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CONTEÚDO ONLINE GRÁTIS CONTEÚDO ONLINE GRÁTIS Português - Acentuação Gráfica e Ortografia Matemática - Razão e Proporção Matemática - Geometria Espacial e Plana DE ACORDO COM EDITAL DE PORTARIA DIRENS Nº 44/DPE, DE 12 DE MARÇO DE 2020 Inglês - Estratégias de Leitura em Inglês - Língua Portuguesa - Matemática - Língua Inglesa CONTEÚDO CADETES DO AR EPCAR ESCOLA PREPARATÓRIA DE CADETES DO AR CONTEÚDO ONLINE GRÁTIS CONTEÚDO ONLINE GRÁTIS Português - Acentuação Gráfica e Ortografia Matemática - Razão e Proporção Matemática - Geometria Espacial e Plana DE ACORDO COM EDITAL DE PORTARIA DIRENS Nº 44/DPE, DE 12 DE MARÇO DE 2020 Inglês - Estratégias de Leitura em Inglês - Língua Portuguesa - Matemática - Língua Inglesa CONTEÚDO CADETES DO AR EPCAR ESCOLA PREPARATÓRIA DE CADETES DO AR CONTEÚDO ONLINE GRÁTIS CONTEÚDO ONLINE GRÁTIS Português - Acentuação Gráfica e Ortografia Matemática - Razão e Proporção Matemática - Geometria Espacial e Plana DE ACORDO COM EDITAL DE PORTARIA DIRENS Nº 44/DPE, DE 12 DE MARÇO DE 2020 Inglês - Estratégias de Leitura em Inglês - Língua Portuguesa - Matemática - Língua Inglesa CONTEÚDO CADETES DO AR EPCAR ESCOLA PREPARATÓRIA DE CADETES DO AR CONTEÚDO ONLINE GRÁTIS CONTEÚDO ONLINE GRÁTIS Português - Acentuação Gráfica e Ortografia Matemática - Razão e Proporção Matemática - Geometria Espacial e Plana DE ACORDO COM EDITAL DE PORTARIA DIRENS Nº 44/DPE, DE 12 DE MARÇO DE 2020 Inglês - Estratégias de Leitura em Inglês - Língua Portuguesa - Matemática - Língua Inglesa CONTEÚDO CADETES DO AR EPCAR ESCOLA PREPARATÓRIA DE CADETES DO AR Cód.: 9088121442986 Escola Preparatória de Cadetes do Ar - Aeronáutica EPCAR Cadetes do Ar NV-081MR-20 Todos os direitos autorais desta obra são protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/12/1998. Proibida a reprodução, total ou parcialmente, sem autorização prévia expressa por escrito da editora e do autor. Se você conhece algum caso de “pirataria” de nossos materiais, denuncie pelo sac@novaconcursos.com.br. www.novaconcursos.com.br sac@novaconcursos.com.br OBRA Escola Preparatória de Cadetes do Ar - Aeronáutica Cadetes do Ar Portaria DIRENS nº 44/DPE, de 12 de março de 2020 AUTORES Língua Portuguesa - Profª Zenaide Auxiliadora Pachegas Branco Matemática - Profº Bruno Chieregatti e Joao de Sá Brasil Língua Inglesa - Profª Katiuska W. Burgos General PRODUÇÃO EDITORIAL/REVISÃO Josiane Sarto Roberth Kairo DIAGRAMAÇÃO Dayverson Ramon Rodrigo Bernardes CAPA Joel Ferreira dos Santos Edição MAR/2020 APRESENTAÇÃO PARABÉNS! ESTE É O PASSAPORTE PARA SUA APROVAÇÃO. A Nova Concursos tem um único propósito: mudar a vida das pessoas. Vamos ajudar você a alcançar o tão desejado cargo público. Nossos livros são elaborados por professores que atuam na área de Concursos Públicos. 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SUMÁRIO LÍNGUA PORTUGUESA Intelecção De Textos Literários E Não Literários, Verbais E Não Verbais ................................................................................... 01 Fonologia: Fonemas, Encontros Consonantais E Vocálicos, Dígrafos ......................................................................................... 12 Divisão Silábica ................................................................................................................................................................................................ 15 Acentuação Gráfica E Ortografia De Acordo Com A Nova Ortografia ...................................................................................... 16 Morfologia: Estrutura Das Palavras, Formação De Palavras ........................................................................................................... 23 Classes De Palavras: Classificação, Flexão E Emprego (Substantivo, Adjetivo, Artigo, Numeral, Pronome, Verbo, Advérbio, Preposição, Conjunção E Interjeição) ................................................................................................................................. 25 Sintaxe: Análise Sintática Da Oração, Análise Sintática Do Período ........................................................................................... 63 Pontuação .......................................................................................................................................................................................................... 72 Regência E Concordância ............................................................................................................................................................................ 76 Estudo Da Crase .............................................................................................................................................................................................. 82 Colocação Pronominal .................................................................................................................................................................................. 86 Semântica E Estilística; Variedades Linguísticas; Sinonímia E Antonímia, Hiponímia E Hiperonímia, Polissemia, Ambiguidade; Denotação E Conotação; Funções Da Linguagem E Vícios Da Linguagem ................................................ 86 Figuras De Linguagem .................................................................................................................................................................................. 90 Versificação ........................................................................................................................................................................................................ 94 MATEMÁTICA Noções De Conjuntos; Igualdade De Conjuntos; Subconjuntos; Operações Com Conjuntos: Interseção E Reunião; Resolução De Problemas ........................................................................................................................................................... 01 Conjuntos Numéricos; Conjunto Dos Números Naturais: Propriedades, Operações, Números Primos E Compostos, Divisibilidade, Decomposição Em Fatores Primos, Múltiplos E Divisores, Máximo Divisor Comum (M.d.c.), Mínimo Múltiplo Comum (M.m.c.) E Resolução De Problemas ..................................................................................................................... 06 Conjunto Dos Números Inteiros: Propriedades, Operações, Divisibilidade, Múltiplos E Divisores E Resolução De Problemas .......................................................................................................................................................................................................... 09 Conjunto Dos Números Racionais: Propriedades, Operações, Equivalência De Frações, Representação Decimal E Fracionária, Números Decimais Periódicos (Dízimas Periódicas), Comparação De Frações E Resolução De Problemas; Conjunto Dos Números Reais: Propriedades, Operações, Representação Na Reta Real, Relação De Ordem E Resolução De Problemas .......................................................................................................................................................... 14 Polinômios; Definição; Adição, Subtração, Multiplicação E Divisão De Polinômios Numa Única Variável; Noção Intuitiva Do Conceito De “Zeros” De Um Polinômio ......................................................................................................................... 23 Cálculo Algébrico; Operações Com Expressões Algébricas; Produtos Notáveis; Fatoração; Frações Algébricas; Resolução De Problemas ............................................................................................................................................................................. 29 Equações De 1o Grau; Resolução De Equação De 1o Grau; Resolução De Sistema De Equações De 1o Grau; Resolução De Problemas Redutíveis A Equação De 1o Grau; Resolução De Problemas Redutíveis A Sistema De Equações De 1o Grau .................................................................................................................................................................................... 23 Inequações De 1o Grau; Resolução De Problemas Envolvendo Inequações De 1o Grau .................................................. 43 Equações De 2o Grau Resolução De Equação De 2o Grau; Resolução De Problemas Redutíveis A Equação De 2o Grau ...................................................................................................................................................................................................................... 44 Equações Irracionais; Equações Biquadradas ...................................................................................................................................... 46 SUMÁRIO Funções; Noção Intuitiva E Definição; Notação De Função; Domínio, Imagem E Contradomínio ................................. 48 Função Polinomial Do 1o Grau: Definição, Propriedades, Zero Ou Raiz Da Função, Estudo Da Variação Do Sinal E Gráfico; Função Polinomial Do 2o Grau: Definição, Propriedades, Zeros Ou Raízes Da Função, Estudo Da Variação Do Sinal E Gráfico ........................................................................................................................................................................................... 58 Resolução De Problemas Envolvendo Função De 1o Grau; Resolução De Problemas Envolvendo Função De 2o Grau ... 61 Geometria Plana; Conceitos Fundamentais; Círculo E Circunferência: Definição E Diferenciação; Propriedades De Arcos, Ângulos E Cordas; Relações Métricas; Segmentos Proporcionais; Feixe De Paralelas; Teorema De Tales .............. 61 Congruência E Semelhança De Triângulos; Relações Métricas No Triângulo Retângulo; Relações Métricas Em Um Triângulo Qualquer; Projeção Ortogonal; Transformações Geométricas Elementares: Translação, Rotação E Simetria ............................................................................................................................................................................................................... 75 Razões Trigonométricas No Triângulo Retângulo; Razões Trigonométricas Em Um Triângulo Qualquer; Cálculo De Perímetro ..................................................................................................................................................................................................... 82 Comprimento De Circunferência; Áreas De Superfícies Planas; Polígonos Regulares ......................................................... 85 Medidas De Comprimento, De Área, De Capacidade E De Volume: Transformações. Volume De Paralelepípedo Reto Retângulo. Resolução De Problemas ............................................................................................................................................ 85 Razões, Porcentagens E Noções Básicas De Matemática Financeira Razões E Proporções; Números E Grandezas Proporcionais .................................................................................................................................................................................................... 92 Regra De Três Simples E Composta ......................................................................................................................................................... 102 Porcentagens .................................................................................................................................................................................................... 104 Juros Simples; Resolução De Problemas ................................................................................................................................................ 107 Noções De Estatística Básica Tabelas; Representações Gráficas: Barras, Colunas, Setores, Linhas E Pictogramas; Média Aritmética Simples E Ponderada ................................................................................................................................................. 108 Contagem E Probabilidade; Noções De Contagem; Noções De Probabilidade .................................................................... 129 LÍNGUA INGLESA Compreensão e Interpretação de Textos ............................................................................................................................................... 01 Estruturas Gramaticais. Substantivos: gênero, número, contáveis e incontáveis .................................................................. 05 Pronomes: pessoal, oblíquo, possessivo, reflexivo, demonstrativo, relativo, indefinido e interrogativo ..................... 07 Adjetivos: graus comparativo e superlativo ......................................................................................................................................... 10 Preposições ....................................................................................................................................................................................................... 13 Conjunções ........................................................................................................................................................................................................ 14 Advérbios: tempo, lugar, modo e frequência ...................................................................................................................................... 15 Numerais ............................................................................................................................................................................................................ 16 Artigos: definidos e indefinidos ................................................................................................................................................................ 17 Verbos: modos, tempos, formas e vozes. Caso possessivo. Question tag e respostas curtas. Orações condicionais ...................................................................................................................................................................................................... 18 LÍNGUA PORTUGUESA ÍNDICE Intelecção De Textos Literários E Não Literários, Verbais E Não Verbais ......................................................................................... 1 Fonologia: Fonemas, Encontros Consonantais E Vocálicos, Dígrafos ............................................................................................... 12 Divisão Silábica ...................................................................................................................................................................................................... 15 Acentuação Gráfica E Ortografia De Acordo Com A Nova Ortografia ............................................................................................ 16 Morfologia: Estrutura Das Palavras, Formação De Palavras ................................................................................................................. 23 Classes De Palavras: Classificação, Flexão E Emprego (Substantivo, Adjetivo, Artigo, Numeral, Pronome, Verbo, Advérbio, Preposição, Conjunção E Interjeição) ....................................................................................................................................... 25 Sintaxe: Análise Sintática Da Oração, Análise Sintática Do Período ................................................................................................. 63 Pontuação ................................................................................................................................................................................................................ 72 Regência E Concordância .................................................................................................................................................................................. 76 Estudo Da Crase .................................................................................................................................................................................................... 82 Colocação Pronominal ........................................................................................................................................................................................ 86 Semântica E Estilística; Variedades Linguísticas; Sinonímia E Antonímia, Hiponímia E Hiperonímia, Polissemia, Ambiguidade; Denotação E Conotação; Funções Da Linguagem E Vícios Da Linguagem ...................................................... 86 Figuras De Linguagem ........................................................................................................................................................................................ 90 Versificação .............................................................................................................................................................................................................. 94 1 LÍ N G UA P O RT U G U ES A Compreender significa Entendimento, atenção ao que realmente está escrito. O texto diz que... É sugerido pelo autor que... De acordo com o texto, é correta ou errada a afirmação... O narrador afirma... Erros de interpretação • Extrapolação (“viagem”) = ocorre quando se sai do contexto, acrescentando ideias que não estão no texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação. • Redução = é o oposto da extrapolação. Dá-se aten- ção apenas a um aspecto (esquecendo que um tex- to é um conjunto de ideias), o que pode ser insufi- ciente para o entendimento do tema desenvolvido. • Contradição = às vezes o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar con- clusões equivocadas e, consequentemente, errar a questão. Observação: Muitos pensam que existem a ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas em uma prova de concurso, o que deve ser levado em consi- deração é o que o autor diz e nada mais. Os pronomes relativos são muito importantes na in- terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe um pronome relativo adequado a cada circunstân- cia, a saber: que (neutro) - relaciona-se com qualquer anteceden- te, mas depende das condições da frase. qual (neutro) idem ao anterior. quem (pessoa) cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois o objeto possuído. como (modo) onde (lugar) quando (tempo) quanto (montante) Exemplo: Falou tudo QUANTO queria (correto) Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o demonstrativo O). Dicas para melhorar a interpretação de textos • Leia todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto. Se ele for longo, não desista! Há muitos candidatos na disputa, portanto, quanto mais infor- mação você absorver com a leitura, mais chances terá de resolver as questões. • Se encontrar palavras desconhecidas, não interrom- pa a leitura. • Leia o texto, pelo menos, duas vezes – ou quantas forem necessárias. • Procure fazer inferências, deduções (chegar a uma conclusão). • Volte ao texto quantas vezes precisar. • Não permita que prevaleçam suas ideias sobre as do autor. INTELECÇÃO DE TEXTOS LITERÁRIOS E NÃO LITERÁRIOS, VERBAIS E NÃO VERBAIS INTERPRETAÇÃO TEXTUAL Texto – é um conjunto de ideias organizadas e rela- cionadas entre si, formando um todo significativo capaz de produzir interação comunicativa (capacidade de codi- ficar e decodificar). Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma informação que se liga com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa in- terligação dá-se o nome de contexto. O relacionamento entre as frases é tão grande que, se uma frase for retirada de seu contexto original e analisada separadamente, po- derá ter um significado diferente daquele inicial. Intertexto - comumente, os textos apresentam refe- rências diretas ou indiretas a outros autores através de citações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. Interpretação de texto - o objetivo da interpretação de um texto é a identificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias (ou fun- damentações), as argumentações (ou explicações), que levam ao esclarecimento das questões apresentadas na prova. Normalmente, em uma prova, o candidato deve: • Identificar os elementos fundamentais de uma ar- gumentação, de um processo, de uma época (nes- te caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo). • Comparar as relações de semelhança ou de dife- renças entre as situações do texto. • Comentar/relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade. • Resumir as ideias centrais e/ou secundárias. • Parafrasear = reescrever o texto com outras palavras. Condições básicas para interpretar Fazem-se necessários: conhecimento histórico-literá- rio (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), lei- tura e prática; conhecimento gramatical, estilístico (qua- lidades do texto) e semântico; capacidade de observação e de síntese; capacidade de raciocínio. Interpretar/Compreender Interpretar significa: Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir. Através do texto, infere-se que... É possível deduzir que... O autor permite concluir que... Qual é a intenção do autor ao afirmar que... 2 LÍ N G UA P O RT U G U ES A Talvez porque eu tenha começado tarde, guiar me pare- ce, ainda hoje, uma experiência incomum. É um ato que, mesmo repetido de forma diária, nunca se banalizou inteiramente. Na véspera do Ano Novo, em Ubatuba, eu fiz outra des- coberta temporã. Depois de décadas de tentativas inúteis e frustrantes, num final de tarde ensolarado eu conquistei o dom da flutuação. Nas águas cálidas e translúcidas da praia Bra- va, sob o olhar risonho da minha mulher, finalmente con- segui boiar. Não riam, por favor. Vocês que fazem isso desde os oito anos, vocês que já enjoaram da ausência de peso e esfor- ço, vocês que não mais se surpreendem com a sensação de balançar ao ritmo da água – sinto dizer, mas vocês se esqueceram de como tudo isso é bom. Nadar é uma forma de sobrepujar a água e impor-se a ela. Boiar é fazer parte dela – assim como do sol e das montanhas ao redor, dos sons que chegam filtrados ao ouvido submerso, do vento que ergue a onda e lança água em nosso rosto. Boiar é ser feliz sem fazer força, e isso, curiosamente, não é fácil. Essa experiência me sugeriu algumas considerações so- bre a vida em geral. Uma delas, óbvia, é que a gente nunca para de aprender ou de avançar. Intelectualmente e emocionalmente, de um jeito prático ou subjetivo, estamos sempre incorpo- rando novidades que nos transformam. Somos geneti- camente elaborados para lidar com o novo, mas não só. Também somos profundamente modificados por ele. A cada momento da vida, quando achamos que tudo já aconteceu, novas capacidades irrompem e fazem de nós uma pessoa diferente do que éramos. Uma pessoa capaz de boiar é diferente daquelas que afundam como pedras. Suspeito que isso tenha importância também para os relacionamentos. Se a gente não congela ou enferruja – e tem gente que já está assim aos 30 anos – nosso repertório íntimo tende a se ampliar, a cada ano que passa e a cada nova relação. Penso em aprender a escutar e a falar, em olhar o outro, em tocar o corpo do outro com propriedade e deixar-se tocar sem susto. Penso em conter a nossa própria frustra- ção e a nossa fúria, em permitir que o parceiro floresça, em dar atenção aos detalhes dele. Penso, sobretudo, em conquistar, aos poucos, a ansiedade e insegurança que nos bloqueiam o caminho do prazer, não apenas no sen- tido sexual. Penso em estar mais tranquilo na companhia do outro e de si mesmo, no mundo. Assim como boiar, essas coisas são simples, mas preci- sam ser aprendidas. Estar no interior de uma relação verdadeira é como estar na água do mar. Às vezes você nada, outras vezes você boia, de vez em quando, morto de medo, sente que pode afundar. É uma experiência que exige, ao mesmo tem- po, relaxamento e atenção, e nem sempre essas coisas se combinam. Se a gente se põe muito tenso e cerebral, a relação perde a espontaneidade. Afunda. Mas, largada apenas ao sabor das ondas, sem atenção ao equilíbrio, a relação também naufraga. Há uma ciência sem cálculos que tem de ser assimilada a cada novo amor, por cada um de nós. Ela fornece a combinação exata de atenção e relaxamento que permite boiar. Quer dizer, viver de • Fragmente o texto (parágrafos, partes) para melhor compreensão. • Verifique, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão. • O autor defende ideias e você deve percebê-las. • Observe as relações interparágrafos. Um parágra- fo geralmente mantém com outro uma relação de continuação, conclusão ou falsa oposição. Identifi- que muito bem essas relações. • Sublinhe, em cada parágrafo, o tópico frasal, ou seja, a ideia mais importante. • Nos enunciados, grife palavras como “correto” ou “incorreto”, evitando, assim, uma confusão na hora da resposta – o que vale não somente para Interpretação de Texto, mas para todas as demais questões! • Se o foco do enunciado for o tema ou a ideia principal, leia com atenção a introdução e/ou a conclusão. • Olhe com especial atenção os pronomes relativos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc., chamados vocábulos relatores, porque reme- tem a outros vocábulos do texto. SITES Disponível em: <http://www.tudosobreconcursos. com/materiais/portugues/como-interpretar-textos> Disponível em: <http://portuguesemfoco.com/pf/ 09-dicas-para-melhorar-a-interpretacao-de-textos-em- -provas> Disponível em: <http://www.portuguesnarede. com/2014/03/dicas-para-voce-interpretar-melhor-um. html> Disponível em: <http://vestibular.uol.com.br/cursi- nho/questoes/questao-117-portugues.htm> EXERCÍCIOS COMENTADOS 1. (EBSERH – Analista Administrativo – Estatística – AOCP-2015) O verão em que aprendi a boiar Quando achamos que tudo já aconteceu, novas ca- pacidades fazem de nós pessoas diferentes do que éramos IVAN MARTINS Sei que a palavra da moda é precocidade, mas eu acre- dito em conquistas tardias. Elas têm na minha vida um gosto especial. Quando aprendi a guiar, aos 34 anos, tudo se transfor- mou. De repente, ganhei mobilidade e autonomia. A ci- dade, minha cidade, mudou de tamanho e de fisionomia. Descer a Avenida Rebouças num táxi, de madrugada, era diferente – e pior – do que descer a mesma avenida com as mãos ao volante, ouvindo rock and roll no rádio. Pegar a estrada com os filhos pequenos revelou-se uma delícia insuspeitada. 3 LÍ N G UA P O RT U G U ES A 2. (TJ-SC – ANALISTA ADMINISTRATIVO – FGV-2018) Observe a charge a seguir: A charge acima é uma homenagem a Stephen Hawking, destacando o fato de o cientista: a) ter alcançado o céu após sua morte; b) mostrar determinação no combate à doença; c) ser comparado a cientistas famosos; d) ser reconhecido como uma mente brilhante; e) localizar seus interesses nos estudos de Física. Resposta: Letra D Em “a”: ter alcançado o céu após sua morte; = incorreto Em “b”: mostrar determinação no combate à doença; = incorreto Em “c”: ser comparado a cientistas famosos; = incorreto Em “d”: ser reconhecido como uma mente brilhante; Em “e”: localizar seus interesses nos estudos de Física. = incorreto Usemos a fala de Einstein: “a mente brilhante que es- távamos esperando”. 3. (BANPARÁ – ASSISTENTE SOCIAL – FADESP-2018) Lastro e o Sistema Bancário [...] Até os anos 60, o papel-moeda e o dinheiro deposita- do nos bancos deviam estar ligados a uma quantidade de ouro num sistema chamado lastro-ouro. Como esse metal é limitado, isso garantia que a produção de dinhei- ro fosse também limitada. Com o tempo, os banqueiros se deram conta de que ninguém estava interessado em trocar dinheiro por ouro e criaram manobras, como a re- serva fracional, para emprestar muito mais dinheiro do que realmente tinham em ouro nos cofres. Nas crises, como em 1929, todos queriam sacar dinheiro para pagar suas contas e os bancos quebravam por falta de fundos, deixando sem nada as pessoas que acreditavam ter suas economias seguramente guardadas. forma relaxada e consciente um grande amor. Na minha experiência, esse aprendizado não se fez ra- pidamente. Demorou anos e ainda se faz. Talvez porque eu seja homem, talvez porque seja obtuso para as coi- sas do afeto. Provavelmente, porque sofro das limitações emocionais que muitos sofrem e que tornam as relações afetivas mais tensas e trabalhosas do que deveriam ser. Sabemos nadar, mas nos custa relaxar e ser felizes nas águas do amor e do sexo. Nos custa boiar. A boa notícia, que eu redescobri na praia, é que tudo se aprende, mesmo as coisas simples que pareciam impossíveis. Enquanto se está vivo e relação existe, há chance de me- lhorar. Mesmo se ela acabou, é certo que haverá outra no futuro, no qual faremos melhor: com mais calma, com mais prazer, com mais intensidade e menos medo. O verão, afinal, está apenas começando. Todos os dias se pode tentar boiar. http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/ivan-martins/ noticia/2014/01/overao-em-que-aprendi-boiar.html De acordo com o texto, quando o autor afirma que “To- dos os dias se pode tentar boiar.”, ele refere-se ao fato de a) haver sempre tempo para aprender, para tentar relaxar e ser feliz nas águas do amor, agindo com mais cal- ma, com mais prazer, com mais intensidade e menos medo. b) ser necessário agir com mais cautela nos relaciona- mentos amorosos para que eles não se desfaçam. c) haver sempre tempo para aprender a ser mais criterio- so com seus relacionamentos, a fim de que eles sejam vividos intensamente. d) haver sempre tempo para aprender coisas novas, in- clusive agir com o raciocínio nas relações amorosas. e) ser necessário aprender nos relacionamentos, porém sempre estando alerta para aquilo de ruim que pode acontecer. Resposta: Letra A Ao texto: (...) tudo se aprende, mesmo as coisas simples que pareciam impossíveis. / Enquanto se está vivo e relação existe, há chance de melhorar = sempre há tempo para boiar (aprender). Em “a”: haver sempre tempo para aprender, para ten- tar relaxar e ser feliz nas águas do amor, agindo com mais calma, com mais prazer, com mais intensidade e menos medo = correta. Em “b”: ser necessário agir com mais cautela nos rela- cionamentos amorosos para que eles não se desfaçam = incorreta – o autor propõe viver intensamente. Em “c”: haver sempre tempo para aprender a ser mais criterioso com seus relacionamentos, a fim de que eles sejam vividos intensamente = incorreta – ser menos objetivo nos relacionamentos. Em “d”: haver sempre tempo para aprender coisas no- vas, inclusive agir com o raciocínio nas relações amo- rosas = incorreta – ser mais emoção. Em “e”: ser necessário aprender nos relacionamentos, porém sempre estando alerta para aquilo de ruim que pode acontecer = incorreta – estar sempre cuidando, não pensando em algo ruim. 4 LÍ N G UA P O RT U G U ES A 4. (BANPARÁ – ASSISTENTE SOCIAL – FADESP-2018) A leitura do texto permite a compreensão de que a) as dívidas dos clientes são o que sustenta os bancos. b) todo o dinheiro que os bancos emprestam é imaginário. c) quem pede um empréstimo deve a outros clientes. d) o pagamento de dívidas depende do “livre-mercado”. e) os bancos confiscam os bens dos clientes endividados. Resposta: Letra A Em “a”, as dívidas dos clientes são o que sustenta os bancos = correta Em “b”, todo o dinheiro que os bancos emprestam é imaginário = nem todo Em “c”, quem pede um empréstimo deve a outros clientes = deve ao banco, este paga/empresta a ou- tros clientes Em “d”, o pagamento de dívidas depende do “livre- -mercado” = não só: (...) preciso ir até o dito “livre- -mercado” e trabalhar, lutar, talvez trapacear. Em “e”, os bancos confiscam os bens dos clientes endi- vidados = desde que não paguem a dívida 5. (BANESTES – ANALISTA ECONÔMICO FINANCEI- RO GESTÃO CONTÁBIL – FGV-2018) Observe a charge abaixo, publicada no momento da intervenção nas ati- vidades de segurança do Rio de Janeiro, em março de 2018. Há uma série de informações implícitas na charge; NÃO pode, no entanto, ser inferida da imagem e das frases a seguinte informação: a) a classe social mais alta está envolvida nos crimes co- metidos no Rio; b) a tarefa da investigação criminal não está sendo bem-feita; c) a linguagem do personagem mostra intimidade com o interlocutor; d) a presença do orelhão indica o atraso do local da charge; e) as imagens dos tanques de guerra denunciam a pre- sença do Exército. Em 1971, o presidente dos EUA acabou com o padrão- -ouro. Desde então, o dinheiro, na forma de cédulas e principalmente de valores em contas bancárias, já não tendo nenhuma riqueza material para representar, é cria- do a partir de empréstimos. Quando alguém vai até o banco e recebe um empréstimo, o valor colocado em sua conta é gerado naquele instante, criado a partir de uma decisão administrativa, e assim entra na economia. Essa explicação permaneceu controversa e escondida por muito tempo, mas hoje está clara em um relatório do Bank of England de 2014. Praticamente todo o dinheiro que existe no mundo é criado assim, inventado em canetaços a partir da conces- são de empréstimos. O que torna tudo mais estranho e perverso é que, sobre esse empréstimo, é cobrada uma dívida. Então, se eu peço dinheiro ao banco, ele inventa números em uma tabela com meu nome e pede que eu devolva uma quantidade maior do que essa. Para pagar a dívida, preciso ir até o dito “livre-mercado” e trabalhar, lutar, talvez trapacear, para conseguir o dinheiro que o banco inventou na conta de outras pessoas. Esse é o di- nheiro que vai ser usado para pagar a dívida, já que a única fonte de moeda é o empréstimo bancário. No fim, os bancos acabam com todo o dinheiro que foi inventa- do e ainda confiscam os bens da pessoa endividada cujo dinheiro tomei. Assim, o sistema monetário atual funciona com uma moeda que é ao mesmo tempo escassa e abundante. Es- cassa porque só banqueiros podem criá-la, e abundante porque é gerada pela simples manipulação de bancos de dados. O resultado é uma acumulação de riqueza e po- der sem precedentes: um mundo onde o patrimônio de 80 pessoas é maior do que o de 3,6 bilhões, e onde o 1% mais rico tem mais do que os outros 99% juntos. [...] Disponível em https://fagulha.org/artigos/ inventando-dinheiro/ Acessado em 20/03/2018 De acordo com o autor do texto Lastro e o sistema bancá- rio, a reserva fracional foi criada com o objetivo de a) tornar ilimitada a produção de dinheiro. b) proteger os bens dos clientes de bancos. c) impedir que os bancos fossem à falência. d) permitir o empréstimo de mais dinheiro e) preservar as economias das pessoas. Resposta: Letra D Ao texto: (...) Com o tempo, os banqueiros se deram conta de que ninguém estava interessado em trocar dinheiro por ouro e criaram manobras, como a reserva fracional, para emprestar muito mais dinheiro do que realmente tinham em ouro nos cofres. Em “a”, tornar ilimitada a produção de dinheiro = incorreta Em “b”, proteger os bens dos clientes de bancos = incorreta Em “c”, impedir que os bancos fossem à falência = incorreta Em “d”, permitir o empréstimo de mais dinheiro = correta Em “e”, preservar as economias das pessoas = incorreta 5 LÍ N G UA P O RT U G U ES A 7. (Câmara de Salvador-BA – Assistente Legislativo Municipal – FGV-2018-adaptada) “Hoje, esse termo denota, além da agressão física, diversos tipos de impo- sição sobre a vida civil, como a repressão política, familiar ou de gênero, ou a censura da fala e do pensamento de determinados indivíduos e, ainda, o desgaste causado pelas condições de trabalho e condições econômicas”. A manchete jornalística abaixo que NÃO se enquadra em nenhum tipo de violência citado nesse segmento é: a) Presa por mensagem racista na internet; b) Vinte pessoas são vítimas da ditadura venezuelana; c) Apanhou de policiais por destruir caixa eletrônico; d) Homossexuais são perseguidos e presos na Rússia; e) Quatro funcionários ficaram livres do trabalho escravo. Resposta: Letra C Em “a”: Presa por mensagem racista na internet = como a repressão política, familiar ou de gênero Em “b”: Vinte pessoas são vítimas da ditadura vene- zuelana = como a repressão política, familiar ou de gênero Em “c”: Apanhou de policiais por destruir caixa eletrô- nico = não consta na Manchete acima Em “d”: Homossexuais são perseguidos e presos na Rússia = como a repressão política, familiar ou de gênero Em “e”: Quatro funcionários ficaram livres do traba- lho escravo = o desgaste causado pelas condições de trabalho 8. (MPE-AL – ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO – ÁREA JURÍDICA – FGV-2018) Oportunismo à Direita e à Esquerda Numa democracia, é livre a expressão, estão garantidos o direito de reunião e de greve, entre outros, obedecidas leis e regras, lastreadas na Constituição. Em um regime de liberdades, há sempre o risco de excessos, a serem devidamente contidos e seus responsáveis, punidos, conforme estabelecido na legislação. É o que precisa acontecer no rescaldo da greve dos cami- nhoneiros, concluídas as investigações, por exemplo, da ajuda ilegal de patrões ao movimento, interessados em se beneficiar do barateamento do combustível. Sempre há, também, o oportunismo político-ideológico para se aproveitar da crise. Inclusive, neste ano de elei- ção, com o objetivo de obter apoio a candidatos. Não faltam, também, os arautos do quanto pior, melhor, para desgastar governantes e reforçar seus projetos de po- der, por mais delirantes que sejam. Também aqui vale o que está delimitado pelo estado democrático de direito, defendido pelos diversos instrumentos institucionais de que conta o Estado – Polícia, Justiça, Ministério Público, Forças Armadas etc. A greve atravessou vários sinais ao estrangular as vias de suprimento que mantêm o sistema produtivo funcionan- do, do qual depende a sobrevivência física da população. Isso não pode ser esquecido e serve de alerta para que as autoridades desenvolvam planos de contingência. O Globo, 31/05/2018. Resposta: Letra D NÃO pode ser inferida da imagem e das frases a se- guinte informação: Em “a”, a classe social mais alta está envolvida nos cri- mes cometidos no Rio = inferência correta Em “b”, a tarefa da investigação criminal não está sen- do bem-feita = inferência correta Em “c”, a linguagem do personagem mostra intimida- de com o interlocutor = inferência correta Em “d”, a presença do orelhão indica o atraso do local da charge = incorreta Em “e”, as imagens dos tanques de guerra denunciam a presença do Exército = inferência correta 6. (TJ-AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FGV-2018) Observe a charge abaixo. No caso da charge, a crítica feita à internet é: a) a criação de uma dependência tecnológica excessiva; b) a falta de exercícios físicos nas crianças; c) o risco de contatos perigosos; d) o abandono dos estudos regulares; e) a falta de contato entre membros da família. Resposta: Letra A Em “a”: a criação de uma dependência tecnológica excessiva; Em “b”: a falta de exercícios físicos nas crianças; = incorreto Em “c”: o risco de contatos perigosos; = incorreto Em “d”: o abandono dos estudos regulares; = incorreto Em “e”: a falta de contato entre membros da família. = incorreto Através da fala do garoto chegamos à resposta: de- pendência tecnológica - expressa em sua fala. 6 LÍ N G UA P O RT U G U ES A de ser, então, a temática principal. Não que ela vá ser esquecida ou abafada; ela pertence ao nosso dia a dia e temos consciência disso. Porém, o sentido do discurso, a ideologia que o alimenta, precisa impregná-lo de pala- vras e conceitos que anunciem os valores humanos que decantam a paz, que lhe proclamam e promovem. A vio- lência já é bastante denunciada, e quanto mais falamos dela, mais lembramos de sua existência em nosso meio social. É hora de começarmos a convocar a presença da paz em nós, entre nós, entre nações, entre povos. Um dos primeiros passos nesse sentido refere-se à ges- tão de conflitos. Ou seja, prevenir os conflitos potencial- mente violentos e reconstruir a paz e a confiança en- tre pessoas originárias de situação de guerra é um dos exemplos mais comuns a serem considerados. Tal missão estende-se às escolas, instituições públicas e outros lo- cais de trabalho por todo o mundo, bem como aos par- lamentos e centros de comunicação e associações. Outro passo é tentar erradicar a pobreza e reduzir as de- sigualdades, lutando para atingir um desenvolvimento sustentado e o respeito pelos direitos humanos, refor- çando as instituições democráticas, promovendo a liber- dade de expressão, preservando a diversidade cultural e o ambiente. É, então, no entrelaçamento “paz — desenvolvimento — direitos humanos — democracia” que podemos vislum- brar a educação para a paz. Leila Dupret. Cultura de paz e ações sócio-educati- vas: desafios para a escola contemporânea. In: Psicol. Esc. Educ. (Impr.) v. 6, n.º 1. Campinas, jun./2002 (com adaptações). De acordo com o texto CG1A1AAA, os elementos “gestão de conflitos” e “erradicar a pobreza” devem ser concebi- dos como a) obstáculos para a construção da cultura da paz. b) dispensáveis para a construção da cultura da paz. c) irrelevantes na construção da cultura da paz. d) etapas para a construção da cultura da paz. e) consequências da construção da cultura da paz. Resposta: Letra D Em “a”: obstáculos para a construção da cultura da paz. = incorreto Em “b”: dispensáveis para a construção da cultura da paz. = incorreto Em “c”: irrelevantes na construção da cultura da paz. = incorreto Em “d”: etapas para a construção da cultura da paz. Em “e”: consequências da construção da cultura da paz. = incorreto Ao texto: Um dos primeiros passos nesse sentido refe- re-se à gestão de conflitos. (...) Outro passo é tentar er- radicar a pobreza e reduzir as desigualdades = etapas para construção da paz. “É o que precisa acontecer no rescaldo da greve dos ca- minhoneiros, concluídas as investigações, por exemplo, da ajuda ilegal de patrões ao movimento, interessados em se beneficiar do barateamento do combustível.” Se- gundo esse parágrafo do texto, o que “precisa acontecer” é a) manter-se o direito de livre expressão do pensamento. b) garantir-se o direito de reunião e de greve. c) lastrear leis e regras na Constituição. d) punirem-se os responsáveis por excessos. e) concluírem-se as investigações sobre a greve. Resposta: Letra D Em “a”: manter-se o direito de livre expressão do pensa- mento. = incorreto Em “b”: garantir-se o direito de reunião e de greve. = incorreto Em “c”: lastrear leis e regras na Constituição. = incorreto Em “d”: punirem-se os responsáveis por excessos. Em “e”: concluírem-se as investigações sobre a greve. = incorreto Ao texto: (...) há sempre o risco de excessos, a se- rem devidamente contidos e seus responsáveis, pu- nidos, conforme estabelecido na legislação. / É o que precisa acontecer... = precisa acontecer a punição dos excessos. 9. (PC-MA – DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL – CESPE-2018) Texto CG1A1AAA A paz não pode ser garantida apenas pelos acordos políticos, econômicos ou militares. Cada um de nós, in- dependentemente de idade, sexo, estrato social, crença religiosa etc. é chamado à criação de um mundo pacifica- do, um mundo sob a égide de uma cultura da paz. Mas, o que significa “cultura da paz”? Construir uma cultura da paz envolve dotar as crianças e os adultos da compreensão de princípios como liber- dade, justiça, democracia, direitos humanos, tolerância, igualdade e solidariedade. Implica uma rejeição, indivi- dual e coletiva, da violência que tem sido percebida na sociedade, em seus mais variados contextos. A cultura da paz tem de procurar soluções que advenham de dentro da(s) sociedade(s), que não sejam impostas do exterior. Cabe ressaltar que o conceito de paz pode ser abordado em sentido negativo, quando se traduz em um estado de não guerra, em ausência de conflito, em passividade e permissividade, sem dinamismo próprio; em síntese, condenada a um vazio, a uma não existência palpável, difícil de se concretizar e de se precisar. Em sua concep- ção positiva, a paz não é o contrário da guerra, mas a prática da não violência para resolver conflitos, a prática do diálogo na relação entre pessoas, a postura democrá- tica frente à vida, que pressupõe a dinâmica da coope- ração planejada e o movimento constante da instalação de justiça. Uma cultura de paz exige esforço para modificar o pen- samento e a ação das pessoas para que se promova a paz. Falar de violência e de como ela nos assola deixa 7 LÍ N G UA P O RT U G U ES A Com sua fala, a personagem revela que a) a violência era comum no passado. b) as pessoas lutam contra a violência. c) a violência está banalizada. d) o preço que pagou pela violência foi alto. Resposta: Letra C Em “a”: a violência era comum no passado. = incorreto Em “b”: as pessoas lutam contra a violência. = incorreto Em “c”: a violência está banalizada. Em “d”: o preço que pagou pela violência foi alto. = incorreto Infelizmente, a personagem revela que a violên- cia está banalizada, nem há mais “punições” para os agressivos. 12. (PM-SP - ASPIRANTE DA POLÍCIA MILITAR [INTE- RIOR] – VUNESP-2017) Leia a charge. (Pancho. www.gazetadopovo.com.br) É correto associar o humor da charge ao fato de que a) os personagens têm uma autoestima elevada e são otimistas, mesmo vivendo em uma situação de com- pleto confinamento. b) os dois personagens estão muito bem informados so- bre a economia, o que não condiz com a imagem de criminosos. c) o valor dos cosméticos afetará diretamente a vida dos personagens, pois eles demonstram preocupação com a aparência. d) o aumento dos preços de cosméticos não surpreende os personagens, que estão acostumados a pagar caro por eles nos presídios. e) os preços de cosméticos não deveriam ser relevan- tes para os personagens, dada a condição em que se encontram. Resposta: Letra E Em “a”: os personagens têm uma autoestima elevada e são otimistas, mesmo vivendo em uma situação de completo confinamento. = incorreto Em “b”: os dois personagens estão muito bem infor- mados sobre a economia, o que não condiz com a imagem de criminosos. = incorreto Em “c”: o valor dos cosméticos afetará diretamente a vida dos personagens, pois eles demonstram preocu- pação com a aparência. = incorreto 10. (TJ-AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUS- TIÇA AVALIADOR – FGV-2018) O humor da tira é conseguido através de uma quebra de expectativa, que é: a) o fato de um adulto colecionar figurinhas; b) as figurinhas serem de temas sociais e não esportivos; c) a falta de muitas figurinhas no álbum; d) a reclamação ser apresentada pelo pai e não pelo filho; e) uma criança ajudar a um adulto e não o contrário. Resposta: Letra B Em “a”: o fato de um adulto colecionar figurinhas; = incorreto Em “b”: as figurinhas serem de temas sociais e não esportivos; Em “c”: a falta de muitas figurinhas no álbum; = incorreto Em “d”: a reclamação ser apresentada pelo pai e não pelo filho; = incorreto Em “e”: uma criança ajudar a um adulto e não o con- trário. = incorreto O humor está no fato de o álbum ser sobre um tema incomum: assuntos sociais. 11. (PM-SP - SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR – VU- NESP-2015) Leia a tira. (Folha de S.Paulo, 02.10.2015. Adaptado) 8 LÍ N G UA P O RT U G U ES A INTRODUÇÃO À LITERATURA A ARTE LITERÁRIA A palavra “literatura” vem de “littera”, palabra presen- te no latim que significa “letra”. Litterator era o professor latim responsável pelo ensino das letras, isto é, pela es- crita e pela leitura. Qual é, afinal, a função da Literatura? Por que tanto se discute sobre gêneros, estruturas, ou ainda sobre a difi- culdade de se entenderem os enigmas, as ambiguidades, as metáforas da literatura. Mas é exatamente aí que reside o seu encanto: da mesma forma que um pintor faz mágica com pinceis e tintas, poetas fazem mágica com palavras, no trabalho com a palavra, com seu aspecto conotativo, com finali- dade estética e com seus enigmas. A Literatura, juntamente com a História ou demais ciências, apresenta-se como o instrumento artístico de análise de mundo e de compreensão do homem. En- quanto a história relata o que o homem fez, a literatura é uma das expressões artísticas que falam como o homem era, como ele pensava, como compreendia a si mesmo e ao mundo. A função da Literatura é “humanizadora”, isto é, ela confirma humanidade do homem, a concepção sobre si mesmo no tempo, no espaço, na sociedade. Artistas como Homero, Sófocles, Camões, Shakes- peare, Balzac, Dostoievski, Machado de Assis, Kafka, João Guimarães Rosa tornaram possível que a arte lite- rária acontecesse, pois nos forneceram os condões para a compreensão do grande mistério: a alma humana. A matéria prima é a palavra. OS GÊNEROS LITERÁRIOS Se considerarmos os primórdios literários, desde a civilização grega, há uma série de criações e caracterís- ticas da arte literária que são encontradas nos poemas e demais expressões da arte até os dias atuais. A essas características, damos o nome gêneros literários. Há vários gêneros literários e entre eles se destacam aqueles que alcançam os sentimentos do ser humano. Este é o motivo pelo qual as criações literárias sempre tra- zem à tona temas como amor, ódio, traição, sonhos, justi- ça, mesmo nas canções, sitcons (filmes, novelas e séries) e tantas representações contemporâneas. Como são senti- mentos bem expressivos da nossa própria natureza huma- na, acabam nos seduzindo e permitindo uma determinada percepção necessária para o entendimento da arte. Além disso, a dramaticidade também é uma caracte- rística bem presente na arte literária, já que o drama no caso faz parte de cada uma das criações literárias, pelo fato de que assim consegue despertar melhor o interesse dos indivíduos que o leem. Estes são os mais conhecidos: ● Gênero Lírico Este gênero consiste no texto poético, seja em versos ou não. Em “d”: o aumento dos preços de cosméticos não sur- preende os personagens, que estão acostumados a pagar caro por eles nos presídios. = incorreto Em “e”: os preços de cosméticos não deveriam ser relevantes para os personagens, dada a condição em que se encontram. Pela condição em que as personagens se encontram, o aumento no preço dos cosméticos não os afeta. 13. (TJ-AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUS- TIÇA AVALIADOR – FGV-2018) Texto 1 – Além do celular e da carteira, cuidado com as figurinhas da Copa Gilberto Porcidônio – O Globo, 12/04/2018 A febre do troca-troca de figurinhas pode estar atingindo uma temperatura muito alta. Preocupados que os mais afoitos pelos cromos possam até roubá-los, muitos jor- naleiros estão levando seus estoques para casa quando termina o expediente. Pode parecer piada, mas há até boatos sobre quadrilhas de roubo de figurinha espalha- dos por mensagens de celular. Sobre a estrutura do título dado ao texto 1, a afirmativa adequada é: a) as figurinhas da Copa passaram a ocupar o lugar do celular e da carteira nos roubos urbanos; b) as figurinhas da Copa se somaram ao celular e à cartei- ra como alvo de desejo dos assaltantes; c) o alerta dado no título se dirige aos jornaleiros que vendem as figurinhas da Copa; d) os ladrões passaram a roubar as figurinhas da Copa nas bancas de jornais; e) as figurinhas da Copa se transformaram no alvo prin- cipal dos ladrões. Resposta: Letra B Em “a”: as figurinhas da Copa passaram a ocupar o lugar do celular e da carteira nos roubos urbanos; = incorreto Em “b”: as figurinhas da Copa se somaram ao celular e à carteira como alvo de desejo dos assaltantes; Em “c”: o alerta dado no título se dirige aos jornaleiros que vendem as figurinhas da Copa; = incorreto Em “d”: os ladrões passaram a roubar as figurinhas da Copa nas bancas de jornais; = incorreto Em “e”: as figurinhas da Copa se transformaram no alvo principal dos ladrões. = incorreto O título do texto já nos dá a resposta: além do celular e da carteira, ou seja, as figurinhas da Copa também passaram a ser alvo dos assaltantes. 9 LÍ N G UA P O RT U G U ES A encerramento da narrativa. O tempo verbal foca-se no passado. Há constantes referências à mitologia greco-ro- mana e ao sobrenatural. Exemplos de epopeias “Ilíada” e “Odisseia”, de Homero “Eneida”, de Virgílio “A Divina Comédia”, de Dante Alighieri “Os Lusíadas”, de Luís de Camões. ● Gênero Dramático São os textos literários feitos com o intuito de serem encenados ou dramatizados. Na Grécia antiga, os princi- pais autores de tragédias e comédias foram Sófocles (496- 406 a.C.), Eurípedes (480-406 a.C.) e Ésquilo (524-456 a.C.). Desde a Antiguidade, esses textos teatrais eram en- cenados essencialmente como culto aos deuses, os quais eram representados nas festas religiosas. A encenação dos textos de gênero dramático tinha o objetivo de despertar emoções na plateia, fenômeno chamado de “catarse”. Características O texto é focado em diálogos e monólogos, sem de- talhar a encenação cênica (linguagem gestual e sonoplas- tia). O discurso é predominantemente em segunda pessoa (tu, vós). São constituídos de personagens (protagonistas, secundárias ou figurantes), são compostos pelo espaço cênico (palco teatral e cenários) e o tempo. De maneira geral, possuem uma estrutura interna que consiste em apresentação (dos personagens e da ação a ser desen- volvida, conflito (momento em que surge as peripécias da ação dramática) e desenlace (momento de conclusão, encerramento ou desfecho da ação dramática). Exemplos de Textos Dramáticos Tragédia: acontecimentos trágicos, temas derivados das paixões humanas do qual fazem parte personagens nobres e heroicas, sejam deuses ou semideuses. Os finais são sempre nefastos. Como exemplo, podemos citar “Édi- po Rei”, de Sófocles; “Romeu e Julieta”, de Shakespeare. Comédia: textos humorísticos de caráter crítico, irô- nico, jocoso e satírico, podendo ser até mesmo obsceno, cuja temática são ações cotidianas das quais fazem parte personagens humanos e estereotipados, geralmente o povo e a nobreza. O objetivo era fazer sátiras políticas, crí- ticas sociais, fazer paródias com o intuito de causar o riso. Tragicomédia: textos que trazem a junção de ele- mentos trágicos e cômicos na representação teatral. Farsa: surgida por volta do século XIV, a farsa carac- teriza-se pela crítica social. É um texto curto, formado por diálogos simples e representado por personagens cari- caturais em ações corriqueiras, cômicas, burlescas. Como exemplo famoso na língua portuguesa, podemos citar “A farsa de Inês Pereira”, de Gil Vicente. Auto: surgido na Idade Média, os autos são textos curtos, de linguagem simples, com elementos cômicos e intenção moralizadora. Suas personagens simbolizam as virtudes, os pecados, ou representam anjos, demônios e santos. Um dos autos mais famosos na língua portugue- sa é o “Monólogo do Vaqueiro ou Auto da Visitação”, de Gil Vicente. Modernamente, encontramos textos notáveis que revelam certa influência medieval, como é o caso do “Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna. Características Subjetividade com que, por meio da poesia, o au- tor revela seu “eu-lírico”, extravasando emoções e senti- mentos pela expressão verbal rítmica e melodiosa. Desde os tempos da Antiguidade, este gênero é cultuado pelo canto e pelo som da lira – instrumento de cordas, forma pela qual as composições poéticas eram apresentadas. A musicalidade era concebida como fonte inspiradora e criativa de todo o sentimentalismo em ascendência. Observe neste poema as características do gênero lírico, o espírito subjetivo, que aparece embalado por emoções e sentimentos. Eu cantarei de amor tão docemente, Por uns termos em si tão concertados, Que dois mil acidentes namorados Faça sentir ao peito que não sente. Farei que amor a todos avivente, Pintando mil segredos delicados, Brandas iras, suspiros magoados, Temerosa ousadia e pena ausente. Também, Senhora, do desprezo honesto De vossa vista branda e rigorosa, Contentar-me-ei dizendo a menor parte. Porém, pera cantar de vosso gesto A composição alta e milagrosa Aqui falta saber, engenho e arte. Luís de Camões FIQUE ATENTO! Para a compreensão dos gêneros literários, precisamos saber que o lirismo, a subjetivi- dade, não são exclusividade do gênero líri- co, podendo aparecer nos demais. Também é preciso saber separar a participação do “eu-lírico”, ou seja, a própria voz que fala no poema do artista (o poeta). ● Gênero Épico Do grego, “epikós” este gênero consiste na narrati- va de acontecimentos grandiosos (seja fatos históricos reais, lendários ou mitológicos), vinculados à figura de um herói, podendo ser ele um semideus, ou alguém do- tado de atributos superiores, como bondade, coragem, realeza. Trata-se de uma das mais antigas manifestações literárias, sendo Homero o principal representante, e eram retratados necessariamente em versos. Características O texto narrativo, geralmente em versos, com come- ço, meio e fim, organizados em proposição (introdução da obra, onde se apresentam o herói da trama, bem com o assunto que será abordado); invocação (para que as di- vindades auxiliem o herói da epopeia ou o poeta a escre- vê-la; dedicatória; Narração (parte mais longa do texto em que são relatadas todos os feitos do herói) e epílogo: 10 LÍ N G UA P O RT U G U ES A Guerreiros, ouvi: Sou filho das selvas, Nas selvas cresci; Guerreiros, descendo Da tribo tupi. Da tribo pujante, Que agora anda errante Por fado inconstante, Guerreiros, nasci; Sou bravo, sou forte, Sou filho do Norte; Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi.” a) Possui características do gênero lírico e do épico. b) Possui características do gênero épico e dramático. c) Possui características do gênero lírico e do dramático d) Possui características apenas do épico. Resposta: Letra A. Embora seja um poema narrativo, com uma musicalidade que alterna versos contos e rimas que ajudam a dar o ritmo da aventura de um herói, o lirismo também é um ponto forte no poema. 3. (ENEM – 2009) Confidência do Itabirano Alguns anos vivi em Itabira. Principalmente nasci em Itabira. Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro. Noventa por cento de ferro nas calçadas. Oitenta por cento de ferro nas almas. E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação. A vontade de amar, que me paralisa o trabalho, vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes. E o hábito de sofrer, que tanto me diverte, é doce herança itabirana. De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço: esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil, este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval; este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas; este orgulho, esta cabeça baixa… Tive ouro, tive gado, tive fazendas. Hoje sou funcionário público. Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói! ANDRADE, C. D. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003. Carlos Drummond de Andrade é um dos expoentes do movimento modernista brasileiro. Com seus poemas, pe- netrou fundo na alma do Brasil e trabalhou poeticamente as inquietudes e os dilemas humanos. Sua poesia é fei- ta de uma relação tensa entre o universal e o particular, como se percebe claramente na construção do poema Confidência do Itabirano. Tendo em vista os procedimen- tos de construção do texto literário e as concepções ar- tísticas modernistas, conclui-se que o poema acima: a) representa a fase heroica do modernismo, devido ao EXERCÍCIOS COMENTADOS 1. (ENEM – 2009) Gênero dramático é aquele em que o artista usa como intermediária entre si e o público a representação. A palavra vem do grego drao (fazer) e quer dizer ação. A peça teatral é, pois, uma composição literária destinada à apresentação por atores em um palco, atuando e dia- logando entre si. O texto dramático é complementado pela atuação dos atores no espetáculo teatral e possui uma estrutura específica, caracterizada: 1) pela presen- ça de personagens que devem estar ligados com lógica uns aos outros e à ação; 2) pela ação dramática (trama, enredo), que é o conjunto de atos dramáticos, maneiras de ser e de agir das personagens encadeadas à unidade do efeito e segundo uma ordem composta de exposição, conflito, complicação, clímax e desfecho; 3) pela situação ou ambiente, que é o conjunto de circunstâncias físicas, sociais, espirituais em que se situa a ação; 4) pelo tema, ou seja, a ideia que o autor (dramaturgo) deseja expor, ou sua interpretação real por meio da representação. COUTINHO, A. Notas de teoria literária. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1973 (adaptado). Considerando o texto e analisando os elementos que constituem um espetáculo teatral, conclui-se que: a) a criação do espetáculo teatral apresenta-se como um fenômeno de ordem individual, pois não é possível sua concepção de forma coletiva. b) o cenário onde se desenrola a ação cênica é concebi- do e construído pelo cenógrafo de modo autônomo e independente do tema da peça e do trabalho inter- pretativo dos atores. c) o texto cênico pode originar-se dos mais variados gê- neros textuais, como contos, lendas, romances, poe- sias, crônicas, notícias, imagens e fragmentos textuais, entre outros. d) o corpo do ator na cena tem pouca importância na comunicação teatral, visto que o mais importante é a expressão verbal, base da comunicação cênica em toda a trajetória do teatro até os dias atuais. e) a iluminação e o som de um espetáculo cênico inde- pendem do processo de produção/recepção do espe- táculo teatral, já que se trata de linguagens artísticas diferentes, agregadas posteriormente à cena teatral. Resposta: C. A criação de um espetáculo acontece de forma coletiva, em cenário que corresponda ao tema da peça e ao trabalho interpretativo dos atores, que assumem a importância central da peça, seguidos dos efeitos de luz e som. Essa afirmação invalida as alter- nativas a, b, d e e. Além disso, há vários textos cênicos que se originaram de contos, lendas, romances, poe- sias e crônicas, entre outros. 2. (ENEM – 2009) Assinale a alternativa que que melhor descreve este trecho de Juca Pirama, de Gonçalves Dias. “IV Meu canto de morte, 11 LÍ N G UA P O RT U G U ES A tom contestatório e à utilização de expressões e usos linguísticos típicos da oralidade. b) apresenta uma característica importante do gênero lírico, que é a apresentação objetiva de fatos e dados históricos. c) evidencia uma tensão histórica entre o “eu” e a sua comunidade, por intermédio de imagens que representam a forma como a sociedade e o mundo colaboram para a constituição do indivíduo. d) critica, por meio de um discurso irônico, a posição de inutilidade do poeta e da poesia em comparação com as pren- das resgatadas de Itabira. e) apresenta influências românticas, uma vez que trata da individualidade, da saudade da infância e do amor pela terra natal, por meio de recursos retóricos pomposos. Resposta: Letra C. O gênero lírico é caracterizado pela subjetividade, pela emoção e pelo sentimento ao qual o eu-lírico, cujas experiências em Itabira o fizeram triste, orgulhoso e habituado ao sofrimento e à dor, dá a voz. 3. (ENEM – 2009) Texto 1 No meio do caminho No meio do caminho tinha uma pedra Tinha uma pedra no meio do caminho Tinha uma pedra No meio do caminho tinha uma pedra […] (ANDRADE, C. D. Antologia poética. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2000. (fragmento). Texto II A comparação entre os recursos expressivos que constituem os dois textos revela que: a) o texto 1 perde suas características de gênero poético ao ser vulgarizado por histórias em quadrinho. b) o texto 2 pertence ao gênero literário, porque as escolhas linguísticas o tornam uma réplica do texto 1. c) a escolha do tema, desenvolvido por frases semelhantes, caracteriza-os como pertencentes ao mesmo gênero. d) os textos são de gêneros diferentes porque, apesar da intertextualidade, foram elaborados com finalidades distintas. e) as linguagens que constroem significados nos dois textos permitem classificá-los como pertencentes ao mesmo gênero. 12 LÍ N G UA P O RT U G U ES A ● O Parnasianismo no Brasil ● O Simbolismo em Portugal (1890-1915) ● O Simbolismo no Brasil (1893-1902) ● Modernismo em Portugal - 1ª fase (Orphismo) ● Modernismo em Portugal - 2ª fase (Presencismo) ● Modernismo no Brasil - 1ª Fase - Semana de Arte Moderna ● Modernismo no Brasil - 2ª Fase (1930-1945) ● Pós-Modernismo em Portugal: (Neo-realismo e ten- dências contemporâneas) ● Pós-Modernismo no Brasil - Geração de 45 LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL O que é linguagem? É o uso da língua como forma de expressão e comunicação entre as pessoas. A linguagem não é somente um conjunto de palavras faladas ou es- critas, mas também de gestos e imagens. Afinal, não nos comunicamos apenas pela fala ou escrita, não é verdade? Então, a linguagem pode ser verbalizada, e daí vem a analogia ao verbo. Você já tentou se pronunciar sem utilizar o verbo? Se não, tente, e verá que é impossível se ter algo fundamentado e coerente! Assim, a linguagem verbal é a que utiliza palavras quando se fala ou quando se escreve. A linguagem pode ser não verbal, ao contrário da ver- bal, não utiliza vocábulo, palavras para se comunicar. O objetivo, neste caso, não é de expor verbalmente o que se quer dizer ou o que se está pensando, mas se utilizar de outros meios comunicativos, como: placas, figuras, gestos, objetos, cores, ou seja, dos signos visuais. Vejamos: um texto narrativo, uma carta, o diálogo, uma entrevista, uma reportagem no jornal escrito ou tele- visionado, um bilhete? = Linguagem verbal! Agora: o semáforo, o apito do juiz numa partida de futebol, o cartão vermelho, o cartão amarelo, uma dança, o aviso de “não fume” ou de “silêncio”, o bocejo, a identi- ficação de “feminino” e “masculino” através de figuras na porta do banheiro, as placas de trânsito? = Linguagem não verbal! A linguagem pode ser ainda verbal e não verbal ao mesmo tempo, como nos casos das charges, cartoons e anúncios publicitários. Alguns exemplos: Cartão vermelho – denúncia de falta grave no futebol. Placas de trânsito. Imagem indicativa de “silêncio”. Semáforo com sinal amarelo advertindo “atenção”. SITE Disponível em: <http://www.brasilescola.com/reda- cao/linguagem.htm> Resposta: Letra D. Os textos são de gêneros diferen- tes, sendo o primeiro é um poema com o intuito de despertar emoção ao leitor, o sentimento de incô- modo causado pela “pedra” no caminho. O segun- do texto, uma tirinha, apesar da intertextualidade, foi elaborado com a finalidade de divertir o leitor sobre a hipótese de que a cortina gerar o mesmo incômodo para o personagem. A EVOLUÇÃO DA ARTE LITERÁRIA, EM PORTUGAL E NO BRASIL Antes de mais nada, importante salientar que toda a produção literária no Ocidente foi dividida didaticamente em “Eras ou Épocas”, as quais compreenderemos melhor mais adiante. A Literatura Portuguesa, obviamente, foi a primeira e maior influência da Literatura Brasileira. Considerando que a maioria dos movimentos literários surgiram na Eu- ropa, sobretudo, França, sabemos que a Literatura Portu- guesa se alimentou de fontes principalmente francesas e inglesas o que, de certa forma, caracteriza-se a Literatura Brasileira também, especialmente até o Realismo. Afinal, até o período que chamamos de Realismo, a maioria dos escritores renomados da literatura brasileira nasceram, cresceram ou estudaram na Europa. Na Literatura de Portugal, as Eras são classificadas em: Medieval, Clássica e Moderna, sendo que dentro de cada uma há um conjunto de movimentos literários. Portanto, os movimentos literários do Trovadorismo (1189) e do Humanismo (1418) estão agrupados na Era Medieval. Na Era Clássica deparamos com o Classicismo (1527), Barroco (1580) e o Arcadismo (1756). Por fim, na Era Moderna, também denominada Era Romântica, estão os movimentos: Romantismo (1825), Realismo-Naturalismo (1865), Simbolismo (1890) e Mo- dernismo (1915). No entanto, de forma geral, os movimentos literários no Brasil sempre afloraram com uma ou duas décadas de defasagem em relação a Portugal, como você pode conferir nesta linha do tempo: ● Trovadorismo (Portugal:1189/1198-1418) ● Humanismo (Portugal:1418-1527) ● Classicismo (Portugal:1527-1580) ● Literatura de Informação sobre o Brasil e Literatura dos Jesuítas (Brasil:1500 1601) ● Barroco em Portugal (1580-1756) ● Barroco no Brasil (1601-1768) ● Arcadismo em Portugal (1756-1825) ● Arcadismo no Brasil (1768-1836) ● O Romantismo em Portugal (1825-1865) ● O Romantismo no Brasil (1836-1881) ● O Realismo Naturalismo em Portugal (1865-1890) ● O Realismo Naturalismo no Brasil (1881-1893) 13 LÍ N G UA P O RT U G U ES A letras: t ó x i c o 1 2 3 4 5 6 Galho: fonemas: /g/a/lh/o/ 1 2 3 4 letras: g a l h o 1 2 3 4 5 As letras “m” e “n”, em determinadas palavras, não representam fonemas. Observe os exemplos: compra, conta. Nestas palavras, “m” e “n” indicam a nasalização das vogais que as antecedem: /õ/. Veja ainda: nave: o /n/ é um fonema; dança: o “n” não é um fonema; o fonema é /ã/, representado na escrita pelas letras “a” e “n”. A letra h, ao iniciar uma palavra, não representa fonema. Hoje: fonemas: ho / j / e / 1 2 3 letras: h o j e 1 2 3 4 Classificação dos Fonemas Os fonemas da língua portuguesa são classificados em: Vogais As vogais são os fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que passa livremente pela boca. Em nossa língua, desempenham o papel de núcleo das síla- bas. Isso significa que em toda sílaba há, necessariamen- te, uma única vogal. Na produção de vogais, a boca fica aberta ou entrea- berta. As vogais podem ser: Orais: quando o ar sai apenas pela boca: /a/, /e/, /i/, /o/, /u/. Nasais: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais. /ã/: fã, canto, tampa / ẽ /: dente, tempero / ĩ/: lindo, mim /õ/: bonde, tombo / ũ /: nunca, algum Átonas: pronunciadas com menor intensidade: até, bola. Tônicas: pronunciadas com maior intensidade: até, bola. Quanto ao timbre, as vogais podem ser: Abertas: pé, lata, pó Fechadas: mês, luta, amor Reduzidas - Aparecem quase sempre no final das pa- lavras: dedo (“dedu”), ave (“avi”), gente (“genti”). FONOLOGIA: FONEMAS, ENCONTROS CON- SONANTAIS E VOCÁLICOS, DÍGRAFOS LETRA E FONEMA A palavra fonologia é formada pelos elementos gre- gos fono (“som, voz”) e log, logia (“estudo”, “conhecimen- to”). Significa literalmente “estudo dos sons” ou “estudo dos sons da voz”. Fonologia é a parte da gramática que estuda os sons da língua quanto à sua função no sistema de comunicação linguística, quanto à sua organização e classificação. Cuida, também, de aspectos relacionados à divisão silábica, à ortografia, à acentuação, bem como da forma correta de pronunciar certas palavras. Lembrando que, cada indivíduo tem uma maneira própria de realizar estes sons no ato da fala. Particularidades na pronúncia de cada falante são estudadas pela Fonética. Na língua falada, as palavras se constituem de fo- nemas; na língua escrita, as palavras são reproduzidas por meio de símbolos gráficos, chamados de letras ou grafemas. Dá-se o nome de fonema ao menor elemen- to sonoro capaz de estabelecer uma distinção de signi- ficado entre as palavras. Observe, nos exemplos a seguir, os fonemas que marcam a distinção entre os pares de palavras: amor – ator / morro – corro / vento - cento Cada segmento sonoro se refere a um dado da língua portuguesa que está em sua memória: a imagem acústica que você - como falante de português - guarda de cada um deles. É essa imagem acústica que constitui o fone- ma. Este forma os significantes dos signos linguísticos. Geralmente, aparece representado entre barras: /m/, /b/, /a/, /v/, etc. O fonema não deve ser confundido com a letra. Esta é a representação gráfica do fonema. Na palavra sapo, por exemplo, a letra “s” representa o fonema /s/ (lê-se sê); já na palavra brasa, a letra “s” representa o fonema /z/ (lê-se zê). Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do fonema /z/, que pode ser representado pelas letras z, s, x: zebra, casamento, exílio. Em alguns casos, a mesma letra pode represen- tar mais de um fonema. A letra “x”, por exemplo, pode representar: A) o fonema /sê/: texto B) o fonema /zê/: exibir C) o fonema /che/: enxame D) o grupo de sons /ks/: táxi O número de letras nem sempre coincide com o nú- mero de fonemas. Tóxico: fonemas: /t/ó/k/s/i/c/o/ 1 2 3 4 5 6 7 14 LÍ N G UA P O RT U G U ES A Há ainda grupos consonantais que surgem no início dos vocábulos; são, por isso, inseparáveis: pneu, gno-mo, psi-có-lo-go. Dígrafos De maneira geral, cada fonema é representado, na es- crita, por apenas uma letra: lixo - Possui quatro fonemas e quatro letras. Há, no entanto, fonemas que são representados, na escrita, por duas letras: bicho - Possui quatro fonemas e cinco letras. Na palavra acima, para representar o fonema /xe/ fo- ram utilizadas duas letras: o “c” e o “h”. Assim, o dígrafo ocorre quando duas letras são usadas para representar um único fonema (di = dois + grafo = letra). Em nossa língua, há um número razoável de dígra- fos que convém conhecer. Podemos agrupá-los em dois tipos: consonantais e vocálicos. A) Dígrafos Consonantais Letras Fonemas Exemplos lh /lhe/ telhado nh /nhe/ marinheiro ch /xe/ chave rr /re/ (no interior da palavra) carro ss /se/ (no interior da palavra) passo qu /k/ (qu seguido de e e i) queijo, quiabo gu /g/ ( gu seguido de e e i) guerra, guia sc /se/ crescer sç /se/ desço xc /se/ exceção B) Dígrafos Vocálicos Registram-se na representação das vogais nasais: Fonemas Letras Exemplos /ã/ am tampa an canto /ẽ/ em templo en lenda /ĩ/ im limpo in lindo õ/ om tombo on tonto /ũ/ um chumbo un corcunda Observação: “gu” e “qu” são dígrafos somente quando seguidos de “e” ou “i”, representam os fonemas /g/ e /k/: guitarra, aquilo. Nestes casos, a letra “u” não corresponde a ne- nhum fonema. Em algumas palavras, no entanto, o “u” representa um fonema - semivogal ou vogal - (aguentar, Semivogais Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais. Aparecem apoiados em uma vogal, formando com ela uma só emissão de voz (uma sílaba). Neste caso, estes fonemas são chamados de semivogais. A diferença fun- damental entre vogais e semivogais está no fato de que estas não desempenham o papel de núcleo silábico. Observe a palavra papai. Ela é formada de duas síla- bas: pa - pai. Na última sílaba, o fonema vocálico que se destaca é o “a”. Ele é a vogal. O outro fonema vocálico “i” não é tão forte quanto ele. É a semivogal. Outros exem- plos: saudade, história, série. Consoantes Para a produção das consoantes, a corrente de ar ex- pirada pelos pulmões encontra obstáculos ao passar pela cavidade bucal, fazendo com que as consoantes sejam verdadeiros “ruídos”, incapazes de atuar como núcleos silábicos. Seu nome provém justamente desse fato, pois, em português, sempre consoam (“soam com”) as vogais. Exemplos: /b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/, etc. Encontros Vocálicos Os encontros vocálicos são agrupamentos de vogais e semivogais, sem consoantes intermediárias. É importan- te reconhecê-los para dividir corretamente os vocábulos em sílabas. Existem três tipos de encontros: o ditongo, o tritongo e o hiato. A) Ditongo É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice- -versa) numa mesma sílaba. Pode ser: Crescente: quando a semivogal vem antes da vogal: sé-rie (i = semivogal, e = vogal) Decrescente: quando a vogal vem antes da semivo- gal: pai (a = vogal, i = semivogal) Oral: quando o ar sai apenas pela boca: pai Nasal: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais: mãe B) Tritongo É a sequência formada por uma semivogal, uma vogal e uma semivogal, sempre nesta ordem, numa só sílaba. Pode ser oral ou nasal: Paraguai - Tritongo oral, quão - Tritongo nasal. C) Hiato É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca há mais de uma vogal numa mesma sílaba: saída (sa-í- -da), poesia (po-e-si-a). Encontros Consonantais O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vo- gal intermediária, recebe o nome de encontro consonan- tal. Existem basicamente dois tipos: A) os que resultam do contato consoante + “l” ou “r” e ocorrem numa mesma sílaba, como em: pe-dra, pla-no, a-tle-ta, cri-se. B) os que resultam do contato de duas consoantes pertencentes a sílabas diferentes: por-ta, rit-mo, lis-ta. 15 LÍ N G UA P O RT U G U ES A - Separam-se os encontros consonantais das sílabas internas, excetuando-se aqueles em que a segunda con- soante é l ou r. Exemplos: ap-to, bis-ne-to, con-vic-ção, a-brir, a-pli-car. Acento Tônico Na emissão de uma palavra de duas ou mais sílabas, percebe-se que há uma sílaba de maior intensidade so- nora do que as demais. calor - a sílaba lor é a de maior intensidade. faceiro - a sílaba cei é a de maior intensidade. sólido - a sílaba só é a de maior intensidade. Obs.: a presença da sílaba de maior intensidade nas palavras, em meio à sílabas de menor intensidade, é um dos elementos que dão melodia à frase. Classificação da sílaba quanto a intensidade -Tônica: é a sílaba pronunciada com maior intensidade. - Átona: é a sílaba pronunciada com menor intensidade. - Subtônica: é a sílaba de intensidade intermediária. Ocorre, principalmente, nas palavras derivadas, corres- pondendo à tônica da palavra primitiva. Classificação das palavras quanto à posição da sí- laba tônica De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocá- bulos da língua portuguesa que contêm duas ou mais sílabas são classificados em: - Oxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a última. Exemplos: avó, urubu, parabéns - Paroxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a pe- núltima. Exemplos: dócil, suavemente, banana - Proparoxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a antepenúltima. Exemplos: máximo, parábola, íntimo Saiba que: - São palavras oxítonas, entre outras: cateter, mister, Nobel, novel, ruim, sutil, transistor, ureter. - São palavras paroxítonas, entre outras: avaro, azia- go, boêmia, caracteres, cartomancia, celtibero, circuito, decano, filantropo, fluido, fortuito, gratuito, Hungria, ibe- ro, impudico, inaudito, intuito, maquinaria, meteorito, mi- santropo, necropsia (alguns dicionários admitem também necrópsia), Normandia, pegada, policromo, pudico, quiro- mancia, rubrica, subido(a). - São palavras proparoxítonas, entre outras: aeróli- to, bávaro, bímano, crisântemo, ímprobo, ínterim, lêvedo, ômega, pântano, trânsfuga. - As seguintes palavras, entre outras, admitem du- pla tonicidade: acróbata/acrobata, hieróglifo/hieroglifo, Oceânia/Oceania, ortoépia/ortoepia, projétil/projetil, rép-
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