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DTM MUSCULAR SINAIS E SINTOMAS DA DTM Sinal: - achado clínico objetivo, descoberto durante o exame clínico; - são alterações do organismo que podem ser percebidas através do exame físico ou por meio de exames complementares, sendo um achado clínico objetivo; - sinais clínicos mais comuns: ruídos articulares, limitação e assimetria dos movimentos mandibulares. Sintoma: - uma descrição ou queixa relatada pelo paciente; - são alterações do organismo relatadas pelo próprio paciente, de acordo com sua percepção de saúde; - sintomas mais frequentes: dor muscular e/ou articular, dor de cabeça e dor na musculatura do pescoço. DTM MUSCULAR Desordens funcionais dos músculos - como em qualquer estado patológico, existem dois sintomas principais que podem ser observados: 1. Dor 2. Disfunção DOR: - é a queixa mais comum, a qual varia desde uma leve sensibilidade até um desconforto extremo; *Mialgia – dor nos tecidos musculares; - pode ser ampla ou difusa, bilateral; - origem exata = discutível; - pode ser relacionada com a vasoconstrição das artérias nutrientes relevantes e com o acúmulo de subprodutos metabólicos nos tecidos musculares. Dor relatada durante função = dor decorrente de algum efeito do SNC - direcionar o tratamento para a atividade funcional não será apropriado ou bem-sucedido; preferivelmente o tratamento deve ser direcionado no sentido de diminuir a hiperatividade muscular ou os efeitos do SNC. DISFUNÇÃO: - é um sintoma clínico comum associado às desordens da musculatura mastigatória; - geralmente é vista como uma diminuição da amplitude dos movimentos mandibulares; - para manter o conforto, o paciente restringe os movimentos dentro de uma amplitude que não cause o aumento do nível de dor. A má oclusão aguda – qualquer mudança repentina na posição oclusal que tenha sido criada por uma desordem. Pode resultar de uma mudança repentina no comprimento de repouso de um músculo que controla a posição mandibular. - com o encurtamento funcional dos músculos elevadores, o paciente irá se queixar de uma dificuldade de ocluir normalmente. - Má oclusão aguda = resultado de uma desordem muscular. Tratamento nunca deve ser direcionado para a correção da má oclusão. Tratamento = eliminação da desordem muscular. FATORES DESENCANDEANTES: - macrotrauma direto no músculo ou indireto em cadeias musculares sinérgicas; macrotraumas = pancadas diretas na mandíbula ou no mento - ativado por esforços repetitivos (hábito parafuncional); - excessiva abertura bucal ou por longos períodos; - estressores psicossociais. TIPOS DE CONTRAÇÃO - não há encurtamento das fibras musculares ou movimento articular; - contração estática. - há encurtamento muscular; - as fibras musculares se encurtam e ocorre a realização de trabalho; - contração dinâmica. PROCESSO ISQUÊMICO DECORRENTE DE CONTRAÇÕES MUSCULARES SUSTENTADAS = DOR fechamento da boca músculos elevadores de contraem dentes se encostam conversão para contração isométrica aumento de pressão intramuscular - o aumento do tônus muscular – que culmina na contração isométrica – pode ser consequência de traumas (macro e micro), modificações proprioceptivas e dor; essa resposta do SNC é denominada contração protetora - estímulo nociceptivo pode ser por trauma ou substâncias algógenas Aumento do tônus muscular + contração isométrica = dor (contração protetora – defesa) CONTRAÇÃO PROTETORA - é a primeira resposta muscular a eventos como restauração ou próteses altas, tratamento dental longo, abertura excessiva da boca; - é relatada, clinicamente, como sensação de fraqueza muscular; - pode apresentar limite de abertura; - o diagnóstico é feito na anamnese e exame clínico; - condição recente aguda; - dor na presença da função, mas o paciente consegue alcançar amplitude normal; DOR MUSCULAR LOCAL OU MIALGIA - em resposta a isquemia, acontece vasodilatação com liberação de substâncias algógenas, causando dor; - etiologia pode ser devido a uma contração protetora prolongada; - apresenta dor espontânea exacerbada pela função; - restrição dos movimentos mandibulares. DOR MIOFASCIAL - é uma condição dolorosa miogênica regional caracterizada pela presença de um “trigger point” dentro das estruturas miofasciais; - sua etiologia é desconhecida, mas pode ocorrer devido a hipovitaminose, infecções virais, condicionamento físico fraco, fadiga, tensão emocional, fatores hormonais, estresse psicológico; - são mais prevalentes em mulheres; - a principal característica é a presença de PG que causam dor (PG = ponto de gatilho); - é sentida como do dolorimento, não pulsátil; - varia de leve desconforto a uma condição incapacitante; - dor em repouso ou em função; Obs.: os “trigger points” ou zonas de gatilho são regiões localizadas dentro dos músculos com alta atividade elétrica. - clinicamente apalpamos um músculo e a dor é referida para outro músculo; Ponto de gatilho ou TG é uma nodulação palpável, localizada em músculo ou fáscia muscular; - ponto hiperálgico, doloroso quando comprimido e que, além da dor local, promove dor referida; - a dor é reconhecida pelo paciente como familiar; - enfraquecimento muscular, sem atrofia; - redução da amplitude do movimento com sensibilidade ao alongamento; - contração muscular rápida pela palpação; - alívio da dor após alongamento ou agulhamento PG; - não cruza a linha média; o estimulo agrava o sintoma, nunca o inverso. OBS: M. masseter superficial = molares inferiores e região média da mandíbula M. masseter profundo = orelha com otalgia, dor pré- auricular, zumbido, região da ATM Pontos de gatilho MIALGIA MEDIADA CENTRALMENTE Desordem de dor muscular crônica e continua - apresentação clinica pode se assemelhar à miosite, embora não haja sinal de inflamação; - existem sinais de inflamação neurogênica que podem resultar em nocicepção prolongada no SNC, o que pode resultar num efeito antidrômico dos neurônios aferentes; - a exposição crônica ao estresse emocional ou outras fontes de dor profunda; - ocorre então a liberação de substâncias de modulação de dor que causariam a DOR; PODE ESTAR ACOMPANHADA DE: - TP e dor referida na palpação; - sensação de rigidez muscular, fraqueza e/ou fadiga; - sensação de mal oclusão sem sinal clínico; - sintomas nos ouvidos, zumbido, vertigem, dor de dente e cefaléia tensional; - abertura bucal reduzida (pode ou não aumentar com alongamento dos músculos elevadores); - hiperalgesia; o tratamento deve objetivar a diminuição da sensitização central TRATAMENTO - aconselhamento; - esclarecer a DTM; - retringir a função; - boa postura; - sono; - exercício físico; - farmacoterapia; - agulhamento a seco TP; - encaminhar para outras especialidades; - placas oclusais. TRATAMENTO DTMS - PLACAS OCLUSAIS: Ação da placa e relaxamento: - normalização da propriocepção pelo reestabelecimento da oclusão estável (aumento da DVO); - estabilização ortopédica maxilomandibular – oclusão mutuamente protegida . FARMACOTERAPIA: *Corticóide (AIF esteróidais): Dor aguda articular: dexametasona = decadron (duração longa 36 a 72h) *Analgésicos e AIF (AIF não esteróidais): - Acídicos: efeito predominante AIF = ibuprofeno, diclofenaco, piroxican - Não acídicos: efeito predominante analgésico = dipirona, paracetamol *Analgésicos opiódes = tramadol, morfina, oxicodona, metadona. BOTOX: - pode controlar os sintomas de dor, mas não trata a causa; - não há consenso sobre a eficácia da toxina no tratamento da dor miofascial; - injeções de botox não estão livres de complicações potenciais.LASERS: - baixa potência: regulam as reações químicas e fisiológicas - alta potência: rompem as ligações químicas ou removem elétrons OUTROS MÉTODOS: psicoterapia, fonoterapia, fisioterapia, médicos afins...
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