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M a r i a L u i z a F e r n a n d e s – C a r d i o l o g i a – V a n e s s a – P á g i n a | 1 PARTE 2 – RESUMO DESSE SLIDE K Após esse remodelamento ventricular vai-se iniciar as alterações hemodinâmicas: o No primeiro momento há uma tentativa de dessa ativação neuro-hormonal para manter o DC, porém, isso perde o equilíbrio conforme o passar da persistência, desses mediadores serem ativados, começando a ter → Resposta inadequada do DC. – Redução da contratilidade, redução da fração de ejeção, DC. o Elevação da pressão pulmonar. o Elevação da pressão venosa sistêmica. – Reduzindo a pré-carga, aumentando a pós carga, no sentido de aumentar a resistência vascular periférica (RVP), por conta desse sistema nervoso simpático. o Inapropriada perfusão tecidual. K QUAL O MARCADOR LABORATORIAL MAIS PRECOCE DE DÉFICIT TECIDUAL? PROVA: Lactato. Ocorre um aumento desse lactato. K VOCÊS ESTÃO COM UM PACIENTE COM SUSPEITA DE DÉFICIT DE PERFUSÃO, CLINICAMENTE COMO VOCÊS VÃO SUSPEITAR, OQUE VOCÊS ESPERAM DESSE PACIENTE? Enchimento capilar, redução do débito urinário, déficit do nível de consciência, disfunção renal – da ureia, creatinina –, redução do débito urinário. SÍNDROME CLÍNICA DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA K A insuficiência cardíaca é a via final da maioria das cardiopatias. K Existem algumas que não culminem em IC, como as cardiopatias arritmogênicas. Porém, se progredir ao longo do tempo e iniciar fibrose, também irá culminar em IC. IC = diagnostico sindrômico com diversas etiologias DIAGNÓSTICO K Clinica detalhada + exame físico + exames complementares. K A depender da etiologia, possui prognósticos diferentes. CLÍNICA K Ao avaliar um paciente com IC, é importante saber se o mesmo possui epidemiologia positiva para Chagas, história familiar genética como histórico de miocardite na família. EXAME FÍSICO K B3, estase, refluxo hepatojugular, edema de membros inferiores, hepatomegalia, sinais de perfusão, nível de consciência, busca de sinais de IC alterações hemodinâmicas e perfusão tecidual. K *BNP: marcador de IC. K Assim como a troponina está para SCA, BNP está para IC. K Assim como eletro e cateterismo está para SCA, o ECO está para IC. FERMENTAS QUE AUXILIAM DEFINIR/SUSPEITAR IC K CRITÉRIOS DE BOSTON: K Usa dados da história clínica, exame físico e alterações radiográficas K CRITÉRIOS DE GRAMINGHAN: K Usa principalmente dados clínicos, porém com um dado radiológico nos critérios maiores. K SINAIS E SINTOMAS DA IC: M a r i a L u i z a F e r n a n d e s – C a r d i o l o g i a – V a n e s s a – P á g i n a | 2 SINTOMAS: K O que a paciente expressa, o que chega de queixa SINAIS: K O que detectamos no exame físico. K SINTOMAS TÍPICOS: K Falta de ar/dispneia K DD: DPOC K Ortopneia K Dispneia paroxítica noturna K Fadiga/cansaço K Intolerância ao exercício SINTOMAS MENOS TÍPICOS: K Tosse noturna o DD: refluxo K Ganho de peso o Se for à custas de edema, líquido. K Dor abdominal o QSD no quadrante superior direito por congestão hepática c distensão da capsula K Perda de apetite e peso o Citocinas, aumento de il1, tnf alfa → caquexia cardíaca – péssimo prognostico K Noctúria e oliguria o BNP é natriurético o Má perfusão pode levar disfunção renal SINAIS MAIS ESPECÍFICOS: K Pressão venosa jugular elevada K Refluxo hepatojugular K B3 K Impulso apical desvio para esquerda SINAIS MENOS ESPECÍFICOS: K Crepitações pulmonares K Taquicardia o Ativação do SNS, desde adaptação neuro- hormonal até avançadas da IC. o Acimas 120. K HEPATOMEGALIA E ASCITE: K Pode ser sinais de congestão venosa sistêmica. -Pode ser um hepatopatia e não ter relação com IC K Extremidades frias K Edema periférico o Insuficiência vascular/venosa periférica o Efeito colateral e medicamentos (anlodipino) o Trombose venosa profunda OBS: Critério de Framingham são critérios maiores e menores para predizer se estamos diante de IC. K Congestão pulmonar está dentro da possibilidade de IC → crepitações pulmonares como principal sinal. CRITÉRIOS DE FRAMINGHAN: 2Maiores ou 2Mariores e 2menores → IC OBS: perda de peso: K Motivada pelo tratamento para IC → paciente que chega congesto, fez uso de e diurético e começou a perder peso. Ex: Paciente perde mais de 4kg em 5 dias, do nada. Está associada com resposta ao tratamento com perda de liquido. K *CRITÉRIOS MENORES PODEM ESTAR EM OUTRAS DOENÇAS. K Derrame pleural, cavitários, ascite, derrame pericárdio se encaixam como critérios menores. Na IC, o derrame pleural é à direita ou bilateral, quando for a esquerda pensar em outra causa. O derrame na IC inicia-se a direita tornando-se bilateral posteriormente. CRITERIOS DE BOSTON M a r i a L u i z a F e r n a n d e s – C a r d i o l o g i a – V a n e s s a – P á g i n a | 3 K (Não decorar). K Pontua aspectos clínicos, exame físico, radiografia de tórax. Quanto mais ponto mais especificidade. K SIBILOS: Por congestão atípica, e bronquioreatividade K ANORMALIDADE FC: Por aumento de SNS. K Rx: Importante para analisar parênquima, s/n congestão, derrames. Cefalização da trama vascular: K É possível ver trama em ápices pulmonares – sinais radiológicos de congestão pulmonar. K Acima de 8 → IC CLASSIFICAÇÃO DE IC K Conforme capacidade funcional (I, II, III, IV) sintomas - NYHA K ESTÁGIOS ABCD: levando em consideração cardiopatia estrutural relacionado ou não a sintomas K IC FER (IC FRAÇÃO DE EJEÇÃO REDUZIDA) X ICFEP (PRESERVADA) K IC esquerda X IC direita K IC baixo débito X IC alto débito K IC Aguda – perfil hemodinâmico. K ESTÁGIO A: o Paciente tem alta propensão de evoluir com IC. Deve tomar cuidado para não chegar no pico de estágio final de IC refrataria. o A base da pirâmide é o diabético, HAS, obeso, e devemos atuar de forma rigorosa na FC, corresponde a milhares de pessoas. K ESTAGIO B: Já tem remodelamento, mas ainda está assintomático – já inicia medicamento para fazer remodelamento reverso, inibir progressão do remodelamento. K ESTÁGIO C: IC sintomático: terapêutica da B IECA ou BRA + b bloq. o Quando fica sintomático é necessário digoxina para associar. o Controlam sintoma e melhora capacidade funcional, morbidade, mortalidade para não progredir para D. K ESTÁGIO D: Necessita de assistência ventricular, dispositivos, transplante. CLASSIFICAÇÃO COM RELAÇÃO A DISPNEIA K Classifica dispneia progressiva dos grandes aos mínimos esforços, auxiliando na estratégia terapêutica. ESTÁGIOS DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DEFINIÇÃO DA IC DE ACORDO COM FE DO VE M a r i a L u i z a F e r n a n d e s – C a r d i o l o g i a – V a n e s s a – P á g i n a | 4 K Há mais redução de mortalidade medicamentos para IC de fração de ejeção reduzida, diferentemente da fração preservada, onde não há muitas provas terapêuticas. K A FRAÇÃO DE EJEÇÃO CONSIDERADA NORMAL: 52 H, 54 M K Todos IC tem BNP ou pro BNP elevado. Pro-BNP é a forma inativa, derivado da porção terminal da NP. K Paciente com IC fração preservada não faz dispneia, o problema não é sistólico, diastólico. K FUNÇÃO DIASTÓLICA: é capacidade do coração relaxar, ter boa complacência muscular para acomodar a quantidade de sangue. Precisa relaxar pra encher a fase rápida, isso é alterado no remodelamento vascular K No remodelamento vascular pode ser feito disfunção diastólica ou sistólica. O paciente pode manter fração ejeção preservada, mas a estrutura cardíaca foi alterada a ponto de deixar o ventrículo rígido, fazendo com que ele não o sangue de forma adequada. Pode ter isso em hipertrofia ventricular. K IC de fração de ejeção reduzida tem disfunção sistólica: vai ter alteração de complacência e relaxamento? Sim, pode ter coração endurecido, padrão restritivo na fase mais avançada da insuficiência de ejeçãoreduzida K 20% é considerada fração de ejeção baixa, quadro grave. K Todo paciente com disfunção sistólica moderada para grave tem abaixo de 30% de ejeção, e tem disfunção diastólica associada. K Na IC fração reduzida tem disfunção sistodiastólico. Porém, com predominância sistólica K Insuficiência cardíaca com função de ejeção preservada tem boa função sistólica porque possui boa fração de ejeção e alteração diastólica K FRAÇÃO DE EJEÇÃO REDUZIDA = disfunção sistólica K FRAÇÃO DE EJEÇÃO AUMENTADA = disfunção diastólica K Na própria ejeção reduzida, mesmo com disfunção sistólica tem diastólica, por isso que nada é certo, pode ser variável. K A incidência da ICFEr e ICFEp são iguais. A fração de ejeção intermediaria é abaixo de 50, sendo mais próxima do valor de 50, o que acaba sendo mais para o lado de alteração preponderante de disfunção diastólica, fração preservada. K Mas, como tem fração de ejeção reduzida, abaixo de 50, é classificada como intermediaria. EXAME DE IMAGEM: K É possível distinguir fração de ejeção reduzida e normal? Sim, pelo ECO. K ECO: K F ejeção 30%, déficit de função sistólica e tem miocardiopatia dilatada K Do outro lado tem fração de ejeção de 54%, mas paciente tem hipertrofia ventricular e disfunção diastólica grau 123 K Grau 1 → alteração de relaxamento K Grau 2 → pseudonormal K Grau 3 → padrão restritivo com alteração de relaxamento, complacência por rigidez K Pode diferenciar a depender da clínica: 3° e 4° bulhas ajudam a dizer se é de um padrão ou de outro. BULHAS: K B1: fechamento das valvas atrioventriculares K B2: fechamento das válvulas semilunares K SÍSTOLE: B1 até B2 K DIÁSTOLE: B2 até B1 M a r i a L u i z a F e r n a n d e s – C a r d i o l o g i a – V a n e s s a – P á g i n a | 5 K ORDEM: K TUM – sístole- TA- diástole -TUM K B4 B1 sístole B2 diástole B3 K B3: logo depois de B2, no início da diástole. B3 está depois de B2, é um ruido protodiastólico (início da diástole) ou depois da sístole. K B4: logo antes da B1, no final da diástole ou na pré sístole. B4 está antes de B1 é pré sistólico ou telediastólico (final da diástole). K Antes de B1 é final da diástole pra começar sístole, logo depois de B2 é o início da diástole K O que acontece no final da diástole? Contração atrial para terminar de encher ventrículo SITUAÇÃO: K Paciente tem hipertrofia ventricular, fr ejeção boa e se a hipertrofia ventricular for concêntrica. Se ele conseguir colocar no lumem ventricular 100ml de sangue. Se hipertrofiou, reduz o diâmetro intracavitário. Pra acomodar 100ml de sangue vai ser difícil porque está com déficit de complacência e relaxamento = ventrículo duro, rígido. K No final da diástole, contração atrial pra levar os 20% do que falta pra fazer o DC que quem faz isso é a contração atrial. Na fase final da diástole teve contração atrial, quando se escuta B4, é temporalmente correspondente a contração atrial, ele é a reverberação, vibração do sangue em ventrículo pouco complacente associado a quantidade de sangue final que ele está recebendo na diástole por conta da contração atrial. K B4: É preditor que o paciente está com disfunção diastólica, alteração cardíaca estrutural, ventrículo não aguenta mais colocar sangue ali dentro. Quando o átrio contrai pra botar resto de sangue que falta no final da diástole faz ruido B4. 4° bulha está mais associado a fração de ejeção normal a disfunção diastólica. K B3: Acontece no final, depois de B2, no início da diástole. B3 está associado a fase inicial da diástole, protodiastólico, enchimento ventricular rápido, ou seja, quando se está diante de um coração cheio de liquido , em hipervolemia. Por exemplo: se paciente tem déficit sistólico tem mais volume dentro do coração, não consegue colocar pra fora, ejeta menos que tem, fica mais sangue no ventrículo, fazendo com que ventrículo tenha sobrecarga volêmica e fique dilatando. K Na fase de enchimento rápido tem mais volume de sangue pra encher o ventrículo, vai ter ruido que acontece por conta da vibração do sangue na fase de enchimento rápido, vibração maior na parede do ventrículo, surge B3, associado com hipervolemia, IC de fração de ejeção reduzida RESUMO: K B4 – associado com déficit da complacência, contração atrial. K QUESTÃO DE PROVA: Ruido preá sistólico, telediastólico corresponde a que bulha? → B4 – final da diástole. K ruido protodiastólico → B3- início da diástole. OBS: B3 está pra hipervolemia assim como B4 está pra contração atrial K Fibrilação atrial n tem contração atrial não pode ter b4 K Quando tem disf. diastólica leva congestão refluindo para trás, gerando EAP K 3° bulha acontece mais na f ej reduzida 4° bulha na f ej normal. B3 NUNCA ESTARA NA F EJ NORMAL e B4 NUNCA NA DE EJ REDUZIDA K SOBRE A TABELA: Angina acontece mais na de ejeção normal por conta de desbalanço de oxigênio, hipertrofia ventricular concêntrica, oferta e demanda gerando angina. K BNP se encontra mais na de ej reduzida K Dispneia ocorre nos dois tipos M a r i a L u i z a F e r n a n d e s – C a r d i o l o g i a – V a n e s s a – P á g i n a | 6