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Vict�ria K. L. Card�so Icterícia Introdução Conceito: coloração amarelada da pele e das escleras, por aumento de BILIRRUBINA no plasma e nos tecidos. Origem da bilirrubina: predominantemente das hemácias senis degradadas. ● É a partir da protoporfirina, do grumo heme da hemoglobina, que vem a bilirrubina. ● A primeira bilirrubina formada é a indireta, pois ela … ● Bilirrubina indireta → insolúvel. ● Bilirrubina direta → solúvel excreções Valor sérico > 1,2. Formação da bilirrubina (tudo no fígado): 1. Captação. 2. Conjugação: enzima → glicuronil transferase. 3. Excreção hepática. Excreção da bilirrubina do corpo: ● Urina: urobilina. ● Fezes: estercobilina. Etiologias: ● Hiperbilirrubinemia indireta: ○ Superprodução de bilirrubina indireta: por hemólise. ○ Diminuição da captação: por medicamentos, jejum prolongado ou infecções. ○ Diminuição da conjugação: por síndromes genéticas e imaturidade do sistema de conjugação. ● Hiperbilirrubinemia direta: efeito gangorra → é característico desse tipo de hiperbilirrubinemia → transaminases normais. ○ Lesão hepatocelular: aumento de bilirrubina direta, por perda de função → HEPATITE → aumento das transaminases. ○ Obstrução biliar: aumento de bilirrubina direta → aumento da pressão na via biliar, que lesa as células canaliculares → aumento das enzimas canaliculares. Vict�ria K. L. Card�so ○ Exames laboratoriais: efeito gangorra. ■ Transaminases: aumento de TGO e de TGP → indicam lesão hepatocelular. Obs: o aumento de TGO, com valores normais de TGP indica lesão muscular. ■ Enzimas canaliculares: aumento de fosfatase alcalina (FAL), gama-GT e 5-nucleotidase. Obs: a mais específica das enzimas canaliculares é a Gama-GT, pois a fosfatase alcalina também aumenta em lesões ósseas. Obs: no início da colelitíase, há aumento exacerbado das transaminases, mas esse aumento normaliza em torno de 3 dias, mantendo algum aumento de TGO e aumento bem maior das fosfatases alcalinas. Obstrução biliar Síndrome colestática: por aumento de bilirrubina indireta. Obs: a obstrução é na via biliar principal → HEPATOCOLÉDOCO = junção do ducto hepático comum (direito e esquerdo juntos) com o colédoco. ● Colúria: escurecimento da urina (cor de coca-cola) → é o primeiro sinal. ○ Excesso de deposição de bilirrubina na urina. ● Icterícia. ● Acolia fecal (fezes claras). ● Prurido. Regras práticas ● Aumento das transaminases em 10x: com certeza é lesão hepatocelular. ● Aumento das fosfatases alcalinas ou da gama-GT em 4x: síndrome colestática. ● Aumento das transaminases em 1000x, com TGP > TGO: indicativo de hepatite viral aguda. ● Em hepatites gerais a TGP > TGO e a inversão desse padrão, com TGO > TGP: indica hepatite alcoólica. Paciente ictérico: 1. Avaliar bilirrubina total e frações. 2. Se houver aumento de bilirrubina direta: pedir transaminases. a. Há aumento de transaminases → indicativo de lesão hepática. 3. Se não houver aumento de transaminases: pedir enzimas canaliculares. Vict�ria K. L. Card�so a. Com o aumento das enzimas canaliculares, pede-se exames de imagem: ultrassom de abdome total. b. Achados diretos no ultrassom: imagem hiperecogênica (“ponto branco”) com sombra acústica posterior e móvel ao decúbito. c. Achado indireto: dilatação à montante das vias biliares. 4. Achados clínicos: a. Icterícia flutuante: sugere obstrução por cálculo. i. Pede-se CPRE (Colangio Pancreatografia Retrógrada Endoscópica) → é diagnóstico e terapêutico. b. Icterícia progressiva: sugere obstrução neoplásica. i. Pede-se uma TC de abdome.
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