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Gabriela Gomes da Silva | Psicologia | 7º período | @psicomgabi O objetivo da psicoterapia cognitiva é de identificar sistematicamente processos que geram e mantêm sofrimento, de forma a trabalhar pensamentos e comportamentos que sejam mais realistas e adaptativos. A psicoterapia cognitiva surge no final dos anos 60 como um movimento de insatisfação ao modelo estritamente comportamental que não reconhecia a importância dos processos cognitivos para o comportamento. Essa vertente estuda a cognição como a capacidade de armazenar, transformar e aplicar o conhecimento - é um amplo leque de processos mentais. A cognição é uma função psicológica que atua na aquisição do conhecimento e se dá através de processos como a percepção, atenção, memória, raciocínio, imaginação, pensamento e linguagem. Há direitos autorais sobre este material, portanto é proibida a sua distribuição em qualquer meio de comunicação. Comportamento: fazer coisas que me distraiam. De acordo com Beck e a abordagem cognitiva, os indivíduos atribuem significados a eventos, se comportam a partir disso e então constroem hipóteses sobre seu futuro, ou seja, cada um reage a uma situação de maneira específica e chega a conclusões variadas. Segundo a TCC, um processo de cognição que media o comportamento, isso significa que é a interpretação do evento que gera emoções e produz comportamentos, e não o evento em si. Ex: Evento: começo a pensar na prova que terei; Pensamento automático: "vou errar tudo"; Emoções: tristeza, raiva, tensão; Self: eu; Ambiente: mundo; Futuro. Circunstâncias ambientais A (evento), ativam estruturas esquemáticas B (pensamento), pensamentos baseados nas crenças, baseadas nas experiências da vida, determinam C (emoção), relacionada ao processamento esquemático de significado, cuja interpretação vai interferir no comportamento. Situação > interpretação > pensamento > emoção > comportamento Em que: O processo de cognição media o comportamento. Uma situação pode desencadear um pensamento automático (fluxo de informações que surge diante de situações). Esquemas: principal caminho do funcionamento psicológico, em que significados são uma interpretação pessoal sobre determinado contexto e sua relação com o self; A função de atribuir significados é controlar sistemas psicológicos (comportamento, emoção, etc), adaptando-os ao meio; Os sistemas cognitivos e outros são interativos (comportamento, emoção, atenção, memória, etc); Especificidade do conteúdo cognitivo: cada significado tem especificações que são traduzidas em padrões específicos de emoção, atenção, memória, etc; Todo significado é construído por nós: mesmo que seja universal, pois o significado chega para cada um de forma diferente. Quando são distorcidos, são mal adaptativos (erros de conteúdo cognitivo - significado) no processamento cognitivo (elaboração de significados); Os indivíduos são predispostos a fazer construções cognitivas falhas (distorções cognitivas). Vulnerabilidades cognitivas específicas predispõem síndromes específicas; A psicopatologia é resultante de significados disfuncionais construídos em relação ao self, às experiências e ao futuro, que são a tríade cognitiva. São significados mal adaptativos construídos; Há dois níveis de significado: público (geral) e privado (para cada pessoa); Há três níveis de cognição: pré-consciente (pensamentos automáticos), consciente e meta- cognitivo (incluem respostas realísticas, adaptativas); Nossos esquemas evoluem para facilitar a adaptação ao ambiente. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. "Quando as pessoas aprendem a avaliar seu pensamento de forma mais realista e adaptativa, elas obtêm uma melhora em seu estado emocional e no comportamento" (BECK, Judith). Gabriela Gomes da Silva | Psicologia | 7º período | @psicomgabi Os processos cognitivos, afetivos e motivacionais são determinados pela própria forma de ver, sentir e reagir de cada pessoa), o que constitui os elementos básicos da personalidade. A personalidade é um conceito integrador, que inclui processos esquemáticos individuais que determinam a operação da motivação, cognição, emoção, comportamento, etc. Há direitos autorais sobre este material, portanto é proibida a sua distribuição em qualquer meio de comunicação. "A psicoterapia é baseada em uma compreensão de cada paciente (suas crenças específicas e padrões de comportamento). O terapeuta procura produzir uma mudança cognitiva - modificação no pensamento e no sistema de crenças do paciente, objetivando produzir uma mudança emocional e comportamental duradoura" [...] "Em todas as formas de terapia cognitivo-comportamental derivadas do modelo de Beck, o tratamento está baseado em na formulação cognitiva de cada transtorno (crenças e estratégias comportamentais)". O psicólogo possibilita, através da psicoeducação, que o paciente identifique essas distorções cognitivas que acompanham suas emoções, pensamentos e comportamentos, e responda de uma forma adaptativa e realista. Quando uma pessoa aprende a avaliar seus pensamentos de forma mais realista e funcional, obtém uma melhora em seu estado emocional e comportamento. Para que isso ocorra, o terapeuta trabalha com as crenças básicas do paciente dentro da tríade cognitiva. A modificação em crenças disfuncionais (distorções cognitivas) produzirá mudanças efetivas e duradouras. A TCC se baseia na no desenvolvimento do paciente e seus problemas em termos cognitivos: descobre os desencadeadores; levanta hipóteses sobre o que iniciou a distorção (eventos-chave); Aliança terapêutica segura: não desmerecer a queixa, resumir periodicamente o que está sendo entendido da história, se certificar que o paciente se sentiu compreendido; Enfatiza a colaboração e participação do paciente; É orientada em meta e focalizada em problemas; Foco em problemas atuais, com uma avaliação mais realista e a tendência de reduzir sintomas. Só retoma o passado se o paciente quiser; se o trabalho no presente não estiver resolvendo; ou quando o paciente ajuda a entender onde originou e como a queixa o afeta hoje; Ensina paciente a ser seu próprio terapeuta: prevenção de recaída, estimulando independência através da explicação de todo o método, o transtorno e os processos cognitivos; Tem tempo limitado: primeiro se trabalha com o alívio dos sintomas e depois com as causas para uma melhora efetiva; A sessão é estruturada em: checagem do humor, revisão da semana, revisão da tarefa de casa, resumos frequentes, feedback no fim da sessão; Identificar, avaliar e responder pensamentos e crenças disfuncionais para que o comportamento melhore; 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. A escolha da técnica é baseada na formulação do caso: pode usar outras técnicas (comportamental, Gestalt) - flexibilidade da teoria. Reestruturação cognitiva: cria- se pensamentos alternativos mais adaptativos para substituir os pensamentos que causam sofrimento ao paciente. Aprender as habilidades básicas de conceituação de caso, em termos cognitivos, baseado na avaliação inicial e dados coletados na sessão; Estruturar a sessão; Aprender a usar sua própria conceituação do paciente; Orientar o paciente a monitorar seus pensamentos disfuncionais; Aprender a usar técnicas cognitivas e comportamentais básicas. Integrar a conceituação de caso ao conhecimento das técnicas; Desenvolvimento da habilidade para compreender o fluxo da terapia; Passar a identificar os objetivos principais do tratamento; Usar a conceituação de caso para tomar decisões quanto às intervenções; Ampliar o repertório de técnicas. Integrar os dados novos à conceituação; Aperfeiçoar a habilidade de formulação de hipóteses para confirmar ou corrigir sua visão do paciente. Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3 Conceituação cognitiva é a formulação do caso, embasada na concepção cognitiva dos transtornos emocionais do paciente, considerando os mecanismos cognitivos, afetivos e comportamentais que ele desenvolveu para enfrentar suas crenças disfuncionais. Ela começa a ser construída pelo terapeuta desdeo primeiro contato com o paciente, e ao longo do tratamento vai sendo refinada. É essencial para determinar as intervenções mais efetivas, e também contribui com o desenvolvimento da aliança terapêutica. Qual o diagnóstico do paciente? Quais seus problemas atuais? Como esses problemas se desenvolveram? Que pensamentos e crenças disfuncionais estão associados ao problema? Quais as reações emocionais, fisiológicas e comportamentais? Que aprendizagens e experiências antigas contribuem para seus problemas hoje? Quais as crenças subjacentes e pensamentos? Que mecanismos desenvolveu para enfrentar essas crenças disfuncionais? Que estressores contribuíram para seus problemas psicológicos? - hipóteses.
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