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ÍNDICE 
 
INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 2 
OBJECTIVOS ................................................................................................................... 3 
Gerais ............................................................................................................................. 3 
Específicos ..................................................................................................................... 3 
METODOLOGIA .............................................................................................................. 3 
FOLIAÇÃO ....................................................................................................................... 4 
 Foliações primárias em rochas sedimentares e ígneas .................................................... 6 
Morfologia da Foliação .................................................................................................. 9 
Foliação Continua .......................................................................................................... 9 
Foliação espaçada ......................................................................................................... 10 
Mecanismos de formação de foliações .......................................................................... 11 
Foliações & Dobras ...................................................................................................... 14 
Foliação e o plano xy de strain ..................................................................................... 15 
Transposição da Foliação ............................................................................................. 17 
CONCLUSÃO ................................................................................................................. 18 
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................. 19 
 
 
 
ISPT- Geologia Estrutural – 2021 Page 2 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
As formações geológicas na crosta terrestre, bem como na superfície apresentam diversas 
estratificações devido os factores internos e externos que nelas são inseridas. Esses factores 
na maior parte envolvem alterações texturais do corpo geológico e mecânicas formando 
estruturas secundarias de génese sedimentar ou ígnea. 
Em relação ao tema atribuído, as envolventes da geodinâmica externa, a temperatura e 
pressão são vistas como pormenor na decorrência da foliação, pois essa actuação que pode 
ocasionar dobras em corpos de comportamento dúctil ou falhas em frágil, associada com 
formação rochosa secundária (Metamorfismo) estaremos perante a um tipo de foliação. 
Esse carácter secundário da foliação em geologia estrutural relacionado com 
metamorfismo, ocasiona a grande presença das foliações em rochas metamórficas. Não 
obstante também podem decorrer em rochas sedimentares e ígneas primarias, formando 
fissilidade dos folhetos e foliação diagenética entre outras despostas no ambiente geológico 
como um todo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ISPT- Geologia Estrutural – 2021 Page 3 
 
2. OBJECTIVOS 
 
 
2.1.Gerais 
 
 Verificar, analisar com base em artigos científicos relacionados com a foliação 
objectivando geralmente a compreensão do tema atribuído com vista a obter 
conclusões e soluções do estudo das estruturas foliadas. 
 
2.2. Específicos 
 
Apresentar e identificar as principais definições e abordagens relacionadas: 
 A foliação; 
 A deposição em rochas como agente primário e secundária; 
 As suas classificações em formas universais. 
 
3. METODOLOGIA 
 
O presente trabalho de investigação científica teve como fontes de referências 
bibliográficas as diversas páginas da internet, onde seleccionou de forma qualitativa 
os Manuais de grande importância e abrangência no conhecimento geológico com 
vista a satisfazer literalmente o leitor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ISPT- Geologia Estrutural – 2021 Page 4 
 
4. FOLIAÇÃO 
 
A foliação (palavra derivada do Latim folia, que significa "folhas") refere-se à 
disposição dos minerais das rochas metamórficas em estratos e ocorre quando a 
rocha é submetida a uma tensão ao longo de um eixo durante a recristalização. Este 
processo provoca a rotação de cristais lamelares ou alongados (como a mica), de 
modo a que os seus longos eixos se disponham perpendicularmente à orientação da 
tensão. Daqui resulta uma rocha foliada com lâminas a exibir as cores dos minerais 
que as formaram. Esta é uma foliação secundária, provocada pelo metamorfismo, 
diferente de outros tipos de foliação presente nas rochas sedimentares e nas rochas 
ígneas. 
 
O estudo da foliação generalizando consta em abordagem e definições relativas a 
datações do milénio passado. No meado da década de 70, os actores Lockzy & 
Ladeira, definiram foliação (lato sensu) seria qualquer tipo de paralelismo de 
minerais e/ou massas minerais em uma rocha ígnea ou metamórfica. Segundo os 
autores, quando as superfícies de menor resistência da rocha são também superfícies 
de orientação de minerais tanto a palavra clivagem, como a palavra foliação podem 
ser utilizadas, tornando-se nestas circunstâncias sinónimas. 
 
Actualmente Passchir & Trouw (1996), generalizaram a foliação como um termo 
geral e não genético usado para definir a presença de qualquer feição planar 
penetrativa em um corpo rochoso. 
Estas superfícies são definidas por descontinuidades (Ex: fracturas), orientação 
preferencial de grãos ineqüigranulares, agregados de mineral laminar ou alguma 
combinação dessas microestruturas (Fig. 1). Por esta definição, o fluxo magmático 
dado pela orientação de fenocristais seria uma foliação primária, ou seja, gerada 
durante a formação da rocha. Já o bandamento gnáissico, seria uma foliação 
metamórfica ou secundária, gerado pela atuação conjunta de deformação e 
metamorfismo (Tabela 1). 
 
 
 
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Tabela 1. Tipos de foliações primárias e secundárias. 
 
Foliação Primária 
Foliação Secundária 
Fissilidade 
Foliação diagenética 
Clivagens 
(ardosiana, espaçada,crenulação), 
Estrutura de filitos e xistosidade 
Bandamento de fluxo em lavas riolíticas Bandamento gnáissico 
Estrutura eutaxítica em tufos de queda 
de cinzas 
Seixos achatados em conglomerados 
Foliação de fluxo magmático em rochas 
ígneas intrusivas 
Foliação (fluxion structure) em milonitos 
e outras rochas de falhas 
 
 
Figura 1 – Diagramas representativos de vários tipos de foliação, definidas por: 
 
ISPT- Geologia Estrutural – 2021 Page 6 
 
(a)- Aleitamento composicional; 
(b) - Variação granulométrica; 
 (c) - Descontinuidades aproximadamente paralelas e pouco espaçadas com 
microfalhas ou fraturas; 
(d) - Orientação preferencial de grãos, visto pelo alinhamento de suas bordas; 
(e) - Orientação preferencial de minerais placosos ou agregados lenticulares de 
minerais. Estas microestruturas podem estar combinadas como mostrado em (f), 
uma combinação (a+e) comum tanto em rochas sedimentares como metamórficas. 
 
Fonte: Extraído de Hobbs, Means & Williams (1976), An Outline of Structural 
Geology, fig. 5.1, pg. 214. 
 
 
4.1. Foliações primárias em rochas sedimentares e ígneas 
 
Embora foliações sejam frequentemente associadas a rochas metamórficas, e por 
isso de carácter secundário, são também estruturas primárias encontradas em rochas 
sedimentares e ígneas. 
 A fissilidade dos folhelhos, por exemplo, é uma foliação gerada durante a 
compactação do material lamoso. Foliação diagenética, também chamada de 
foliação de acamamento, é comummente observada em sedimentos políticos de 
muito baixo a baixo grau metamórfico que sofreram pouca ou nenhuma deformação 
(Borradaile et al. 1982, in: Passchier & Trouw 1996). 
A foliação diagenética é definida pela orientação preferencialde grãos elongados de 
mica com bordas desfiadas (Fig. 2). É interpretada como o resultado de 
compactação diagenética de sedimentos com micas detríticas (Williams 1972; 
Borradaile et al 1982, in: Passchier & Trouw 1996) - durante a compactação, as 
micas sofrem rotação passiva para uma direcção paralela ao acamamento. A 
foliação diagenética é um exemplo de foliação definida pela orientação preferencial 
de micas que não está associada a formação de dobras. 
 
 
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Figura 2 – Foliação diagenética paralela ao acamamento sedimentar, desenvolvida 
pela orientação preferencial de micas detríticas elongadas. 
Fonte: Extraído de Passchier & Trouw (1996), Microtectonics, fig. 4.5, pg. 61. 
 
 
Figura 3 – Foliação primária ígnea em riolito da Caldeira Creede, San Juan 
Mountains, Colorado, USA. 
 Fonte: Extraído de Davis, G.H. (1984), Structure Geology of Rocks and Regions, 
fig. 12.31, pg. 424. 
 
 
 
 
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4.2. Foliação secundária ou metamórfica 
 
As principais foliações metamórficas são: bandamento gnáissico, xistosidade, a 
clivagem de filitos (estrutura filítica), clivagem ardosiana, clivagem de 
crenulação e seixos achatados de conglomerados (Davis, G.H. 1984). O 
bandamento gnáissico é um aleitamento composicional constituído por bandas 
ou camadas de diferentes mineralogias, cores e/ou texturas, comum em rochas 
de grau médio e alto grau metamórfico – os gnaisses. É o resultado da 
combinação de processos de recristalização, dissolução (segregação 
metamórfica) e cisalhamento mecânico (Fig. 4). 
 
 
Figura 4 – Dobras abertas em bandamento gnáissico dado por camadas de 
coloração e mineralogia diferentes (escuras ricas em máficos; claras ricas em 
félsicos). 
Fonte:Ortognaisse do embasamento da região de Minduri, MG 
 O termo clivagem (cleavage) é usado para rochas metamórficas de 
granulometria fina a muito fina, onde não se consegue observar os minerais 
formadores da foliação (p.ex. micas), geralmente em ambientes de grau baixo de 
metamorfismo. Para rochas de granulometria mais grossa nas quais já se pode 
observar os minerais formadores da foliação, p.ex. quando se pode identificar as 
micas (em ambientes de médio a alto grau metamórfico), usa-se o termo 
xistosidade (shistosity 
 
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4.3. Morfologia da Foliação 
 
Powell (1979) e Borradaile et al. (1982) propuseram uma classificação 
descritiva usando feições morfológicas da foliação. A classificação baseia-se 
nos elementos texturais da rocha que definem a foliação, tais como grãos 
elongados ou placosos, aleitamento composicional e descontinuidades planares 
ou lenticulares. A distribuição desses elementos nas rochas define se a foliação é 
contínua ou espaçada. Na foliação espaçada (spaced foliation), os elementos não 
estão homogeneamente distribuídos e a rocha é dividida em lentes ou leitos de 
diferentes composições. Na foliação contínua (continuous foliation), ou foliação 
de fluxo, os elementos estão homogeneamente distribuídos dentro da rocha, até 
a escala de minerais individuais. Clivagem de fratura e de crenulação são 
foliações espaçadas; clivagem ardosiana e xistosidade são foliações contínuas 
ou de fluxo. 
 
4.4. Foliação Continua 
 
É a superfície constituída pela orientação preferencial de grãos minerais 
placosos homogeneamente distribuídos. Micas e anfibólios são os principais, 
embora quartzo e outros minerais também possam definir uma foliação contínua 
(Fig.6). 
 (a) 
Figura 6 – (a)- Clivagem contínua em seção delgada definida pela orientação 
preferencial de material micáceo fino (clivagem ardosiana); 
 
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Fonte: Extraído de Passchier & Trouw (1996), Microtectonics, fig. 4.9. pg. 65 e 
fig. 3.24, pg. 41, respectivamente. 
 
Rochas de baixo grau metamórfico e de granulação fina comumente apresentam 
uma foliação contínua dada pela orientação preferencial de micas. É 
denominada de clivagem ardosiana, pois é comum nas ardósias (Figs. 6a e 7). 
Caso as micas possam ser reconhecidas a olho nu, passa a se chamar de 
xistosidade contínua. Por ocorrer em rochas de granulometria fina, a clivagem 
ardosiana é estudada em seções delgadas. Em microscópios mais potentes, 
muitas vezes uma clivagem ardosiana revela-se como uma clivagem espaçada, 
fazendo com que a separação entre as duas seja uma questão de escala de 
observação. Assim, um espaçamento não superior a 50 µm é considerado como 
o limite máximo para a clivagem ardosiana (Passchier & Trouw 1996). 
 
4.5. Foliação espaçada 
 
A foliação espaçada é constituída por dois domínios: o da clivagem (cleavage 
domain) e micrólitons (microlithons). Em xistos e filitos, são também chamados 
de domínio M (rico em micas) e domínio Q (rico em quartzo). 
 Os domínios de clivagem são superfícies planares e seus elementos estão 
orientados segundo a direção do domínio. Em metapelitos, os domínios da 
clivagem são, geralmente, ricos em micas e minerais como ilmenita, grafita, 
rutilo, apatita e zircão. (Passchier & Trow 1996). 
Micrólitons estão entre domínios de clivagem e contém elementos que estão 
fracamente orientados ou não apresentam nenhuma orientação preferencial. 
 
 
 
 
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Figura 7 – A- Clivagem espaçada em domínios: domínios anastomosados de 
clivagem correm inclinados para a direita. “Livros” de clorita (clorite stacks) 
nos micrólitons, orientados perpendicularmente. 
B- Clivagem de crenulação, com domínios de clivagem S2 correndo inclinados 
para a direita (leitos escuros, ricos em micas) e micrólitons com foliação mais 
antiga S1 correndo inclinada para a esquerda (orientação preferencial dentro dos 
leitos claros, ricos em quartzo). 
Fonte: Extraído de Passchier & Trouw (1996), Microtectonics, figs. 4.13 4.12, 
pg. 67, respectivamente 
 
4.6.Mecanismos de formação de foliações 
 
Foliações secundárias desenvolvem-se em resposta a deformação permanente 
das rochas (deformação plástica). Os principais fatores controladores são: 
composição da rocha (tipo litológico), magnitude e orientação do stress, 
condições metamórficas incluindo temperatura, pressão litostática e pressão e 
composição de fluidos. Os processos de formação de foliação incluem: rotação 
mecânica de grãos tabulares ou elongados, transferência de soluções geradas por 
dissolução e precipitação, deformação cristalplástica, recristalização dinâmica e 
processos relativos, crescimento mimético, crescimento orientado definido por 
campo de stress, microdobramento. 
 
 
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Figura 8. – Diagrama esquemático de mecanismos que contribuem na formação 
de foliações. 
A- Trama da rocha no início da deformação. 
B - depois da deformação. 
1- Cristais elongados (retângulos abertos) e marcadores passivos (linhas 
sólidas) sofrem rotação em resposta a deformação. Cristais elongados que se 
posicionam perpendicularmente aos esforços compressivos são dobrados 
após a deformação. 
2- Grãos sob stress induzido mudam de forma por transferência de soluções. 
Cinza é o material original, branco é sobrecrescimento. 
3.Grãos mudam de forma por deformação cristalplástica. 
4- Agregados polimineralógicos desenvolvem foliação pelos processos 1 + 2 
quando assistidos por transferência de soluções sob stress induzido. 
5- Crescimento de grãos de mica paralelo a (001) durante ou após encurtamento. 
Isto leva a um aumento na intensidade da foliação porque grãos orientados na 
 
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direção da foliação podem crescer para tamanhos maiores do que aqueles em 
direção obliqua. 
6- Nucleação e crescimento orientados de um mineral sob um campo de stress. 
7- Crescimento mimético de grãos elongados devido a restrições na direção de 
crescimento imposta por foliaçõespré-existentes. 
8- Crescimento restrito paralelo a minerais placosos. 
Fonte: Extraído de Passchier & Trouw (1996), Microtectonics, fig. 4.15a,b, pg. 
69. 
 
 
 
Figura 9. – Desenvolvimento de algumas foliações por cisalhamento simples 
progressivo e cisalhamento puro. 
 
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4.7. Foliações & Dobras 
 
Foliação secundária relaciona-se com dobramento da seguinte maneira: a 
foliação é plana axial às dobras de mesma fase de deformação, ou seja, tende a 
ser paralela ou subparalela ao plano axial das dobras desta fase. Em alguns 
casos, a foliação pode estar disposta de tal modo que produz um arranjo em 
leque ao longo da dobra. 
 
 
Figura 10. – Foliação secundária (xistosidade) definida pela orientação 
preferencial de micas paralelas ao plano axial das dobras. 
Fonte: Extraído de Passchier & Trouw (1996), Microtectonics, fig. 4.29, pg.80. 
 
A foliação pode se refractar quando passa de uma camada incompetente para 
outra competente – refracção da foliação. Foliação em leque e refracção podem 
ser produzidos pela partição do strain ou por rotação passiva de camadas 
relativamente competentes nos flancos de dobras, após encurtamento paralelo ao 
aleitamento. 
 
 
 
 
ISPT- Geologia Estrutural – 2021 Page 15 
 
 
 
Figura 11. – A - Refracção da foliação em camadas competentes. Além da 
mudança na orientação devido à refracção, ocorre também uma mudança na 
morfologia da foliação: nas camadas políticas a foliação é contínua (p.ex. 
ardosiana) enquanto na camada psamítica (arenosa) a foliação é disjuntiva (p.ex. 
clivagem de fractura). 
B – Orientação altamente variável da foliação em sucessão de rochas com forte 
contraste de competência. 
Fonte: Extraído de Passchier & Trouw (1996), Microtectonics, fig. 4.30, pg.80. 
 
4.8. Foliação e o plano xy de strain 
 
Em geral, considerava-se que a foliação plano axial fosse paralela ao plano XY 
do elipsóide de strain finito (strain acumulado durante um período específico de 
tempo. Parte do strain total). Actualmente, considera-se que a foliação 
acompanhe aproximadamente o traço do plano XY do strain tectónico (induzido 
por deformação tectónica, geralmente após diagênese). Entretanto, um 
paralelismo perfeito não é encontrado na natureza uma vez que muitos 
sedimentos e rochas ígneas já podem apresentar uma deformação anterior, até 
mesmo primária como, por exemplo, foliação diagenética em sedimentos (strain 
diagenético - aquele resultante de processos diagenéticos como compactação e 
saída de fluidos) e fluxo magmático em batólitos (Fig. 25). O strain total de uma 
rocha inclui o strain diagenético e tectónicos acumulados. 
 
ISPT- Geologia Estrutural – 2021 Page 16 
 
 
 
Figura 12. – Relações strain x foliação. 
A – Sem strain inicial, a foliação apresenta disposição em leque e forte 
refracção; 
 B – Com strain inicial dado por encurtamento paralelo ao aleitamento, a 
foliação tende a se dispor mais paralelamente ao plano axial e com menos 
refracção; 
C – Com strain inicial dado por compactação diagenética; 
D – Com strain inicial obliquo. 
Fonte:Extraído de Ramsay & Huber (1987), The Techniques of Modern 
Structural Geology, fig.21.3, pg.447. 
 
 
 
ISPT- Geologia Estrutural – 2021 Page 17 
 
4.9. Transposição da Foliação 
 
O termo transposição refere-se ao progressivo apagamento de uma superfície de 
referência devido a dobramento apertado acompanhado por algum processo de 
diferenciação. O termo também pode ser usado num sentido mais geral como 
sendo o apagamento de estruturas antigas por forte deformação mais nova. 
Figura. 13. 
 Possível sequência de eventos no desenvolvimento de uma foliação transposta 
S2, pelo dobramento de foliação mais antiga S1 (Turner & Weiss 1963). 
Fonte:Extraído de Hobbs, Means & Williams (1976), An Outline of Structural 
Geology, fig.5.34, pg.261. 
 
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5. CONCLUSÃO 
 
Observadas que as foliações têm diversos campos de actuação, podem ser usadas para 
identificação de superposições das camadas geológicas apresentadas na obtenção de 
informações sobre strain. Essa observação geológica compreende estudo envolvida ao 
estado tensões que as rochas foram submetidas ao longo da deformação. Não obstante essa 
equivalência simplifica o geólogo a observar o antes e depois da deformação numa 
determinada rocha geológica. 
Estas perturbações ao corpo geológico formam plano com dobramentos e falhas observadas 
em planos axiais ou superfície axiais. Qualquer superfície associada aos planos axiais 
destas dobras estará geneticamente relacionada com elas, ou seja, serão da mesma fase de 
deformação. Utilizando o mesmo mecanismo podemos concluir a datar a mais velha e mais 
nova dobra relacionada com a foliação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ISPT- Geologia Estrutural – 2021 Page 19 
 
6. BIBLIOGRAFIA 
 
 DAVIS, G.H. (1984). Structural Geology of Rocks and Regions. John Wiley 
& Sons, Inc., 492 p; 
 
 HOBBS, B.E.; MEANS, W.D. & WILLIAMS, P.F. (1976). An Outline of 
Structural Geology, John Wiley & Sons Inc, 571 p;. 
 PASSCHIER, C.W. & TROUW, R.A.J.,(1996). Microtectonics, Ed. 
Springer-Verlag, 289 pg. 
 RAMSAY, J.G. & HUBBER, M.I. (1987). The Techniques of Modern 
Structural Geology, vol. 2:Folds and Fractures. Academic Press, 700 pgs. 
 
 TWISS, R.J. & MOORES E.M.( 1992). Structural Geology, W.H. 
FREEMAN & COMPANY ed., 532 pgs.