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Henrique Vieira Filho
Terapeuta Holístico - CRT 21001
Sociedade Das Artes
São Paulo - SP - Brasil
O Corpo Como Portal 
Para o Autoconhecimento
https://doi.org/10.5281/zenodo.4722931
Henrique
Carimbo
 Autor: Henrique Vieira Filho
 Terapeuta Holístico - CRT 21001 
 Ilustração	de	Capa:	 “Moiras	Cósmicas” 
Autor:	Henrique	Vieira	Filho 
	 Modelo	Fotográfico:	 Rilda 
Arte	digital	que	homenageia	o 
quadro	de	“As	Moiras”	do	pintor	
Juan	de	Medina
17ª edição 2020 
©	Sociedade Das Artes
Nenhuma	parte	deste	livro	pode	ser	reproduzida,	sob	qualquer	
forma, sem	a	prévia	autorização	do	autor.
O Corpo Como Portal
Para o Autoconhecimento
Livroteca - Arte E Terapia 
Alameda	Santos,	211	-	conj	1412	-	Cerqueira	
César São Paulo - SP - Brasil - 01419-000 
www.livroteca.com.br	-	contato@livroteca.com.br
V658f Vieira Filho, Henrique
O Corpo Como Portal Para o 
Autoconhecimento / Henrique Vieira Filho. São 
Paulo: Sociedade Das Artes, 2020, 84 p.
ISBN: 978-85-917741-1-1
1.. Psicanálise. 2 Terapia. 3. Holismo.
4.. Bioenergética. 5. Psicoterapia Reichiana.
Título. II. Autor.
CDD: 150
CDU: 159.964
Ficha Catalográfica
http://www.livroteca.com.br
mailto:contato@livroteca.com.br
Página	4
Apresentação
É	com	grande	prazer	que	concretizamos	mais	uma	obra	
que	preza	pela	adequação	à	legislação	brasileira	e	igualmente	
às	NTSV	-	Normas	Técnicas	Setoriais	Voluntárias	da	Terapia	
Holística.	
Este	 livro	 disserta	 sobra	 a	 integração	 das	 técnicas	
corporais	orientais	seculares	com	as	modernas	e	ocidentais	
abordagens	psicanalísticas	reichianas	e	derivadas,	propondo	
uma	Terapia Corporal	de	abordagem	holística.	
Resgata	 a	 importância	 do	 tocar	 e	 ser	 tocado	 como	
instrumento	 de	 catarse	 terapêutica	 e	 de	 harmonização	
psicofísica,	resultando	em	ampliação	da	qualidade	de	vida	
e	autoconhecimento,	 tanto	para	o	Cliente,	quanto	para	o	
profissional.
Nossos	desejos	de	excelentes	leituras	a	todos!
Sociedade Das Artes
Página	5
Terapia Corporal 
O Toque como Fator de Equilíbrio 
e Autoconhecimento
Introdução 
Muito	se	aborda	a	globalização	e	o	acesso	universal	a	
informações	em	todos	os	campos	de	conhecimento,	incluindo	
a Terapia Holística.	
Porém,	 mesmo	 no	 Brasil,	 de	 ampla	 tradição	 de	
sincretismo	 e	 fusão	 das	 mais	 variadas	 vertentes	 de	
pensamento,	ainda	deparamos	com	um	separatismo	entre	
as	técnicas	corporais	orientais	e	ocidentais,	bem	como	uma	
distância	entre	o	discurso	de	paradigma	holístico	e	uma	real	
aplicação	deste	conceito,	a	tal	ponto	de	ainda	encontrarmos	
profissionais	que	iludem-se	de	atuar	em	questões	físicas	e	
outros,	em	aspectos	psíquicos,	como	se	tais	existissem	de	
forma	isolada...
São	 inegáveis	 as	 qualidades	 técnicas	 das	manobras	
corporais	 tradicionais,	 tais	como	o	shiatsu,	Tui-ná,	anma,	
sparsha,	 dentre	 outras,	 assim	 como	 é	 fundamental	 a	
contribuição	 da	 psicanálise	 quanto	 à	 compreensão	 que	
aspectos	 inconscientes	 de	 nossa	 personalidade	 são	
corporificados.	
Contudo,	ambas	as	vertentes	ainda	não	convergiram,	
resultando	em	“massagistas”	(termo	totalmente	inadequado	
à	 legislação	brasileira...)	que	desconhecem	o	 fato	de	seu	
trabalho	 pode	 resultar	 em	 catarses,	 como	 também	 em	
profissionais	 da	 vegetoterapia	 e	 bioenergética	 propondo	
técnicas	de	toque,	respiratórias	e	posturais	que	já	estariam	
eficientemente	supridas	nas	já	seculares	técnicas	corporais,	
como	as	já	citadas,	bem	como	as	oriundas	do	yôga	e	tai-
chi-chuan.
Página	6
O Corpo como Portal para o Autoconhecimento
Cabe	 ao	 Brasil	 eliminar	 a	 iniciativa	 em	 superar	
desinformações,	 preconceitos	 e	 vaidades,	 promovendo	 a	
integração	 entre	 todas	 estas	 linhas	 complementares	 de	
tratamento,	formando	Terapeutas Corporais que	honrem	
a	 sabedoria	milenar,	 da	mesma	 forma	 que	 abraçam	 a	
modernidade	psicanalítica,	fazendo	justiça	a	que	mais	esta	
modalidade	terapêutica	seja	integrante	da	Terapia Holística,	
atendendo	à	Clientela	ciente	de	que	físico-psíquico-social-
transcendente é uma só unidade indissociável.
Página	7
O Corpo como Portal Para o Auto-
conhecimento
A	tendência	moderna	de	separar	o	todo	em	partes	para	
melhor	análise,	por	um	lado,	proporcionou	grandes	avanços	
científicos,	por	outro,	dificultou-nos	o	poder	de	síntese,	a	
capacidade	de	entendimento	integral.
Soma-se	a	isto	que	várias	correntes	filosóficas	e	até	
religiosas	desapercebidamente	estimularam	a	que	o	CORPO 
deixasse	de	ser	percebido	como	sendo	EU,	estando	mais	
visto	como	uma	“máquina”,	ou	“roupa”	que	usamos	!
Na visão holística, inexiste separação de corpo, 
psique e coletivo, tudo é um só ente, o Universo que 
somos. 
Tal	 qual	 a	 água	manifesta-se	 ora	 como	 sólido,	 ora	
como	líquido	e	até	mesmo	gasoso,	nosso	EU	apresenta-se	
sob	 difentes	 graus	 de	 condensação,	 desde	 a	mais	 densa	
matéria,	até	o	mais	sutil	pensamento.	Assim	sendo,	aqui	
não	cabe	a	expressão	“mEU	corpo”,	mas	sim,	“EU-Corpo”,	
pois	a	matéria	não	é	apenas	algo	que	possuímos,	mas	sim,	
aquilo	que	TAMBÉM	somos...
Nesta	linha	de	abordagem,	a	Terapia Corporal,	ainda	
que	 o	 nome	 induza,	 vai	 além	 do	 restabelecimento	 físico	
(este	fica	à	cargo	dos	fisioterapeutas...),	já	que	o	objetivo	
final	é	a	ampliação	da	consciência,	sendo	o	corpo	a	via	de	
acesso	para	tal.
Em	suas	versões	modernas,	boa	parte	das	vertentes	
corporais,	contentam-se	em	produzir	bem-estar	e	ampliar	a	
qualidade	de	vida,	tais	como	o	shiatsu,	Do-In,	Tui-ná,	Anma,	
Shantala,	 Reflexoterapia,	 Terapia	 Corporal	 Ayurvédica,	
dentre	outras,	que	buscam	pelo	toque,	equilibrar	os	corpos	
físico	e	energético	 (claro,	 inexiste	 “separação”,	é	 só	uma	
questão	de	didática,	pois	tudo	é	um	contínuo...).	
Até	 este	 ponto,	 nos	 deparamos	 com	 o	 aumento	 do	
bem-estar	físico	e	mental,	sem	necessariamente	aumentar	
a	conscientização	da	vida	“interior”.
Outras	linhagens	ocupam-se	igualmente	de	ampliar	a	
consciência	corpórea,	resgatando	o	físico	como	integrante	
de	nosso	EU,	tais	como	yôga,	tai-chi-chuan,	demais	artes	
marciais	e	a	dança.	Aqui,	se	reconhece	a	necessidade	de	
harmonizar	o	 “interior”,	 com	o	“exterior”,	por	meio	deste	
último.
Já	as	técnicas	de	objetivos	mais	ambiciosos,	valem-
se	 do	 corpo	 como	 portal	 de	 acesso	 ao	 psiquismo,	 tanto	
consciente,	 quanto	 inconsciente,	 trazendo	mais	 e	mais	
conteúdo	 emocional	 e	 lembranças	 que	 antes	 jaziam	
reprimidas	 na	musculatura;	 este	 é	 o	 caso	 da	 terapia 
reichiana e da bioenergética.	
Ou	 seja,	 via	 corpo,	 promovem	 o	 diálogo	 entre	 os	
aspectos	físicos	e	psíquicos,	com	a	intenção	de	aflorar	os	
conteúdos	inconscientes	à	tona,	comumente	as	lembranças	
se	 apresentando	 carregadas	 das	 emoções	 relacionadas,	
gerando	catarses	reveladoras	a	serem	analisadas	no	decorrer	
das	sessões.
Muitos	 dos	milenares	 rituais	 xamânicos	 das	mais	
variadas	culturas,	envolvendo	danças,	cantos,	movimentos,	
sem	dúvida	são	precursores	em	induzir	via	corpo	o	aflorar	do	
inconsciente.	Outrossim,	a	atenção	individual	e	a	ocupação	
em	auxiliar	o	Cliente	a	compreender	o	fenômeno,	assimilá-lo	
e	traduzir	em	benefícios	à	sua	vida,	é	mérito	recentemente	
resgatado	pela	Psicanálise	e	suas	variadas	correntes.
Dissidindo	 de	 Freud	 em	 vários	 aspectos,	Wilhelm	
Reich	 “corporificou”	 o	 inconsciente,	 identificando	 suas	
informações	 como	 uma	 bioenergia	 circulante	 (por	 ele	
denominada	“orgone”).	
A	negação	das	emoções,	impulsos,	desejos	oriundos	do	
Página	9
Id	se	dá	pelo	impedimento	da	livre	passagem	da	bioenergia	
por	meio	da	musculatura	corporal,	quer	seja	pela	 tensão	
excessiva	(mais	facilmente	identificável...),	ou	pela	ausência	
desta	 (falta	 de	 tônus),	 pois	 em	 ambas	 as	 situações,	 é	
prejudicado	o	livre	fluxo	energético.	
Observa-se	 aqui,	 um	 grande	 paralelismo	 (jamais	
assumido...)	 com	 as	 teorias	 da	 Terapia Tradicional 
Chinesa e	 seus	 Meridianos	 (caminhos	 preferenciais	 da	
energia	circulante).
Reich	 extrapolou,	 concluindo	 que	 o	 inconsciente	
individual	é	corporal	e	que	a	repressão	do	material	psíquico	
implicaem	 bloquear	 energeticamente	 a	 circulação	 da	
informação,	 que	 evolui	 para	 tensões	 musculares,	 até	
culminarem	em	somatizações	cada	vez	mais	complexas	e,	
paralelamente,	a	aparência	corporal	é	igualmente	reflexo	das	
experiências	psíquicas	vividas:	quanto	mais	um	componente	
é	mantido	inconsciente,	maior	é	o	grau	de	somatização...
Analisando	 os	 Clientes,	 Reich	 e	 seus	 discípulos	
identif icaram	 regiões	 corpóreas	 estatisticamente	
predominantes,	nas	quais	os	traumas	psíquicos	específicos	
a	cada	fase	da	vida	tendem	a	ser	sua	energia-informação	
retida	em	sua	circulação	em	direção	ao	consciente.	
Tal	mapeamento,	também	conhecido	como	Couraças 
Musculares do Caráter,	aproxima-se	e	muito	das	zonas	
tradicionalmente	 definidas	 para	 os	Chacras	 (centros	 de	
energia),	 tanto	nas	 tradições	milenares	da	China,	quanto	
da	Índia.
Enquanto	 na	 abordagem	 freudiana,	 o	 Cliente	 segue	
seu	próprio	ritmo	espontâneo	de	resgate	do	inconsciente,	
por	 meio	 de	 associações	 livres	 de	 idéias	 durante	 as	
consultas,	na	análise	reichiana	introduziu-se	o	TOQUE nas	
zonas	musculaturas	específicas	(“couraças”),	provocando	a	
circulação	da	bio-energia	e,	com	isso,	o	contato	consciente	
com	as	emoções	e	lembranças	reprimidas.
Página	10
O Corpo como Portal para o Autoconhecimento
A	linha	reichiana	“clássica”,	a	Vegetoterapia,	segue	
um	padrão	relativamente	rígido	e	pré-fixado	para	a	sequência	
de	desbloqueio	das	couraças,	enquanto	que	as	chamadas	
correntes	 neoreichianas,	 como	 a	 Bioenergética	 (que	 tem	
Alexander	Lowen	como	seu	expoente...)	são	mais	flexíveis	
quanto	à	ordem	e	formas	de	trabalhar	os	bloqueios.
Estas	 últimas	 vertentes,	 de	 origens	 ocidentais	 e	
modernas,	 em	 contraponto	 com	 as	 demais	 linhas	 aqui	
inicialmentes	descritas,	milenares	e	orientais,	permaneceram	
distanciadas,	 uma	 corrente	 desconhecendo	 totalmente	 a	
outra.	
Não	raro	deparamos	com	reichianos	que	desconhecem	
chacras	e	shiatsuterapeutas	que	nem	sequer	imaginam	que	
desbloqueiam	“couraças	do	caráter”...
Minha	experiência	pessoal	na	Terapia Corporal	iniciou	
com	as	técnicas	manipulativas	orientais	(shiatsu	e	Tui-ná);	
contudo,	mais	do	que	“relaxamento”,	comumente	os	Clientes	
experienciavam	catarses	emocionais.	
Ou	 seja,	 conhecendo	 ou	 não	 as	 teorias	 reichianas,	
sabendo	ou	não	o	que	são	“couraças”,	estamos	literalmente	
colocando	nossas	mãos	no	inconsciente	de	quem	atendemos	
e	irá	aflorar	o	material	psíquico	reprimido.	
Ao	estudar	e	praticar	as	linhas	neoreichianas,	senti-me	
enriquecido	em	meu	potencial	de	entendimento	de	meus	
Clientes,	outrossim,	mantive	as	manobras	orientais	de	toque,	
pois,	 em	meu	 caso,	mostraram-se	 igualmente	 eficientes	
também	para	o	objetivo	de	ampliação	da	consciência.
Felizmente,	 a	Terapia Holística,	 sem	 preconceito,	
resgata	e	abraça	todas	as	variantes,	resultando	num	vasto	
leque	de	opções	técnicas	para	melhor	nos	adaptarmos	às	
necessidades	e	receptividades	de	cada Cliente.
Página	11
O Shiatsu, o Do-In 
e o Jeitinho Brasileiro...
As	técnicas	de	terapia	corporal	são	anteriores	à	própria	
humanidade.	Os	animais	 (nós	 inclusos...)	 instintivamente	
tocam	às	regiões	afetadas,	em	busca	de	alívio	e	solução.	
Nas	mais	variadas	culturas	humanas,	desde	o	advento	da	
escrita,	 encontram-se	 registros	 do	 poder	 transformador	
do	toque,	seja	nas	tradições	mitológicas,	seja	em	tratados	
terapêuticos	milenares.
O Nei Ching - O Livro do Imperador Amarelo 
(escrito	cerca	de	2700	aC,	na	China)	e	os	Sutras Indianos,	
que	 abordam	 a	Terapia Ayurvédica	 (aproximadamente	
1800	aC)	são	duas	das	obras	mais	conhecidas	e	antigas	que	
incluem	a	Terapia Corporal.	
Podemos	extrapolar	o	conceito	e	incluir	as	unções	das	
tradições	 judaicas-cristãs	 e	 o	 poder	do	 toque	de	deuses,	
reis	e	heróis,	personagens	da	rica	mitologia	grego-romana.	
Nos	períodos	dos	grandes	descobrimentos	(traduza-se	
como	invasões	européias	a	outros	povos...),	os	navegadores	
descreveram	 em	 seus	 relatos,	 práticas	 corporais	 com	
finalidades	terapêuticas	nos	povos	africanos	e	americanos.
Enquanto	no	Oriente,	as	tradições	do	toque	mantiveram-
se	 relativamente	 intactas,	 o	 Ocidente	 em	muito	 perdeu	
contato	com	suas	técnicas	corporais,	somente	retomando	
a	pauta	nos	anos	60,	com	o	movimento	da	contracultura	
hippie,	 “revolução	 aquariana”,	 culminando	 com	 a	 atual	 e	
crescente	busca	por	Qualidade de Vida,	que	transformou	
o	toque	numa	das	propostas	terapêuticas	mais	requisitadas.
Contudo,	 nesta	 trajetória	 atual	 de	 retomada	 das	
técnicas,	o	formato	original	passou	por	inúmeras	concessões,	
seja	ao	adaptar-se	aos	padrões	pudicos	de	cada	período,	
seja	para	adequar-se	à	legislação	de	cada	país.	
Ora	simples	mudanças	estéticas,	 tais	como	adequar	
nomenclatura,	ora	abrindo	mão	de	tocar	regiões	corpóreas	
polêmicas	(para	os	temporais	parâmetros	 legais	e	sociais	
de	hoje...),	algumas	destas	passagens	raramente	constam	
na	literatura.	
Quase	 como	 “segredos”	 transmitidos	 oralmente,	 de	
difícil	 ou	 até	 impossível	 comprovação,	 algumas	 dessas	
histórias,	 vistas	 sob	 os	 olhos	 do	 Século	 21,	 chegam	 a	
ser	 tragicômicas	 e	 não	 há	motivos	 para	 que	 não	 sejam	
compartilhadas.
Com	o	objetivo	singelo	de	obter	o	sorriso	do	leitor	e	
de	mostrar	que	os	heróis	de	nossa	profissão	também	são	
humanos	(felizmente...),	o	breve	relato	a	seguir	tratará	de	
algumas	destas	passagens,	onde	constataremos	o	famoso	
“jeitinho	brasileiro”	 (desta	vez,	 no	bom	sentido...)	 sendo	
aplicado	na	Europa,	no	Japão,	no	Estados	Unidos	e,	é	claro,	
no	Brasil,	em	prol	da	boa	causa	de	resgatar	a	terapia	corporal	
para	nossos	tempos.
Cabe	aqui	uma	prévia	consideração	sobre	o	“jeitinho	
brasileiro”.	O	“jeito”	não	é	um	atributo	exclusivo	de	nosso	
país,	mas	 sim,	 comum	 a	 toda	 cultura	 onde	 existe	 um	
descompasso	entre	as	leis	formais	e	as	reais	práticas	sociais.	
Existe	o	sentido	negativo,	onde	as	normas	são	contornadas	
em benefício INDIVIDUAL	 (desde	 uma	 singela	 “fila	
dupla”	na	porta	da	escola,	até	corrupção	em	alto	escalão	
dos	governos...),	como	também	há	o	lado	positivo,	onde	o	
“jeitinho”	é	uma	forma	criativa	de	solucionar	uma	situação	
difícil	ou	proibida,	ou	quanto	o	interesse COLETIVO	vê-
se	 ameaçado	 por	 legislação	 injusta	 e	 em	 descompasso	
com	a	realidade	estabelecida	e	bem	aceita	pela	maioria	da	
sociedade	(esta	última	opção	é	a	que	considero	aplicável	
aos	casos	relacionados	aos	tópicos	aqui	relatados	sobre	as	
práticas	de	terapia	do	toque...).
Um	passagem	histórica	à	qual	muitos	autores	associam	
à	aplicação	benéfica	do	“jeitinho	brasileiro”	deu-se	durante	
Página	13
o	período	escravocrata	em	nosso	país.	
Aprisionados	e	sujeitos	a	leis	hoje	em	dia	universalmente	
reconhecidas	 como	 injustas,	 os	 escravos,	 de	 forma	
criativa,	burlavam	a	vigilância,	permanecendo	em	contínuo	
treinamento	de	guerra,	ao	camuflarem	suas	técnicas	marciais	
em....dança	 !	 E	 seus	 arco	 e	 flechas	 em...	 instrumentos	
musicais	!	Daí	nasceram	a	capoeira	e	o	berimbau...	Impedidos	
em	seus	direitos	à	religião,	passaram	a	associar	os	Orixás,	
seja	por	semelhança	na	aparência	ou	de	suas	histórias,	às	
imagens	de	entidades	e	santos	católicos,	adaptando	seu	culto	
aos	aceitos	pelos	escravocratas.	A	este	sincretismo	inicial,	
podemos	associar	a	atual	Umbanda.
Enfim,	 passemos	 agora	 a	 demonstrar	 a	 aplicação	
benéfica	 do	 “jeitinho”	 como	 estratégia	 de	 sobrevivência	
contra	as	perseguições	sofridas	em	nossa	profissão.
Comecemos	pelo	 Japão,	nos	 idos	de	1920:	a	ampla	
difusão	 da	 técnica	An’Ma	 (de	 origem	 chinesa	 e	 também	
sob	 significativa	 influência	 ayurvédica	 -	 indiana)	 resultou	
que	 as	 autoridades	 sanitárias	 estabelecessem	 uma	 série	
de	exigências	legais	para	o	seu	exercício	profissional.	Tão	
difíceis	de	serem	cumpridas,	mais	prático	foi	simplesmente	
mudarem	 o	 nome	 de	 seus	 trabalhos,	 agora	 como	 sendo	
Shiatsu,	escapando	assim	do	enquadramento	da	legislação	
restritiva.	
Com	o	passar	do	tempo,	realmente	se	estabeleceram	
diferenças	 entreambas,	 a	 tal	 ponto	 que	 são	 atualmente	
vistas	como	linhas	distintas	de	terapia	corporal.
Estados	Unidos	e	Europa,	anos	70:	Jacques	De	Langre	
e	Michio	Kushi	conquistaram	fama	e	respeito	ao	ministrarem	
cursos	 para	 não-médicos,	 onde	 ensinavam	 técnicas	 de	
toque,	 sob	 enfoque	 da	Terapia Tradicional Chinesa e 
macrobiótica.	Como	de	praxe,	seu	sucesso	despertou	a	ira	
de	 grupos	 corporativistas,	 os	 quais	 pressionaram	 com	 o	
peso	das	 leis,	sob	o	argumento	de	que	somente	médicos	
Página	14
O Corpo como Portal para o Autoconhecimento
poderiam	tocar	em	Clientes	com	finalidades	terapêuticas.	
Para	poderem	trabalhar	em	paz,	passaram	a	divulgar	que	
seus	cursos	ensinavam	cada	pessoa	a	tocar	EM	SI	MESMOS	
e	não	nos	outros...	
Daí,	surgiu	o	neologismo	DO-IN,	termo	cuja	sonoridade	
sugere	 uma	origem	oriental,	mas	 que,	 na	 verdade,	 é	 de	
língua	INGLESA,	uma	curruptela	da	união	do	verbo	“to	do”	
(fazer)	acrescido	de	“in”	(no	sentido	de	“para	dentro”),	algo	
traduzível	como	“fazer	em	si”.	
Nesta	sequência,	Kushi	publicou	“O	Livro	do	Do-In”,	onde	
ensina	princípios	básicos	do	Shiatsu,	enquanto	De	Langre,	
lançou	“Do-in	-	Técnica	Oriental	de	Auto-Massagem”,	onde	
apresenta	uma	breve	lista	de	sintomas	e	seus	respectivos	
pontos	 harmonizantes,	 via	 digitopuntura	 (aplicação	 dos	
dedos	em	pontos	tradicionais	de	acupuntura...).	Já	no	Brasil,	
Juracy	Cançado,	em	seu	livro	“Do-In	-	Livro	Dos	Primeiros	
Socorros”,	multiplica	 exponencialmente	 a	 quantidade	 de	
sintomas	e	pontos	listados	por	De	Langre,	passando	a	ser	o	
“pai	adotivo”	da	técnica	e	seu	principal	divulgador.
Brasil,	décadas	de	1940	a	1960:	grupos	corporativistas	
profundamente	participantes	do	poder	político	 incentivam	
leis	em	detrimento	de	certas	profissões,	favorecendo	direta	
ou	indiretamente	à	classe	médica.	
Por	 exemplos:	 o	Decreto	 Lei	 4113,	 de	 1942	 proíbe	
os MASSAGISTAS	 de	 fazerem	 qualquer	 referência	 a	
tratamentos	em	suas	divulgações,	além	de	fazerem	constar	
obrigatoriamente	 nome	 completo	 e	 onde	 podem	 ser	
encontrados...	
Já	a	Lei	3968,	de	1961	cria	exigências	impossíveis	de	
serem	cumpridas	para	a	profissão	de	MASSAGISTA,	tais	como	
diplomas	e	exames	junto	ao	serviço	nacional	de	fiscalização	
de	MEDICINA	 (claro,	 jamais	 ninguém	 conseguiu	 sequer	
ser	 recebido	para	 registrar	 certificados	ou	se	submeter	a	
provas...),	 além	 de	 só	 poder	 fazer	massagem	mediante	
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Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001
RECEITA	MÉDICA	(!!),	a	qual	deve	ser	mantida ad infinitum 
à	disposição	das	autoridades	e	que	todos	os	massagistas	
jamais	podem	utilizar	nenhum	tipo	de	equipamentos	e	que	
toda	e	qualquer	divulgação	deve	ser	submetida	previamente	
à	análise	e	aprovação	das	autoridades	sanitárias.
Destas	 leis	 injustas	 e	 impraticáveis,	 resultou	 em	
contínuo	 estado	 de	 temor	 vivenciado	 pelos	 profissionais,	
pois,	 a	 qualquer	 momento	 poderiam	 ter	 suas	 prisões	
decretadas	e	justificadas	por	esta	legislação	específica,	em	
atendimento	a	qualquer	pedido	de	pessoas	contrariadas	por	
seu	sucesso....
Por	sinal,	estes	exemplos	negativos	de	 legislar	para	
favorecer	um	único	grupo,	sem	considerar	o	 interesse	da	
maioria	da	sociedade,	estão	em	vigor	até	hoje	e	podem	ser	
utilizadas	a	qualquer	instante	contra	qualquer	pessoa	que	
se	titule	como	massagista	ou	praticante	de	massagem,	ou,	
mesmo	massoterapeuta	 e	massoterapia	 (recente	 parecer	
do	Ministério	Público	do	Paraná	igualou	estes	dois	termos	
aos	primeiros,	quanto	à	necessidade	de	cumprimento	das	
citadas	leis	impossíveis	de	cumprir...).	
Como	solução	prática	e	de	pronta	aplicação,	o	SINTE 
- Sindicato dos Terapeutas,	que	é	a	entidade	oficial	que	
representa	 a	 profissão	 em	 todo	 o	 Brasil,	 orienta	 a	 seus	
filiados	a	simplesmente	abolirem	estas	duas	palavras	(e	suas	
derivações...)	de	seu	vocabulário	profissional,	passando	a	
definir	a	profissão	em	si	como	TERAPIA HOLÍSTICA e as 
técnicas	de	toque	como	Terapia Corporal,	ou,	ainda	com	
seus	nomes	de	origem,	tais	como	Shiatsu,	Tui-ná,	An-Ma,	
Shantala,	Terapia	Corporal	Ayurvédica,	Do-In	e	assim	por	
diante.
Em	suma,	estas	simples	estratégias,	derem	um	“jeito”	
de	 contornar	 injustas	 perseguições,	 salvaguardando	 os	
interesses	 da	 sociedade	 como	 um	 todo,	 cada	 vez	mais	
ávida	 em	 ampliar	 sua	 Qualidade	 de	 Vida,	 pelas	mãos	
(literalmente...)	 de	 bons	 profissionais	 da	 nobre	Arte do 
TOQUE.
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O Corpo como Portal para o Autoconhecimento
Reflexoterapia: 
A Microssíntese do Eu
Ver um mundo num grão de areia e um céu numa flor 
silvestre, ter o Infinito na palma da sua mão e a Eternidade 
numa hora. 
(Poesia de William Blake)
Acima	citei	a	Arte,	e,	na	sequência,	pretendo	o	mesmo	
com	a	Ciência,	mas	sempre	com	um	certo	receio	ao	aplicar	
metáforas	envolvendo	o	científico	e	a	Terapia Holística,	
pois	algumas	pessoas	levam	ao	“pé-da-letra”...	
Pertinente	pontuarmos	que	são	analogias,	paralelismos,	
já	que	nenhuma	disciplina	da	dita	“ciência”	se	ocupou	em	
estudar	os	fenômenos	de	nossa	profissão.
Para	 fins	 didáticos	 e	 de	 entendimento,	 pediremos	
emprestados	à	Física	Moderna	alguns	conceitos	da	Holografia.	
O	Holograma	é	um	tipo	de	fotografia	especial	baseada	
na	 luz	 coerente	 (laser),	 inventada	 por	 Dennis	 Gabor	
(ganhador	do	Prêmio	Nobel).
A	placa	holográfica	aparenta	ser	um	padrão	incoerente	
de	 ondas;	 entretanto,	 quando	 iluminada	 por	 um	 laser	
adequado,	surge	como	que	pairando	sobre	ela,	uma	imagem	
tridimensional	do	objeto	holografado.	
Uma	 das	 características	 interessantes	 da	 placa	
holográfica,	 é	 a	 de	 que,	 na	 hipótese	 de	 ser	 fracionada,	
qualquer	“pedaço”	do	holograma	é	capaz	de	reproduzir	a	
imagem	 TODA,	 embora	 com	menos	 detalhes	 do	 que	 se	
obteria	com	o	holograma	inteiro.	
A	 holografia	 possibilita	 armazenar	 uma	 quantidade	
extrema	de	informações,	com	riqueza	tridimensional.
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Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001
Aplicando	 termos	 atuais	 sobre	 conceitos	milenares,	
metaforicamente,	 podemos	 dizer	 que	 fazemos	 parte	 de	
e	que	somos	um	Holograma Universal,	onde	tudo	está	
intimamente	ligado	entre	si,	nada	ocorrendo	ao	acaso.	
Microcosmos	que	somos,	nossas	energias	compõem	
uma	holografia	onde	toda	e	qualquer	informação	psíquica/
física	se	encontra	assessível	em	qualquer	parte	de	nosso	ser.
Assim	como	os	cientistas	de	hoje	estudam	o	macroscópico	
corpo	espelhado	no	microscópico	DNA,	os	antigos	projetavam	
o	 TODO	 de	 nosso	 eu,	miniaturizado	 em	 qualquer	 região	
corpórea	e	por	meio	deste	artifício,	realizavam	avaliações	
e	até	mesmo	intervenções	capazes	de	refletir	no	indivíduo	
por	inteiro.
Por	exemplos,	analisando	a	iris	(Iridologia),	a	língua	
(Semiologia da Língua),	o	pulso	(Pulsologia),	podemos	
realizar	uma	ReflexoLOGIA	e	obtermos	um	quadro	sintético	
que	espelha	o	estado	geral	da	pessoa.
Já	atuando	seja	nas	mãos	(Quiroterapia),	ou	nos	pés	
(Podalterapia)	ou	nas	orelhas	(Auriculoterapia),	além	da	
avaliação,	simultaneamente	aplicamos	a	TERAPIA	em	si,	
via	toque,	ou	agulhas,	imãs,	cores,	dentre	uma	vasta	gama	
de	opções	de	ReflexoTERAPIAS.
Qualquer	parte	do	corpo	pode	ser	tomada	como	uma	
zona	 reflexa	 e,	 por	meio	 dela,	 ativarmos	 uma	 série	 de	
recursos	psicofísicos.	
Outrossim,	especificamente	na	esfera	emocinal	(neste	
enfoque,	 denominamos	 de	Calatonia,	 termo	 criado	 por	
Pethor	 Sandor),	 cada	 qual	 parece	 possuir	 um	 tropismo,	
uma	tendência,	para	aflorar	uma	temática	sob	um	prisma	
particular.	
Os	pés,	por	exemplo,	costumam	provocar	 “insights”	
que	enfocam	sob	um	ângulo	bastante	primordial,	 básico,	
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O Corpo como Portal para o Autoconhecimento
terreno,	quase	material,	provocando	o	contato	com	traumas	
ligados	à	realidade	primária.	
Já	a	orelha	tende	a	produzir	enfoques	sob	um	prisma	
transcendente,	 transpessoal	 (expansão	 da	 consciência	
para	além	dos	limites	usuais	do	ego	e	da	personalidade),	
levando,	até	mesmo,	a	estados	alterados	de	consciência	com	
sensações	espirituais	e	religiosas.Por	sua	vez,	as	mãos	apresentam	ambos	os	aspectos	
acima	relatados,	com	ênfase	aos	momentos	atuais.
As	teorias	que	explicam	via	“anatomia	energética”	a	
Reflexologia	em	nada	elucidam	essa	diferenciação.	
Já	 através	 da	 análise	 da simbologia	 (símbolo	 é	 a	
melhor	expressão	possível	para	designar	algo	desconhecido	
ou	 incapaz	 de	 ser	 descrito	 por	 palavras)	 de	 cada	 região	
reflexa	distinta,	é	que	chegaremos	a	algum	entendimento...	
Com	todas	as	ressalvas,	vamos	novamente	emprestar	
da	Ciência,	um	de	seus	episódios	mais	fascinantes.	
Trata-se	da	acalorada	discussão	para	determinar	se	a	
luz	é	partícula	(comportamento	corpuscular,	“matéria”)	ou	
onda	(“energia”).	
Quando	 o	 experimento	 direcionava	 para	 a	 hipótese	
corpuscular,	 assim	 se	 comportava	 a	 luz;	 já	 quando	 a	
proposição	 era	 demonstrar	 sua	 natureza	 ondulatória,	
exatamente	desta	maneira	a	luz	reagia.	
Ou	seja,	duas	versões	aparentemente	antagônicas	e	
auto-excludentes	 entre	 si,	 conviviam	 tal	 qual	 (metáfora,	
lembre-se...)	yin e yang,	em	eterna	oposição	complementar	
e	 o	 que	mais	 aguçou	 a	 imaginação	 era	 questionar	 como	
é	 que	 a	 luz	 “sabia”	 como	 se	 adequar	 aos	 experimentos	
divergentes...
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Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001
Podemos	criar	uma	analogia	com	o	que	constatamos	
perante	 os	 mais	 diferentes	mapeamentos	 aplicados	 à	
Reflexoterapia.	
Autores	discordantes,	escolas	diversas,	cada	qual	com	
seus	 passionais	 defensores	 e	 críticos,	 nos	 brindam	 com	
mapas	de	certa	semelhança,	mas	que	não	raro	chegam	a	
se	contrariar	radicalmente	em	alguns	tópicos.	
Seria	mais	simples	elegermos	um	preferido	e	desdenhar	
aos	 demais,	 contudo,	 o	 que	 constatei	 por	 experiência	 é	
que,	tal	qual	a	discussão	partícula	ou	onda,	todos	os	mapas	
estão	RELATIVAMENTE	(perdõe-me,	Einstein...)	corretos	e	
se	complementam,	sem	se	excluir.
Havendo	 uma	 boa	 afinidade	 entre	 o	 Terapeuta 
Holístico e	o	mapeamento	que	elegeu	e,	claro,	uma	boa	
sintonia	com	o	Cliente,	neste	as	zonas	reflexas	como	que	
atendem	à	expectativa	e	comportam-se	em	sincronicidade	
com	o	mapa	adotado.	
Empaticamente,	 ocorre	 a	 adequação	 entre	 a	 zona	
reflexa	e	o	padrão	esperado...
nandacarlos@terapiaholistica.net
www.nandacarlos.terapiaholistica.net
Terapeuta HolísticaTerapeuta Holística
CredenciadaCredenciada
Terapeuta Holística
Credenciada
contato@henriquevieirafilho.com.br
www.henriquevieirafilho.com.br
Terapeuta HolísticoTerapeuta Holístico
CredenciadoCredenciado
Terapeuta Holístico
Credenciado
São inegáveis as qualidades técnicas das manobras corporais 
tradicionais, tais como o shiatsu, tuina, anma, sparsha, dentre 
outras, assim como é fundamental a contribuição da psicanálise 
quanto à compreensão que aspectos inconscientes de nossa 
personalidade são corporificados. 
Contudo, ambas as vertentes ainda não convergiram, resultando em 
"massagistas" que desconhecem o fato de seu trabalho pode resultar 
em catarses, como também em profissionais da vegetoterapia e 
bioenergética propondo técnicas de toque, respiratórias e 
posturais que já estariam eficientemente supridas nas já seculares 
técnicas corporais, como as já citadas, bem como as oriundas do 
yôga e tai-chi-chuan.
Cabe ao Brasil a iniciativa em superar desinformações, preconceitos 
e vaidades, promovendo a integração entre todas estas linhas 
complementares de tratamento, formando Terapeutas Corporais 
que honrem a sabedoria milenar, da mesma forma que abraçam 
a modernidade psicanalítica, fazendo justiça a que mais esta 
modalidade terapêutica seja integrante da Terapia Holística, 
atendendo a Clientela ciente de que físico-psíquico-social-
transcendente é uma só unidade indissociável
Livroteca - Arte E Terapia 
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