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– 1. Antes de iniciar o exame físico estarei higienizando minhas mãos através da técnica correta e realizando a assepsia dos instrumentos que utilizarei durante o exame. Feito isso, irei me dirigir ao paciente, me apresentarei dizendo nome e função, explicarei para ele o procedimento e seus objetivos e pedirei permissão para realização do exame. (Solicitarei também que o paciente realize o esvaziamento prévio de sua bexiga). 2. Nesse caso, os instrumentos utilizados serão: para o exame do aparelho urinário: bandeja, estetoscópio se necessário. Para o exame do aparelho genital feminino: luvas, especulo. Para o exame do aparelho genital masculino: luvas. * Inspeção: - Urina: cor, odor, aspecto. - Abaulamentos nas regiões correspondentes aos rins - Presença de sinais de insuficiência renal, como edema periorbital, sacral e de extremidades, - Mudança na coloração e turgescência da pele, - Hálito urêmico. - Etc. * Percussão: - Sinal de Giordano: pesquisa por meio do punho- percussão (com paciente sentado estarei posicionando a palma da minha mão sobre o ângulo costovertebral direito e percutindo essa mão com a superfície ulnar do punho da minha outra mão, repetindo a manobra no lado esquerdo também) o sinal é positivo na presença de dor e negativo na ausência. - Percussão da Bexiga: pode também ser realizada, com o paciente em decúbito dorsal, se realiza a percussão digito-digital 5cm acima da sínfise púbica, procurando-se obter som timpânico. (Retenção urinária se obtém maciez indicando que a bexiga está cheia). * Palpação: - Método de Devoto: com o paciente ainda em decúbito dorsal pedir para ele fletir levemente os joelhos e relaxar a musculatura, assim colocarei uma mão no ângulo lombocostal, exercendo pressão de trás para a frente, enquanto a outra mão, espalmada sobre o abdome abaixo do rebordo costal, procura sentir e pinçar o polo inferior do rim na sua descida inspiratória. - Método de Israel: outra forma de realizar a palpação é pedindo ao paciente que fique em decúbito lateral aposto ao lado do rim que será palpado e com a coxa correspondente fletida sobre a bacia, para executa-la vou sentar do lado do dorso do paciente, colocar uma das mãos no ângulo lombocostal, fazendo pressão de trás para a frente e a outra mão espalmada sobre o abdome, logo abaixo do rebordo costal procurando sentir e pinçar o polo inferior do rim na sua descida inspiratória. Rins Normais: são duros, indolores, consistência parenquimatosa, e de formato não muito nítido. Rins Policísticos: saco de laranjas. Neoplasia: palpável, duros, indolor e de superfície nodular. - Palpação da Bexiga: para a palpação da bexiga é importante que o paciente tenha urinado, assim, a aproximadamente 2 cm da sínfise púbica irei palpar essa região utilizando as polpas digitais. Se for o caso de distensão vesical por retenção aguda ou crônica, a reação dolorosa à palpação pode ser intensa, além disso nestes casos, à palpação pode- se sentir uma massa lisa e firme. * Ausculta: é útil somente na identificação de sopros abdominais, caracterizados por sons murmurantes de baixa intensidade, sugestivos de estenose da artéria renal. * Pedir a paciente que se coloque em posição ginecológica ou de litomia. * Inspeção: - Inspecionar estaticamente toda a vulva, o períneo e o monte púbico ou de Vênus. Clitóris: tamanho e forma; Meato uretral: presença de secreção; Grandes e pequenos lábios: simetria, coloração, integridade do tecido, presença de secreção. - Introito vaginal: em mulheres que nunca tiveram relação sexual, este se apresenta recoberto pelo hímen. Em mulheres que já tenham iniciado a vida sexual, encontra-se entreaberto; nesse caso, observam-se em seu contorno restos ou carúnculas himenais. Condições do períneo: o períneo que pode estar íntegro, sem lacerações, cicatrizes de parto ou cirurgias ou, ainda, apresentar lacerações ou cicatrizes. - Manobra de Valsava. - Se possível, introduzirei o espéculo para avaliação do canal vaginal e colo do útero (cor, posição, características da superfície, corrimento, tamanho e forma); Técnica: sempre utilizando as luvas irei expor o introito vaginal afastando as formações labiais com os dedos da mão esquerda, enquanto o espéculo é introduzido com a mão direita, de forma oblíqua, livrando o meato urinário e a fúrcula do contato com o aparelho, por serem muito sensíveis, procedendo-se, em seguida, à rotação no sentido horário, para a abertura das valvas. (Pode ser usado também a pinça de cheron juntamente com a gaze para retirar excessos de secreções que dificultem a visualização). * Palpação: - Toque Bimanual: são avaliados a vagina, o colo do útero, os anexos e o fundo de saco. É realizado mediante introdução dos dedos indicador e médio da mão dominante. Deve-se lembrar de utilizar lubrificantes na luva para facilitar o exame. Este serve para observar a posição, o tamanho, a forma, a mobilidade e a consistência. 2.2. Exame Clínico das Mamas (deve ser realizado preferencialmente após a menstruação, quando as mamas se encontram menos ingurgitadas): * Inspeção com a paciente em pé: durante a inspeção estática, o profissional observa a simetria, a forma (globosa, periforme ou plana) o contorno e as características da pele da mama. Na inspeção dinâmica, solicita-se que a paciente eleve os braços e coloque as mãos no quadril, para avaliação de dor, simetria, retrações e abaulamentos. Deve-se ainda observar a forma dos mamilos (pseudoumbilicado ou pseudoinvertido; semiprotruso; protruso; umbilicado ou invertido; hipertrófico), a presença de secreções e as condições das aréolas. * Palpação: é realizada com a ponta dos dedos, com a paciente posicionada em decúbito dorsal, os braços levantados e as mãos na região da nuca. Imagina-se a mama dividida em quatro partes: 1: quadrante superior externo, 2: quadrante superior interno, 4: quadrante inferior externo 4: quadrante inferior interno. A palpação deve ser realizada em toda a mama seguindo os quadrantes em sentido horário, investigando a presença nodulação, elasticidade e características dos tecidos. Inspeção e Palpação: - Pelos: observar sua espessura, distribuição e presença de ectoparasitas; - Pênis: verificar tamanho e forma. Palpar toda sua extensão, a fim de detectar a presença de algia e nódulos; - Prepúcio (em indivíduos não circuncisados): avaliar a retração e verificar a presença de fimose (que se manifesta quando o orifício prepucial se apresenta reduzido, o que consequentemente impede a exteriorização da glande) ou a presença de parafimose (que se apresenta como a dificuldade ou a impossibilidade de reduzir o prepúcio). - Glande: observar a coloração, processos inflamatórios, textura da pele, presença de esmegma (caracterizada por uma secreção esbranquiçada e fisiológica, que pode apresentar-se em excesso por causa da má higienização e causar patologias); - Óstio externo da uretra: verificar secreções, abertura e posicionamento, descrever anormalidades como a hipospadia (meato urinário que se abre ao longo da face ventral do pênis ou períneo) ou a epispadia (quando o meato urinário se abre na face dorsal do pênis); - Escroto: inspecionam-se lesões de pele e simetria. Deve ser palpado para serem detectados cistos ou edemas. Observa-se a presença dos testículos, palpando-os com delicadeza para não provocar algia. - Para palpação específica dos testículos coloca-se o polegar na face anterior e movimenta-se o testículo entre os dedos, sentindo sua consistência e seu contorno. O testículo tem forma oval e localiza-se na parte inferior do hemiescroto. O tamanho normal é de aproximadamente 4,5 cm por 2,5 cm por 3 cm, com o eixo axial no sentido vertical. O testículo esquerdo, em geral,situa-se cerca de 1 cm abaixo do direito. - Junto ao ligamento inguinal, deve-se procurar o aumento de gânglios linfáticos, utilizando três dedos para palpar. Se houver gânglios palpáveis, observam-se o tamanho e a consistência. Um gânglio grande pode indicar inflamação ou lesão maligna na área genital ou perianal. - Após o término do exame, fazer as anotações de enfermagem, agradecer ao paciente, higienizar minhas mãos, organizar o ambiente e higienizar novamente minhas mãos novamente.
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