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Imunologia da Sepse

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Medicina Vitória Araújo 
Imunologia da Sepse 
 
É uma disfunção dos órgãos potencialmente fatal 
causada pela desregulação da resposta do hospedeiro á 
infecções. 
SOFA > 2 pontos - sepse 
A rapidez no diagnóstico passou a ser uma prioridade. 
O choque séptico é clinicamente caracterizado como 
uma hipotensão persistente que precisa de 
vasopressores para manter a média arterial acima de 65 
e com concentração de lactato no sangue acima de 2 
mml/mol. 
 
SOFA 
→ É avaliado gases respiratórios, escala de coma de 
Glasgow, hipotensão (ou necessidade de uso de 
vasopressores), bilirrubinas (fator relacionado ao 
fígado), plaquetas e creatinina (Oligúria- rins). 
→ Se a pontuação ultrapassar 2 pontos é considerado 
sepse devendo imediatamente seguir o protocolo. 
→ Porém em uma situação clínica nem todos os 
exames são dados imediatamente (resultado), dessa 
forma, dificultando a rapidez para o tratamento. 
→ Por isso, foi criado o Quick SOFA, para melhorar a 
rapidez do diagnóstico (avalia os 3 pontos que não 
necessitam de exames laboratoriais). 
 
 
 
Se der maior que 2, pede os outros exames 
laboratoriais e ao confirmar sepse avalia a necessidade 
de vasopressores e lactato, se sim choque séptico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imunopatologia 
Na sepse ocorre uma excessiva inflamação e uma 
imunossupressão. 
➢Excessiva inflamação- 
Liberação de mediadores pro inflamatórios 
Injúria celulares (elas liberam DAMPs- alimentam 
inflamação). 
Aumento de coagulação (pode levar a uma trombose 
microvascular). 
Super ativação de plaquetas (pode diminui elas no 
sangue e causar também trombose). 
Super ativação do sistema complemento. 
Toda a inflamação excessiva causa a imunossupressão, 
exaustão das células 
➢Imunossupressão- 
Aumento da apoptose (TCD4 e TCD8) 
Exaustão 
Ativação de TH2- que é resposta anti-inflamatória. 
Neutrófilos- 
Menos apoptose 
Aumento de células imaturas, por isso não tendo uma 
resposta muito eficaz pela sua imaturidade. 
Ocorre apoptose de célula B- diminui produção de 
anticorpos. 
Aumento das celular T REG 
 
Com tudo isso, desregulação do sistema imune, ocorre 
disfunção dos órgãos. 
 
 
 
Quando o patógeno invade o corpo, ele libera PAMPs 
(mediadores que causam inflamação) que são 
reconhecidos pelas células do sistema imune inato que 
liberam citocinas iniciando a inflamação. 
A presença das citocinas aumento a adesão de células, 
aumentando a migração de leucócitos para o local 
infectado. 
Os neutrófilos liberam NET ( que são redes de estonas 
e DNA, para capturar algo) que acabam causando 
danos teciduais. No meio do processo também liberam 
DAMPs. 
Essa rede pode acabar abrangendo células do próprio 
corpo se torno então suicidas, aumentam as injúrias 
celulares. 
Com presença dos DAMPs, ocorre aumento da 
inflamação. 
Vasodilatação - edema 
Neural- dor 
Medicina Vitória Araújo 
Calor- atividade celular 
Rubor- extravasamento de líquido 
 
• Oxigênio do interstício é capturado 
pela célula e utilizado no ciclo de Krebs, degradando a 
lactato desidrogenase que gera APT, energia para 
célula. Mas com a inflamação excessiva, ocorre o 
aumento de permeabilidade gerando edema de tecido 
diminuindo o oxigênio do interstício e diminuindo a 
captura do mesmo para as células usarem no ciclo de 
Krebs, por fim, gerando diminuição de ATP e aumento 
de lactato pois não está sendo degradado. A célula 
entra em estado de hipóxia pela falta de O2. 
 
↑ lactato no sangue = choque séptico 
 
Com o aumento de vasopressão, leva a hipotensão, 
porque ocorre uma alteração no fluxo do vaso. 
Com a formação do trombo ocorre a diminuição das 
plaquetas. 
Com o número de plaquetas baixo, não ocorre o 
bloqueio do extravasamento de liquido para o 
interstício. 
PUMPs e DAMPs (mediadores inflamatórios) que 
aumentam a inflamação. 
 
Exames necessário além dos exames do SOFA 
 - hemograma 
 - proteína C reativa 
 - culturas ( colher pelo menos 2 hemoculturas antes do 
início de antibioticoterapia, mas caso a coleta possa 
atrasar o antibiótico, dar preferência a medicação). 
 
Pacote de 1 hora: 
➢ Medir lactato, devendo ser realizada nova coleta se 
o nível estiver alterado, dentro das próximas 2 - 4 
horas. 
➢ Coleta de hemocultura antes do início do 
antibiótico. 
➢ Terapia empírica com um antibiótico de amplo 
espectro com um ou mais antimicrobianos 
intravenosos para cobrir todos os patógenos possíveis. 
Depois do resultado da hemocultura, ajustar o 
antibiótico para qual o melhor. 
➢Reposição volêmica 
➢Reavaliação constante 
➢ Dar vasopressores para pacientes com hipotensão > 
65 mm/Hg (choque séptico). 
 
Todo microrganismo que entra no corpo, é um risco 
para sepse, mas nem sempre vai ter essa inflamação 
exacerbada. 
Existem grupos de riscos que possui mais 
probabilidades de ter sepse, como: 
• Pessoas sem baço 
• Crianças pequenas (< 1 ano) 
• Idosos ( + 60 anos) 
• Pessoas imunodeficientes. 
• Pessoas com diabetes ou AIDS. 
 
Prevenção: 
Prevenir a infecção, e é feito pela higiene básica, 
saneamento básico e vacinação. 
 
Sensação de confusão e fala arrastada 
Extremos tremores, dor muscular, febre 
Passar o dia sem urinar ou falta de ar 
Sentimento de morte iminente 
Equimoses, machas escuras ou pele pálida

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