma 
♥ Eficácia social: produção concreta de efeitos porque 
já possui as condições fáticas para que se possa exigir 
o seu cumprimento. 
Ex.: Uma norma que estabelecesse a utilização 
obrigatória de um equipamento de segurança, mas 
esse equipamento não possui no mercado. 
♥ Eficácia técnica: produz efeitos porque possui 
condições técnicos-normativos para que possa exigir a 
sua aplicação. 
Ex.: Muitas vezes a lei já é válida e vigente mas para 
produzir efeitos, precisa da criação de outras normas 
que a regulamentem. ou a criação de órgãos que 
viabilizem a sua execução. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Normas de eficácia plena: não depende de outra 
norma para produzir efeitos. 
Norma de eficácia limitada: quando há necessidade 
de outras normas para realização da eficácia. Isso 
porque, mesmo presente a eficácia jurídica, ainda 
não está perfeita para a eficácia técnica. 
Norma de eficácia contida: quando pode ser 
restringida, sendo plena enquanto não sobrevier a 
restrição. 
Ex.: art 5º, XIII,CF- é livre o exercício de qualquer 
trabalho. Mas uma norma infraconstitucional pode 
determinar novos requisitos para esse exercício, 
limitando, assim, a sua abrangência. 
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Aplicação das Normas Jurídicas 
 A norma será abstrata com previsões impessoais e 
genéricas. 
 Se o fato se enquadrar perfeitamente no conceito 
abstrato, será a subsunção do fato à norma. 
 Em situações que haja omissão legislativa, vai ser 
realizada a integração normativa, onde se preenchem 
as lacunas. 
 
 Formas de interpretação da norma: 
♥ Literal: análise de cada termo utilizado na norma; 
♥ Lógico: uso do raciocínio dedutivo e indutivo; 
♥ Sistemático: análise da norma a partir do 
ordenamento jurídico que é parte, relacionando essa 
norma com outras que tenham o mesmo objeto; 
♥ Histórico: análise da norma com base nos 
antecedentes históricos. 
♥ Finalístico: análise da norma tomando como 
parâmetro a sua finalidade declarada, adaptando as 
exigências sociais. 
 
 
↪ Aplicação temporal de normas 
 Para que uma norma seja aplicável, antes ela precisa 
ser vigente. E para ser vigente, precisa ser publicada no 
Diário Oficial. 
 A lei, em regra, entra em vigor 45 dias depois de ter 
sido oficialmente publicada. 
 
 O período entre a publicação da lei e sua vigência, 
chama-se vacatio legis. E ocorre por três hipóteses: 
a) ter sido fixada data posterior para começar a valer os 
seus efeitos; 
b) ter que esperar 45 dias para entrar em vigor por 
omissão de norma explicita com outro prazo; 
c) estar pendente de regulamento (norma de eficácia 
limitada). 
 
 Como exceção à regra de que para a norma ser 
aplicável, é preciso que esteja vigente, existe o 
fenômeno da ultratividade, em que uma norma mesmo 
não estando mais vigente continua a vincular fatos 
anteriores a sua saída do sistema. 
 As normas jurídicas possuem duração indeterminada, 
em regra. Possuindo, por isso, vigência até que outra lei 
as modifique ou revogue. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Revogação expressa: quando a norma nova enuncia a 
revogação dos dispositivos anteriores. 
Ex.: “ficam revogadas as ordenações referente à 
matéria de direito civil regulada neste Código.” 
 
Revogação Tácita: quando a nova norma disciplina de 
forma diversa da forma original, tornando ilógica a sua 
manutenção. 
 
Ab-rogação: revogação total 
 
Derrogação: revogação parcial 
 
 
Revogação com lex superior: norma que dispõe sobre 
a edição de novas normas prevalece sobre estas. 
Como é o caso de um confronto da CF e lei ordinária. 
 
Revogação lex posterior: havendo conflito entre duas 
normas do mesmo escalão, prevalecerá a mais recente. 
 
Revogação Lex specialis: a norma especial revoga a 
norma geral. 
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↪ Aplicação espacial de normas 
 A norma deve ser aplicada dentro do limite territorial 
do Estado que a edital, obedecendo o princípio da 
territorialidade. 
 A lei nacional deve ser aplicada ordinariamente em 
todas as relações no seu âmbito espacial. Mas no caso 
de haver interferência estrangeira, podem surgir 
exemplo de extraterritorialidade ou de aplicação 
extraterritorial do Direito (princípio da territorialidade 
moderada). 
 
Personalidade Lei do país de domicílio da 
pessoa 
Bens Lei do país onde os bens 
estão situados 
Obrigações Lei do país onde foram 
constituídas 
Sucessão por morte Lei do país de domicilio do 
de cujus 
Empresas estrangeiras 
no Brasil 
Lei do Estado em que se 
constituíram 
Fatos ocorridos no 
estrangeiro 
A prova é regida pela lei 
que nele vigorar, não sendo 
admitidas provas que a lei 
brasileira não permita. 
Homologação por 
sentença estrangeira e 
concessão de exequatur 
às cartas rogatórias 
 
STJ