Buscar

O PAPEL DAS PENAS ALTERNATIVAS NO ENFRENTAMENTO AO CAOS NO SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

O PAPEL DAS PENAS ALTERNATIVAS NO ENFRENTAMENTO AO CAOS NO SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO. 
Em uma primeira observação, cumpre destacar, que o uso da violência legitima por meio do Estado, também se enquadra no ato de privação de liberdade do indivíduo. É que nesse sentido, o cárcere não deve apenas estar ligado ao ato de punir, mas sim ressocializar o preso, respeitando o estado democrático de direito e os direitos humanos. 
Dados mostram que o Brasil ocupa o 3º lugar no ranking mundial de pessoas encarceradas, estando atrás dos Estados Unidos e China (ICPR, 2018), contando com o salto de 157% de presos entre os anos 2000 e 2016, um crescimento de, em média 7,3% ao ano, subindo de 232 mil para 726 mil pessoas. Destaque-se, ainda, que números do ano de 2016 (DEPEN, 2017) mostram que cerca de 40% da população encarcerada é representada por presos que ainda não receberam julgamento, sendo essa uma das questões deturpadoras do sistema carcerário, vez que presos não julgados deveriam ser dotados de presunção de inocência (artigo 5º, inciso LVII, CRFB/88) . (GOMES, pág. 1. 2020)
Ainda segundo Sergio Francisco Carlos Graziano Sobrinho (pág. 136, 2014)
Como se vê, as experiências de adoção de políticas de segurança
pública cada vez mais segregativas não é privilégio somente dos Estados Unidos, mas também são adotadas no Brasil, portanto, é imprescindível fazer, comparativamente, as análises do contexto social e econômico dos dois países em função de que, no mesmo período, ambos os países implementaram políticas de segurança pública muito semelhantes, no sentido de, não só privatizar as penitenciárias, mas também, quando fosse o caso, permitir e incentivar a construção de estabelecimentos penais, sob o argumento da melhoria da segurança pública
Temem é preciso considerar, a ineficácia do sistema carcerário em função da falta de eficiência na ressocialização, visto que existe um aumento do o encarceramento (encarceramento em massa). Entretanto, as oportunidades de diminuir a pena trabalhando ou estudando vem se mostrando mais eficazes ao longo dos anos. O indivíduo preso que tem a oportunidade de trabalhar, se sente mais produtivo e menos ocioso, além de melhorar o quadro de estresse e de depressão, além de melhorar as perspectivas de planos bons e longe do crime. 
Além disso, é oportuno evidenciar a importância do estudo, o preso que estuda além de melhorar a situação da pena, que pode sofre regressão, também vê suas chances de ingressar no mercado de trabalho subirem, o aumento no nível de formação é o fator dessa escalada. Em alguns presídios existe o oferecimento de cursos técnicos e a possibilidade de concluir o ensino fundamental e médio.
Em suma, o Estado necessita repensar o encarceramento, e se apropriar de das penas alternativas, apostar na educação e no trabalho remuneração configuram ferramentas que possibilitam ao preso uma verdadeira mudança de mentalidade. Isso também surge como um fator determinante para a redução do índice de encarceramento que só cresce ao passar do tempo. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BORGES, Juliana. Encarceramento em massa. Pólen Produção Editorial LTDA, 2019.
GOMES, Marcela Gama Fernandes. PENAS ALTERNATIVAS À PRISÃO E O ENCARCERAMENTO EM MASSA. PORTAL DOS ADVOGADOS, 2020. 
SOBRINHO, Graziano; CARLOS, Sergio Francisco. Os impactos econômicos da atuação do sistema penal: vida virtual, isolamento e encarceramento em massa. Sequência (Florianópolis), n. 69, p. 133-158, 2014.

Continue navegando