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Endocrinologia reprodutiva veterinária

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Laura dos Santos Sousa | Medicina Veterinária | 6ª Semestre 
 
Importância da prolactina 
Primeiramente, sabe-se que é denominado um hormônio polipeptídico 
secretado pela adenohipófise, que age facilitando a interação de LH com seus 
receptores localizados nas células de leydig. A prolactina é responsável por 
iniciar e manter a lactação, sendo denominado hormônio gonadotrófico, devido a 
sua atividade luteotrófica em roedores, entretanto em mamíferos, o LH é um 
hormônio luteotrófico, sendo a prolactina pouco importante. 
Feedback positivo e negativo 
O feedback negativo (FN) age no aumento de secreção de estrógeno no 
ovário, que resultará na diminuição dos níveis de FSH na hipófise. No feedback 
positivo (FP) ocorrerá o aumento da série de estrógeno na fase pré-ovulatória, 
implicando então em um pico de liberação de LH, promovendo a ruptura do 
folículo ovariano. O estradiol irá exercer FN no núcleo tônico e FP no núcleo pré 
ovulatório no controle da liberação de LH e FSH, através do hipotálamo. 
O FSH, atuante nas células da granulosa, irá agir transformando a 
testosterona em estrôgeno e estimulando a mesma. Este estrogênio realizará 
o FN no núcleo pulsátil, já em sua fase tardia irá atuar como FP, atuando nu 
núcleo súrgico, iniciando então a liberação de GnRH com pico de LH e ovulação. 
Controle da função endócrina do ovário 
O estrogênio das mulheres não grávidas vem, principalmente, dos 
ovários. Ele é convertido do androgênio sintetizado pelas células do folículo em 
maturação. Esta conversão se dá quando a hipófise começa a secretar 
hormônio luteinizante (LH) e é feita por sistemas enzimáticos, dependentes 
da presença de hormônio folículo-estimulante (FSH). 
O FSH é tão necessário quanto o LH para o ciclo ovariano, pois o LH não 
consegue produzir estrogênio na ausência de FSH. Isso acontece porque os 
sistemas enzimáticos das células da granulosa que convertem androgênio em 
estrogênio precisam do FSH. Portanto, este hormônio é responsável pela 
Laura dos Santos Sousa | Medicina Veterinária | 6ª Semestre 
 
regulação da conversão do androgênio em estrogênio, e também pela secreção 
do estrogênio pelas células da granulosa. 
O controle hormonal (liberação de GnRH, FSH e LH) depende do 
estradiol e da inibina secretada nas células da granulosa. O estradiol atua na 
liberação hipotalâmica de GnRF e na hipofisária de FSH e LH, exercendo sobre 
elas um "feedback" negativo. E a inibina age sobre a hipófise anterior, inibindo 
a secreção de FSH. Porém, o LH não é sempre regulado por "feedback" 
negativo, o que pode ser visto durante a ovulação (aumento exagerado de LH), 
que acontece mesmo com a elevação dos níveis de estradiol. 
A hipófise anterior funciona de acordo com as modificações dos níveis 
plasmáticos de estradiol. Há o predomínio do controle por "feedback" negativo 
da secreção de GnRF, quando estes níveis estão constantes. O "feedback" 
negativo passa a ser ineficaz durante a fase folicular, em que há um aumento 
elevado dos níveis de estradiol. Essa elevação estimula a regulação de 
gonadotropinas pela hipófise. 
Durante a fase folicular há um "feedback" positivo da secreção de 
estradiol. Isso acontece porque quanto maior for a quantidade de estradiol, 
maior será a estimulação para a divisão das células da granulosa, e 
consequentemente, maior será a secreção de estradiol; maior será a capacidade 
de fixação do FSH das células da granulosa; maior será a fixação das células da 
granulosa ao LH, estimulando mais a produção de estradiol. Isso acontece 
porque o estradiol se liga ao FSH para que surja os receptores do LH nas 
células da granulosa. 
Em decorrência, haverá uma extraordinária sensibilidade das células da 
granulosa à liberação hipofisária de LH e também, haverá um aumento rápido 
dos níveis plasmáticos de estradiol. O surto de LH e o aumento, em menor 
quantidade do FSH, ocorre imediatamente antes da ovulação, praticamente na 
metade do ciclo; e é ocasionado pelo "feedback" positivo. 
Laura dos Santos Sousa | Medicina Veterinária | 6ª Semestre 
 
A progesterona, durante a fase lútea, impede que haja o "feedback" 
positivo e o conseqüente surto de LH, pois consegue modificar a resposta da 
hipófise anterior frente aos níveis elevados de estradiol. Assim, nesta fase, há 
o predomínio do "feedback" negativo, o que irá regular em nível estável e baixo, 
a secreção de gonadotropinas. 
Os ciclos em que há secreção de estrogênio e progesterona, continuam 
até a menopausa, quando há uma diminuição na regularidade dos ciclos, até o 
seu total desaparecimento

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