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Imunologia da febre

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Medicina Vitória Araújo 
 
 
 
→ A febre é um importante marcador de infeção; 
→ 1 a 4 ºC de aumento de temperatura já foi associado 
a resolução de muitas infecções; 
→ Pode ocorrer pela ação do sistema imunológico ou 
toxinas bacterianas. 
→ Normalmente, durante o dia, o próprio corpo varia 
 sua temperatura conforme sua necessidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
De maneira geral: 
microrganismo entra no corpo, ativa células 
de defesa do corpo (leucócitos) que 
produzem citocinas (pirogênicas) - principal 
citocina liberada IL-6 - que estimulam o 
hipotálamo para produzir prostaglandina 2 
(PGE2), gerando o aumento da temperatura 
nos órgãos. A temperatura aumentada 
realiza o feedback de volta para os 
leucócitos. 
 
 
 
 
 
Quadro verde: 
Um patógeno invade o corpo e possui LPS em sua 
composição, que foi reconhecida pelas células do tecido 
(célula dendrítica e macrófago) através do receptor TOLL 4 
que libera citocinas IL-1, IL-6 e TNF alfa, tendo efeito no 
hipotálamo. 
Citocinas locais: dor, calor, rubor e edema local 
Citocinas sistêmicas: dor, calor, rubor e edema sistêmico. 
 
Barreira hematoencefálica:Existem vários fatores que 
estimulam a produção da prostaglandina no neurônio. 
 
 
 
Macrófago (lá no tecido) já produz um pouco de 
prostaglandina 2 ao liberar junto com as outras citocinas. 
Quando chega na barreira, entra diretamente e se liga ao 
receptor EP3 (receptor de prostaglandina) e estimula sua 
produção. 
Primeiramente os neurônio centrais são estimulados para 
depois estimular os periféricos. 
As citocinas produzidas pelos macrófagos se ligam em 
receptores na barreira hematoencefálica, que ativa a 
produção da COX2. Existe também uma produção local de 
IL-6 (células do cérebro realizam essa produção), que 
também ajuda na produção da COX2 que irá clivar a 
prostaglandina 2, ativando o EP3. 
 
Quadro azul: 
Com estímulo do receptor EP3 ocorrerá uma resposta na 
periferia com liberação de: 
Noradrenalina- ativa tecido marrom, vasoconstrição 
ajudando na diminuição da perda de calor 
Acetilcolina- ativação nos músculos gerando troca de 
energia armazenada para térmica (contração). 
 
→ o aumento da temperatura causa um efeito nas células. 
Ele melhora basicamente todos os pontos da resposta imune. 
 
→ Causas do aumento da temperatura: 
 Aumento da liberação e formação de células do sistema 
imune (medula óssea). 
 Medula óssea recebe mais sinais para diferenciar 
neutrófilos, aumentando os neutrófilos no sangue. 
 Aumenta a infiltração (ida para os lugares) de neutrófilos 
para o local de infecção. 
 Aumento da expressão de receptores de superfície no corpo 
inteiro. 
 Local da infecção: melhora resposta (↑ atividade 
microbicida) da célula contra o patógeno. 
Maior morte de patógenos pelo aumento dos reativos de 
oxigênio (peróxido de hidrogênio) presentes dentro do 
neutrófilo e macrófago capaz de lisar a membrana do 
patógeno. Com o aumento da temperatura ocorre aumento 
das vesículas de peróxido de hidrogênio. 
 → maior velocidade da migração dos neutrófilos para os 
linfonodos. ↑ drenagem dos vasos linfáticos (receptores 
CCR7). 
 Aumento da apresentação de antígenos no linfonodo (MHC 
de classe I e II), consequentemente melhora a resposta de 
célula T. 
→ aumento dos receptores de superfície- que fazem 
reconhecimento de patógenos dos macrófagos, levando 
assim ao aumento da fagocitose. 
→ Aumento da atividade microbicida do macrófago 
também, levando a uma maior morte de patógenos. 
→ Aumento de expressão de proteínas de choque térmico, 
elas são sinalizadoras de perigo (dano de calor). São 
liberadas tanto por células infectadas quanto por células do 
sistema imune para fazerem DUMPS, sinalizadores de 
perigo, que estimulam a inflamação. 
 
Melhora também das células T naive, que saem do timo e 
vão para os órgãos linfóides. 
 
Obs: células T naive, são células que nunca foram 
apresentados a um antígeno, que quando saem do timocito 
Imunologia da Febre Imunologia da Febre 
A febre ocorre quando as citocinas liberadas 
pelos macrófagos alcançam níveis 
sistêmicos e atravessam a barreira 
hematoencefálica 
ativando prostaglandina 2 
 
Medicina Vitória Araújo 
para um órgão linfoide para esperar sua ligação com célula 
dendrítica a partir da apresentação de antígeno. 
 
 A movimentação delas para os órgãos linfoides é 
dependente de receptores (igual na diapedese), com a febre 
ocorre maior expressão desses receptores (CCL21, L-
selectina e ICAM1) para mais rápido transporte das células 
T naive. 
 
↑ célula T naive ↑ apresentação de antígeno ↑ resposta imune 
 
Célula T naive - apresentação de antígeno (MCH classe II/I) 
- célula T efetora (TCD4/TCD8), libera IFN gama, que 
também age na febre. 
 
A IL-6 possui ação não só no hipotálamo como também em 
células e vasos da periferia. 
Também faz uma ação direta, na presença de calor a IL-6 se 
unirá a um ligante solúvel (IL-6Rsolúvel) -GP130 e farão 
uma ativação nas células, tanto do endotélio quanto dos 
linfócitos para respostas termais. 
Nas células do endotélio, por essa ligação ocorre maior 
expressão dos receptores ICAMs que ajuda na diapedese. 
E nos linfócitos essa ligação vai gerar maior expressão de L-
selectina para também ajudar na migração (diapedese). 
 
📌 Existem tratamentos para tumores com aumento da 
temperatura para maior resposta imune. 
O frio prejudicaria a resposta imune (ambiente anti-
inflamatório) ausência de resposta. 
 
Febre, no entanto, não é universalmente benéfica. Febre 
incontrolável é associada aos piores prognósticos em 
paciente com sepse e injúrias neurológicas. 
 
Arboviroses 
 
 
 
Hospital faz teste para saber se é dengue e as outras doenças 
são classificadas como viroses. 
 
DENGUE 
Quando o mosquito pica, inocula uma quantidade 
muito pequena de vírus, através da multiplicação (período 
de incubação) que ocorre uma disseminação maior, o que 
leva tempo, por isso os sintomas não são imediatos. 
Adaptação do patógeno no organismo, disseminação pelo 
corpo, viremia e com o pico de viremia coincide com a 
manifestação dos sintomas. 
Patógeno entra na célula 
dendrítica que ao migrar para 
o linfonodo leva esse vírus 
dentro dele. No linfonodo 
existe um acesso grande a 
vasos sanguíneos e linfáticos, 
dessa forma, se aproveitando 
para se transformar em uma 
infecção sistêmica. 
O mosquito da dengue possui tropismo pelo fígado e pelo 
baço. 
No fígado ocorre uma inflamação, liberação de citocinas no 
sistema sanguíneo, desencadeando os sintomas da 
inflamação. 
Inflamação-aumento de permeabilidade muscular, aumento 
da permeabilidade para mobilidade das células para o local 
da infecção - gera edema 
Calor (febre, causada pelas citocinas) e rubor. 
Ativação do linfócito T e aumento de temperatura - 
coesão/coincidência de eventos que auxiliam no processo da 
febre. 
Vírus da dengue ativa as plaquetas em repouso no sangue 
podendo gerar 2 situações: 
Plaqueta ativada por formar uma trombocitopenia 
(trombose) 
Plaquetas agregadas podem se aderir ao endotélio 
aumentando a permeabilidade. 
 - Podem gerar uma pequena hemorragia ou uma hemorragia 
mais prolongada. 
 
Obs: a possibilidade de o paciente ter uma febre 
hemorrágica na dengue é por conta dessa maior 
permeabilidade, que pode levar a extravasamento de sangue. 
 
 Zika 
Vírus passa muito tempo atacando as células da epiderme. 
Inflamação local, por isso o aparecimento das manchas no 
corpo. 
Quando no sangue, possui uma maior preferência pelas 
células do cérebro e sexuais. ↓ acesso ao sangue, mais baixo 
a febre. 
 
Chikungunya 
É a mesma coisa que a dengue, precisa está espalhada pelo 
corpo para desencadear o processo inflamatório (febre). 
Disseminação através da célula dendrítica "infectada" 
(carona só), para o linfonodo e de lá espalha-se pelo resto do 
corpo. 
Vírus possui tropismo pelos músculos e articulações, 
causando maior inflamação nesses lugares. 
Músculo necrose muito intensa. O vírus estoura a célula 
muscular no momento em que sai dela, causando muitas 
dores musculares.Nas articulações ocorre uma destruição da membrana 
sinovial, podendo levar a artralgia ou artrite. 
 
Malária 
Existem vários tipos, o mais comum no Norte é o Vivax. 
Os períodos de febre coincidem com o período em que foi 
picado, faz parte da biologia o mosquito (de manhã cedo ou 
final da tarde).

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