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Mariana Alves – 5º período Patologia Médica Patologias do Esôfago Esôfago: estrutura histológica Tipo de epitélio do esôfago – epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado Camada basal, que toca o tecido conjuntivo, onde as células são imaturas. E a medida que vai subindo na superfície do epitélio vai tendo um amadurecimento até chegar na camada lá de cima, que chamamos de camada superficial. Pra olhar o tipo de célula que temos naquele epitélio precisamos ver na camada superficial e não na basal, que toca o tecido conjuntivo. Porque na camada basal as células estão imaturas Divisões das camadas do esôfago: - Mucosa - Submucosa - Muscular - Serosa/adventícia (não são a mesma coisa, sua diferença é pela espessura do tecido conjuntivo. A serosa tem uma espessura maior do que a adventícia de tecido conjuntivo) Mucosa Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado Células pavimentosas também são chamadas de células escamosas. Epitélio que reveste a mucosa é avascular, não tem vasos sanguíneos e nem linfáticos. Quando temos um tumor nessa área sabemos que ele não tem metástase nem a linfonodo nem a distância. É um tumor mais brando. Quanto mais infiltrado o tumor pior o prognóstico do paciente. Submucosa Onde tem a vascularização Doença do refluxo é a de maior incidência Etiologia = causa Patogenia = forma como evoluiu até ter aquela doença Etiopatogenia = qual é a causa e como ela foi desenvolvida Natureza do material - fragmentos provenientes de endoscopia digestiva (0,3 / 0,4) - peças cirúrgicas de esofagectomia (15cm) Geralmente a amostra da endoscopia é de mucosa e submucosa, nem vem tecido muscular Mariana Alves – 5º período Patologia Médica pois se perfurar até a serosa o paciente pode ter uma complicação por conta da endoscopia. Sintomas das patologias do esôfago Pirose (dor ao deglutir), dor retroesternal, disfagia (dificuldade em deglutir), hematêmese (vômito com sangue), disfagia progressiva, obstrução e emagrecimento Varizes Esofagianas Causas principais: Cirrose Esquistossomose São doenças que causam hipertensão portal e congestão vascular. Como reflexo tem uma diminuição do fluxo sanguíneo esofágico, o vaso fica mais calibroso e mais tortuoso por causa da hipertensão portal. *paciente com hematêmese ou melena pedimos uma endoscopia digestiva alta porque se refere, provavelmente, a uma hemorragia alta. Alterações macroscópicas - Erosões pequenas com material brancacento - Ulcerações múltiplas (herpes, citomegalovírus) - Espessamentos em placas brancacentos (hiperplasias/CA) - Mucosa avermelhada em JEG (junção esôfago gástrico - refluxo e Barrett) - Pólipos (de origem epitelial ou estromal) - Lesão vegetante / úlcero-vegetante / estenosante (lesão neoplásica) *pólipo – tudo que eleva a mucosa, tudo que faz projeção pra dentro da luz O pólipo só acontece onde tem epitélio de revestimento. Não precisa ter luz como esôfago ou intestino mas precisa ter epitélio de revestimento. Por exemplo a pele, tudo que eleva seu epitélio de revestimento é considerado pólipo. Séssil – eleva só a mucosa Pediculado – forma eixo de tecido conjuntivo na base e acima epitélio revestido. Pólipo em si não é maligno. É uma hiperplasia, aumento do numero de células. O que vai definir se é benigno ou maligno é o tipo de célula que está proliferando e formando aquele pólipo. Alterações microscópicas - infiltrado inflamatório - erosões e ulcerações - metaplasia intestinal (barrett) - displasias em epitélio escamoso ou metaplasico intestinal - carcinoma epidermoide, adenocarcinoma e outros Esofagites De maior incidência no esôfago – 10 a 20% Causas: infecciosas (fungos, vírus e bactérias) irritativas (refluxo gastro esofágico) sistêmicas esofagite eosinofilica (alérgica) Esofagite por cândida: áreas avermelhadas e material pardacento processo inflamatório e cândida epitélio de revestimento esofágico - epitélio pavimentoso estratificado Acumulo de célula inflamatória – regiões da lamina em azul Candida – “macarrão” Esofagite ulcerada por herpes Mais de um núcleo, núcleos com tamanhos diferentes Refluxo Principais causas da doença do refluxo Mariana Alves – 5º período Patologia Médica Anatomia normal – esfíncter competente, capaz de se manter fechado evitando que o conteúdo do estomago entre no esôfago e agrida sua parede. Na anatomia normal o diafragma está presente na direção do esfíncter. Nossa respiração não interfere na tensão com relação ao esfíncter. Na doença do refluxo o diafragma está na localização correta mas o esfíncter incompetente. Não veda completamente o conteúdo gástrico e ele acaba voltando para o esôfago. Na hernia de Hiato o que acontece é que o esfíncter não estará mais na direção do diafragma. Isso porque há um deslizamento da porção do estomago para acima do diafragma formando uma saculação (bolsa). Com a pressão feita na respiração, por utilizar o diafragma, o esfíncter não consegue suportar a tensão dessa saculação e acaba se abrindo liberando conteúdo gástrico para o esôfago. Refluxo e Esôfago de Barrett O epitélio do esôfago é: epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado Epitélio do estomago: epitélio cilíndrico simples (células glandulares) O epitélio cilíndrico é mais resistente, melhor se adapta ao ambiente da acidez gástrica comparado com o esôfago. Toda vez q tem refluxo do epitélio cilíndrico para o epitélio pavimentoso tem agressão desse conteúdo para o epitélio esofágico. No primeiro momento o paciente começa a ter refluxo, esse contato gera processo inflamatório (esofagite), a medida q esse refluxo se torna constante, dura um longo período ele acaba sofrendo agressões constantes. Principais alterações que o epitélio faz qnd entra em contato com a acidez gástrica: inflamação (esofagite), pode gerar ulceração ou erosão, sangramento, qnd melhora tem reepitelização. Pq o refluxo depende muito da alimentação. Isso acontece o tempo todo na doença do refluxo. O organismo para se adaptar acaba fazendo a troca do epitélio pavimentoso para o cilíndrico na intenção de gerar menos agressões com o conteúdo gástrico. Porém, a área de metaplasia (área de troca de um epitélio para o outro) é instável para o surgimento da displasia e em consequência a neoplasia. Adenoarcinoma esofágico em consequência do esôfago de Barrett pela constante agressão ao epitélio esofágico. Esofagite de refluxo Microscopia – epitélio pavimentoso com áreas de infiltrado inflamatório Esôfago de Barrett É uma consequência da doença do refluxo de longa duração sem tratamento onde o paciente tem recorrentes processos inflamatórios, ulceração e reepitelização e em determinado momento vai fazer a metaplasia, a troca do epitélio pavimentoso pelo epitélio cilíndrico simples com células caliciformes. Não tem epitélio idêntico ao do estomago (epitélio cilíndrico simples) e sim um epitélio similar ao do intestino. Etiologia (causa) - doença do refluxo. Patogenia – evolução. Paciente tem doença do refluxo, inflamação, ulceração e troca do epitélio escamoso (epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado) pelo epitélio cilíndrico simples com células caliciformes. *infiltrado de células inflamatórias Crônico – linfócito e plasmócito Agudo – neutrófilo
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