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Dengue, Chikungunya, Febre Amarela e Zika Vírus

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Problema 02: Mosquito danado. 
 
Mírian Santos da Silva – 5° semestre 
 
 
Objetivos:
1. Compreender as arboviroses transmitidas 
pelo Aedes Aegypti (dengue, febre amarela, 
zika e chikungunya). 
• Conceito 
• Etiologia (ciclo de vida do mosquito) 
• Manifestações Clínicas 
• Fisiopatologia 
• Diagnóstico 
• Tratamento 
• Anamnese e exame físico 
2. Elucidar o processo de inflamação 
• Cascata inflamatória 
• Sinais flogísticos 
• Relacionar com as arboviroses citadas 
 
Arbovírus 
Os arbovírus envolvem os artrópodes como 
vetores, os quais transmitem os vírus a 
hospedeiros vertebrados através de picada. 
A replicação do vírus não parece prejudicar o 
artrópode infectado. 
Os patógenos humanos incluem os vírus da 
dengue, da febre amarela, da encefalite e o 
vírus do Oeste do Nilo. 
A maioria dos arbovírus se distribui por 5 
famílias: Bunyaviridae, Flaviviridae, Reoviridae, 
Rhabdoviridae e Togaviridae. 
Dengue 
Definição 
É uma infecção causada por um flavivírus. 
Sendo que, os Flavivírus são pequenos vírus 
constituídos de uma fita única de RNA 
processada pelas células hospedeiras – que 
cedem parte de sua membrana lipídica aos 
vírions – a partir de receptores da superfície 
identificados pela proteína do envelope viral. 
É uma doença febril aguda caracterizada por 
dor muscular e articular severa, exantema, 
mal-estar e linfadenopatia. 
Essas queixas musculoesqueléticas são tão 
intensas que fez com que ela passasse a ser 
conhecida como febre quebra-ossos. 
 
Epidemiologia 
Ela predomina, principalmente, nos climas 
tropicais e subtropicais do Caribe, Américas 
Central e do Sul, Ásia e África, o que de certa 
forma explica sua presença contínua aqui no 
Brasil, por exemplo. 
Aproximadamente 40% da população mundial 
vive em áreas endêmicas é uma das principais 
causas de morbidade e mortalidade infantil 
em áreas endêmicas. 
Ela é transmitida pela picada das fêmeas dos 
mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. 
Os mosquitos criam-se na água estagnada em 
torno das habitações humanas e eles não são 
tipicamente encontrados na floresta. 
 
Etiologia 
Problema 02: Mosquito danado. 
 
Mírian Santos da Silva – 5° semestre 
 
Existem quatro sorotipos de dengue: DEN-1, 
DEN-2, DEN-3 e DEN-4. 
Não é observada proteção cruzada entre os 
sorotipos; ou seja, você pode pegar dengue 4 
vezes. E a infecção por um segundo sorotipo 
coloca a pessoa em risco de desenvolver febre 
hemorrágica. 
O mosquito torna-se infectado ao fazer o 
repasto sanguíneo durante a viremia. Dentro 
de 8 a 12 dias da infecção inicial, as glândulas 
salivares do mosquito tornam-se infectadas e o 
vírus é eliminado com a saliva durante o 
repasto sanguíneo seguinte. 
Além disso, o vírus mantém a replicação no 
epitélio do tubo digestivo médio e nas 
glândulas salivares do mosquito fêmea, que 
permanece infectante durante toda a vida. 
O pico de transmissão ocorre após grandes 
chuvas, quando a água da chuva colhida em 
receptáculos domiciliares permite a expansão 
das populações de mosquitos. 
Temos períodos de epidemias dentro de ciclos 
de três a cinco anos, mas casos 
interepidêmicos ocorrem regularmente. 
 
Fisiopatologia 
A infecção prévia com um sorotipo diferente 
permite que os anticorpos ao sorotipo da 
infecção anterior se combinem com o sorotipo 
recém-infectante. 
Embora os anticorpos da primeira exposição 
não sejam neutralizantes, exacerbam a 
captação mediada por anticorpos pelos 
macrófagos, levando à ativação dos 
macrófagos aumentando a replicação viral e a 
carga viral. 
A excreção de mediadores inflamatórios 
vasoativos pelos macrófagos resulta em 
extravasamento vascular, que pode resultar 
em choque quando grave. 
Pode ocorrer tumefação das células 
endoteliais e edema perivascular. E 
raramente, a síndrome do choque da dengue 
pode ocorrer com a infecção primária. 
Os monócitos são as principais células alvo do 
tecido sanguíneo. 
A variação na capacidade da cepa de gerar 
anticorpos exacerbadores bem como 
diferenças de virulência pode ser 
responsável por diferenças no 
comportamento clínico. 
A febre hemorrágica da dengue e a síndrome 
do choque da dengue são formas 
hemorrágicas de reinfecção da dengue 
caracterizadas por aumento da 
permeabilidade capilar - em indivíduos 
(geralmente crianças) com anticorpos 
heterólogos preexistentes não 
neutralizantes devidos a uma infecção prévia 
com um vírus de sorotipo diferente. 
 
Manifestações clínicas 
A infecção pelo vírus dengue pode ser 
assintomática ou sintomática. Quando 
sintomática, causa uma doença sistêmica e 
dinâmica de amplo espectro clinico, variando 
Problema 02: Mosquito danado. 
 
Mírian Santos da Silva – 5° semestre 
 
desde formas oligossintomaticas até quadros 
graves, podendo evoluir para o obito. 
Quando sintomática, a dengue pode 
manifestar-se sob a forma de dengue clássica, 
febre hemorrágica da dengue ou síndrome do 
choque da dengue. 
A dengue clássica ocorre usualmente em 
adultos e crianças mais velhas, sendo 
caracterizada por febre de início súbito, 
cefaleia frontal grave, dor retro-orbitária, 
mialgia e em muitos casos, náusea, vômito, 
exantema, linfadenopatia e artralgia. Além de, 
fraqueza generalizada, paladar alterado, 
calafrios e hiperestesia cutânea. 
E frequente o aparecimento de erupção 
cutânea, principalmente do tipo 
maculopapular, embora possa ser petequial 
em muitos pacientes. A infecção evolui de modo 
benigno, desaparecendo a o fim de poucos dias 
a uma semana. 
A dengue clássica é autolimitada, porém 
alguns pacientes evoluem para a febre 
hemorrágica da dengue ou síndrome de 
choque da dengue, que é caracterizada por 
extravasamento capilar, hipotensão, 
estreitamento da pressão de pulso e choque. 
A forma hemorrágica apresenta hemorragias 
e diminuição do volume plasmático 
intravascular, o que pode levar o paciente ao 
choque hipovolêmico e à morte. Clinicamente, 
o paciente apresenta-se agitado e com 
extremidades frias. 
Comumente, há fenômenos hemorrágicos, 
como hematêmese, melena, hematúria. As 
hemorragias mais comuns são as do 
tegumento, e as quais se manifestam como 
equimoses, púrpura, petéquia. 
Por outro lado, outros sintomas gerais podem 
estar presentes, alguns deles podem, inclusive, 
alertar o médico para a iminência da gravidade 
do caso. Entre estes, os mais indicativos são a 
ocorrência de dispnéia, bem como cianose 
perilabial e das extremidades. 
Alguns estudos anatomopatológicos 
concluíram que as principais alterações 
provocadas pelo vírus dengue se concentram 
sobremodo em três órgãos e/ou sistemas, o 
fígado, o sistema reticuloendotelial e o 
sistema vascular. 
No fígado, as principais alterações encontradas 
têm sido degeneração dos hepatócitos e das 
células de Kupffer e formação dos 
corpúsculos de Councilman-Rocha Lima, 
muitas vezes em grande quantidade, como 
ocorre na febre amarela. 
No baço e linfonodos, são observadas 
proliferações de formas jovens de linfócitos, 
de células do revestimento sinusoidal e 
aumento da fagocitose linfocitária. 
 
Diagnóstico 
Exames 
Problema 02: Mosquito danado. 
 
Mírian Santos da Silva – 5° semestre 
 
Dispõe-se de métodos baseados na reação em 
cadeia da polimerase com transcriptase 
reversa (RT-PCR) para rápida identificação e 
sorotipagem do vírus da dengue em soros de 
fase aguda, abruptamente durante o período de 
febre. 
A viremia é de intensidade adequada com 
DEN-1, DEN-2 e DEN-3 para permitir 
isolamento viral. A viremia nas infecções DEN-
4 é muitas vezes menos intensa e mais difícil 
de detectar através da inoculação de células de 
mosquito in vitro. 
O anticorpo IgM específico aparece 3 a 5 dias 
após a infecção. O anticorpo IgG aparece 9 a 10 
dias após a infecção. 
A leucopenia se inicia no segundo dia de febre, 
chegando a 2.000 a 4.000 células/mL pelo 
quarto ou quinto dia associadaà 
granulocitopenia. 
Na febre hemorrágica da dengue, são 
característicos trombocitopenia de menos de 
100.000 células/mL e hemoconcentração 
resultado do extravasamento do plasma 
sanguíneo, devido ao aumento da 
permeabilidade vascular e um tempo de 
protrombina prolongado. 
Podem ser detectados proteinúria branda a 
moderada e poucos cilindros. Os níveis de 
aspartato transaminase podem estar 
elevados. 
 
Tratamento 
Não existe farmacoterapia antiviral. A febre 
hemorrágica da dengue pode ser tratada por 
terapia de reposição de líquidos. Não há 
vacina, mas estão em desenvolvimento vacinas 
candidatas. 
O desenvolvimento de uma vacina é difícil, pois 
esta deve fornecer proteção contra todos os 
quatro sorotipos do vírus. Anticorpos 
terapêuticos capazes de neutralizar múltiplos 
sorotipos virais também estão em fase de 
desenvolvimento. 
O controle depende de medidas de extermínio 
dos mosquitos, como, por exemplo, eliminação 
dos locais de reprodução e uso de inseticidas. A 
utilização de telas nas janelas e portas pode 
reduzir a exposição aos mosquitos. 
 
Febre Amarela 
Definição 
Faz parte da família Flaviviridae. Causa a febre 
amarela, uma doença febril aguda transmitida 
por mosquitos, que ocorre somente em regiões 
tropicais e subtropicais da América do Sul e 
na África. Os casos graves caracterizam-se por 
disfunção hepática, renal e hemorragia, com 
alta mortalidade. 
Existe um único sorotipo. 
 
Epidemiologia 
A febre amarela presentemente é uma 
zoonose. Na Amazônia, como no restante do 
continente americano, a febre amarela ocorre 
apenas sob a forma silvestre. 
Problema 02: Mosquito danado. 
 
Mírian Santos da Silva – 5° semestre 
 
A virose é amplamente disseminada na região, 
a julgar pela detecção de anticorpos para o 
vírus amarílico em macacos capturados em 
diferentes áreas. Na febre amarela urbana, o 
homem é o único hospedeiro com importância 
epidemiológica. 
No ambiente silvestre, no entanto, vários 
animais podem atuar como hospedeiros para 
o vírus da FA. 
A febre amarela apresenta características 
epidemiológicas típicas do seu ciclo 
florestal: a maioria dos casos ocorre em 
homens de 15 a 45 anos que trabalham na 
agricultura ou em atividades florestais. 
 
Etiologia 
No ambiente urbano, o vetor é o mosquito 
Aedes aegypti, mesmo vetor do dengue. No 
ambiente silvestre das áreas florestais das 
Américas, o vírus amarílico é transmitido 
principalmente pelos gêneros Haemagogus e 
Sabethes. 
Devido a maior distribuição no território nacional 
fazem dos mosquitos Haemagogus principais 
responsáveis pela transmissão da forma 
silvestre da doença. 
 
Fisiopatologia 
Após o inoculo, o vírus desaparece da 
circulação, não sendo detectado nas primeiras 
24h. Após esse período, o vírus é encontrado 
nas células de Kupffer, onde causa 
degeneração acidófila em zonas focais, 
durante seu período inicial de multiplicação. 
Propaga-se para os linfonodos locais, o 
fígado, baço, rins, medula óssea e miocárdio, 
onde pode persistir por vários dias. 
Encontra-se presente no sangue na fase 
inicial e durante a infecção. As lesões da 
febre amarela são decorrentes da localização 
e da propagação do vírus em determinado 
órgão. 
Essas infecções podem resultar em lesões 
necróticas no fígado e nos rins. Também 
ocorrem mudanças degenerativas no baço, 
nos linfonodos e no coração. 
A doença grave caracteriza-se por hemorragia 
e colapso circulatório. A lesão viral ao 
miocárdio pode contribuir para o choque. 
No figado, além da degeneração inicial 
determinada nas células de Kupffer, à qual se 
segue necrose hialina das mesmas, o vírus 
amarílico causa necrose hepatocitária em 
grandes áreas do parênquima hepático, por 
volta de 72-96h. 
De início, as lesões caracterizam-se por 
aumento de tamanho dos núcleos e 
marginação da cromatina. Simultaneamente, 
ocorre necrose hialina dos hepatócitos. As 
lesões hepatocitárias se caracterizam por 
localizarem-se os lóbulos hepáticos, atingindo, 
dentro de um lóbulo, determinadas áreas e 
preservando outras. 
 
Manifestações clínicas 
Problema 02: Mosquito danado. 
 
Mírian Santos da Silva – 5° semestre 
 
O espectro clínico da febre amarela varia desde 
infecções assintomáticas ou 
oligossintomáticas até formas fatais. 
Forma Leve 
Na forma leve ou abortiva da febre amarela, os 
únicos sintomas usualmente presentes são 
febre e cefaleia. Ambos os sintomas, em geral, 
duram no máximo dois dias, tendem a ser de 
pouca intensidade e muitas vezes não 
impedem 
que os acometidos continuem com seus 
afazeres. Por tratar-se de quadro benigno 
autolimitado, essa forma clínica pode ser 
confundida com outras doenças febris, 
principalmente a gripe. 
Forma moderada 
A forma moderada os sintomas mais 
frequentemente assinalados são mialgias, mal-
estar, dor lombossacral congestão 
conjuntival, rubor facial e do pescoço, 
artralgias, náuseas, geralmente sem 
vômitos, adinamia e astenia. 
Ela tende a permanecer por mais dias que a 
forma leve. Essa forma costuma ocorrer em 
pessoas que se infectaram previamente com 
outro flavivirus, ou seja, aquelas que possuem 
imunidade parcial cruzada, ou devido a outros 
fatores ainda não conhecido. 
Forma grave 
Além de os sintomas presentes nas formas 
anteriores apresentarem-se com maior 
severidade, vômitos alimentares ou 
hemorrágicos (hematêmese) e costumam ser 
muito intensos. 
A febre é elevada de 39 a 40°C. A cefaléia 
frontal, de grande intensidade. As mialgias são 
intensas, generalizadas e responsáveis pela 
prostração dos enfermos. É comum ocorrer 
congestão de face e pescoço. A icterícia é 
franca, com níveis plasmáticos de bilirrubina 
elevados, principalmente à custa da fração 
direta. 
As transaminases apresentam-se bastante 
alteradas, sendo que o aumento maior se faz à 
custa da TGP, refletindo a intensa necrose do 
tecido hepático causada pelo vírus 
amarílico. É comum o encontro do sinal de 
Faget, caracterizado pelo encontro de 
bradicardia em paciente com hipertermia. 
Forma maligna 
As hemorragias são freqüentes, profusas e 
acometem múltiplos órgãos. Além da 
hematêmese, outras manifestações 
hemorrágicas, como, melena, epistaxe, 
gengivorragia, otorragia, hematúria e 
metrorragia costumam ocorrer. 
A insuficiência renal instala-se 
repentinamente. De início, há oligúria com 
aumento discreto de uréia e creatinina. Com 
a evolução da doença, a insuficiência renal pode 
agravar-se, sendo possível a ocorrência de 
anúria. 
Coagulação intravascular disseminada está 
comumente associada com reduções do fator 
VIII e fibrinogênio, acompanhadas de 
Problema 02: Mosquito danado. 
 
Mírian Santos da Silva – 5° semestre 
 
trombocitopenia e presença de produtos de 
degradação da fibrina. 
 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico 
Detecção e isolamento do vírus 
Os antígenos virais ou o ácido nucleico podem 
ser identificados em amostras de tecidos por 
meio de testes de imuno-histoquímica, Elisa 
de captura de antígeno ou reação em cadeia da 
polimerase (PCR). O vírus pode ser isolado do 
sangue nos primeiros 4 dias após o início. 
Sorologia 
Os anticorpos IgM aparecem durante a 
primeira semana de doença. A detecção de 
anticorpos IgM por Elisa (captura de antígeno) 
em uma única amostra fornece um diagnóstico 
presuntivo, com confirmação por um título de 4 
vezes ou mais de anticorpos neutralizantes 
entre as fases aguda e convalescente nas 
amostras de soro. 
Os anticorpos específicos inibidores da 
hemaglutinação são os primeiros a aparecer, 
seguidos rapidamente de anticorpos contra 
outros flavivírus. 
 
Tratamento 
Não existe terapia (fármacos) antiviral. Os 
programas de extermínio intenso dos 
mosquitos praticamente eliminaram a febre 
amarela urbana, principalmente na América do 
Sul, mas o controle do vetor é impraticável em 
muitas partes da África. 
A maioriados países insiste no controle 
adequado dos mosquitos em aeronaves e na 
vacinação de todas as pessoas pelo menos 10 
dias antes de sua entrada ou saída de uma 
zona endêmica. 
A cepa 17D do vírus da febre amarela fornece 
uma excelente vacina com vírus vivo 
atenuado. 
A vacinação é contraindicada para crianças 
de menos de 9 meses de vida, durante a 
gravidez e em pessoas com alergia a ovos ou 
com sistema imunológico alterado (p. ex., 
infecção pelo HIV com baixa contagem de 
linfócitos T CD4+, transplante de órgãos). 
 
Zika vírus 
Definição 
O vírus zika é um arbovírus do gênero 
Flavivírus, família Flaviviridae. Está relacionada 
com outros flavivírus, os vírus da dengue, da 
febre amarela e febre do Oeste do Nilo. 
A infecção durante a gravidez tem sido 
associada a microcefalia congênita, 
malformações fetais e perdas fetais. 
 
Epidemiologia 
Os anticorpos neutralizantes desenvolvem-
se em cerca de uma semana e são 
responsáveis pela eliminação (depuração) 
viral. Os anticorpos neutralizantes perduram 
pela vida toda e fornecem completa 
proteção contra a doença. 
Problema 02: Mosquito danado. 
 
Mírian Santos da Silva – 5° semestre 
 
Em maio de 2015, meses após o relato de 
aumento de incidência de doença febril 
exantemática até então de causa não 
identificada em estados da região Nordeste do 
país, a circulação do zika vírus foi confirmada no 
Brasil, inicialmente na Bahia em 29 de abril de 
2015 a partir da análise de amostras de 
pacientes com quadro exantemático em 
Camaçari. 
 
Etiologia 
É transmitido primariamente pela picada de 
mosquitos do gênero Aedes infectados, 
sobretudo o Aedes aegypti e o Aedes 
albopictus. 
Em humanos o período de viremia é curto, 
sendo mais frequente a identificação até o 5 dia 
do início dos sintomas, muito embora o RNA do 
vírus zika já ter sido identificado no sangue no 
primeiro dia e até 11 dias após início da doença. 
Além da transmissão vetorial, outras formas 
de transmissão até então teóricas ou anedóticas 
passaram a receber maior atenção. O RNA do 
vírus da zika já foi detectado no sangue, urina, 
sêmen, saliva, líquor, líquido amniótico e leite 
materno. 
 
Fisiopatologia 
Existem, até o momento, escassas informações 
sobre a patogênese do vírus Zika, porém, os 
flavivírus replicam-se inicialmente nas células 
dendríticas e citoplasma dos fibroblastos e 
queratinócitos da epiderme e derme, 
dispersando-se posteriormente para os nodos 
linfáticos e a corrente sanguínea. 
 
Manifestações clínicas 
A zika é uma doença febril autolimitada (com 
manifestação de sintomas por 3-6 dias). 
Os sintomas comuns da infecção pelo vírus 
incluem febre baixa (entre 37,8ºC e 38,5ºC), 
conjuntivite não purulenta, cefaleia, artralgia 
normalmente em mãos e pés, em alguns casos 
com inflamações das articulações, mialgia, 
astenia, rash maculopapular e, com menos 
frequência, dor retro-orbital, anorexia, vômitos, 
diarreia e dor abdominal, aftas. 
Os sintomas desaparecem em até 7 dias. A dor 
articular pode estar presente até um mês do 
início da doença; a artralgia não é tão intensa. 
A doença gerada pelo vírus Zika era 
considerada sem complicações severas. 
Porém, na epidemia ocorrida na Polinésia 
Francesa, entre novembro de 2013 e fevereiro 
de 2014, foram relatados casos de pacientes 
infectados pelo vírus Zika que apresentaram a 
síndrome de Guillain-Barré (doença autoimune 
desmielinizante que causa paralisia flácida 
aguda ou subaguda). 
Alguns deles desenvolveram outras 
complicações neurológicas (encefalite, 
meningoencefalite, paraestesia, paralisia 
facial e mielite); pode ocorrer ainda: 
trombocitopenia púrpura, danos 
oftalmológicos e cardíacos. 
 
Problema 02: Mosquito danado. 
 
Mírian Santos da Silva – 5° semestre 
 
Complicações 
Em geral, malformações congênitas, incluindo 
microcefalia que é comum no 1 trimestre mas 
pode ocorrer nos outros, tem etiologia 
complexa e multifatorial e podem ser 
causadas por infecção durante a gravidez bem 
como por distúrbios cromossômicos, 
exposição a toxinas ambientais e doenças 
metabólicas. 
A Síndrome de Guillain-Barré (SGB) é uma 
doença autoimune caracterizada por uma 
polirradiculoneuropatia desmielinizante 
inflamatória aguda. 
 
Diagnóstico 
 
Tratamento 
O tratamento dos casos sintomáticos é baseado 
no uso de acetaminofeno (paracetamol) ou 
dipirona para o controle da febre e manejo da 
dor. No caso de erupções pruriginosas, os 
anti-histamínicos podem ser considerados. 
No entanto, é desaconselhável o uso ou 
indicação de ácido acetilsalicílico e outros 
drogas anti-inflamatórias devido ao risco 
aumentado de complicações hemorrágicas 
descritas nas infecções por síndrome 
hemorrágica como ocorre com outros 
flavivírus. Não há vacina contra o vírus Zika. 
 
Chikungunya 
Definição 
A febre Chikungunya é uma artrite febril que 
ocorre como casos esporádicos e em 
epidemias. 
A chikungunya é uma arbovirose causada pelo 
vírus chikungunya (CHIKV), da família 
Togaviridae e do gênero Alphavirus. 
Significa “aqueles que se dobram”, 
descrevendo a aparência encurvada de 
pessoas que sofrem com a artralgia 
característica. 
 
Epidemiologia 
Os surtos se desenvolvem tipicamente depois 
de chuvas fortes. Em áreas urbanas, os 
surtos são explosivos. 
Em áreas endêmicas, as taxas de 
soroprevalência podem ser de até 90%, 
sugerindo que o tempo requerido para perda 
da imunidade de rebanho é a razão para a 
ausência prolongada de casos após um surto 
regional. 
Casos de transmissão vertical podem ocorrer 
quase que exclusivamente no intraparto de 
gestantes virêmicas e, muitas vezes, provoca 
infecção neonatal grave. 
 
Etiologia 
Problema 02: Mosquito danado. 
 
Mírian Santos da Silva – 5° semestre 
 
O vírus chikungunya é transmitido por 
mosquitos, principalmente Aedes sp., mas 
também por Mansonia africana e outros 
gêneros. Os reservatórios animais conhecidos 
são macacos, babuínos e, no Senegal, 
espécies de morcego Scotophilus. Durante 
surtos epidêmicos, os humanos são o 
principal reservatório. 
 
Fisiopatologia 
Ocorre viremia intensa dentro de 48 horas da 
picada do mosquito, desaparecendo dois a três 
dias mais tarde. O início da inibição da 
hemaglutinação e dos anticorpos 
neutralizadores elimina a viremia. 
Os capilares superficiais na pele afetada por 
exantema apresentam extravasamento e 
espessamento perivasculares. O vírus 
adsorve-se às plaquetas humanas, causando 
agregação plaquetária. Sinovite 
provavelmente resulta da infecção direta da 
sinovial pelo vírus Chikungunya. 
 
Manifestações clínicas 
 
O período de incubação intrínseco, que 
ocorre no ser humano, é em média de três a 
sete dias (podendo variar de 1 a 12 dias). 
A doença pode evoluir em três fases: aguda, 
subaguda e crônica. Após o período de 
incubação inicia-se a fase aguda ou febril, que 
dura até o 14º dia. Alguns pacientes evoluem 
com persistência das dores articulares após 
a fase aguda, caracterizando o início da fase 
subaguda, com duração de até três meses. 
Fase aguda ou febril 
A fase aguda ou febril da doença é 
caracterizada principalmente por febre de início 
súbito e surgimento de intensa poliartralgia, 
geralmente acompanhada de dores nas 
costas, rash cutâneo (presente em mais de 
50% dos casos) cefaleia e fadiga, com 
duração média de sete dias. 
A febre pode ser contínua, intermitente ou 
bifásica, possui curta duração, porém a queda 
de temperatura não é associada à piora dos 
sintomas como na dengue. 
Ocasionalmente, pode ser associada a uma 
bradicardia relativa. A poliartralgia tem sido 
descrita em mais de 90% dos pacientes com 
chikungunya na fase aguda. Essa dor 
normalmente é poliarticular, bilateral e 
simétrica, mas pode haver assimetria. 
Acomete grandes e pequenas articulações e 
abrange com maior frequência as regiões 
mais distais. Pode haver edema,e este, 
quando presente, normalmente está associado 
à tenossinovite. 
O exantema normalmente é macular ou 
maculopapular, acomete cerca de metade dos 
doentes e surge, normalmente, do segundo ao 
Problema 02: Mosquito danado. 
 
Mírian Santos da Silva – 5° semestre 
 
quinto dia após o início da febre. Atinge 
principalmente o tronco e as extremidades 
(incluindo palmas e plantas), podendo atingir a 
face. O prurido está presente em 25% dos 
pacientes e pode ser generalizado ou apenas 
localizado na região palmo-plantar. 
Outros sinais e sintomas descritos na fase 
aguda de chikungunya são dor retro-ocular, 
calafrios, conjuntivite sem secreção, 
faringite, diarreia, dor abdominal e neurite. 
Fase subaguda 
Durante esta fase a febre normalmente 
desaparece, podendo haver persistência ou 
agravamento da artralgia, incluindo 
poliartrite distal, exacerbação da dor 
articular nas regiões previamente acometidas 
na primeira fase e tenossinovite hipertrófica 
subaguda em mãos, mais frequentemente nas 
falanges, punhos e tornozelos. 
Síndrome do túnel do carpo pode ocorrer 
como consequência da tenossinovite 
hipertrófica (sendo muito frequente nas fases 
subaguda e crônica). O comprometimento 
articular costuma ser acompanhado por edema 
de intensidade variável. 
Fase crônica 
Após a fase subaguda, alguns pacientes 
poderão ter persistência dos sintomas, 
principalmente dor articular, 
musculoesquelética e neuropática, sendo 
esta última muito frequente nesta fase. 
Os principais fatores de risco para a 
cronificação são: idade acima de 45 anos, 
significativamente maior no sexo feminino, 
desordem articular preexistente e maior 
intensidade das lesões articulares na fase 
aguda. 
O sintoma mais comum nesta fase crônica é o 
acometimento articular persistente ou 
recidivante nas mesmas articulações 
atingidas durante a fase aguda, caracterizado 
por dor com ou sem edema, limitação de 
movimento, deformidade e ausência de 
eritema. 
 
 
Diagnóstico 
O vírus Chikungunya pode ser isolado do 
sangue durante os dois a quatro dias iniciais de 
enfermidade. Em alguns pacientes, o antígeno 
viral pode ser detectado nos soros na fase 
aguda por hemaglutinação devido à 
intensidade da viremia. 
Os ensaios de RT-PCR em tempo real 
comercialmente disponíveis podem ser 
utilizados para confirmar o diagnóstico no soro 
de fase aguda. Anticorpos IgM específicos 
podem ser detectados durante seis meses ou 
mais. 
Problema 02: Mosquito danado. 
 
Mírian Santos da Silva – 5° semestre 
 
A inibição da hemaglutinação e anticorpos 
neutralizantes desenvolvem-se à medida que a 
viremia desaparece. Anticorpos fixadores de 
complemento são positivos pela terceira 
semana e diminuem lentamente ao longo do ano 
seguinte. 
As alterações laboratoriais de chikungunya, 
durante a fase aguda, são inespecíficas. 
Leucopenia com linfopenia menor que 1.000 
cels/mm3 é a observação mais frequente. A 
trombocitopenia inferior a 100.000 cels/mm3 
é rara. 
A velocidade de hemossedimentação e a 
Proteína C-Reativa encontram-se geralmente 
elevadas, podendo permanecer assim por 
algumas semanas. Outras alterações podem 
ser detectadas como elevação discreta das 
enzimas hepáticas, da creatinina e da 
creatinofosfoquinase (CPK). 
 
Tratamento 
O tratamento é de suporte. Anti-inflamatórios 
não esteroides são úteis devido ao risco de 
sangramento (Hemorragia e insuficiência 
renal). Durante a artrite aguda, exercícios de 
amplitude de movimento diminuem a rigidez. 
Em muitos casos, os sintomas articulares leves 
podem persistir por meses ou anos. 
A artropatia destrutiva é rara e pode ser 
associada à presença de baixos títulos de 
fator reumatoide, sugerindo uma artrite 
inflamatória subjacente não relacionada. 
 
Na dor de leve intensidade tanto a dipirona 
como o paracetamol são bons analgésicos 
quando utilizados nas doses e intervalos 
corretos. 
A dipirona vem sendo prescrita nas doses de 
30 a 50 mg/kg/dose em intervalos fixos de 6 
horas. 
O paracetamol pode ser prescrito em doses de 
500 mg a 750 mg via oral com intervalos de 4 a 
6 horas, não devendo a dose diária total 
ultrapassar as 4 g pelo risco de 
hepatotoxicidade. 
Nos casos de dor moderada duas drogas 
devem ser prescritas conjuntamente, sempre 
Problema 02: Mosquito danado. 
 
Mírian Santos da Silva – 5° semestre 
 
em horários fixos intercalados a cada 3 horas, 
em horários alternados. 
Alguns pacientes com dor moderada a intensa, 
persistente, poliarticular ou incapacitante, 
podem necessitar de medicações por via 
intravenosa (IV) em unidade de pronto 
atendimento ou serviço de urgência. 
Persistindo a dor, pode-se administrar tramadol 
100 mg IV diluído em 100 ml de soro 
fisiológico, infundido em 20 minutos. 
Nos casos de dor intensa, além dos dois 
analgésicos já descritos deve ser associado um 
opioide. 
 
 
Inflamação 
Os mecanismos de defesa têm evoluído para 
o rápido reconhecimento de patógenos com 
o objetivo de torná-los inofensivos e de reparar 
o tecido danificado. Essa sequência de 
eventos complexa e altamente regulada 
também pode ser desencadeada por 
estímulos ambientais como agentes 
mecânicos e químicos nocivos. 
O principal meio usado pelo sistema imune 
inato para lidar com infecções e lesão tecidual 
é estimular a inflamação aguda, que consiste 
no acúmulo de leucócitos, proteínas 
plasmáticas e líquido. 
A inflamação se caracteriza por: 
(1) vasodilatação dos vasos sanguíneos 
locais, com o consequente aumento do 
fluxo sanguíneo local; 
(2) aumento da permeabilidade dos 
capilares, permitindo a saída de grande 
quantidade de líquido para os espaços 
intersticiais; 
(3) coagulação do líquido nos espaços 
intersticiais, devido à quantidade 
aumentada de fibrinogênio e outras 
proteínas que saíram dos capilares; 
(4) migração de grande quantidade de 
granulócitos e monócitos para os 
tecidos; e 
(5) dilatação das células teciduais. 
Alguns dos muitos produtos teciduais 
causadores dessas reações incluem a 
histamina, a bradicinina, a serotonina, as 
prostaglandinas, diversos produtos da reação 
do sistema de complemento, produtos da 
reação do sistema da coagulação sanguínea 
e várias substâncias designadas como 
linfocinas, liberadas pelas células T 
sensibilizadas. 
 
Início do processo inflamatório 
Problema 02: Mosquito danado. 
 
Mírian Santos da Silva – 5° semestre 
 
Quando o tecido normal encontra um 
patógeno, células residentes são 
estimuladas por receptores de 
reconhecimento de padrões, os quais ativam 
a imunidade inata. 
O primeiro leucócito a ser recrutado do sangue 
para os sítios de inflamação é o neutrófilo, por 
ser o leucócito mais abundante no sangue e 
aquele que responde mais rápido aos sinais 
quimiotáticos. 
Os monócitos sanguíneos, que se 
transformam em macrófagos no tecido, tornam-
se cada vez mais proeminentes com o passar 
do tempo e podem formar a população 
dominante em algumas reações. 
Entre as proteínas plasmáticas importantes 
que entram nos sítios inflamatórios, estão as 
proteínas do complemento, os anticorpos e 
os reagentes de fase aguda. 
Receptores adicionais citoplasmáticos 
podem captar sinais de “perigo” a partir de 
um ambiente tóxico ou de estresse celular, 
como o urato ou o trifosfato de adenosina 
(ATP). 
É crucial para a defesa as células do sistema 
inato, como as células dendríticas, orquestram 
a cascata adaptativa subsequente por meio da 
geração de quimiocinas que organizam o 
tecido linfoide e a apresentação de antígenos 
para os linfócitos. 
 
Receptores de reconhecimento padrão: Os 
TLR (toll like receptor) são membros 
essenciais do sistema imune inato. 
Alguns são expressos na superfície da célula, 
como o TLR2, que é ativado principalmente por 
lipoproteínas peptidoglicanas bacterianas e 
o TLR4, que é ativado por lipopolissacarídeo 
(LPS, ou endotoxina).Além das moléculas exógenas, algumas 
estruturas endógenas também podem se ligar 
aos TLRs, incluindo as proteínas do choque 
térmico e as lipoproteínas oxidadas de baixa 
densidade (oxLDLs). Muito importante na 
patogênese da aterosclerose, onde o LDL ativa 
o TLR4 no interior das placas vasculares. 
A sinalização por TLR2 e TLR4 progride 
através de proteínas adaptadoras e, muitas 
vezes, converge em uma cinase conhecida 
como MyD88, que organiza várias cascatas a 
jusante. 
Ao conduzir a fosforilação da cinase βIκB 
(IKKβ), a MyD88 ativa o fator nuclear κB (NF-
κB), um interruptor principal para os genes 
inflamatórios. 
A translocação de NF- κB para o núcleo da 
célula estimula a produção de citocinas [p. 
ex., interleucina-6 (IL-6), IL-8 e fator de 
necrose tumoral (TNF), a maquinaria para a 
liberação de prostaglandinas [p. ex., a ciclo-
oxigenase 2 (COX2)], e os genes que regulam a 
matriz extracelular (p. ex., as 
metaloproteinases). 
Problema 02: Mosquito danado. 
 
Mírian Santos da Silva – 5° semestre 
 
Existem também as vias independentes de 
MyD88 que estimulam a resposta imune inata. 
Por exemplo, a estimulação do TLR3 por RNA 
viral que induz a expressão de genes como o 
interferon β (IFN-β) para estabelecer um 
estado antiviral. 
Os genes expressos primeiramente oferecem 
proteção contra os patógenos ao dar início aos 
principais mecanismos de defesa. 
Entretanto, as mesmas vias podem criar um 
microambiente perigoso que é tóxico para as 
células normais por intermédio da produção de 
radicais de oxigênio, óxido nítrico e outras 
espécies reativas intermediárias. 
O aumento da expressão de COX2 contribui 
para o desenvolvimento de tumores em 
locais inflamatórios. 
Por exemplo, os TLRs podem estimular as 
células dendríticas, que internalizaram e 
processaram o antígeno, a migrar dos 
tecidos periféricos para os órgãos linfoides 
centrais. 
As células dendríticas também podem 
produzir citocinas e, após a maturação, 
apresentar antígenos para os linfócitos T no 
contexto das moléculas classe II do complexo 
principal de histocompatibilidade e de 
proteínas coestimulatórias de superfície. 
Os linfócitos T ativados podem, então, migrar 
para os tecidos e amplificar a resposta do 
hospedeiro. Os linfócitos T também 
promovem auxílio para ativação dos 
linfócitos B, estimulando a produção de 
anticorpos e de outros componentes da 
imunidade inata (p. ex., o sistema 
complemento). 
RII e Inflamossomas 
Os receptores que podem reconhecer sinais 
de “perigo” e potenciais agentes 
patogênicos estão presentes no citoplasma da 
célula. 
O inflamossoma está entre os melhores 
sistemas caracterizados e inclui o receptor 
nod-like humano (NLR) membro da família 22 
das proteínas citoplasmáticas. 
As proteínas NLR ativadas recrutam 
proteínas adicionais para formar um 
complexo com a caspase 1 (enzima) e a 
proteína associada à apoptose (ASC). 
A ativação da caspase-1 é uma das funções 
cruciais dos inflamossomas, com clivagem e 
ativação de IL-1, IL-18 e IL-33. 
A interleucina-1 (IL-1) é um importante agente 
do grupo das citocinas sendo o principal 
agente mediador na resposta imune contra 
invasão bacteriana, inflamação, infecções e 
lesões teciduais. 
A interleucina-18 tem ação pleiotrópica, 
participando da resposta imune inata e 
adquirida. Entre suas principais funções, está a 
estimulação da produção de INF-g pelos 
linfócitos T, células NK e macrófagos. 
A interleucina-33 desempenha atividade pró-
inflamatória. Além de, estimular de modo 
significativo a secreção de IL-5 e IL-13. 
Imunocomplexos e Complemento 
Problema 02: Mosquito danado. 
 
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O sistema do complemento é outro antigo 
mecanismo de defesa, que estabelece uma 
ligação com a imunidade inata e o braço 
humoral da imunidade adaptativa. 
Tanto a via clássica do complemento, ativada 
por imunocomplexos contendo a 
imunoglobulina G (IgG) e a IgM, quanto a via 
alternativa, ativada por produtos 
bacterianos, convergem para o terceiro 
componente do complemento, o C3, com a 
liberação proteolítica de fragmentos que 
ampliam a resposta inflamatória e servem de 
mediadores na lesão tecidual. 
As anafilotoxinas C3a e C5a aumentam 
diretamente a permeabilidade vascular e a 
contração dos músculos lisos. 
A fração C5a induz a liberação de histamina 
pelos mastócitos, intermediando indiretamente 
o aumento na permeabilidade vascular, ativa 
os leucócitos e aumenta sua quimiotaxia, 
aderência e desgranulação, com liberação de 
proteases e metabólitos tóxicos. 
Os indivíduos com anormalidades nos 
componentes iniciais do complemento, 
especialmente C1q, C2 e C4, normalmente 
apresentam um aumento mínimo de 
infecções, mas demonstram um elevado risco 
para desenvolver doenças autoimunes, como 
o lúpus eritematoso sistêmico. 
 
Estresse Ambiental e Dano Tissular 
O dano tissular causado pelo trauma direto ou 
estímulo nocivo também inicia a resposta 
inflamatória e está associado ao dano da 
microcirculação, ao extravasamento de 
leucócitos através das paredes vasculares e 
de plasma e de proteínas para o tecido. 
Por exemplo, o inflamossoma age como um 
sensor que pode dar início a esse programa, 
em alguns casos. 
Em outros casos, tais como a isquemia, os 
canais de íon sensíveis a ácidos na superfície 
celular podem detectar o estresse ambiental, 
devido a uma redução do pH do tecido. 
A formação de trombos no local da lesão 
vascular dá início à cascata inflamatória com 
a liberação de aminas vasoativas (p. ex., a 
serotonina), a liberação de proteases 
lisossomais e a formação de produtos de 
eicosanoides. 
 
Segunda Fase da Resposta Inflamatória 
A ativação da imunidade inata provoca um 
influxo rápido e intenso de células 
inflamatórias para o local danificado. As células 
locais, como células endoteliais (CEs) 
vasculares, mastócitos, células dendríticas e 
fibroblastos intersticiais, respondem pela 
liberação de mediadores solúveis, incluindo 
os eicosanoides e as citosinas pró-
inflamatórias. 
Esses mediadores amplificam a resposta 
inflamatória e recrutam mais leucócitos. As 
células estimuladas no próprio local, juntamente 
com as células inflamatórias recém-chegadas, 
liberam diversas substâncias como 
Problema 02: Mosquito danado. 
 
Mírian Santos da Silva – 5° semestre 
 
intermediários reativos tóxicos do nitrogênio 
e do oxigênio, assim como uma grande 
variedade de proteases, principalmente as 
metaloproteinases da matriz extracelular 
(MMPs) e proteases da serina e da cisteína. 
O papel dessas moléculas é a destruição de 
agentes infecciosos e a remoção de células 
danificadas, liberando o local para a 
cicatrização tecidual. 
 
Resposta Celular 
A infiltração de células inflamatórias no local 
da destruição tecidual inicial progride de forma 
ordenada. O processo começa com a 
liberação de quimiocinas e mediadores 
solúveis pelas células locais. 
A sinalização altera o perfil das moléculas de 
adesão locais e cria um gradiente 
quimiotático que recruta células da corrente 
sanguínea. 
Os mastócitos, em particular, atuam como 
sentinelas e podem entrar em processo de 
desgranulação para liberar aminas 
vasoativas. 
Na maioria das respostas agudas, os 
leucócitos polimorfonucleares (PMNs) são as 
primeiras células inflamatórias a sair da 
circulação e chegar ao local danificado, 
seguidas, mais tarde, pelas células 
mononucleares. 
A maioria das células endoteliais vasculares 
e dos fibroblastos teciduais está quiescente 
(inativa) antes da migração de PMNs para o 
tecido. Entretanto, sua proliferação e 
migração para o local de destruição tissular 
podem ser estimuladas, assim como a síntese 
de grandes quantidades de citosinas, 
proteases e componentes da ECM. 
Fatores de crescimento, como o fator básico 
de crescimento de fibroblastos (bFGF) e o 
fator de crescimentodo endotélio vascular 
(VEGF), que estimulam a angiogênese, ou 
seja, a formação de novos vasos. 
Junto com o fator de estimulação de colônias 
de granulócitos-macrófagos (GM-CSF), os 
fatores de crescimento liberados in situ 
contribuem para proliferação e amplificação 
da resposta inflamatória, além de induzirem a 
maturação de células dendríticas 
responsáveis pelo processamento de 
antígenos. 
Adicionalmente, os fibroblastos e as células 
endoteliais secretam novas proteínas da 
ECM, MMPs e outras enzimas que digerem a 
ECM. 
O equilíbrio entre a produção de proteases e 
a ECM varia à medida que o tecido é 
remodelado durante o curso da inflamação. 
Inicialmente, a resposta favorece a atividade 
proteolítica para limpeza da infraestrutura 
danificada. A seguir, ocorre um desvio para o 
aumento da produção de novo ECM, de modo 
a permitir o reparo tissular e a cicatrização 
da lesão. 
O aumento na permeabilidade vascular 
devido a alterações nas junções das CEs 
Problema 02: Mosquito danado. 
 
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permite que proteínas originárias do sangue, 
como o fibrinogênio, a fibronectina e a 
vitronectina, entrem na ECM perivascular. 
Esse aumento na permeabilidade vascular e 
a mudança no perfil das moléculas de 
adesão e seus ligantes, junto com a liberação 
de moléculas quimiotáticas, levam ao 
recrutamento de leucócitos para os locais de 
inflamação. 
Algumas das quimiocinas envolvidas são IL-8 
(para os neutrófilos), proteína quimiotática de 
macrófagos 1 (MCP-1) para monócitos, 
RANTES (regulada sob ativação, expressa e 
secretada por células T normais) para 
monócitos e eosinófilos e IL-16 (para células 
T CD4+). 
Mediadores Solúveis - Citocinas Pró-
inflamatórias 
As citosinas pró-inflamatórias, muitas vezes 
derivadas de macrófagos e fibroblastos, são 
mediadores que ativam o sistema 
imunológico. 
Os membros pró-inflamatórios da família IL-1 
(IL-α, IL-1β, IL-18 e IL-33) e TNF têm 
atividades pleiotrópicas e podem aumentar a 
expressão da molécula de adesão nas 
células endoteliais, induzir a proliferação de 
células endógenas e estimular a 
apresentação de antígenos. 
A IL-1 e o TNF também podem aumentar a 
expressão de enzimas que degradam a 
matriz extracelular, como as colagenases e 
estromelisinas. 
Além disso, eles estimulam a síntese de 
mediadores da inflamação, como a 
prostaglandina E2 (PGE2) pelos fibroblastos. 
Eicosanoides 
Além das citosinas e dos imunocomplexos, 
as respostas inflamatórias locais levam à 
liberação de eicosanoides, que são 
moléculas derivadas de lipídios presentes na 
membrana celular. 
Eles são substratos disponíveis para a síntese 
de mediadores. 
Essas moléculas agem nos locais em que 
foram sintetizadas ou próximas a eles, pois 
sua meia-vida é curta, variando de segundos a 
minutos. 
Os ecosanoides não são armazenados, mas 
produzidos “de novo”, a partir dos lipídios da 
membrana, quando a ativação da célula por 
trauma mecânico, as citosinas, os fatores de 
crescimento ou outros estímulos levam à 
liberação de ácido araquidônico (AA). 
Prostaglandinas 
Os prostanoides são produzidos quando o 
ácido araquidônico é liberado a partir da 
membrana plasmática das células 
lesionadas por fosfolipases e metabolizado 
pelas ciclooxigenases e isomerases 
específicas. 
Eles atuam tanto nos neurônios sensitivos 
periféricos quanto nas regiões centrais da 
medula e do cérebro, evocando a dor e a 
hiperalgesia. 
Problema 02: Mosquito danado. 
 
Mírian Santos da Silva – 5° semestre 
 
Em resposta aos pirogênios exógenos e 
endógenos, a PGE2, derivada da COX2 atua 
como mediadora de uma resposta febril 
central. 
Além disso, as prostaglandinas agem em 
sinergia com a bradicinina e a histamina, 
aumentando o edema e a permeabilidade 
vascular. 
A COX2 também desempenha um papel 
fundamental nas interações entre plaquetas e 
células endoteliais ao aumentar a produção 
de prostaciclinas (PGI2) nas células do 
endotélio. 
Leucotrienos 
Além das prostaglandinas, um conjunto distinto 
de enzimas direciona os metabólitos do ácido 
araquidônico para a síntese de leucotrienos. 
Os leucotrienos são, principalmente, 
produzidos por células inflamatórias, tais 
como neutrófilos, macrófagos e mastócitos. 
A 5-lipoxigenase é a principal enzima nessa 
cascata, transformando o ácido araquidônico 
liberado no leucotrieno epóxido A4 (LTA4) em 
conjunto com a proteína ativadora da 5-
lipoxigenase (FLAP). 
Histamina 
A histamina é uma amina vasoativa produzida 
por basófilos e mastócitos, que aumenta, 
significativamente, a exsudação capilar. 
Adicionalmente, ela acentua o rolamento e a 
forte adesão leucocitária, além de induzir o 
aumento do espaço entre as células 
endoteliais da camada de revestimento 
vascular, aumentando o extravasamento de 
leucócitos. 
Cininas 
As cininas induzem a vasodilatação, o edema 
e a contração da musculatura lisa, assim 
como dor e hiperalgesia, através da 
estimulação das fibras C. 
As ações das cininas estão associadas à 
produção secundária de outros mediadores 
de inflamação, inclusive o óxido nítrico, os 
produtos derivados de mastócitos e as 
citosinas pró-inflamatórias IL-6 e IL-8. 
Proteases 
A produção de enzimas que degradam a ECM 
representa um mecanismo essencial de 
destruição tissular na inflamação. 
A reconfiguração da matriz remodela o tecido 
danificado, libera citosinas e fatores de 
crescimento ligados à matriz, prepara o tecido 
para o ingresso de novos vasos sanguíneos 
e altera o meio local para permitir a aderência 
e a retenção de células recém-recrutadas. 
Reparo Tecidual e Resolução da Inflamação 
A inflamação constitui uma resposta fisiológica 
normal contra fatores nocivos, embora sua 
continuidade possa resultar em danos graves 
ao hospedeiro. 
A supressão da inflamação aguda por meio da 
remoção ou desativação de mediadores e de 
células efetoras permite que os tecidos 
lesionados sejam reparados a partir da 
elaboração de fatores de crescimento e 
citosinas apropriados. 
Problema 02: Mosquito danado. 
 
Mírian Santos da Silva – 5° semestre 
 
Assim como ocorre nos estágios iniciais da 
resposta inflamatória, os componentes da 
resolução incluem uma resposta celular 
(apoptose e necrose), a formação de 
mediadores solúveis (como as citosinas anti-
inflamatórias e os antioxidantes) e a produção 
de efetores diretos (como os inibidores da 
protease). 
 
Supressão de Células Inflamatórias 
As células podem ser removidas a partir de um 
local inflamatório através de vários 
mecanismos. Em primeiro lugar, o influxo de 
células pode ser reduzido pela supressão da 
produção do fator quimiotático e pela 
expressão de moléculas de adesão vascular. 
Em segundo lugar, as células, especialmente 
os linfócitos, podem ser liberadas a partir do 
tecido e voltar para a circulação através dos 
vasos linfáticos. Em terceiro lugar, as células 
estressadas podem sofrer necrose. 
Talvez o mecanismo mais fundamental para a 
remoção das células de um local inflamatório 
seja a morte celular programada ou a 
apoptose. 
Os fagócitos polimorfonucleares têm meia-
vida muito curta nos tecidos e a permanência 
ou a liberação de seu conteúdo após a sua 
morte pode ser deletéria. 
Outras células, incluindo os linfócitos T, sofrem 
apoptose após sua ativação para prevenir uma 
resposta exagerada do hospedeiro. 
O início da apoptose celular pode ser 
desencadeado por vários fatores, incluindo a 
presença de RO no microambiente celular, 
assim como a sinalização através de diversas 
vias de receptores ligados à morte celular. 
A remoção de corpos apoptóticos ou de 
restos de envelopes de células apoptóticas é 
rápida e pode ser feita por macrófagos, 
fibroblastos, células epiteliais e endoteliais, 
células musculares e células dendríticas. 
Os receptores de superfície usados no 
reconhecimentoe aprisionamento de células 
em apoptose incluem as integrinas, lectinas, 
receptores necrófagos, receptor LPS, CD14 e 
receptores do complemento CR3 e CR4. 
Embora algumas células inflamatórias e 
imunes sejam eliminadas, outras linhagens de 
células se expandem durante a fase de 
resolução. Células mesenquimais, 
especialmente fibroblastos, proliferam e 
produzem nova matriz que pode se contrair 
para formar uma cicatriz fibrótica. 
Mediadores Solúveis - Citosinas Anti-
inflamatórias 
Uma variedade de citosinas anti-inflamatórias 
é liberada por células residentes e infiltrantes. 
O TGF-β e a IL-10 são exemplos de citosinas 
que são produzidas por macrófagos, 
Problema 02: Mosquito danado. 
 
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Além disso, para aumentar a proliferação de 
fibroblastos, o TGF-β suprime a produção 
de colagenase, aumenta a deposição de 
colágeno e diminui a atividade da MMP. 
Outra estratégia para regular a ação das 
citosinas inflamatórias é o uso de receptores 
chamarizes ou iscas (decoy). Receptores 
também podem ser eliminados da superfície da 
célula, após a clivagem proteolítica e podem 
absorver citosinas, impedindo-as, assim, de 
se ligarem a receptores funcionais nas 
membranas celulares. 
Esses inibidores de citosinas podem ser 
liberados como uma tentativa coordenada de 
prevenir contra inflamação não controlada 
como no choque séptico, em que a 
endotoxina induz a produção de receptores 
solúveis após a produção maciça inicial de TNF 
e IL-1. 
Prostanoides e Ciclo-oxigenase 
A COX2 induzida por mediadores 
inflamatórios aparece no início do processo 
inflamatório e pode contribuir para o mesmo. 
Entretanto, a expressão tardia da COX2 tem 
suscitado a especulação de que ela também 
poderia agir na resolução da inflamação. 
equilíbrio redox e a remoção de metabólitos 
tóxicos.

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