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Toxoplasmose na gestação

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Medicina Ana Catarina Dutra Rebelo
 Toxoplasmose na gestação 
 Ciclo de vida 
• Causada pelo protozoário Toxoplasma Gondii 
(T. gondii). 
• É um protozoário intracelular obrigatório. 
• 3 formas representativas: oocisto, taquizoito e 
cisto. 
⇢ Hospedeiros intermediários: porco, ovelha, ser 
humano. 
⇢ Hospedeiros definitivos: da família Felidae - 
gato doméstico. 
 Transmissão 
• Transmissão (principais formas): 
- Ingesta de carne crua ou malcozida. 
- Exposição de fezes de gatos contaminadas 
com oocistos. 
- Transmissão vertical na gestação. 
• Transmissão congênita: 
- Transmissão via transplacentária. 
- A placenta é invadida por taquizoítos, que se 
multiplicam no local. 
- A infecção primária adquirida antes da 
gravidez não afeta o concepto, a não ser que a 
mulher seja imunodeprimida. 
- Após a infecção por toxoplasmose, é 
recomendado 6 meses de espera para 
engravidar. 
- Pode causar abortamento, malformação fetal e 
até mesmo afetar o recém-nascido, podendo 
ser fatal. 
 Generalidades e epidemiologia 
- Na maioria dos casos, a toxoplasmose é uma 
doença assintomática. 
- Nos adultos infectados, cerca de 10 a 20% 
possuem sintomas, incluindo linfadenopatia, 
febre, mal-estar e hepatoesplenomegalia. 
• O risco de transmissão para o feto aumenta 
durante a gravidez, porém, quanto mais 
evoluída a gestação, menos grave é a infecção: 
- Primeiro trimestre: 10-15% 
- Segundo trimestre: 25% 
- Terceiro trimestre: > 60%. 
- Geralmente as infecções que ocorrem após as 
20 semanas de gestação são bem menos 
graves. 
- Geralmente a transmissão congênita ocorre em 
20-50% das gestantes que são infectadas e 
não tratadas. 
• Infecção fetal: 
- 10% das infecções causam abortamento. 
- Em 10% dos casos ocorre a tríade clássica 
(síndrome toxoplasmósica): coriorretinite, 
hidrocefalia, calcificações intracerebrais. 
- Alguns recém-nascidos apresentam sintomas 
variados da infecção aguda: convulsões, 
esplenomegalia, febre, anemia, icterícia, e 
linfadenopatia. 
- Dos sintomáticos, cerca de 10-15% morrem da 
doença. 
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Medicina Ana Catarina Dutra Rebelo
- Os sobreviventes cursam com progressivo 
retardo m ental ou outras defic iências 
neurológicas. 
- A maioria dos recém-nascidos infectados não 
apresentam sintomas ao nascimento (70-85%) 
⇢ infecção subclínica/ assintomática, são 
diagnosticadas por sorologia IgM. 
- Podem parecer saudáveis ao nascimento, 
p o r é m 9 0 % a p r e s e n t a m s e q u e l a s 
(coriorretinite, comprometimento visual ou 
a u d i t i v o , g r a v e r e t a r d o n o 
neurodesenvolvimento). 
 Diagnóstico da infecção materna 
- Primeira consulta pré-natal: obrigatório fazer 
sorologia IgM e IgG para toxoplasmose. 
- Mulheres soronegativas devem ser avaliadas 
mensalmente. 
- Baixos níveis de IgM podem permanecer 
durante anos. 
- Baixa avidez não assegura infecção fetal. 
- Alta avidez praticamente afasta infecção fetal. 
 Diagnóstico da infecção fetal 
- PCR no líquido aminiótico (PCR-LA) 
- Teste deve ser oferecido após 18 semanas da 
gestação, decorridas 4 semanas da infecção 
materna. 
- Ultrassonografia: eventualmente. Pode mostrar 
calcificações intracerebrais, ventriculomegalia, 
microcefa l ia , hepatoespl enomegal ia e 
crescimento uterino restrito (CIR) acentuado. 
 Diagnóstico no recém-nascido 
- Dosagem de IgM que não atravessa a placenta. 
 Tratamento 
- O tratamento materno não reduz a infecção 
fetal, mas pode diminuir a gravidade da 
infecção congênita. 
• Tratamento com Espiramicina (3g/dia), com 
objetivo de reduzir transmissão vertical - 
profilaxia secundária. 
- Deve ser feito especialmente dentro de 3 
semanas a partir da soroconversão (janela 
espiramicina). 
Exames feitos com intervalo 
de 2 a 3 semanas (sorologia 
pareada), com IgM positivo 
e aumento de pelo menos 
4x do IgG 
Infecção aguda
Alta avidez (IgG > 60%) no 
primeiro trimestre
Infecção há 3 a 4 meses 
(antes da gestação)
Baixa avidez (IgG < 30%) no 
primeiro trimestre
Infecção recente (< 3 
meses)
IgG entre 30 a 60% Inconclusivo
IgG positivo e IgM negativo Infecção antiga - Feto 
protegido
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Medicina Ana Catarina Dutra Rebelo
- Mantida por toda a gestação, mesmo que o 
PCR-LA seja negativo. 
• Quando é confirmada a infecção fetal por PCR-
LA ou ultrassonografia ⇢ tratamento com 
Pirimetamina (50mg/dia) /Sulfadiazina (3g/dia) 
+ ácido Folínico (15mg/dia). 
• Deve-se tratar recém-nascidos infectados, 
mesmo quando assintomáticos ⇢ redução de 
sequelas. 
- Tratamento com Pirimetamina/ Sulfadiazina + 
ácido folínico por 1 ano. 
 Prevenção primária 
- Higiene das mãos depois da manipulação de 
carnes (antes de iniciar outras tarefas). 
- Lavar material de corte que teve contato com 
carnes cruas. 
- Cozimento correto de carnes ⇢ os cistos são 
mortos em contato com calor e frio extremos. 
- Ev i tar contato com gatos ou objetos 
contaminados com fezes de gatos. 
- Jardinagem apenas com luvas. 
- Lavagem de vegetais e frutas antes da 
ingestão. 
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