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ISLÂNIA PACHECO MEDP4 2021.1 1 Semiologia Sistema Cardiovascular SINAIS E SINTOMAS Dor cardíaca, Palpitação, Dispneia, Tosse, Expectoração, chieira, Hemoptise, desmaio (lipotimia e síncope), alterações do sono, cianose, edema, astenia e posição de cócoras. DOR CARDÍACA DOR PRECORDIAL X DOR CARDÍACA Dor Precordial (Dor torácica): Não precisa ser necessariamente dor cardíaca. Ela pode acontecer por conta da pleura, esôfago, aorta, mediastino, estômago, parede torácica e/ou coração. Dor Da isquemia Miocárdica Causas: Decorrente de hipóxia celular Desequilíbrio entre a oferta e o consumo de oxigênio Substâncias químicas (ácido láctico, cininas, prostaglandinas) Pode vir de duas formas: em Angina ou Infarto agudo do miocárdio DOR DA ISQUEMIA MIOCÁRDICA LOCALIZAÇÃO: Mais típica – retroesternal, à esquerda ou à direita (raro) da linha esternal. Pode ser restrita a uma pequena área ou ocupar toda região precordial. Importante! (DIAGNOSTICO DIFERENCIAL): Se o paciente apresentar dor perimamilar ou por debaixo do mamilo QUASE nunca é de causa cardíaca. Pode ser de origem emocional ou por osteoartrite, distensão do estômago ou do ângulo esplênico. IRRADIAÇÃO: Pavilhões auriculares, maxilar inferior, nunca, região cervical, membros superiores, ombros, região epigástrica e região interescapulovertebral. QUANTO MAIS INTENSA A DOR, MAIOR A PROBABILIDADE DE IRRADIAR – SE. CARÁTER OU QUALIDADE: Tipo constritiva (mais comum), pacientes relatam “aperto”, “peso”,” queimação”,” sufocação”, “nó na garganta”. Também pode aparecer em uma dor em queimação, ardência, formigamento ou facada. DURAÇÃO: Angina (2 a 3 minutos), raramente + 10min. Origem hipóxia miocárdica, sem alteração necrobiótica. Lembrando! Na angina instável, a dor é mais prolongada, chegando a durar 20 min, pois nesta síndrome já há alterações histológicas. DURAÇÃO: Infarto agudo do miocárdio (+ 20min), podendo chegar a algumas horas. Presença de alterações necróticas. INTENSIDADE: Varia de acordo com o grau de comprometimento isquêmico. Pode ser: ISLÂNIA PACHECO MEDP4 2021.1 2 Leve: Paciente sente, mas não se fixa na dor. Relata -a, muitas vezes, como uma sensação de peso ou desconforto. Moderada: Incomoda bastante o paciente. Agrava – se com os exercícios físicos. Intensa: Acarreta grande sofrimento. Obriga o paciente a ficar mais quieto possível, pois piora com os movimentos ou pequenos esforços. Acompanha – se de sudorese, palidez, angústia e sensação de morte iminente. FATORES DESENCADEANTES OU AGRAVANTES Angina: ocorre quase invariavelmente após esforços físicos ou após condições que aumentam o trabalho cardíaco (emoções, taquicardia, frio ou após refeições copiosas). Infarto agudo do miocárdio: Início com o paciente em repouso. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Laceração da mucosa do segmento inferior do esôfago: Dor retroesternal, que ocorre após vômitos intensos. Dor na coluna cervical ou dorsal (osteoartrite e/ou hérnia de disco): Decorrente de mudanças de decúbito ou de movimentos do pescoço. Espasmo esofágico ou esofagite: Dor retroesternal e epigástrica durante a deglutição. Pericardite, pleurite ou compressão de uma raiz nervosa: Piora com a tosse. FATORES ATENUANTES Angina: melhora com o repouso e com vasodilatadores coronarianos. É muito importante o tempo que a dor leva para desaparecer após uso de nitrato sublingual. Angina de peito clássica (3 ou 4 min); Angina instável (5 ou 10 min). DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Pericardite aguda: Inclinação do tórax para frente ou compressão com um travesseiro. Quadro anginoso, enfermidades gastrintestinais ou ansiedade: após eructação ou eliminação de gases. MANIFESTAÇÕES CONCOMITANTES Infarto agudo do miocárdio: Precordialgia intensa, acompanhada de náuseas, vômitos e sudorese fria. Isquemia provocada por taquiarritmia: Dor precordial durante crise de palpitações. OUTROS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS: DOR DE ORIGEM PERICÁRDICA MECANISMO: atrito entre as membranas, com grande e rápida distensão do saco pericárdico por líquido. Provocando irritação das estruturas vizinhas – pleura mediastinal. CARACTERÍSTICAS: Costuma ser mais aguda que a da angina de peito. LOCALIZA -SE na região retroesternal junto com o rebordo esternal esquerdo e se irradia – se para o pescoço e as costas. Pode ser do tipo “peso”, “opressão”,” Queimação”. Geralmente de grande intensidade! Costuma ser contínua (durante várias horas), não se relaciona com os exercícios. ISLÂNIA PACHECO MEDP4 2021.1 3 Pode AGRAVA- SE com a respiração, com o decúbito dorsal, com movimentos na cama, com a deglutição e com as movimentações de tronco. ALIVIA com a inclinação do tórax para frente ou ao se colocar na posição genupeitoral. DISSECÇÃO AGUDA DA AORTA MECANISMO: Separação das camadas arterial, particularmente da adventícia; súbita distensão das terminações nervosas e/ ou estimulação das terminações nervosas do plexo aórtico. LEMBRANDO! OS ANEURISMAS DA AORTA GERALMENTE NÃO PROVOCAM DOR. Quando o aneurisma se disseca: Dor de início súbito, muito intensa do tipo lancinante, com localização retroesternal ou face anterior do tórax. Pode se irradiar para o pescoço, região interescapular e ombros. Durante a crise dolorosa, o paciente fica inquieto tentando obter algum alívio: Deita-se – se, levanta-se -se, revira – se na cama, adota posturas estranhas. Dor de Origem Psicogênica :Surge em pacientes com ansiedade e/ou depressão. LIMITA – SE à região da ponta do coração. Costuma ser surda, persistindo por horas ou semanas e acentua – se com contrariedades ou emoções desagradáveis. Não está relacionada com exercícios!! Pode ser acompanhada de hipersensibilidade do precórdio, palpitações, dispneia suspirosa, dormência, astenia, instabilidade emocional e depressão e alivia parcialmente com repouso, analgésicos, tranquilizantes e placebos. PALPITAÇÕES DEFINIÇÃO: Percepção incômoda dos batimentos cardíacos. O paciente relata: “batimentos mais fortes”, “arrancos”, “paradas”, “tremor no coração”, “coração deixando de bater”, “coração aos pulos” IMPORTANTE! NEM SEMPRE SIGNIFICA ARRITMIA. Podem ser contrações cardíacas: mais fortes e intensas, lentas ou rápidas, rítmicas ou arrítimas e/ ou decorrentes de transtornos do ritmo ou da frequência cardíaca. As palpitações aparecem, também, em indivíduos normais, após exercício físico ou emoções. Devem ser analisadas quanto a: Frequência; Ritmo; Horário de aparecimento; Modo de instalação e desaparecimento (início e término súbitos);Uso de chá, café, refrigerante à base de cola, tabaco e drogas (principalmente cocaína e anfetaminas). Tipos: PALPITAÇÕES DE ESFORÇO Ocorrem durante a execução do esforço físico (subitamente) e desaparecem (lentamente) com o repouso. Se Caracteriza a magnitude do esforço (grandes, médios e pequenos esforços). Geralmente, são batimentos rítmicos, enérgicos e rápidos. OBSERVAÇÃO: MESMO SIGNIFICADO DA DISPNEIA DE ESFORÇO, SENDO COMUM OCORREREM CONJUNTAMENTE. ISLÂNIA PACHECO MEDP4 2021.1 4 DECORRENTES DE ALTERAÇÕES DO RITMO CARDÍACO; Descritas como: - “falhas”, “arrancos” e “tremor” (extrassístoles) - “Disparos do coração” (extrassistoles “em salvas”) - Tem início e fim súbitos (taquicardia paroxística) - Início Súbito e fim gradual (Taquicardia sinusal ou estado de ansiedade) - Taquicardia com batimentos irregulares (fibrilação atrial) FC 100 E 150 (TAQUICARDIA SINUSAL) FC ACIMA DE 150 HPM (TAQUICARDIA PAROXÍSTICA) AS QUE ACOMPANHAM OS TRANSTORNOS EMOCIONAIS: Pode ser desencadeada por agressões emocionais que podem acompanhar – se de desmaio, dormência, e outros distúrbios neurovegetativos. Podendo esta diante de uma Síndrome de astenia neurocirculatória ou neurose cardíaca com palpitações, precordialgia e a dispneia suspirosa. DISPNEIA DEFINIÇÃO: cansaço, canseira, falta de ar, fôlego curto, fadiga ou respiração difícil. Se caracteriza como uma sensação consciente e desagradáveldo ato de respirar. UM DOS SINTOMAS MAIS IMPORTANTES DOS PORTADORES DE CARDIOPATIAS (INDICA CONGESTÃO PULMONAR); PRINCIPAL REFERÊNCIA DA CAPACIDADE FUNCIONAL DESTES PACIENTES(CARDIOPATAS) , AO LADO DA FADIGA E DAS PALPITAÇÕES! Importante! Disferenciá – la da astenia e da fatigabilidade através de suas características. Semiologicamente, apresenta – se de 2 maneiras: SUBJETIVA: Dificuldade respiratória sentida pelo paciente. OBJETIVA: Aceleração dos movimentos respiratórios (taquipneia); com participação ativa da musculatura acessória da respiração (músculos do pescoço na inspiração e músculos abdominais na expiração. DISPNEIA DA INSUFICIÊNCIA VENTRICULAR ESQUERDA Características: Tempo de duração; EVOLUÇÃO: RÁPIDA PROGRESSÃO, PASSANDO DOS GRANDES AOS PEQUENOS ESFORÇOS EM CURTO PERÍODO DE TEMPO; Relação com esforço; Posição adotada pelo paciente. ISLÂNIA PACHECO MEDP4 2021.1 5 TIPOS: Dispneia de esforço: É o tipo mais comum na insuficiência ventricular esquerda, aparece quando o paciente executa esforço físico. Sendo classificada em dispneia aos grandes, médios e pequenos esforços. Dispneia de decúbito (Ortopneia): Surge quando o paciente se põe na posição deitada, para minorá-la o paciente eleva a cabeça e o tórax, usando 2 ou mais travesseiros. Às vezes, inconscientemente, adota a posição semissentada ao dormir. Quando a dispneia de decúbito é muito intensa, o paciente adota a ortopneia. Dispneia paroxística noturna: Ocorre com mais frequência à noite. CARACTERÍSTICAS PRINCIPAL: O paciente acorda com intensa dispneia, acompanhada de sufocação, tosse seca e opressão torácica. Obrigado a sentar – se na beira do leito ou se levantar – se da cama. Pode haver broncospasmo, com sibilos devido a congestão da mucosa brônquica (asma cardíaca).O paciente apresenta uma pele fria e pálida, às vezes cianótica e o tórax expandido com sudorese e taquicardia. NAS CRISES MAIS GRAVES, PODE OCORRER EDEMA AGUDO DO PULMÃO. O PACIENTE VAI APRESENTAR TOSSE COM EXPECTORAÇÃO ESPUMOSA BRANCA OU ROSADA, CIANOSE E RESPIRAÇÃO RUIDOSA PELA OCORRÊNCIA DE SIBILOS E ESTERTORES. Dispneia periódica ou de Cheyne – Stokes: PERÍODOS DE APNEIA ⇨ MOV.RESP. SUPERCIAIS ⇨ MOV. RESP. PROFUNDOS ⇨ REDUÇÃO DA AMPLITUDE ⇨ NOVO CICLO As pausas de apneia têm duração variável de 15 a 30 segundos, até 60 segundos. Durante as pausas: O paciente pode ter um estado de torpor, sonolência ou inconsciência, pupilas se contraem (miose) podendo aparecer cianose ao término da fase de apneia. Dispneia da IVE: ⇧Pressão do átrio esquerdo ⇨ ⇧Pressão do leito vascular pulmonar ⇨ transudação de líquido para o espaço intersticial ⇨ Congestão pulmonar. A CONGESTÃO PULMONAR É A CAUSA BÁSICA DA DISPNEIA DOS PACIENTES COM CARDIOPATIA. Congestão pulmonar ⇨ ⇧Rigidez do parênquima pulmonar ⇨ Diminui expansibilidade ⇨ Provocando a Dispneia e a ⇩Difusão dos gases no nível da membrana alveolocapilar. TOSSE SINTOMA FREQUENTE NA INSUFICIÊNCIA VENTRICULAR ESQUERDA. É o mecanismo de valor na manutenção da permeabilidade da árvore traqueo – brônquica nos casos em que houver aumento de secreções. Na IVE, a tosse é seca e mais intensa à noite, podendo ser muito incômoda. Sua causa é a congestão pulmonar, por isso ela quase sempre é associada à dispneia. Tosse com expectoração espumosa de cor rósea (edema pulmonar agudo); Acessos de tosse (aneurismas da aorta, pericardite e grande dilatação do átrio esquerdo) por compressão brônquica e irritação do vago ou do ramo recorrente. ISLÂNIA PACHECO MEDP4 2021.1 6 EXPECTORAÇÃO Definição: o produto eliminado por intermédio da tosse, procedente das vias respiratórias. Na IVE: É do tipo SEROSA, DE POUCA CONSISTÊNCIA Contém ar e é rica em albumina, que lhe confere aspecto espumoso, podendo ser abundante PRINCIPAL CAUSA É O EDEMA AGUDO DE PULMONAR A congestão pulmonar torna este órgão campo propício para implantação de infecção bacteriana (expectoração mucopurulenta) EXPECTORAÇÃO DE SANGUE: Acontece por meio de mecanismos de passagem de glóbulos vermelhos de vasos pulmonares congestos para os alvéolos (EAP), provocando uma ruptura de vasos endobronquiais dilatados levando a uma necrose hemorrágica dos alvéolos, nos casos de infarto pulmonar. HEMOPTISE Expectoração ou eliminação de sangue pelas vias respiratórias (traqueia, dos brônquios ou pulmões); MAIS DE 2ML DE SANGUE, o volume de sangue sendo grande pode ser fatal. É referido como “escarrar sangue” que eventualmente como “vômito em sangue”. Uma investigação correta impedirá confundi – la com o verdadeiro vômito de sangue (hematêmese) Hemoptise Hematêmese Sangue vermelho vivo, rutilante, arejado Sangue vivo (varizes esofágicas, úlcera péptica, gastrites agudas) Sem restos alimentares, eliminação acompanha – se de tosse Sangue coagulado, “digerido “e de cor escura (aspecto de “borra de café”) Sintomas prodrômicos (calor retroesternal, prurido na laringe Sintomas prodrômicos (náuseas, mal-estar epigástrico. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Mesmo em pacientes com enfermidade cardíaca, é necessário fazer o diagnóstico diferencial com bronqueetasia, tuberculose e carcinoma brônquica, pois hemoptise ocorre com frequência nestas afecções. SIBILÂNCIA (Chieira ou chiado): Significa o aparecimento de um ruído junto com a respiração, a qual quase sempre se torna difícil. Traduz a passagem de ar, em alta velocidade, através de vias respiratórias estreitadas. NA AUSCULTA, É POSSÍVEL ENCONTRAR EXPIRAÇÃO PROLONGADA E SIBILOS. ISLÂNIA PACHECO MEDP4 2021.1 7 Lembrando! O sibilo é classificado como um som musical, contínuo, prolongado e predominantemente expiratório, mas pode ocorrer também durante a inspiração. É mais frequente na asma brônquica, na bronquite crônica e no enfisema pulmonar. Pode ocorrer na dispneia paroxística noturna e na asma cardíaca (congestão pulmonar + broncospasmo.) Asma Cardíaca Asma Brônquica Costuma surgir na posição deitada; Dispneia não é aliviada pela mudança de posição; Melhora quando o paciente se senta ou fica de pé; Sibilos disseminados e predominam sobre os estertores; Acompanhada por taquicardia, ritmo de galope e estertores finos nas bases pulmonares; Raio x – Hiperinssuflação pulmonar Raio X – congestão pulmonar SÍNCOPE E LIPOTIMIA Desmaio é a perda súbita e transitória da consciência e do tônus muscular postural (síncope). Nem sempre, o sintoma ocorre de maneira completa. Podendo ser parcial a perda da consciência (Pré – sincope ou lipotimia) Quase sempre o quadro evolui rapidamente para a recuperação da consciência, pois, se não houver melhora da perfusão cerebral, sobrevirá à morte em curto período de tempo Causas Cardíacas Causas Extra – Cardíacas Arritmias e transtornos da condução Metabólicas (hipoglicemia, hipóxia) Diminuição do débito cardíaco (IAM) Síncope neurogênica (epilepsia) Regulação vasomotora anormal (EA, Hipotensão postural) Obstruções “extracardíacas “do fluxo de sangue (aterosclerose, tosse, manobra de valsalva) Diminuição mecânica do retorno venoso Psicogênica Hipovolemia Aguda INSÔNIA É um sintoma frequente nos pacientes com insuficiência ventricular esquerda. Em alguns indivíduos, nos quais a dispneia de Cheyne – Stokes representa sintoma dominante da insuficiência ventricular esquerda, pode haver dificuldade para dormir justamente porque esse tipo de dispneia predomina ou se acentua no período da noite Na INSUFICIÊNCIA CARDÍACA GRAVE, a insônia é acompanhada de excitação e obnubilação, alterando – se com períodos de sonolência e prostração. ISLÂNIA PACHECO MEDP4 2021.1 8 CIANOSE Definição: Coloração azulada da pele e das mucosas. Ocorre em virtude de um aumento da hemoglobina reduzida no sangue capilar, chegando a 5g por 100 ml (normal de hemoglobina reduzida é de 2,6 g por 100 ml) IMPORTANTE! É UM SINAL IMPORTANTE DE ENFERMIDADES CARDÍACAS, PRINCIPALMENTE INFANTIL. LEMBRANDO: Pacientes intensamenteanêmicos nunca apresentarão cianose, porque não haveria hemoglobina reduzida suficiente para produzir cianose. SURGE EM GRAUS VARIÁVEIS: mucosa é ligeiramente azulada, sem mudança na cor da pele, azul – clara ou lilás intenso. Na cianose grave, as mucosas são quase sempre negras: o tegumento cutâneo adquire tonalidade azulada ou mesmo arroxeada. IMPORTANTE! A PIGMENTAÇÃO E A ESPESSURA DA PELE MODIFICAM O ASPECTO DA CIANOSE, PODENDO MASCARÁ – LA COMPLETAMENTE. POIS A IMPREGNAÇÃO DA PELE POR BILIRRUBINA DIFICULTA O RECONHECIMENTO DA CIANOSE. A inspeção deve ser feita nos lugares em que a pele é mais fina e em áreas ricas de capilares sanguíneos. (Lábios, ponta do nariz, região malar (bochechas), os lóbulos das orelhas, língua, palato, faringe e extremidades das mãos e dos pés) ASTENIA Definição: sensação de fraqueza generalizada. Sintoma de caráter subjetivo, que tem como BASE UMA IMPOTÊNCIA MOTORA FUNCIONAL. Está presente na maioria dos pacientes COM IC E IAM POSIÇÃO DE CÓCORAS Assumida instintivamente pelo paciente. Posição de cócoras, apoiando as nádegas nos calcanhares. Essa posição alivia a dispneia, melhorando a saturação arterial de oxigênio. Tipo peculiar de dispneia de esforço. PRÓPRIO DOS PORTADORES DE CARDIOPATIA CONGÊNITA CIANÓTICA COM FLUXO SANGUÍNEO PULMONAR DIMINUÍDO ISLÂNIA PACHECO MEDP4 2021.1 9 EXAME FÍSICO INCLUI A INSPERÇÃO, A PALPAÇÃO E A AUSCULTA. Insperção e palpação (Realizam – se a insperção e a palpação simultaneamente porque os achados semióticos tornam – se mais significativos quando analisados em conjunto) Pesquisa de abaulamento; Análise do Ictus Cordis; Choque Da Ponta; Análise de batimentos ou visíveis ou palpáveis; Pesquisa de frêmito cardiovascular. Abaulamento Para facilitar o reconhecimento de abaulamento, a observação da região precordial deve ser feita em duas incidências: Tangencial: Com o examinador de pé do lado direito do paciente; Frontal: O examinador fica junto aos pés do paciente, que permanece deitado. *Abaulamento desta região pode indicar ocorrência de aneurisma da aorta, cardiomegalia, derrame pericárdico e alterações da própria caixa torácica. Atenção: É importante diferenciar os abaulamentos por alterações da estrutura osteomuscular dos causados pelo crescimento do ventrículo direito. O elemento que distingue é a ocorrência de impulsão do precórdio, que aparece nos casos de hipertrofia. Ictus Cordis (ou choque da ponta) É analisado pela insperção e palpação, investigando – se localização, extensão, mobilidade, intensidade e tipo de impulsão, ritmo e frequência. LOCALIZAÇÃO: Cruzamento da linha hemiclavicular esquerda com o 5º EIC (normolíneos), 4º EIC (brevelíneos) ou 6º EIC (longilíneos). Portadores de enfisema pulmonar, obesos ou grandes mamas pode deixar o ictus invisível e impalpável. OBS: O deslocamento do Ictus Cordis indica dilatação e/ ou hipertrofia do ventrículo esquerdo, como ocorre na estenose aórtica, insuficiência aórtica, insuficiência mitral, hipertensão arterial, miocardiosclerose, miocardiopatias e algumas cardiopatias congênitas. A hipertrofia do ventrículo direito pouco ou nada repercute sobre o ictus cordis. EXTENSÃO: Quantidade de polpas digitais necessária para cobri – lo. Normalmente é de 1 a 2. (Hipertrofia ventricular, são necessárias 3 polpas ou mais. Quando a grande dilatação e hipertrofia, o ictus cordis pode chegar a abarcar toda a palma da mão.) ISLÂNIA PACHECO MEDP4 2021.1 10 MOBILIDADE: Marca – se o local com o paciente em decúbito dorsal e depois pede para adotar decúbitos laterais (direito e esquerdo), fazendo marcação de ambos. Em condições normais, há um deslocamento de 1 a 2 cm. Se houver sínfise pericárdica (folhetos aderidos entre si e com as estruturas vizinhas) o inctus não se desloca. O deslocamento indica dilatação e/ou hipertrofia do ventrículo esquerdo, como ocorre na estenose ou insuficiência aórtica, insuficiência mitral... INTENSIDADE: Na hipertrofia do ventrículo esquerdo os choques são mais vigorosos, principalmente quando é consequência da insuficiência aórtica. Hipertrofias (ictus propulsivo) impulsionam nas polpas digitais com mais vigor que as dilatações (ictus difuso). RITMO E FREQUÊNCIA: São mais bem analisados pela ausculta; contudo, durante a inspeção e palpação, o examinador consegue elementos úteis para o diagnóstico. De modo especial, merece ser ressaltado que é o ritmo do gale que pode ser reconhecido com facilidade com a palpação do precórdio. Análise de batimentos ou movimentos visíveis e/ ou palpáveis: No precórdio e em áreas vizinhas, podemos encontrar outros batimentos visíveis e palpáveis, como: RETRAÇÃO SISTÓLICA APICAL: Aparece em casos de hipertrofia direita. Durante a sístole, em vez do impulso, o que se recebe é uma retração. LEVANTAMENTO EM MASSA DO PRECÓRDIO/ IMPULSÃO SISTÓLICA: Ocorre na hipertrofia do ventrículo direito e é percebido como um impulso sistólico que movimenta uma área relativamente grande da parede torácica nas proximidades do esterno. (Palpação de bulhas) CHOQUE VALVARES: Quando as bulhas cardíacas se tornam hiperfonéticas, podem ser sentidas pela mão como um choque de curta duração. ISLÂNIA PACHECO MEDP4 2021.1 11 PULSAÇÕES EPIGÁSTRICAS: são vistas e palpadas em muitas pessoas e nada mais são do que a transmissão à parede abdominal das pulsações da aorta, porem pode denunciar hipertrofia ventricular direita (nesse caso as pulsações são mais intensas no nível do ângulo xifoesternal). Outras causas de pulsação epigástrica é o pulso hepático por estenose tricúspide (pulsação pré – sistólica) ou insuficiência tricúspide (pulsação sistólica). *A palma do examinador deve pressionar para cima a parte superior da região epigástrica. PULSÃO SUPRAESTERNAL/ FÚRCULA ESTERNAL: Pode ser observada em pessoas normais e depende das pulsações da crassa da aorta. Quando muito intensas, levantam a suspeita de hipertensão arterial, esclerose senil da aorta, aneurisma da aorta ou síndrome hipercinética (insuficiência aórtica, hipertireoidismo, anemia). FRÊMITO CARDIOVASCULAR: É a designação aplicada à sensação tátil determinada por vibrações produzidas no coração ou nos vasos. Correspondem aos sopros. Localização: Áreas de ausculta; Situação no ciclo cardíaco: coincidência ou não com o ictus ou pulso carotídeo, os frêmitos sistólico, diastólico e sistodiastólico e intensidade; Intensidade: Avaliada em Cruzes (+ a ++++). Ausculta Para fazer uma boa ausculta do coração, o examinador deve levar em conta os seguintes aspectos: o estetoscópio, ambiente que se faz ausculta, posição do paciente e do examinador, orientação do paciente, escolha do receptor adequado, aplicação correta do receptor, relação dos batimentos cardíacos com a respiração. Posição do Paciente OBS: Relação dos batimentos cardíacos com a respiração. A maioria dos sopros ou sons originados no coração direito aumenta durante a inspiração, em virtude do aumento do retorno de sangue nesta fase de respiração. ISLÂNIA PACHECO MEDP4 2021.1 12 Focos ou Áreas de Ausculta: Foco Mitral: Situa – se no 5º espaço intercostal (EIC) esquerdo na linha hemiclavicular e corresponde ao ictus cordis. Pacientes com cardiomegalia acentuada, esse foco desloca lateralmente na direção da linha axilar anterior. Foco Pulmonar: Situa – se no 2º EIC esquerdo, junto ao esterno. Nesse espaço podemos avaliar desdobramentos fisiológico ou patológico da 2º Bulha cardíaca. Foco Aórtico: Situa -se no 2º EIC direito, justaesternal, junto ao esterno. Nesse espaço podemos avaliar desdobramentos fisiológico ou patológico da 2 º bulha cardíaca. Foco Tricúspide: Situa – se na base do apêndice xifóide ligeiramente para esquerda. Os fenômenos acústicos originados na valva tricúspide (sopro sistólico) costumam ser mais percebidos na área mitral. Por isso, é necessário auscultar durante a inspiração. Outras áreas: Borda esternal direita(do foco aórtico ao 5º EIC e esquerda (entre pulmonar e tricúspide), endoápex/ mesocárdio (entre o foco tricúspide, mitral e aórtico acessório), infra e supraescapular direito e esquerdo, regiões laterais do pescoço (sopro na estenose aórtica) e interescapulovertebrais (sopro da persistência do canal arterial). Bulhas Cardíacas PRIMEIRA BULHA (B1) Fechamento da mitral (antecede) e tricúspide. Coincide com o ictus e com o pulso carotídeo. Timbre mais GRAVE e seu tempo de duração é um pouco maior que o da 2º bulha = TUM. Desdobramento de B1: fechamento da tricúspide que não acontece no mesmo tempo da mitral. Som: Turum – Ta SEGUNDA BULHA (B2) Constituída 4 grupos de vibrações, mas só são audíveis ao fechamento das valvas aórtica e pulmonar. Ouve o componente aórtico em todo o precórdio, enquanto o pulmonar é limitado ao foco pulmonar e borda esternal esquerda. Por isso, no foco aórtico e na ponta do coração, a 2º bulha é única. Em condições normais, a B2 é mais intensa nos focos da base (aórtico e pulmonar). A B2 vem depois de um pequeno silêncio e é mais AGUDA e soa de maneira mais seca = TA; Desdobramento de B2: Pulmonar acontecendo depois do aórtico Som: Tu- Turum ISLÂNIA PACHECO MEDP4 2021.1 13 OBS: Desdobramento fisiológico da 2º bulha Na expiração. Ambas as valvas se fecham simultâneas. Ao contrário da inspiração, em função da sístole do Ventrículo direito se prolonga ligeiramente em função do maior afluxo sanguíneo a este lado do coração, o componente pulmonar sofre um retardo. Quando a bulha está desdobrada, seu ruído corresponde à expressão “TLA” e varia conforme o indivíduo e é observado em muitas crianças. TERCEIRA BULHA (B3) É um ruído protodiastólico de baixa frequência que se origina da vibração da parede ventricular distendida pela corrente sanguínea, que penetra na cavidade durante o enchimento ventricular rápido. É mais audível na área mitral, com o paciente em decúbito lateral esquerdo, sendo representada = Tum – Tum -Ta QUARTA BULHA (B4) Ruído débil que ocorre no fim da diástole ou pré- pré sístole, pode ser ouvida raramente em crianças e adultos jovens normais. Sua gênese não está completamente esclarecida, mas acredita – se que seja originada pela brusca desaceleração do fluxo sanguíneo e na contração atrial em encontro com o sangue no interior do ventrículo, no final da diástole = Tum -Tum – Ta Localização dos fenômenos estetoacústicos PROTOSSÍSTOLE: 1/3 inicial da sístole MESOSSÍSTOLE: 1/3 médio da sístole TELESSÍSTOLE: 1/3 final da sístole PRODIÁSTOLE: 1/3 inicial da diástole MESODIÁSTOLE: 1/3 médio da diástole TELEDIÁSTOLE (PRÉ – SÍSTOLE): 1/3 final da diástole SISTEMATIZAÇÃO DA AUSCULTA DO CORAÇÃO • Reconhecer tanto o ritmo como a frequência cardíaca, tomando como referência a 1a e a 2a bulha; • Se houver arritmia, procurar identifica – la; • Se existir uma 3 a bulha, procurar reconhecer o ritmo de galope; • Analisar as características das bulhas cardíacas; • Identificar cliques, estalidos, sopros e atrito pericárdico; • Relacionar os achados da ausculta com lesões cardíacas. Ritmo e frequência do coração Após reconhecer B1 e B2, o passo seguinte é determinar ao ritmo do coração e a frequência cardíaca (batimentos por minutos). Havendo apenas 2 bulhas, trata – se de ritmo binário ou em dois tempos. Quando se torna audível em terceiro ruído, passa a ser ritmo tríplice ou em três tempos. RITMO EM 2 TEMPOS: TUM – TA; TUM – TA; TUM- TA ISLÂNIA PACHECO MEDP4 2021.1 14 RITMO EM 3 TEMPOS: TUM – TA – TU; TUM- TA- TU Frequência: Para determinar, Conta – se os batimentos em um minuto. Em adultos, < 60 (bradicardia), > 100 (taquicardia). OBS: O Ritmo cardíaco pode apresentar arritmias, sendo a principal encontrada na ausculta o ritmo de galope (PA-TA- TA), em que o ritmo cardíaco imita o som semelhante ao galopar de um cavalo devido a B3 patológico. Arritmias Cardíacas: Ocorrem devido a alterações no distúrbio da formação do impulso, distúrbio da condução do impulso ou a combinação de ambos. Taquicardia Sinusal: É o aumento na frequência sinusal acima de 100 bpm e está associada a estresse emocional, uso de medicações, atividade física e também à insuficiência cardíaca, TEP, infecção, anemia e hipertireoidismo. Bradicardia Sinusal: Redução do número de batimentos cardíacos. A frequência é inferior a 60 por minuto, situando – se, geralmente, em torno de 40 a 60. Pode acontecer em condições fisiológicas como: sono, treinamento intenso, vagonotonia; e em condições patológicas: Hipotireoidismo, hipertensão intracraniana); e por ação de fármacos: digitálicos, reserpina, bloqueadores betas – adrenérgicos, amiodarona. Arritmia Sinusal: Geralmente relacionada com a respiração: na fase inspiratória há um aumento do número de batimentos cardíacos e, na expiratória, diminuição. Parada Sinusal: Consiste na súbita ausência dos batimentos cardíacos por depressão do automatismo do nó sinosal. Extrassistolia: São sístoles extras, isto é, a mais do normal. Ocorrem em um momento anterior ao da sístole normal, habitualmente sendo seguidas de uma pausa, dita compensadora. Fibrilação Atrial: Dificuldade ou impossibilidade da condução do estímulo originado no nó sinusal em atingir os ventrículos. Flutter Atrial: Taquicardia atrial macroreentrante que apresenta características eletrocardiográfias típicas, e pode existir em indivíduos com coração normal ou pacientes com cardiopatia. Quandro clínico: palpitação, dispneia, dor precordial ou fadiga. Fibrilação Atrial: Dificuldade ou impossibilidade da condução do estímulo originado no nó sinusal em atingir os ventrículos. Ritmos Tríplices - Ocorre na diástole e se dividem em protodiastólico e pré – sistólico. - Diferenciar uma B3 fisiológica de uma patológica. Para considerar patológica, é necessária indicação de existência de cardiopatia (insuficiência mitral, miocardite.). B3 fisiológica nunca se assemelha o galope de um cavalo, mas a um desdobramento longo da B2. - O pré – sistólico depende da presença da 4º bulha, é mais frequente quando há alteração da complacência ou distensibillidade ventricular. - O ritmo de galope é mais audível quando se apoia o receptor com suavidade sobre a parede torácica, podendo desaparecer quando se comprime demasiado o receptor. É mais audível na ponta do coração ou junto à borda esternal (área tricúspide), com o paciente em decúbito lateral esquerdo. O ritmo de galope tem grande valor por significar importante acometimento do miocárdio ⇨ “Grito de socorro do miocárdio” - O ritmo de galope pode ser ventricular, atrial ou de soma. ISLÂNIA PACHECO MEDP4 2021.1 15 Ventricular: Existência de B3 patológica. Quase sempre associado à taquicardia. Pode ocorrer em pacientes com frequência baixa, mas só tem som de galope se aumentara frequência. ATRIAL: Existência de B4. É menos nítido; não é um sinal de insuficiência ventricular descompensada, mas é uma indicação de insuficiência iminente. Encontrado principalmente na há grave e na insuficiência coronariana crônica. SOMA: Elevação da frequência cardíaca, havendo fusão da 3º e 4º bulhas por encurtamento do período diastólico ventricular ⇨ Ritmo de 4T. Alterações das Bulhas B1 Intensidade: Fator principal ⇨ Posição dos folhetos das V. mitral e tricúspide, no instante da contração ventricular. Do enchimento ventricular (taquicardia, hipertireoidismo, ÉS) ⇨ Hiperfonese da B1(contração ventricular se inicia quando as valvas estão baixas) Desdobramento: 50% dos indivíduos saudáveis, principalmente crianças e jovens. TIMBRE E TOM: estenose mitral, as valvas se tornam rígidas em decorrência da fibrose. Além de mais intenso, adquire tonalidade aguda e timbre metálico. Cliques e Estalidos ESTALIDOS DIASTÓLICOS: Podem ocorrer nas estenoses das valvas mitral (Ruído seco, agudo e de curta duração, representando por um “TEP, audível no 3º ou 4º EIC e no foco mitral) e tricúspide. ESTALIDOS PROTOSSISTÓLICOS:Ruídos de ejeção, de alta frequência, agudos e intensos, produzidas na artéria pulmonar e na aorta. O estalido protossistólico pulmonar (presente na estenose pulmonar, hipertensão pulmonar grave) é mais audível no foco pulmonar e na borda esternal esquerda, diferenciando – se de B1 pelo timbre mais agudo. O protossistólico aórtico (presente na dilatação ou aneurismas de aorta, tetralogia de Fallot) é mais audível do 4º EIC esquerdo, borda esternal até a área mitral. Sopros: São Produzidos por vibrações decorrentes de alterações do fluxo sanguíneo. São decorrentes de alterações do sangue (aumento da velocidade, diminuição da viscosidade) e passagem do sangue por zonas estreitas e dilatadas. Características: SITUAÇÃO NO CICLO CARDÍACO: se é sistólico ou diastólico e se é proto, meso, tele ou holo SISTÓLICOS: de ejeção: EA e EP logo após a B1, é um sopro crescendodecrescendo. DE REGURGITAÇÃO: IM e IT holossistólico surgindo junto com B1, recobrindo e mascarando – o. DIASTÓLICOS: Estenose AV: Sopro mesodiastólico, de baixa frequência e de tom grave (Ruflar). IAo e IP logo após B2, protodiastólico, de alta frequência, intensidade decrescente, tom agudo (Aspirativo) . LOCALIZAÇÃO: Empregando a área em que é mais audível. IRRADIAÇÃO: Avalia ao redor da área em que foi mais audível. Relacionando à intensidade (mais importante) e a direção da corrente sanguínea. Intensidade: Avaliar em Cruzes. + = Sopros débeis, audíveis com uma ausculta com muita atenção e ambiente silencioso. ISLÂNIA PACHECO MEDP4 2021.1 16 ++ = Intensidade Moderada +++ = Sopro Intensos. ++++ = Sopros muito intensos, audíveis mesmo com o afastamento do estetoscópio. INSUFICIÊNCIA AÓRTICA: Sopro diastólico; melhor audível no foco aórtico acessório. ESTENOSE AÓRTICA: Sopro Sistólico de ejeção; localizado no foco aórtico. INSUFICIÊNCIA MITRAL: Sopro Sistólico de Regurgitação no foco mitral. ESTENOSE MITRAL: Sopro Diastólico com estalido, melhor audível em decúbito lateral esquerdo. Modificação do Sopro Manobra De Rivero Carvalho: Para diferenciar o sopro da insuficiência tricúspide da mitral; o paciente em decúbito dorsal, realizara uma ausculta com sopro da área tricúspide. Vai pedir para o paciente inspirar profundamente: Se o sopro diminuir de intensidade ou não sofre alteração. Manobra negativa = Sopro originado na mitral. Manobra de Valsava: O paciente realiza uma expiração forçada contra a resistência (ou seja, soprar contra a mão, onde pede – se que ele coloque o dorso da mão na boca, tampando – a, e , então sopre).Isso provoca um aumento da pressão intratorácica, levando, então, à redução do retorno venoso. A manobra de Valsalva auxilia na ausculta cardíaca, quando há suspeita de determinados sopros. Ela reduz a intensidade de sopros em estenose aórtica, estenose pulmonar, estenose tricúspide e aumenta a intensidade, em casos de prolapso da valva mitral. Lesões Aórticas são mais audíveis na EXPIRAÇÃO FORÇADA. DECÚBITO LATERAL ESQUERDO: Torna o Ruflar diastólico mais intenso na estenose mitral. TÓRAX FLEDIDO PARA FRENTE: Sopro mais nítido na Insuficiência Aórtica. EXERCÍCIO FÍSICO: Aumenta a Velocidade Sanguínea, gerando intensificação dos sopros. RUMOR VENOSO: Ruído Sisto- diastólico, tom grave, ausculta no pescoço e parte superior do tórax. Aumenta de intensidade na posição sentada ou de pé, diminuindo ou desaparecendo quando o paciente se deita. Atrito Pericárdico: Roçar dos folhetos pericárdicos quando eles deixam de ser lisos e levemente umedecidos. Causa mais comum: Pericardite Fibrinosa O diagnóstico diferencial entre o atrito pericárdico, os sopros e os estalidos baseiam – se na análise das seguintes características semiológicas: SITUAÇÃO NO CICLO CARDÍACO: Não coincide com nenhuma fase LOCALIZAÇÃO: Mais frequente na ponta Cardíaca BEE IRRADIAÇÃO: Não se propaga, é restrito. INTENSIDADE: Varia, junto com o timbre e som MUTABILIDADE: Muda muito rápido suas características DESCRIÇÃO DO EXAME NORMAL: Precórdio calmo, sem abaulamentos, retrações ou deformidades, ictus cordis palpável 1 -2 polpas digitais na linha hemiclavicular esquerda no 5º EIC. Bulhas cardíacas rítmicas, normofonéticas em dois tempos, sem sopros. (BRNF,2T, SS) ISLÂNIA PACHECO MEDP4 2021.1 17 ANATOMIA DO CORAÇÃO