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Características espermáticas dos suínos - revisão da literatura FRIA

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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA – UNOESC
ÁREA DAS CIÊNCIAS AGRÁRIAS
CAMPUS APROXIMADO DE CAMPOS NOVOS
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
LIANA THAYSE RIBEIRO
MAYÉLLI PALOMA PEREIRA BERTUSSO
REVISÃO DE LITERATURA: CARACTERÍSTICAS ESPERMÁTICAS DE SUÍNOS
Campos Novos – SC
2021
LIANA THAYSE RIBEIRO
MAYÉLLI PALOMA PEREIRA BERTUSSO
REVISÃO DE LITERATURA: CARACTERÍSTICAS ESPERMÁTICAS DE SUÍNOS
Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso de Medicina
Veterinária, Área das Ciências Agrárias, da Universidade
do Oeste de Santa Catarina – UNOESC, como requisito
parcial para aprovação na componente curricular
Fisiopatologia da Reprodução II
Docente: Fábio José Gomes
Campos Novos – SC
2021
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 4
CARACTERÍSTICAS ESPERMÁTICAS DOS SUÍNOS 5
ANÁLISES MACROSCÓPICAS 10
ANÁLISES MICROSCÓPICAS 11
ARMAZENAMENTO 14
CONCLUSÃO 15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 16
4
1. INTRODUÇÃO
A suinocultura possui grande impacto na economia brasileira, sendo
considerada uma prática de cunho social, cultural e fonte de renda para produtores
rurais (OLIVEIRA et al., 1993). A contribuição desta atividade para o PIB
agropecuário nacional no ano de 2019 foi de quase 27%, correspondendo a mais de
62,5 bilhões de reais. Além disso, a produção de suínos gera no país em torno de
126 mil empregos diretos e mais de 900 mil indiretos (SEBRAE, 2016; ABPA, 2020).
Dentro da suinocultura, um dos pilares considerados primordiais para a
continuidade da atividade é a reprodução, uma vez que a partir dela são gerados os
produtos que serão comercializados ao fim do ciclo. Da mesma maneira, sabe-se
que a reprodução controla (entre outras características) a qualidade do perfil
sanitário dos rebanhos, já que grande parte das doenças são disseminadas por meio
da introdução de reprodutores contaminados no plantel ou mesmo pelo repasse da
matéria prima contaminada, o sêmen.
No ponto de vista fisiológico, a qualidade do resultado reprodutivo está
associada a diversos fatores, estando vinculada tanto à fêmea, quanto ao macho, no
entanto a fertilidade do macho pode impactar em escala muito maior em
comparação à fêmea. De forma geral, uma matriz suína produz em média 30 leitões
ao ano, enquanto o macho pode gerar entre 6 a 7 mil descendentes no mesmo
período quando utilizado em regime de coleta de sêmen.
Dada a importância do macho na reprodução, com intuito de predizer como
será seu desempenho reprodutivo, algumas características sexuais devem ser
observadas antes de introduzirmos animais ou seu material genético no rebanho.
Entre elas podemos citar: libido, número e qualidade das células espermáticas
produzidas por unidade de tempo, bem como a capacidade fecundante destas
células. Estudar as características, valores de referência e peculiaridades
relacionadas à qualidade do sêmen do suídeo, bem como métodos de análise
justificam-se importantes tarefas tendo em vista que estas análises trazem
confiabilidade ao evento reprodutivo.
5
2. CARACTERÍSTICAS ESPERMÁTICAS DOS SUÍNOS
A fim de compreender melhor as características reprodutivas do macho
suídeo, é importante relembrar o processo de espermatogênese, uma vez que o
espermatozóide é a unidade funcional básica dentro deste processo. A
espermatogênese consiste no desenvolvimento de uma célula indiferenciada,
denominada de espermatogônia tipo A, até o estágio final de espermatozóide. O
período de transformação entre uma célula indiferenciada e o espermatozóide
maduro pode levar até 60 dias. Nos mamíferos, este evento acontece de forma
cíclica no epitélio seminífero, onde em um intervalo de 4 a 7 dias, espermatogônias
tipo A iniciam uma nova onda de produção de espermatozóides (FLOWERS, W. l,
1996). No processo de diferenciação celular, após sucessivas divisões mitóticas,
geram-se espermatócitos primários. Estes, após duas divisões meióticas, se
tornarão espermátides haplóides que progredirão até o epidídimo onde sofrerão
maturações fisiológicas funcionais até o estágio final (BORTOLOZZO, F. P. e
WENTZ, 2005).
Na espermatogênese, diversos aparatos fisiológicos são necessários,
estando envolvidos basicamente dois tipos de células: as células de Sertoli,
conhecidas como células de suporte nutricional ao espermatozóide, e as células de
Leydig, produtoras de andrógenos, como a testosterona. A testosterona por sua vez
é um andrógeno responsável pelo surgimento das características reprodutivas como
a libido, ação de glândulas anexas, características de fenótipo masculino e também
pela influência na qualidade da ejaculação. Esta cascata de eventos é,
primordialmente, desencadeada pelos hormônios hipofisários LH (luteinizante) e
FSH (folículo estimulante). Além dos órgãos primários, existem ainda glândulas
anexas ao trato reprodutivo como a vesícula seminal que produz 90% do volume do
ejaculado, a próstata, que alcaliniza o conteúdo seminal, e as bulbouretrais,
responsáveis por construir o caráter gelatinoso ao sêmen (Bennemann, 2014).
Em critérios práticos, a avaliação individualizada é uma das formas mais
comuns de definir quando o macho suíno está apto à reprodução. Para isto,
desenvolveu-se uma série de padrões seminais que podem estar correlacionados
com a fertilidade ou infertilidade dos animais. Nesta análise são considerados
diversos aspectos, entre eles podemos citar os macroscópicos, como: cor, odor,
volume e aspecto; microscópicos, como: concentração espermática, motilidade,
6
morfologia, vigor e aglutinação espermática. Além destes, exames complementares
podem ser realizados, como coloração supravital, teste de resistência osmótica,
bacteriológico, acompanhamento morfológico após acondicionamento. Provas
bioquímicas especiais como testes de acrosina, cromatina e fosfolipídios, bem como
análise de íons e até mesmo fecundação in vitro, sendo estas realizadas com menor
frequência, uma vez que sua viabilidade econômica é baixa (ABCS, 2014).
2.1 ESPERMATOZÓIDES E PLASMA SEMINAL
De acordo com D. L (2004), o sêmen se refere a porção celular líquida
contendo espermatozóides e as secreções dos órgãos acessórios do trato genital
masculino. O plasma seminal compreende a porção fluida, sendo formada na
ejaculação. As características seminais do macho suíno estão listadas na tabela 1.
O ejaculado suíno possui três frações: pré-espermática, espermática e
pós-espermática. A porção pré-espermática é composta pela secreção uretral de
glândulas bulbouretrais, já a porção espermática, também chamada de rica, contém
uma maior quantidade de espermatozóides, diferentemente da pós-espermática, que
contém uma porção menor de espermatozóides (CORRÊA, 2001).
2.2 AVALIAÇÕES ESPERMÁTICAS
A avaliação dos espermatozóides deve ser realizada para obtenção de
animais que apresentem melhor fertilidade, resultando em excelentes índices
reprodutivos. A análise de motilidade e morfologia dos espermatozóides são
consideradas importantes para a seleção de um ejaculado. As características e
componentes químicos do sêmen suíno estão listados na tabela 1. Um dos testes
utilizados para avaliar a qualidade do sêmen em centrais de inseminação artificial é
a determinação da porcentagem de espermatozóides móveis (VERSTEGEN, 2002),
porém, muito se discute sobre motilidade e capacidade desses espermatozóides em
fertilizar o óvulo.
A quantidade e qualidade espermática tem sido baseada em avaliações
subjetivas. O sistema de análise computadorizada (Computer Assisted Semen
Analysis - CASA) permite uma análise de forma rápida e objetiva de diversas
7
características espermáticas. Essa avaliação é feita através de imagens e contagem
de espermatozoides contidas nas mesmas.
O sistema CASA reconhece o espermatozóide a partir da área de sua
cabeça, de acordo com a espécie a ser avaliada (20 - 120μm2 - suíno). Entretanto,
esse sistema pode sofrer influência de diversos fatores que podem alterar o
resultado da avaliação, dependendo do uso de técnicas corretas para avaliação.
Tabela 1. Características e componentes químicos do sêmende cachaços.
Característica do componente Cachaço
Volume do ejaculado (ml) 150 -500
Concentração espermática (milhões/ml) 200 - 300
Espermatozóides/ejaculado (bilhões) 30 - 60
Espermatozóides móveis (%) 50 - 80
Espermatozoides morfologicamente normais
(%)
70 - 90
Proteínas (g/100ml) 3,7
pH 7,3 - 7,8
Frutose 9
Sorbitol 6 - 18
Ácido cítrico 173
Inositol 380 - 630
Glicerilfosforilcolina (GPC) 110 - 240
Ergotioneína 17
Sódio 587
Potássio 197
8
Cálcio 6
Magnésio 5 - 14
Cloreto 260 - 430
Adaptado de Lake. In: Bell, Freeman, eds. Physiology and Biochemistry of the Domestic Fowl. New
York: Academic Press, 1971; e de Foote, Gilbert, White. In: Hafez, E. S. E., ed. Reproduction in Farm
Animals. 4 ed. Philadelphia: Lea & Febiger, 1980.
2.3 COLETA DO SÊMEN
Alguns aspectos envolvendo a coleta, análise, preparação, armazenamento e
transporte da dose inseminante podem comprometer a viabilidade e eficiência da
técnica. De acordo com Bortolozzo et al., 2010, a coleta do sêmen é realizada com
150 a 170 dias de idade, quando os animais chegam às granjas. O ideal é que se
estipule horários e dias específicos para a coleta, evitando os períodos mais quentes
do dia. Além disso, uma alta frequência de coleta pode afetar a motilidade,
concentração e contagem total dos espermatozoides, contribuindo para
espermatozoides com morfologias anormais (STRZEZEK et al., 1995). De acordo
com alguns autores, a produção e qualidade do sêmen pode ser influenciada por
fatores ambientais, raça, idade, fotoperíodo, ambiente, temperatura, alimentação e
tamanho do testículo (COLENBRANDER et al., 1993). De acordo com Toniolli,
2010, a coleta em suínos jovens de até 12 meses de idade, pode ser feita de uma a
três vezes por semana. Já em machos maiores de 12 meses, a coleta poderá ser
feita duas vezes por semana.
Para a coleta do sêmen, é importante que o animal e o coletador possuam
uma boa relação, além disso, a condução do animal para a sala de coleta deve ser
feita de forma tranquila para obtenção de um bom ejaculado. A técnica da mão
enluvada é a mais empregada, com a estimulação mecânica do pênis (Toniolli,
2010), conforme a imagem 1.
Imagem 1. A) Área de coleta de sêmen; B) Método de “mão enluvada” para coleta
de sêmen.
9
Fonte: SOUSA, 2020.
Após a coleta, a fração gelatinosa retida no filtro na borda do recipiente de
coleta deve ser removida, e o ejaculado deve ser encaminhado para o laboratório
para a análise macro e microscópica do sêmen, conforme a tabela 2. O sêmen, após
pesagem, é acondicionado em um copo térmico para manter a temperatura. Após
isso, é feita a retirada de 200 μL de sêmen puro e diluído em 2.000 μL de solução
fisiológica a 0,9%, sendo a amostra analisada no microscópio óptico.
Após a análise, ocorre o envasamento, onde o sêmen é inicialmente
misturado a um diluente na proporção de uma parte de sêmen para dez partes de
diluente. A composição do diluente contém gluconato, bicarbonato de sódio,
estabilizantes de membrana e antibióticos, sendo que seu preparo é de acordo com
as recomendações do fabricante. Para a homogeneização de ambos, é necessário
ajustar a temperatura do diluente à temperatura do sêmen. Acrescenta-se o sêmen
puro lentamente a solução diluente até que todo o volume fosse adicionado (Sousa,
2020).
Tabela 2: Exames macro, microscópicos e complementares do ejaculado.
EXAME MACROSCÓPICO EXAME MICROSCÓPICO EXAMES COMPLEMENTARES
Volume Motilidade espermática Coloração supravital
Cor Vigor Teste de resistência osmótica
Odor Aglutinação Exame bacteriológica
Aspecto Concentração espermática Acompanhamento da motilidade
espermática durante o
armazenamento
Morfologia espermática
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3. ANÁLISES MACROSCÓPICAS
3.1 ASPECTO
O aspecto do ejaculado oferece informações sobre contaminações, avaliando
cor e a presença de sangue ou urina, e, no caso de contaminações, o ejaculado
deverá ser descartado, conforme a tabela 3.
Tabela 3. Aspectos do ejaculado.
Cor Presença Recomendação
Avermelhado Presença de sangue Descarte
Amarelado Presença de urina Descarte
Branco Normal Aprovado
3.2 VOLUME
O volume do ejaculado de um macho suídeo varia conforme uma gama de
fatores, como sua raça, idade, número de coletas já realizadas e época do ano,
chegando a valores entre 125 a 500ml. cada 1 grama corresponde a 1 ml. A
determinação do volume do ejaculado é muito importante para a produção de doses
de semen.
3.3 COLORAÇÃO
A cor do ejaculado suíno também é variável conforme os fatores já citados,
podendo apresentar-se branco-acinzentado ou marfim. Normalmente a cor é
também um indicativo da concentração espermática, bem como parâmetro para
identificação de alterações inflamatórias (presença de sangue pode avermelhar o
sêmen).
3.4 ODOR
O odor do ejaculado suíno, bem como da maioria das espécies é sui generis,
ou seja, odor característico. Dessa maneira, a detecção de contaminação da
11
amostra seminal por urina ou outras secreções prepuciais se dá por meio da análise
sensorial.
3.5 CONCENTRAÇÃO
É possível estimar a concentração de forma subjetiva macroscopicamente,
porém, devido a qualidade e a acessibilidade de métodos mais precisos como
fotômetro, espermiodensímetro de Karras, câmara de Neubauer ou o próprio
Sistema Computadorizado de Análises (CASA) se mostram ferramentas mais
apropriadas.
4. ANÁLISES MICROSCÓPICAS
As avaliações microscópicas definem se a amostra em questão tem potencial
ou não de ser envasada. É a partir desta análise qualitativa que se pode atribuir os
níveis de motilidade, patologias morfológicas e aglutinação espermática.
4.1 MOTILIDADE ESPERMÁTICA
Consiste na quantificação de células espermáticas móveis, variando em uma
escala de 0 a 100%. Neste exame verifica-se também a qualidade do movimento em
uma escala de 0 a 5, onde 0 os espermatozoides estão mortos e imóveis e 5 os
espermatozóides se mantém em movimento progressivo muito rápido. O percentual
de motilidade é um critério com alta correlação ao percentual de células vivas e
viáveis. O critério pré-estabelecido de motilidade é de 70%. A motilidade é
importante na avaliação do deslocamento do espermatozóide até o oócito, e por ser
um exame fácil e de baixo custo, é um bom indicador da integridade e
funcionalidade dos espermatozóides (Braundmeier et al.; 2004).
4.2 VIGOR ESPERMÁTICO
Esta característica estima a qualidade do movimento do espermatozóide e
deve ser analisada em paralelo à motilidade. O valor de referência para o vigor
espermático varia entre 0 (onde não há movimentos) a 5 (100% dos
12
espermatozóides com movimentos progressivos), devendo a amostra atingir no
mínimo vigor 3 para não ser excluída. A variabilidade do escore de vigor pode
ocorrer conforme a diluição do ejaculado ocorrer. Após a diluição, a amostra deve
ser reservada por no mínimo 10 minutos a fim de neutralizar o efeito do choque
osmótico que acontece no período inicial da diluição.
4.3 AGLUTINAÇÃO ESPERMÁTICA
A aglutinação espermática consiste na aderência das cabeças dos
espermatozóides umas nas outras. Esta característica pode ser classificada de 0 a
3, dependendo do número de grumos aglutinados. O ejaculado que apresenta mais
de 30% de espermatozóides aglutinados deve ser descartado.
4.4 CONCENTRAÇÃO ESPERMÁTICA
A concentração espermática associada ao volume do ejaculado determina o
número total de espermatozóides e consequentemente o número de doses a serem
produzidas. Esta característica pode ser determinada de forma direta pela câmara
de Neubauer e CASA ® e indiretos com fotocolorimetria e espermiodensímetro de
Karras. Existem alguns equipamentos para avaliação da concentração em suínos:
a. Câmara de neubauer: avalia a concentração espermática através da
contagem de células.
b. Espermiodensímetro: avalia a concentração espermática através da
opacidade, porém, a margem de segurança é menor em comparação com
outros equipamentos.
c. Espectrofotômetro ou fotocolorímetro: avalia a concentração através da
passagem de ondas luminosaspela amostra, possuindo boa segurança na
sua utilização.
4.5 MORFOLOGIA ESPERMÁTICA
Esta característica é muito importante durante a avaliação espermática. Nela
são avaliadas as proporções entre espermatozóides viáveis e inviáveis, permitindo
predizer a fertilidade do macho. Habitualmente, defeitos estruturais acometendo
13
mais de 20% dos espermatozóides indica baixa fertilidade. Neste exame são
avaliadas qualitativamente morfologias de acrossoma, cabeça, colo, peça
intermediária, gota citoplasmáticas (proximal e distal) e a cauda. A tabela 4 indica as
alterações morfológicas e também o limite máximo tolerado em percentual para cada
característica.
a. Cabeça: alterações de cabeça se dão pela forma, tamanho e destacada.
Estas alterações estão normalmente relacionadas a defeitos no material
genético e por isso devem ser avaliadas. Defeitos comuns encontrados na
cabeça são cabeça reta, invertida, estreita, larga, piriforme, globosa,
microcefalia e cabeça estreita na base.
b. Acrossoma: o acrossoma é peça fundamental na fecundação e desta forma é
necessário se atentar às alterações, como o acrossoma difuso, deformado, de
contorno irregular e destacado.
c. Gota citoplasmática: a gota citoplasmática reflete no estágio de maturidade
espermática.
Tabela 4. Alterações avaliadas durante o exame morfológico do sêmen e limites
máximos aceitáveis.
Alteração morfológica Limite máximo tolerado (%)
Cabeça 5
Acrossoma 5
Colo 5
Formas teratológicas 5
Peça intermediária 10
Gota citoplasmática proximal 10
Cauda 10
Total de alterações 20
Fonte: Fonseca et al. (1992).
14
5. ARMAZENAMENTO
A temperatura é um método utilizado para prolongar a viabilidade dos
espermatozóides ejaculados devido ao efeito da desaceleração dos processos
metabólicos celulares. Nos suínos os espermatozoides são sensíveis a menos de 15
C e como consequência diminui a taxa de sobrevivência espermática, sendo
considerada a temperatura ideal entre 16 a 17 C em estufas ou refrigeradores. É
sugerido a homogeneização duas vezes ao dia, o tempo máximo de armazenamento
não deve ser superior a 72 horas, podendo comprometer a qualidade.
15
6. CONCLUSÃO
Conforme o exposto, a avaliação do sêmen é de fundamental importância para
identificar problemas de infertilidade em suínos, principalmente pelo fato do macho
possuir uma maior importância na cadeia reprodutiva em comparação à fêmea. Os
métodos da avaliação dos espermatozoides auxiliam na observação do potencial
fecundante do animal, bem como as características espermáticas e seu
desempenho reprodutivo.
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Referências Bibliográficas
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