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Curso de curativo - Avanço 28 de fev (1)


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Fundamentos da 
enfermagem
Profº Carlos Araujo
Curativos
Ferimentos
Os cortes ou rasgos (lacerações) em tecidos, as escoriações (abrasões) e as
feridas por perfuração podem ser causados por mordidas ou por outros mecanismos.
Em geral, ferimentos que não são causados por mordidas e limpos são rapidamente
curados, sem apresentar qualquer problema. No entanto, algumas feridas podem
causar perda abundante de sangue.
Curativos
Em algumas feridas, as estruturas profundas, como nervos, tendões ou vasos
sanguíneos, também são lesionadas. As outras feridas podem infeccionar. Um pedaço
de material estranho (como um estilhaço, vidro ou fragmento de roupa) também pode
permanecer dentro de uma ferida, causando problemas posteriores como uma
infecção.
Curativos
Cortes superficiais na maior parte da pele raramente sangram em abundância
e, com frequência, o sangramento para de forma espontânea. Os cortes nas mãos e no
couro cabeludo, como os cortes nas artérias e nas veias maiores, sangram geralmente
com intensidade.
Curativos
Pelo grau de contaminação classificamos em:
Limpas: são aquelas que foram produzidas em um ambiente com um grau de
contaminação muito baixo, em um centro cirúrgico, onde não houve manipulação em
sistemas digestivo, respiratório e urinário;
Limpas-contaminadas: são aquelas onde houve manipulação cirúrgica nos
sistemas digestivo, respiratório e urinário ou uma agressão por um objeto não cirúrgico
como uma faca comum. Pode ser considerada potencialmente contaminada;
Curativos
Pelo grau de contaminação classificamos em:
Contaminadas: existe uma reação inflamatória ou que estiveram em contato
com material biológico como fezes, urina ou com elementos da natureza como terra;
Infectadas: Os sinais infecciosos aparecem, podendo levar o paciente a óbito.
Tipos de lesões
Feridas cirúrgicas
São normalmente causadas de forma premeditada e se originam de algum
tratamento específico. Devem ser feitas de forma asséptica (livre de contaminação), e
empregando os cuidados corretos, através de profissionais da área médica;
Tipos de lesões
Feridas patológicas
São as resultantes de fatores sistêmicos: deficiências proteicas ou doenças pré-
existentes, como Diabetes Melito (DM) e Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). O "pé
diabético" é um exemplo de ferida patológica;
Tipos de lesões
Abrasões ou escoriações
É uma lesão que ocorre na epiderme (superfície da primeira camada da pele),
em que o tecido é retirado;
Tipos de lesões
Ferimentos incisos
Quando é causada por algum tipo de lâmina - faca ou bisturi, por exemplo;
Tipos de lesões
Lacerações
Quando o tecido é esmagado por um excesso de pressão;
Tipos de lesões
Ferimentos penetrantes ou perfurantes
São as feridas causadas pela perfuração em um ou em vários tecidos, como a
causada por armas de fogo;
Tipos de lesões
Contusão
São as equimoses, fraturas ou luxações, causadas por objetos que causam
trauma ou choque nos tecidos;
Tipos de lesões
Ulcerações
É quaisquer lesões superficiais em tecido cutâneo ou mucoso, popularmente
denominadas feridas. Nessas lesões ocorre a ruptura do epitélio, de modo a haver
exposição de tecidos mais profundos à área rota.
Alterações das feridas
Esfacelo
Tecido necrosado de consistência delgada, mucóide, macia e de coloração
amarela. Formado por bactérias, fibrina, elastina, colágeno, leucócitos intactos,
fragmentos celulares, exsudato e grandes quantidades DNA.
Podem estar firmes ou frouxamente aderidos no leito e nas bordas da ferida.
Alterações das feridas
Necrose
Manifestação final de uma célula que sofreu lesões irreversíveis e representa um
importante fator de risco para contaminação e proliferação bacteriana, além de servir
como barreira ao processo de cicatrização.
•Liquefativa: Tecido delgado, de coloração amarelada.
•Coagulativa: As células convertem-se em uma lápide acidófila e opaca de coloração
negra.
Alterações das feridas
Escara
Termo utilizado para caracterizar tecidos dessecados e comprimidos de
coloração negra, consistência dura e seca aderido à superfície da pele.
Alterações das feridas
Tecido de Granulação
É o crescimento de pequenos vasos sanguíneos e de tecido conectivo para
preencher feridas de espessura total. O tecido é saudável quando é brilhante, vermelho
vivo, lustroso e granular com aparência aveludada. Quando o suprimento vascular é
pobre, o tecido apresenta-se de coloração rosa pálido ou esbranquiçado para o
vermelho opaco.
Alterações das feridas
Tecido de Epitelização
Novo tecido que é formado com o processo de cicatrização, com coloração
rosada.
Complicações da cicatrização
Infecção: drenagem, borda hemorrágica.
Complicações da cicatrização
Deiscência: separação das camadas (3 a 11 dias após a lesão).
Complicações da cicatrização
Evisceração: protusão dos órgãos.
Complicações da cicatrização
Fístula: comunicação anormal entre dois órgãos e superfície do corpo.
Intenção de cicatrização
Cicatrização por primeira intenção:
Incisão limpa em que as bordas estão aproximadas;
Existe pouca perda de tecido;
Pouco ou nenhum exsudato.
Intenção de cicatrização
Cicatrização por segunda intenção:
É aquela que permanece aberta;
Onde existe uma perda significante de tecido e onde as fases de cicatrização são
bastante marcadas;
Resposta inflamatória bastante evidente, com necessidade maior de tecido de
granulação, com epitelização visível;
Há necessidade de um grande fortalecimento e um grande processo de
contração.
Intenção de cicatrização
Cicatrização por terceira intenção:
Ferida que fica aberta por um tempo determinado;
Ela ficará aberta só enquanto estiver com uma infecção real e depois fechará.
Fases de cicatrização
O processo de cicatrização pode ser didaticamente subdividido em três fases,
porém muitas vezes, estas fases se sobrepõem e ocorrem simultaneamente.
Fases de cicatrização
Fase inflamatória: fase exsudativa com duração entre um e quatro dias (a
depender da extensão da área a ser cicatrizada e da natureza da lesão), caracterizada por
dois processos que buscam limitar a lesão tecidual: a hemostasia e a resposta
inflamatória aguda. Corresponde à ativação do sistema de coagulação sanguínea e à
liberação de mediadores químicos (fator de ativação de plaquetas, fator de crescimento,
serotonina, adrenalina e fatores de complemento). Nesta fase a ferida pode apresentar
edema, vermelhidão e dor.
Fases de cicatrização
Fase proliferativa: fase regenerativa que pode durar entre cinco e vinte dias. É
caracterizada pela proliferação de fibroblastos, sob a ação de citocinas que dão origem a
um processo denominado fibroplasia. Ao mesmo tempo, ocorre a proliferação de
células endoteliais, com formação de rica vascularização (angiogênese) e infiltração
densa de macrófagos, formando o tecido de granulação.
Fases de cicatrização
Fase de reparo: fase de maturação que inicia no 21º dia e pode durar meses. É a
última fase do processo de cicatrização. A densidade celular e a vascularização da ferida
diminuem, enquanto há a maturação das fibras colágenas. Ocorre uma remodelação do
tecido cicatricial formado na fase anterior. O alinhamento das fibras é reorganizado a
fim de aumentar a resistência do tecido e diminuir a espessura da cicatriz, reduzindo a
deformidade. Durante esse período a cicatriz vai progressivamente alterando sua
tonalidade passando do vermelho escuro ao rosa claro.
Fatores Que Interferem Na Cicatrização
Existem fatores que podem interferir no processo de cicatrização natural,
retardando qualquer uma de suas fases. Esses fatores podem ser locais (relacionados
diretamente à ferida) ou sistêmicos (relacionados ao indivíduo). O retardo cicatricial
pode ocasionar complicações, causando prejuízos estéticos e funcionais.
Fatores Que Interferem Na Cicatrização
Fatores locais:
Características da ferida: dimensão e profundidadeda lesão. Presença de
secreções, hematomas, edemas e corpos estranhos.
Cuidados adotados: tipo de técnica cirúrgica utilizada, material e técnica de
sutura, curativo.
Fatores Que Interferem Na Cicatrização
Fatores locais:
Isquemia tecidual: a falta de oxigenação dificulta a chegada de células
inflamatórias, à zona lesada, logo vão existir menos fatores que estimulem a
proliferação dos fibroblastos e a síntese de colágeno.
Fatores Que Interferem Na Cicatrização
Fatores locais:
Infecção local: causa mais comum de atraso do processo cicatricial. Quando a
contaminação bacteriana é grande ou há a presença de estreptococos, o processo de
cicatrização não ocorre, mesmo com o uso de enxertos ou retalhos. A infecção
bacteriana prolonga a fase inflamatória e interfere com a epitelização, contração e
deposição de colágeno. Clinicamente há sinais inflamatórios, geralmente
acompanhados de pus. Nesses casos, deve- se expor a ferida, com retirada das suturas,
realizar cuidados locais e antibioticoterapia, se necessário.
Fatores Que Interferem Na Cicatrização
Fatores sistêmicos
Faixa etária: a idade avançada diminui a resposta inflamatória.
Estado nutricional: o estado nutricional interfere em todas as fases da cicatrização. A
hipoproteinemia diminui a resposta imunológica, síntese de colágeno e a função fagocítica.
Indivíduos mal nutridos têm dificuldade em formar cicatriz pela ausência de certas proteínas,
metais e vitaminas que são importantes para a síntese de colágeno. Níveis de albumina
inferiores a 2g/dl estão relacionados a uma maior incidência de deiscências de suturas. A
deficiência de vitamina C está comumente associada à falência da cicatrização de feridas. A
carência de vitamina A também pode prejudicar o processo de cicatrização. A carência de zinco
também compromete a fase de epitelização das feridas.
Fatores Que Interferem Na Cicatrização
Fatores sistêmicos
Doenças crônicas: enfermidades metabólicas sistêmicas podem interferir no
processo cicatricial. Pacientes portadores de diabetes mellitus têm todas as suas fases de
cicatrização prejudicadas. Nota- se espessamento da membrana basal dos capilares,
dificultando a perfusão da microcirculação. Há um aumento da degradação do
colágeno, além disso, a estrutura do colágeno formado é fraca. A administração de
insulina pode melhorar o processo cicatricial de diabéticos. Indivíduos obesos também
apresentam a cicatrização comprometida, provavelmente pelo acúmulo de tecido
adiposo necrótico e comprometimento da perfusão da ferida.
Fatores Que Interferem Na Cicatrização
Fatores sistêmicos
Terapia medicamentosa: medicamentos como anti-inflamatórios, antibióticos e
quimioterápicos interferem no processo cicatricial. Os glicocorticóides e as drogas
citotóxicas interferem em todas as fases da cicatrização. As drogas utilizadas em
quimioterapia devem ser evitadas nos primeiros dias de pós-operatório. A radioterapia
também compromete a cicatrização, com ruptura de pequenos vasos, isquemia e
fibrose.
Tratamento tópico inadequado: a utilização de sabão tensoativo ou antissépticos
na lesão cutânea aberta pode ter ação citolítica, afetando a permeabilidade da
membrana.
Distúrbios Cicatriciais
Durante o curso normal do processo de reparo tecidual podem ocorrer
distúrbios cicatriciais que geram alterações funcionais e estéticas nas cicatrizes
resultantes de feridas ou intervenções cirúrgicas. Entre os principais distúrbios da
cicatrização pode-se citar: atrofia cicatricial, cicatriz hipertrófica e queloides.
Distúrbios Cicatriciais
Atrofia cicatricial: o tecido lesado não é inteiramente substituído por tecido
cicatricial e, portanto, a formação das estruturas dérmicas ocorre de forma incompleta.
Esse tipo de cicatriz normalmente é funcionalmente ineficiente.
Distúrbios Cicatriciais
Cicatriz hipertrófica: caracteriza-se por estender-se de forma saliente acima do
nível da pele, permanecendo, porém, sempre restrita à área do ferimento.
Histologicamente caracterizam-se por possuírem um teor mais alto de colágeno e
proteoglicanos. Porém, as causas da formação excessiva desses componentes matriciais
extracelulares por fibroblastos ainda não estão esclarecidas. A hipertrofia cicatricial é
mais frequente em regiões de feridas submetidas a forças de tração elevadas. Isto ocorre
principalmente nas feridas em posição transversal às principais linhas de tensão.
Distúrbios Cicatriciais
Quelóide: lesão proliferativa, formada por tecido de cicatrização fibroso.
Diferentemente da cicatriz hipertrófica, estende-se além dos limites do ferimento
original, infiltrando-se no tecido sadio adjacente. Inicialmente é avermelhado
tornando-se, mais tarde, escurecido. Geralmente se forma tardiamente (até 12 meses
após a lesão). Em seu quadro histológico predominam cordões de colágeno
hialinizados. Existem fatores predisponentes para a sua formação: histórico familiar,
retardo cicatricial (infecções, seromas, tensão excessiva na ferida), raça negra, área
corporal (tórax, ombros, orelhas). O tratamento do quelóide é muitas vezes difícil,
sendo frequente o seu retorno.
Principais medicações 
Gazes com Solução Fisiológica 0,9% (SF 0,9%)
Contribui para a umidade da lesão, favorece a formação de tecido de
granulação, estimula o desbridamento autolítico/mecânico e absorve exsudato.
Principais medicações 
Ácido Graxo Essencial – AGE
Protege a ferida preservando o tecido vitalizado e mantendo meio úmido
proporcionando nutrição celular local. Acelera o processo de granulação tecidual. Evita
a aderência ao leito da lesão e em lesões exsudativas atua como proteção de borda da
lesão.
Principais medicações 
Hidrocolóide em Placa
Lesões vitalizadas ou com necrose com pouco/médio exsudato. Ex:
escoriações, queimaduras de 1º e 2º grau e skin tears (lesões por fricção e pequenos
traumas em pele). *Prevenção ou tratamento de úlceras por pressão não infectadas.
Principais medicações 
Hidrogel com ou sem alginato de cálcio e sódio
Feridas abertas com tecido vitalizado ou desvitalizado; Queimaduras de 2º e 3º
grau; e· Úlceras venosas e ulceras por pressão.
Principais medicações 
Curativo de Carvão ativado com prata (sachê)
Feridas exsudativas e infectadas, com ou sem odor.
Principais medicações 
Sulfadiazina de prata
O creme dermatológico Sulfadiazina de Prata é indicado para a prevenção e
tratamento de feridas infectadas e feridas limpas, tais como: queimaduras, úlceras de
perna, escaras de decúbito, feridas cirúrgicas, pé diabético, impetigo, traumas e
abrasões.
Principais medicações 
Curativo Hidroalginato de Cálcio com Prata
Tratamento de feridas infectadas ou com um alto risco de infecção e exsudato
de moderado a alto.
Principais medicações 
Papaína Creme 10%
Tratamento de feridas abertas com tecido inviável seco.
Principais medicações 
Kollagenase com cloranfenicol
É destinada para o tratamento de lesões da pele em que é indicado o
desbridamento (retirada de tecido desvitalizado) em feridas, úlceras e lesões necróticas
(com tecido desvitalizado) em geral.
Realização de curativos
Tratar de uma lesão, não significa apenas aplicar um produto ou substância,
significa cuidar de um ser único, que possui suas peculiaridades e devem ser respeitadas
na hora de escolher a forma de tratamento e a técnica de curativo.
As técnicas de curativos são procedimentos assépticos que vão desde a irrigação
com solução fisiológica até a cobertura específica que auxiliarão no processo de
cicatrização.
A enfermagem deve ser bastante criteriosa, quanto aos medicamentos nas
lesões e nas técnicas de curativos corretas, sem contaminações, pois podem interferir de
uma forma positiva ou negativa na cicatrização.
Realização de curativos
Tipos de Curativos:
O Tipo de curativo a ser realizado varia de acordo com a natureza, a localização
e o tamanho da ferida. Em alguns casos é necessária uma compressão, em outros
lavagem exaustiva com solução fisiológicae outros exigem imobilização com ataduras.
Nos curativos em orifícios de drenagem de fístulas entéricas a proteção da pele sã em
torno da lesão é o objetivo principal.
Realização de curativos
Tipos de Curativos:
Curativo semi-oclusivo: Este tipo de curativo é absorvente, e comumente utilizado em
feridas cirúrgicas, drenos, feridas exsudativas, absorvendo o exsudato e isolando-o da
pele adjacente saudável.
Curativo oclusivo: não permite a entrada de ar ou fluídos, atua como barreira
mecânica, impede a perda de fluídos, promove isolamento térmico, veda a ferida, a fim
de impedir enfisema, e formação de crosta.
Realização de curativos
Tipos de Curativos:
Curativo compressivo: Utilizado para reduzir o fluxo sanguíneo, promover a estase e
ajudar na aproximação das extremidades da lesão.
Curativos abertos: São realizados em ferimentos que não há necessidade de serem
ocluídos. Feridas cirúrgicas limpas após 24 horas, cortes pequenos, suturas, escoriações,
etc, são exemplos deste tipo de curativo.
Realização de curativos
Classificação do Curativo de acordo com o Tamanho da Ferida:
Curativo pequeno: curativo realizado em ferida pequena: aproximadamente 16 cm2.
(ex: cateteres venosos e arteriais, cicatrização de coto umbilical, fístulas anais,
flebotomias e/ou subclávia/jugular, hemorroidectomia, pequenas incisões,
traqueotomia, cateter de diálise e intermitente).
Curativo Médio: curativo realizado em ferida média, variando de 16,5 a 36 cm2. (ex:
Cesáreas infectadas, incisões de dreno, lesões cutâneas, abscessos drenados, escaras
infectadas, outros especificar).
Realização de curativos
Classificação do Curativo de acordo com o Tamanho da Ferida:
Curativo grande: curativo realizado em ferida grande, variando de 36,5 a 80 cm2. (ex:
Incisões contaminadas, grandes cirurgias – incisões extensas (cirurgia torácica,
cardíaca), queimaduras (área e grau), toracotomia com drenagem, úlceras infectadas,
outros).
Curativo Extra Grande: curativo realizado em ferida grande, com mais de 80 cm2 (ex:
Todas as ocorrências de curativos extragrandes deverão obrigatoriamente constar de
justificativa médica).
Realização de curativos
Técnica de Curativo:
Normas Gerais:
• Lavar as mãos antes e após cada curativo, mesmo que seja em um mesmo paciente;
• Verificar data de esterilização nos pacotes utilizados para o curativo (validade usual 7
dias);
• Expor a ferida e o material o mínimo de tempo possível;
• Utilizar sempre material esterilizado;
Realização de curativos
Técnica de Curativo:
Normas Gerais:
• Se as gazes estiverem aderidas na ferida, umedecê-las antes de retirá-las;
• Não falar e não tossir sobre a ferida e ao manusear material estéril;
• Considerar contaminado qualquer material que toque sobre locais não esterilizados;
• Usar luvas de procedimentos em todos os curativos, fazendo-os com pinças (técnica asséptica);
• Utilizar luvas estéreis em curativos de cavidades ou quando houver necessidade de contato direto com a
ferida ou com o material que irá entrar em contato com a ferida;
Realização de curativos
Técnica de Curativo:
Normas Gerais:
• Se houver mais de uma ferida, iniciar pela menos contaminada; Nunca abrir e trocar
curativo de ferida limpa ao mesmo tempo em que troca de ferida contaminada;
• Quando uma mesma pessoa for trocar vários curativos no mesmo paciente, deve
iniciar pelos de incisão limpa e fechada, seguindo-se de ferida aberta não infectada,
drenos e por último as colostomias e fístulas em geral;
• Ao embeber a gaze com soluções manter a ponta da pinça voltada para baixo;
Realização de curativos
Técnica de Curativo:
Normas Gerais:
• Ao aplicar ataduras, fazê-lo no sentido da circulação venosa, com o membro apoiado, tendo o
cuidado de não apertar em demasia;
• Os curativos devem ser realizados no leito com toda técnica asséptica;
• Nunca colocar o material sobre a cama do paciente e sim sobre a mesa auxiliar, ou carrinho de
curativo. O mesmo deve sofrer desinfecção após cada uso;
• Todo curativo deve ser realizado com a seguinte paramentação: luva, máscara e óculos.
Realização de curativos
Técnica de Curativo:
Normas Gerais:
Em caso de curativos de grande porte e curativos infectados (escaras infectadas
com áreas extensas, lesões em membros inferiores, e ferida cirúrgica infectada) usar
também o capote como paramentação;
Quando o curativo for oclusivo deve-se anotar no esparadrapo a data, a hora e o
nome de quem realizou o curativo.
Realização de curativos
Cuidados importantes:
• Em portadores de ostomias e fístulas utilizar placa protetora e TCM na proteção da
pele nas áreas adjacentes à ferida;
• Não comprimir demasiadamente com ataduras e esparadrapos o local da ferida a fim
de garantir boa circulação;
• As compressas e ataduras deverão ser colocadas em saco plástico protegidos e jogar
no hamper de roupa do paciente. Quando este material estiver com grande quantidade
de secreção, deve-se colocar em saco plástico e desprezar;
Realização de curativos
Cuidados importantes:
• Trocar os curativos úmidos quantas vezes forem necessárias, o mesmo procedimento
deve ser adotado para a roupa de cama, com secreção do curativo;
• Quando o curativo da ferida for removido, a ferida deve ser inspecionada quanto a
sinais flogísticos. Se houver presença de sinais de infecção (calor, rubor, hiperemia,
secreção) comunicar o S.C.I.H. e / ou a supervisora e anotar no prontuário, colher
material para cultura conforme técnica;
• O curativo deve ser feito após o banho do paciente, fora do horário das refeições;
Realização de curativos
Cuidados importantes:
• O curativo não deve ser realizado em horário de limpeza do ambiente, o ideal é após a
limpeza;
• Em feridas em fase de granulação realizar a limpeza do interior da ferida com soro
fisiológico em jatos, não esfregar o leito da ferida para não lesar o tecido em formação.
• Os drenos devem ser de tamanho que permitam a sua permanência na posição
vertical, livre de dobras e curva;
Realização de curativos
Cuidados importantes:
• Mobilizar dreno conforme prescrição médica;
• Em úlceras arteriais e neuropatias diabética (pé diabético) manter membro enfaixado
e aquecido com algodão ortopédico;
• Em úlceras venosas, manter membro elevado.
Realização de curativos
Antes de Iniciar o Curativo, deve-se realizar:
- Avaliação do estado do paciente, principalmente os fatores que interferem na
cicatrização, fatores causais, risco de infecção;
- Avaliação do curativo a ser realizado, considerando-os em função do tipo de ferida;
- Orientação do paciente sobre o procedimento;
Realização de curativos
Antes de Iniciar o Curativo, deve-se realizar:
- Preparo do ambiente (colocar biombos quando necessário, deixar espaço na mesa de
cabeceira para colocar o material a ser utilizado, fechar janelas muito próximas,
disponibilizar lençol ou toalha para proteger o leito e as vestes do paciente quando
houver possibilidade de que as soluções escorram para áreas adjacentes);
- Preparar o material e lavar as mãos;
- Após estes preparativos, podemos iniciar o curativo propriamente dito (remoção,
limpeza, tratamento, proteção).
Realização de curativos
Após a realização do curativo proceder a:
• Recomposição do paciente;
• Recomposição do ambiente;
• Destinação dos materiais (colocar em sacos no carrinho de curativos encaminhando à
C.M.E. o mais rápido possível, ou de acordo com as rotinas do Setor);
• Lavar as mãos;
Realização de curativos
Observações:
- A evolução do curativo, bem como os materiais gastos deverão ser anotados ao
término de cada curativo, evitando assim erros e esquecimentos de anotações;
- Se houver mais de um curativo em um mesmo paciente anotar as informações
separadas para cada um deles citando a localização do mesmo.
Realização de curativos
Lembre-se de:
• Evitar falar no momento da realização do procedimento e orientar o paciente para
que faça o mesmo;
• Fazer a limpeza com jatos de SF 0,9% sempre que a lesãoestiver com tecido de
granulação vermelho vivo (para evitar o atrito da gaze);
• A troca do curativo será prescrita de acordo com a avaliação diária da ferida;
Realização de curativos
Lembre-se de:
• Proceder a desinfecção da bandeja, carrinho, ou mesa auxiliar após a execução de cada
curativo, com solução de álcool a 70%;
• Manter o Soro Fisiológico 0,9 % dentro do frasco de origem (125 ml);
• Desprezar o restante em caso de sobra;
• O T.C.M. deve ser distribuído em frascos pequenos estéreis, (individuais);
• Realizar os curativos contaminados com S. F. 0,9 % aquecido (morno).
Realização de curativos
Principais erros cometidos ao se realizar um Curativo:
• Usar curativo em feridas totalmente cicatrizadas;
• Cobrir o curativo com excesso de esparadrapo;
• Trocar o curativo em excesso em feridas secas;
• Demorar a trocar o curativo de feridas secretantes;
Realização de curativos
Principais erros cometidos ao se realizar um Curativo:
• Esquecer de fazer as anotações ou não faze-las corretamente;
• Não lavar as mãos entre um curativo e outro;
• Conversar durante o procedimento;
• Misturar material de um curativo e outro, em um mesmo paciente;
• Não fazer desinfecção do carrinho de um curativo para outro.