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Infecçõe� d� trat� urinári� A ITU é a forma mais comum de infecção bacteriana. Varia desde a bacteriúria assintomática até a cistite, prostatite e pielonefrite. Podem ser caracterizadas com: - simples - complicadas - adquiridas na comunidade (quando ocorrem em ambiente comum) - nosocomiais (associadas a sondagem vesical - internação, etc) → ITU simples: quando ocorrem na ausência de causas anatômicas ou de fatores predisponentes → ITU complicada: associadas a anormalidades estruturais ou funcionais do trato urinário e dos rins obs: pacientes diabéticos têm maior facilidade de desenvolver esse tipo de ITU → bactéria gosta de glicose → crescimento bacteriano Incidênci� d� ITU → A ITU é mais frequente nas mulheres do que nos homens, exceto nas faixas etárias extremas. Durante o período neonatal, a incidência de ITU é levemente maior nos homens do que nas mulheres, devido à maior frequência de anomalias congênitas do trato urinário em bebês do sexo masculino. Após os 50 anos de idade, a incidência de ITU entre os homens passa a ser quase tão alta quanto nas mulheres, provavelmente por causa da obstrução decorrente da hipertrofia prostática. -> em neonatos a proporção de incidência de ITU em meninos é maior que meninas - a incidência de anormalidades congênitas do trato genito urinário nessa faixa etária é maior em meninos que em meninas -> em idade pré escolar o uso de fralda acarreta em maior infecções, principalmente em meninas -> em idade fertil - ato sexual -> geriatrica - fralda, incontinência urinária e resposta imunológica reduzida → proporções entre homens e mulheres quase se iguala → hipertrofia benigna prostática que obstrui o canal da uretra (retenção urinária) em homens Tip�� d� ITU nomes utilizados ITU alta ou pielonefrite - no ureter → ureterite - rim → pielonefrite nomes utilizados ITU baixa ou cistite - bexiga → cistite - uretra → uretrite Bacteriúri� assintomátic� - presença de bactérias na urina em pacientes sem sintomas - condição normal e deve ser diferenciada das patogênicas - requer tratamento apenas em casos isolados - na gestação: o tratamento é impositivo (sempre tem que tratar) por causa do risco aumentado em desenvolver pielonefrite, parto prematuro ou recém-nascido de peso baixo, em procedimentos urológicos com sangramento de mucosa pois estes pacientes têm risco de bacteremia ou septicemia - A frequência de bacteriúria assintomática varia com idade, sexo, atividade sexual e presença de alterações no trato urinário. Em mulheres saudáveis, a prevalência de bacteriúria varia de 1 a 5% (antes da menopausa) a mais de 15% em idosas. Pr�statit� bacterian� - inflamação da próstata - prostatite bacteriana aguda - Normalmente mais comum com o avanço da idade - Desencadeado por hipertrofia benigna da próstata - tem início súbito e, muitas vezes, os sintomas iniciais ocorrem pelo corpo todo: febre, calafrios, mal-estar, sensação de fraqueza e dores. Ao mesmo tempo, ou logo depois, aparecem as manifestações específicas do trato urinário, como dor e ardência ao urinar, frequência urinária aumentada, vontade incontrolável de urinar Cistit� - aspecto na urina: turva (piúria: presença de leucócitos na urina) no começo pode ser que não esteja turva. Pode estar avermelhada (presença de hemácias por causa da vasodilatação para a chegada de células imunológicas) - disúria: dor, queimação - polaciúria: frequência aumentada de idas ao banheiro e sensação de não eliminação total da urina - febre não é comum - dor suprapúbica ou de baixo ventre - frontal Pielonefrit� - quadros de cistite - febre elevada (maior que 38 graus), calafrios e dor lombar (tríade clássica) - em idosos e obesos podem nao ter febre em alguns casos colet� d� urin� - exame� complementare� urina rotina (urina tipo I) - presença de piúria ( maior/igual 10.000 leucócitos/ml) ou 10 leucócitos por campo - hematúria > presença de hemácias - bacteriúria - pode ter células epiteliais - se desprendem em ambiente infeccioso e saem na urina urocultura - isolamento do agente etiológico da infecção → exame definidor de diagnóstico: característica da colônia, prova bioquímica, microscopia pela coloração de gram e antibiograma teste de sensibilidade a antimicrobianos - TSA (antibiograma) - complementar a urocultura - fornece os antibióticos potencialmente úteis a partir do padrão de sensibilidade do microorganismo hemocultura - para cistite não tem valor, mas em casos de pielonefrite positiva em 25 a 60% dos casos e pode indicar risco maior de sepse exames de imagem - ultrassonografia nos dois casos, mas em pielonefrite pode ser usado outros exames como uma tomografia ou ressonancia patógen�� associad�� � ITU - mai� prevalente� - escherichia coli uropatogênica (UPEC) 70 a 95% dos caso de infecção do trato urinário não complicados e 50% dos episódios é causado pelo uso de cateter - bacilos gram-negativos: proteus (pode causar cálculo renal), klebsiella, enterobacter, e pseudomonas, - bacilos gram-positivos: staphylococcus saprophyticus, e enterococcus - leveduras: candida albicans UPEC → A entrada da UPEC no trato urinário é seguida pela adesão ao uroepitelio, e essa ligação é mediada pela adesina fimbrial H (FimH) - cápsula ou antígeno K garante a sua entrada e permanência → passam despercebidas - se movimentam → bactérias flageladas e isso potencializa sua migração para a bexiga - flagelo (antígeno H) - LPS (antígeno O) → causa o processo inflamatório da parede da bexiga e garante a adesão - fímbrias adesinas → fatores de adesão ao epitélio - fímbrias tipo I - cistite (presença somente da fímbria tipo I) - fímbrias do tipo P: adesão às células renais, liga-se a receptor glicolipídeo presente somente no tecido epitelial renal - fímbrias tipo I e tipo P juntas: pielonefrite -> Escherichia coli uropathogenic - bacilo gram negativo - lactose positiva (fermenta lactose) - citrato negativo -> Proteus mirabilis - bacilo gram negativo - lactose negativa (não fermenta lactose) - urease positiva (produz urease que degrada uréia formando amônia e outros produtos, deixando o meio muito alcalino/formação de cálculos) 1- adesão ao epitélio da bexiga → fímbria do tipo 1 e tb pela fímbria P 2- invasão na célula epitelial → fímbria do tipo 1 3- multiplicação bacteriana intracelular (intracelular facultativa) → formação de comunidades bacterianas (proteção contra o sistema imune) 4- esfoliação (degradação de células epiteliais) e apoptose → causado pela exotoxina alfa-hemolisina aumentando a disseminação da UPEC. Algumas comunidades bacterianas intracelulares continuam intactas (possível causa de infecção recorrente) -> Infecções não tratadas podem progredir de forma ascendente até alcançar os rins e a próstata. O que vai depender? Expressão de flagelos e fímbria P. A inflamação é mediada por citocinas, cuja produção é induzida pelo antígeno O, a-hemolisina etc. Pode atravessar epitélio renal, e atingir corrente sanguínea - É na fase de Esfoliação que iniciam os sintomas → dano tecidual Rota� d� infecçã� (ascendent� � hematogênic�) via hematogênica: - S. aureus - M. tuberculosis - Leptospira interrogans (Leptospirose-zooonose) → Espiroqueta, gram negativa, com endoflagelos. Transmissão: penetração da bactéria, proveniente de água contaminada com urina de rato, em pequenas abrasões na pele ou mucosas. via ascendente: - E. coli Uropatogênica (presente no intestino) atinge a uretra /cateter vesical etc. Grup�� d� risc� - crianças até 6 anos de idade - mulheres (padrão anatômico) jovens e com vida sexual ativa - adultos idosos com 60+ (hiperplasia prostática benigna) - nível de higiene - uso de fraldas Vantagen� anatômica� masculina� - Homens apresentam uma uretra consideravelmente maior em comparação às mulheres, o que resulta em uma condição de menores chances que as bactérias consigam penetrar a bexiga Gravide� - problema muito frequente devido às alterações fisiológicas da gravidez, que favorecem a colonização do trato urinário.- Útero contrai o ureter / acúmulo de urina na região (suscetível à infecção) - Esfíncter urinário (diminuição do tônus muscular) - acúmulo de urina na bexiga (suscetível à infecção) Diabete� - O diabético é mais suscetível a infecções. A infecção descompensa o diabetes e aumenta a quantidade de glicose na urina, o que piora a infecção. - Se o paciente diabético estiver descompensado, ou seja com níveis de glicose alta no sangue, a imunidade diminui e a pessoa fica mais suscetível a ter infecções, incluindo a infecção urinária. Portanto é fundamental controlar a glicemia, caso contrário o paciente pode ter infecções de repetição Os cálculos renais são massas sólidas formadas por minerais e sais ácidos que se aglutinam na concentração da urina. A passagem pelo trato urinário pode ser dolorosa, mas eles geralmente não causam danos permanentes. O sintoma mais comum é uma dor intensa, normalmente no lado do abdômen, frequentemente associada a náuseas. A nefrolitíase infecciosa é tradicionalmente considerada uma consequência de uma ITU com bactérias, na maioria dos casos pertencentes ao gênero Proteus, que podem produzir urease, uma enzima capaz de dividir a uréia urinária , elevando o pH urinário e promovendo precipitação e agregação de cristais de estruvita subsequentes Fatore� d� risc� � classificaçã� e� ITU nã� complicad� � complicad� ITU não complicada - geralmente em quadros de cistite - sistema urinário sem alterações - imunocompetentes - patógeno comum: E. coli ITU complicada - fator de virulência microbiano x resposta imune humana - Geralmente em quadros de pielonefrite - Falhas terapêuticas - Alterações estruturais ou funcionais do trato urinário - Desenvolvida em ambiente hospitalar - Patógenos comuns: bactérias gram positivas e gram negativas com elevada frequência de organismos multirresistentes. Ex.: enterobactérias produtoras de Beta Lactamases de Espectro Estendido (ESBL) - ITU de repetição (comum: E. coli) obs: Uma mulher é considerada portadora de ITU de repetição quando acometido por 3 ou mais episódios de ITU no período de 1 ano. O homem quando ocorre dois ou mais episódios de ITU em um período de até 3 anos. Fatore� d� risc� � � ITU complicad� - diabetes e litíase (pedras nos rins) Profilaxi� n� ITU - Higiene pessoal, incluindo a higiene íntima no sentido ântero-posterior do períneo, evita a migração de bactérias da região anal para a região periuretral - Aumento da ingestão hídrica para 1,5 a 2 litros de líquido por dia contribui para a lavagem vesical e dificulta a aderência da bactéria ao tecido vesical - Micção com intervalos mais curtos evita a estase urinária, que contribui para a proliferação de microorganismos - Prevenção contra doenças em que os patógenos atingem o rim por via hematogênica Mecanism� d� control� d� patogenicidad� ● pH da urina (concentração de ureia elevada) ● Osmolaridade urinária elevada ● Fluxo urinário ● Válvula fisiológica no ureter que impede o fluxo reverso da urina para o rim ● Secreções prostáticas ● Inibidores de adesão: proteínas Tamm-Horsfall e mucopolissacarídeos secretados pelo uroepitélio ● Resposta imune (migração de fagócitos, principalmente neutrófilos)
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