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As metas principais da Constituição Federal são: estabelecer direitos e garantias fundamentais, limitando a atuação estatal e organizar o Estado brasileiro. In tr od uç ão a o Es tr ut ur al Metas da Constituição Estado Unitário: O Estado Unitário, que constitui uma forma estatal simples-governo central, se caracteriza por uma estrutura de poder única, mais ou menos centralizada, e uma ordem jurídica, visto que toda a autoridade é central. Estado Federado: O Federalismo, ou a federação, como forma de Estado, dedica-se ao estudo da organização e do funcionamento do Estado. Dessa forma, apresenta a divisão do território do Estado em diferentes estados-federados, permitindo a divisão e a convivência de diferentes ordens jurídicas em um mesmo espaço geográfico. Nesse liame, a principal característica dessa forma governamental é a descentralização administrativa e política, por isso temos os poderes divididos em diferentes funções (Legislativo, Executivo e Judiciário). Federalismo Tem como prerrogativas básicas a auto-organização, pela qual o estado-membro pode elaborar sua própria constituição e suas leis; o autogoverno que dá ao povo do estadomembro o direito de escolher seus go- vernantes tanto no plano do Legislativo, como do Executivo e do Judiciário. E a ainda a autoadministração, que permite ao estado-membro organizar e gerir sua máquina burocrática (DALLARI, 2009). Formas de Estado O rg an iz aç ão d o Es ta do b ra si le ir o In tr od uç ão a o Es tr ut ur al Principal característica: descentralização administrativa e política. O que é o "PACTO FEDERATIVO"? É a forma de organização estatal, composta por diversas entidades territoriais, com autonomia relativa e governo próprio. É a existencia da manifestação livre e eficiente da vontade dos representantes de cada um dos estados federados no sentido de criar a união de todos eles, formando assim o Estado Federal. Federalismo Brasileiro No Brasil, a transição entre o Estado unitário para o Estado Federal foi breve e esta grande transformação na vida política nacional foi obra de alguns poucos intelectuais e militares de alta patente, não tendo havido participação popular na deflagração deste processo. "Art. 1ºCF A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I -a soberania; II -a cidadania; III -a dignidade da pessoa humana; IV -os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V –Pluralismo Político Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição." "Art. 2º CF: São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário." "Art. 3º CF: Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I -construir uma sociedade livre, justa e solidária; II -garantir o desenvolvimento nacional; III -erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; O rg an iz aç ão d o Es ta do b ra si le ir o In tr od uç ão a o Es tr ut ur al IV -promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação." "Art. 4º CF: A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: I -independência nacional; II -prevalência dos direitos humanos; III -autodeterminação dos povos; IV -não-intervenção; V -igualdade entre os Estados; VI -defesa da paz; VII -solução pacífica dos conflitos; VIII -repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX -cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X -concessão de asilo político. Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações." "Art. 13, CF: A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil. §1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais. §2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios." "Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais. §1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental. §2º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas O rg an iz aç ão d o Es ta do b ra si le ir o In tr od uç ão a o Es tr ut ur al também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem." "Art. 60,CF: A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: §4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I -a forma federativa de Estado; II -o voto direto, secreto, universal e periódico; III -a separação dos Poderes; IV -os direitos e garantias individuais." "LEI No5.700, DE 1º DE SETEMBRO DE 1971: Dispõe sobre a forma e a apresentação dos Símbolos Nacionais, e dá outras providências. Art. 8º A feitura das Armas Nacionais deve obedecer à proporção de 15 (quinze) de altura por 14 (quatorze) de largura, e atenderàs seguintes disposições: I -o escudo redondo será constituído em campo azul- celeste, contendo cinco estrelas de prata, dispostas na forma da constelação Cruzeiro do sul, com a bordadura do campo perfilada de ouro, carregada de estrelas de prata em número igual ao das estrelas existentes na Bandeira Nacional; Art. 26. É obrigatório o uso das Armas Nacionais; I -No Palácio da Presidência da República e na residência do Presidente da República; II -Nos edifícios-sede dos Ministérios; III -Nas Casas do Congresso Nacional; IV -No Supremo Tribunal Federal, nos Tribunais Superiores e nos Tribunais Federais de Recursos; V -Nos edifícios-sede dos poderes executivo, legislativo e judiciário dos Estados, Territórios e Distrito Federal; VI -Nas Prefeituras e Câmaras Municipais; VII -Na frontaria dos edifícios das repartições públicas federais; VIII -nos quartéis das forças federais de terra, mar e ar e O rg an iz aç ão d o Es ta do b ra si le ir o In tr od uç ão a o Es tr ut ur al O Presidente da República é Chefe do Estado e Chefe do Governo; A chefia do executivo é unipessoal; O Presidente da República é escolhido pelo povo; O Presidente da República é escolhido por um prazo determinado; O Presidente da República tem poder de veto. das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, nos seus armamentos, bem como nas fortalezas e nos navios de guerra;(Redação dada pela Lei nº 8.421, de 1992) IX -Na frontaria ou no salão principal das escolas públicas; X -Nos papéis de expediente, nos convites e nas publicações oficiais de nível federal." Presidencialismo "A estrutura do poder político se concentrará fundamentalmente na figura do presidente da república, que concentrará as atribuições de governo e de representação do Estado, fazendo agigantar o papel político do detentor da função executiva no comando das decisões políticas.Vigora no sistema presidencial a estratégia dos checks and balances ou sistema de freios e contrapesos para dar equilíbrio à ação das funções estatais e permitir uma convivência harmônica entre os diversos espaços de poder." - Strek Quem são os EntesFederativos? Os Entes federativos são: a União, os Estados, o Distrito Federal e o Município. "Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. § 1º Brasília é a CapitalFederal. § 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. O rg an iz aç ão d o Es ta do b ra si le ir o In tr od uç ão a o Es tr ut ur al Bens de uso comum do povo: São aqueles necessários à coletividade e, por isso, seu uso deve estar disponível a todos os cidadãos. Bens de uso especial: São os imóveis que se destinam à execução de serviços administrativos ou à prestação de serviços públicos em geral, tais como prédios de repartições públicas. Um prédio onde esteja instalado um hospital público ou uma escola pública também enquadram-se na categoria de bens de uso especial. Bens dominiais: Os bens dominiais não têm uma destinação específica, como os anteriores. Por isso, podem ser disponibilizados inclusive para o uso privado, conforme os instrumentos de destinação previstos na legislação. A utilização privada dos bens dominiais da União enseja, no entanto, o pagamento de uma retribuição pecuniária pela utilização privada de um bem que é público. Os recursos gerados dessa forma são conhecidos como receitas patrimoniais. § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei." Bens da União ex: os rios, as praças, as vias públicas e as praias. O rg an iz aç ão d o Es ta do b ra si le ir o https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/patrimonio-da-uniao/bens-da-uniao https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/patrimonio-da-uniao/bens-da-uniao#_msocom_2 In tr od uç ão a o Es tr ut ur al O rg an iz aç ão d o Es ta do b ra si le ir o Terrenos de Marinha Margens de Rios Ilhas Unidades de Conservação Terras Rurais Terras Indígenas Tipos de Bens da União: Como aduz: "Art. 20. São bens da União: I -os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; II -as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; III -os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26 II; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 46, de 2005) V -os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; VI -o mar territorial; VII -os terrenos de marinha e seus acrescidos; VIII -os potenciais de energia hidráulica; IX -os recursos minerais, inclusive os do subsolo; X -as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos; XI -as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios." In tr od uç ão a o Es tr ut ur al Como funciona a repartição de Competência? Na Constituição Federal brasileira, prevalece os modelos moderno, horizontal e vertical, levando em conta o tipo de tarefa desempenhada pelo ente federado. • Modelo moderno: as competências da União e as competências dos esta- dos-membros estão enumeradas na Constituição. • Modelo horizontal: não existe subordinação entre os entes federados no exercício da competência. Isto é, todos os entes federativos possuem autonomia para exercer suas competências que lhes são atribuídas pela Constituição. Trata-se das competências estabelecidas no arts. 21, 22, 23, 25 e 30 da CF. • Modelo vertical: existe uma subordinação entre os entes federativos quanto às matérias situadas em seu campo de atuação. Essa relação de subordinação é fruto das competências nas quais os entes federados possuem competências para atuar acerca das mesmas matérias. Trata-se da competência concorrente estabelecida no art. 24 da CF. É importante salientar que há ainda as competências tributárias, que são relevantes para a autonomia financeira dos entes federativos para que possam exercer as demais competências, prevista nos artigos 153 a 156 da CF. Outrossim, a CRFB adotou o princípio da predominância do interesse como critério norteador dessa divisão de tarefas. Tal principio leva em consideração a lógica de atribuir a solução dos conflitos aos entes que por ele são mais afetados, por exemplo, se o interesse é predomi- nantemente local, caberá ao Município, se o interesse é nacional, à União. Se o interesse é predominantemente regional, a competência será estadual. Segundo art. 32 da CF, ao Distrito Federal são atribuídas as competências le- gislativas reservadas aos Estados e Municípios. . O rg an iz aç ão d o Es ta do b ra si le ir o Apostila Direito Constitucional II - Estácio In tr od uç ão a o Es tr ut ur al Competências exclusivas: art. 21 da CRFB/88 - são exclusivas porque são de um único ente e de mais ninguém, ou seja, não são passíveis de delegação. No caso brasileiro, são competências administrativas da União; Competências privativas: art. 22 da CRFB/88 – são competências de um único ente, mas que podem ser delegadas se houver autorização legal. No caso brasileiro, são competências legislativas que cabem à União, mas que poderão ser delegadas aos Estados por lei complementar; Competências comuns: art. 23 da CRFB/88 – são competências administrativas que cabem a todos os entes federativos; Competências concorrentes: art. 24 c/c art. 30, III da CRFB/88 – são competências legislativas que atribuem segundo as regras dos parágrafos do art. 24 um papel legislativo à União e aos estados-membros e, aos Municípios, em caráter suplementar, naquilo que couber, por força do art. 30, II da CRFB/88; Competência residual ou remanescente: art. 25 da CRFB/88 – as competências remanescentes ou residuais são competências exclusivas, administrativas, legislativas, dos estados-membros, ou seja, os assuntos das competências remanescentes são dos estados-membros. Serão todos aqueles assuntos que não são da competência exclusiva e privativa da União nem do Município, é o que remanesce; Competências locais: art. 30, II da CRFB/88 – são competências legislativas e exclusivas dos Municípios. Repartição das Competências Competência Legislativa (art. 22 da CF): "Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; II - desapropriação; III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra; IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; O rg an iz aç ão d o Es ta do b ra si le ir o In tr od uç ão a o Es tr ut ur al V - serviço postal; VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais; VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores; VIII - comércio exterior e interestadual; IX - diretrizes da política nacional de transportes; X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial; XI - trânsito e transporte; XII - jazidas, minas, outros recursos mineraise metalurgia; XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização; XIV - populações indígenas; XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros; XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões; XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes; XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais; XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular; XX - sistemas de consórcios e sorteios; XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares; XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais; XXIII - seguridade social; XXIV - diretrizes e bases da educação nacional; XXV - registros públicos; XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza; O rg an iz aç ão d o Es ta do b ra si le ir o In tr od uç ão a o Es tr ut ur al XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1º, III; XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional; XXIX - propaganda comercial. Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo." Aspecto facultativo (art. 24, CF): Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; II - orçamento; III - juntas comerciais; IV - custas dos serviços forenses; V - produção e consumo; VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico; VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação; X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas; XI - procedimentos em matéria processual; XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; O rg an iz aç ão d o Es ta do b ra si le ir o In tr od uç ão a o Es tr ut ur al Competência Remanescentes/Residuais Bens dos Estados-membros XIII - assistência jurídica e defensoria pública; XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência; XV - proteção à infância e à juventude; XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis. § 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. § 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. § 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. § 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. Bens e Competências Administrativas e Legislativas (art. 25 e 26, CF): "Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. §1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição. §2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. §3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum." "Art. 26 CF. Incluem-se entre os bens dos Estados: I -as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e O rg an iz aç ão d o Es ta do b ra si le ir o In tr od uç ão a o Es tr ut ur al em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União; II -as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros; III -as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; IV -as terras devolutas não compreendidas entre as da União. Insights: "A constituição estruturou um sistema que combina competências exclusivas, privativas e principiológicas com competências comuns e concorrentes, buscando reconstruir o sistema federativo segundo critérios de equilíbrio ditados pela experiência histórica” "À União caberão aquelas matérias e questões de predominante interesse geral, nacional, ao passo que aos Estados tocarão as matérias e assuntos depredominante interesse regional, e aos Municípios concernem os assuntos de interesse local”. - José Afonso da Silva Repartição de Competências Estados - Membros Distrito Federal O rg an iz aç ão d o Es ta do b ra si le ir o matérias de interesse geral matérias de interesse regional matérias de interessee regional e local matérias de interesse local União Municípios In tr od uç ão a o Es tr ut ur al Enumerou taxativa e expressamente a competência da UNIÃO - a denominada competência enumerada expressa (art. 21 e 22 da CF); Mediante arrolamento de competências expressas e indicação de um critério de determinação das demais, enumerou taxativa e expressamente a competência dos MUNICÍPIOS (art. 30 da CF - legislar, organizar e prestar serviços públicos de interesse local, incisos I e V deste art); Outorgou ao DF as competências dos Estados e Municípios (art. 32, §1º, CF); Não enumerou expressamente as competências dos estados- membros, reservando a estes as competências que não lhes foram vedadas na Constituição - a denominada competência remanescente, não enumerada ou residual (art. 25, §1º, I, CF); Fixou uma competência administrativa comum - em que todos os entes federados poderão atuar paralelamente, em situações similares - de igualdade (art. 23, CF); Fixou uma competência administrativa concorrente - estabelecendo uma concorrência vertical legislativa entre a União, os Estados e o DF (art. 24, CF); Técnica Adotada pela CRFB/88 : Segundo o princípio da predominancia do interesse, o legislador constituinte repartiu as competências entre osentes federados da seguinte forma: Opinião do Supremo Tribunal Federal "Nos casos em que a dúvida sobre a competência legislativa recai sobre norma que abrange mais de um tema, deve o intérprete acolher interpretação que não tolha a competência que detêm os entes menores para dispor sobre determinada matéria (presumption against preemption). Porque o federalismo é um instrumento de descentralização política que visa realizar direitos fundamentais, se a lei federal ou estadual claramente indicar, de forma adequada, necessária e razoável, que os efeitos de sua O rg an iz aç ão d o Es ta do b ra si le ir o In tr od uç ão a o Es tr ut ur al aplicação excluem o poder de complementação que detêm os entes menores (clear statement rule), é possível afastar a presunção de que, no âmbito regional, determinado tema deve ser disciplinado pelo ente menor. Na ausência de norma federal que, de forma nítida (clear statementrule), retire a presunção de que gozam os entes menores para, nos assuntos de interesse comum e concorrente, exercerem plenamente sua autonomia, detêm Estados e Municípios, nos seus respectivos âmbitos de atuação, competência normativa. [RE 194.704, rel. p/ o ac. min. Edson Fachin, j. 29-6-2017, P, DJE de 17-11-2017.]" O rg an iz aç ão d o Es ta do b ra si le ir o Fim. http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14071244
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