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Julia Paris Malaco Farmacologia - Princípios O objeto da farmacologia é amplo e compreende o conhecimento de: origem, propriedades físicas e químicas, composição, ações fisiológicas, absorção, destino, excreção e usos terapêuticos dos fármacos. O fármaco pode ser definido, grosseiramente, como qualquer substancia química que afeta o protoplasma vivo, sendo poucas as substâncias excluídas por essa definição. Invenção dos fármacos O genoma comparativo e tecnologia do DNA recombinante auxiliaram na evolução dos fármacos, e a partir disso foram criados alvos. Métodos in sílico: método computacional que faz com que ocorra uma varredura das moléculas para que haja uma possibilidade de interação entre elas, auxiliando no desenvolvimento de novos fármacos Método in vitro: automação que faz a varredura de diferentes fármacos. É a partir dessas varreduras que se tem compostos que passam a ser testados clinicamente Os primeiros fármacos resultaram da observação dos efeitos de plantas após sua ingestão por animais, sem conhecer seu mecanismo ou local de ação. Embora esta abordagem continue útil (p. ex., no rastreio da capacidade de produtos naturais matarem microrganismos ou células malignas), a invenção de fármacos atual usa em geral abordagem inversa — parte da hipótese de que certa proteína ou via tem um papel crítico na patogenesia de certa doença e que alterando a atividade desta proteína ela por consequência será eficaz contra a doença. Surgem questões cruciais: Pode-se encontrar um fármaco que tem o efeito desejado contra seu alvo? O alvo é suscetível a fármacos? o A suscetibilidade de um alvo a uma molécula orgânica de baixa massa molecular depende da presença de locais de ligação que possam ser alcançados com considerável afinidade e seletividade pelo fármaco. A modulação da proteína-alvo afeta a evolução da doença? O alvo foi validado? o Uma resposta negativa, com frequência só obtida retrospectivamente, é a causa comum do fracasso na invenção de fármacos. Os sistemas biológicos com frequência têm elementos redundantes e podem alterar a expressão de elementos regulados por fármacos compensando seu efeito. Em geral, quanto mais importante a função, maior a complexidade do sistema. Este projeto faz sentido economicamente? Pesquisa pré clinica Agora é preciso considerar todos os aspectos da molécula em questão - sua afinidade e seletividade para interagir com o alvo, suas propriedades farmacocinéticas (absorção, distribuição, biotransformação e excreção), questões como a síntese em larga escala ou a purificação, suas propriedades farmacêuticas (estabilidade, solubilidade, questões de formulação) e sua segurança. A pesquisa pré clínica para que se possa avaliar toxicidade, carcingenicidade, genotoxicidade e toxicidade reprodutiva do fármaco. Ensaios clínicos O FDA é a agência reguladora do U.S. Department of Health and Human Services. O FDA é responsável por proteger a saúde pública assegurando a segurança, eficácia e garantia dos fármacos humanos e veterinários, produtos biológicos, aparelhos médicos, suprimento de alimentos para o país, cosméticos e produtos que emitem radiação. Os ensaios clínicos (considerando fármacos) são investigações em humanos, com objetivo de obter informações sobre as propriedades farmacocinéticas e farmacodinâmicas de um potencial fármaco. O National Institutes of Health destaca sete exigências éticas que devem ser atendidas antes de iniciar o ensaio clínico e compreendem: valor social, validade científica, seleção justa e objetiva dos indivíduos, consentimento informado, relação risco-benefício favorável, aprovação e supervisão de um comitê revisor independente (IRB) e respeito aos participantes. Tipicamente, os ensaios clínicos regulamentados pelo FDA são conduzidos em quatro fases. As três primeiras são projetadas para estabelecer segurança e eficácia, enquanto a fase IV, ensaios Julia Paris Malaco pós-comercialização, delineiaminformações adicionais com relação a novas indicações, riscos, doses e esquemas de administração ideais. Determinação da segurança e eficácia Para demonstrar eficácia para o FDA é necessário realizar ‘investigações adequadas e bem controladas’, em geral interpretadas como dois ensaios clínicos replicados que em geral, mas nem sempre, são randomizados, duplo-cegos e controlados por placebo. O placebo é o controle adequado? O que deve ser mensurado no ensaio? Em um ensaio simples, parâmetros facilmente quantificáveis (um objetivo secundário ou substituto), mas aceito como preditivo de resultado clínico relevante, é mensurado em grupos correspondentes tratados com fármaco ou placebo. Nenhum fármaco é totalmente seguro; todos os fármacos produzem efeitos indesejados em pelos menos uma pessoa em alguma dosagem. Vários efeitos indesejados e graves de fármacos ocorrem tão raramente, talvez só um em vários milhares de pacientes, que eles não são detectados em população relativamente pequena (poucos milhares) na fase III do ensaio clínico-padrão. Em geral o verdadeiro espectro e a incidência de efeitos indesejados se tornam conhecidos somente após o fármaco ser liberado ao comércio amplo e usado por um grande número de pessoas (fase IV, vigilância pós-comercialização). Responsabilidade pelo produto: As companhias farmacêuticas podem ser processadas por falhas no projeto ou na fabricação, práticas promocionais enganosas, violação de exigências regulamentadas ou por não alertar o consumidor de riscos conhecidos. As queixas denominadas “falhas de advertência” podem ser feitas contra fabricantes de medicamentos mesmo que o produto tenha sido aprovado pelo FDA. “Nós também” versus inovação verdadeira: O ritmo de desenvolvimento de novos fármacos (Medicamento genérico) O “nós também” é a expressão que descreve um medicamento que, em geral, é estruturalmente similar a um ou mais que já estão no mercado. Outras denominações para este fenômeno são “medicamentos derivados”, “modificações moleculares” e “medicamentos follow up (de acompanhamento). Em alguns casos o medicamento “nós também” é uma molécula diferente, desenvolvida deliberadamente por uma companhia competidora para compartilhar o mercado da indústria inovadora, com fármacos que existem no mercado. Quando o mercado para uma classe de fármacos é especialmente amplo, várias empresas podem compartilhá-lo e ter lucro. Alguns produtos “nós também” são pequenas alterações na formulação, pela própria empresa proprietária, embalados e promovidos como se realmente oferecessem algo novo. Resposta ao fármaco
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