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DOENÇA PULMONAR CRÔNICA OBSTRUTIVA - DPOC Prof.: Luciano Dondé Acadêmicos: Daniela Wittmann, Dieverson Almeida, Dinara Freitas, Edilaine Pereira, Eliane Lietz e Érika Fontana DPOC Doença de caráter obstrutivo, que limita o fluxo aéreo; Diminui a capacidade de eliminar CO2; Irreversível, porém controlável; Apresenta diversos sintomas. DPOC A DPOC é causada pela inalação de gases tóxicos (tabagismo), que lesam as vias aéreas e/ou parênquima pulmonar, causando um processo inflamatório, uma produção excessiva de muco e superinflação. DPOC A doença obstrutiva crônica pode ocorrer devido a bronquite crônica, o enfisema ou a união dessas duas patologias. Casos (raros) ocorrem devido deficiência da enzima alfa-1-antitripsina. DPOC Bronquite crônica Enfisema pulmonar Vias aéreas maiores –brônquios Acinos (incluem desde o bronquíolo respiratório até o alvéolo parenquima) Hipertrofia e hiperplasia das glândulas mucosas Destruição dos septos alveolares, e aumento anormal e permanente do tamanho dos ácinos pulmonares Hipersecreção de muco Superinflação DPOC MANIFESTAÇÃO DPOC Dispneia Baixa tolerância ao exercício Tosse crônica com ou sem produção de escarro Sibilância para insuficiência respiratória ou cor pulmonale. Hipercapnia Hipoxemia Cianose DIAGNÓSTICO Espirometria Gasometria arterial Exames de imagem Exames físicos AVALIAÇÃO ESPIROMÉTRICA Devendo ser realizada antes e após administração de broncodilatador, de preferência em fase estável da doença. A espirometria permite a avaliação de uma multiplicidade de parâmetros, porém os mais importantes do ponto de vista de aplicação clínica são a CVF (capacidade vital forçada), o VEF1 (volume expiratório forçado no primeiro segundo), e a relação VEF1/CVF, pois mostram menor variabilidade inter e intra-individual. A existência de limitação do fluxo aéreo é definida pela presença da relação VEF1/CVF abaixo de 0,70 pós-broncodilatador. ESPIROMETRIA Volume expirado no primeiro segundo da CVF; Avalia basicamente os distúrbios obstrutivos. Quando a CVF estiver diminuída por distúrbios restritivos, ele diminuirá a proporcionalmente. VEF1/CVF = TIFFENEAU Razão que melhor avalia a presença de distúrbios obstrutivos. Espera-se o valor de 80% para a normalidade. Abaixo deste valor o diagnóstico de obstrução é sugestivo e deverá ser definido através da análise paralela de outros valores como FEF25-75 e VEF1. FEF Fluxo expiratório forçado; Relação entre o volume expiratório e o tempo gasto na sua expiração. AVALIAÇÃO GASOMÉTRICA E DO PH A avaliação da oxigenação pode ser feita, inicialmente, de maneira não invasiva pela oximetria de pulso. Se for identificada uma saturação periférica de oxigênio (SpO2 ) igual ou inferior a 90%, está indicada a realização de gasometria arterial para avaliação da PaO2 e da PaCO2 . A oximetria deve ser repetida periodicamente e sempre que houver exacerbação. AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA Deve-se solicitar, rotineiramente, uma radiografia simples de tórax nas posições póstero-anterior e perfil, não para definição da doença, mas para afastar outras doenças pulmonares, principalmente a neoplasia pulmonar. A radiografia de tórax pode ainda identificar bolhas, com possível indicação cirúrgica. A tomografia computadorizada de tórax está indicada na DPOC somente em casos especiais, como suspeita da presença de bronquiectasias ou bolhas, indicação de correção cirúrgica destas ou programação de cirurgia redutora de volume. ACHADOS DO EXAME FÍSICO Podem ser observados sibilos, principalmente à expiração forçada. A ausculta sem expiração forçada pode ser completamente normal. Roncos também podem estar presentes. Aquele exame classicamente descrito de tórax em tonel, com redução do espaço da fúrcula à cartilagem cricoide, com hipersonoridade à percussão e murmúrio respiratório diminuído à ausculta, só vai estar presente nos pacientes em fase avançada da doença. Nas fases avançadas da DPOC podemos observar, ainda, sinais de cor pulmonale, ou seja, sinais de insuficiência cardíaca direita: turgência jugular, hepatomegalia e edema de membros inferiores. PLANO DE TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO Reduzir a dispneia; Melhorar a capacidade de exercício e atividade física; Melhorar a higiene brônquica; Melhorar conhecimento, autocuidado e autoeficácia; Medicamentos atuais usados para a DPOC pode reduzir ou abolir os sintomas; TIPOS DE TREINAMENTO Treinamento de endurance para melhora do condicionamento cardiorrespiratório; Treinamento intervalado; Treinamento de força de membros inferiores e superiores; Exercícios respiratórios objetivando a redução da hiperinsuflação dinâmica e melhora da troca gasosa: (freno labial, respiração lenta e profunda e expiração ativa ); TIPOS DE TREINAMETO Exercícios respiratórios objetivando a melhora do movimento tóraco-abdominal: respiração diafragmática; Exercícios de relaxamento; Modalidades de tratamento para melhora da higiene brônquica; Educação do paciente e autocuidado. REFERÊNCIAS COSTA, C. RUFINO, R. TRATAMENTO DA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA. Abr/Jun – 2013. FILHO, G. B. Bogliolo patologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. JARDIM, J.; PINHEIRO, B.; OLIVEIRA, J. Doença pulmonar obstrutiva crônica. RBM Revista Brasileira de Medicina Dez 09 V 66 N 12. LAIZO, Artur. Doença pulmonar obstrutiva crónica: Uma revisão. Rev Port Pneumol, Lisboa , v. 15, n. 6, p. 1157-1166, nov. 2009 . Disponível em <http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-21592009000600008&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 04 set. 2018. REFERÊNCIAS LANGER, D. et al. Guia para prática clínica: Fisioterapia em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Rev Bras Fisioter, São Carlos, v. 13, n. 3, p. 183-204, mai./jun. 2009. Vol. 12 , N. 2 - Síndromes ventilatórias obstrutivas. KUMAR, V.; ABBAS, A. K.; ASTER, J. C. Robbins patologia básica. Rio de Janeiro : Elsevier, 2013.
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