Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Nutrição Animal Proteínas e Aminoácidos Nutrição Animal Proteínas e Aminoácidos Prof. Eduardo Gonçalves Xavier, Ph.D. Universidade Federal de Pelotas Prof. Eduardo Gonçalves Xavier, Ph.D. Universidade Federal de Pelotas Glândulas Presentes na BocaGlândulas Presentes na Boca Trato Gastrointestinal do SuínoTrato Gastrointestinal do Suíno Trato Gastrointestinal do SuínoTrato Gastrointestinal do Suíno Trato Gastrointestinal do SuínoTrato Gastrointestinal do Suíno Trato Gastrointestinal do SuínoTrato Gastrointestinal do Suíno Suíno adulto ID: 16 a 21 m Duodeno: 4-5% Jejuno: 88-91% Ileo: 4-5% Suíno jovem Mesma proporção ±30 cm 2 Trato Gastrointestinal do SuínoTrato Gastrointestinal do Suíno ±30 cm Suíno adulto IG: 3,5-6 m Ceco: 7-8% Colon: 80% Trato Gastrointestinal Suínos x AvesTrato Gastrointestinal Suínos x Aves SISTEMA DIGESTÓRIO Trato GastrointestinalTrato Gastrointestinal Capacidade AlimentarCapacidade Alimentar Capacidade Alimentar (litros) Espécie Estômago I.D. I.G. Bovino 252,5 66,0 37,9 Equino 18,0 63,8 129,6 Suíno 8,0 9,2 10,2 Fonte: Alimentos e Alimentação (1993) Capacidade Alimentar (litros) Espécie Estômago I.D. I.G. Bovino 252,5 66,0 37,9 Equino 18,0 63,8 129,6 Suíno 8,0 9,2 10,2 Fonte: Alimentos e Alimentação (1993) Conceitos básicosConceitos básicos IntroduçãoIntrodução 3 Nutriente Qualquer elemento químico ou componente da dieta que suporta o crescimento, a reprodução, a lactação ou a manutenção dos processos vitais Nutriente Qualquer elemento químico ou componente da dieta que suporta o crescimento, a reprodução, a lactação ou a manutenção dos processos vitais IntroduçãoIntrodução Classes de nutrientes 1. Água 2. Proteínas e aminoácidos 3. Carboidratos (hidratos de carbono) 4. Lipídios (gorduras) 5. Vitaminas 6. Elementos inorgânicos (minerais) Classes de nutrientes 1. Água 2. Proteínas e aminoácidos 3. Carboidratos (hidratos de carbono) 4. Lipídios (gorduras) 5. Vitaminas 6. Elementos inorgânicos (minerais) IntroduçãoIntrodução Conceitos clássicos Alimento: material comestível que provém nutrientes Dieta: mistura de alimentos visando fornecer nutrientes para um animal Ração: fornecimento diário de alimento Conceitos clássicos Alimento: material comestível que provém nutrientes Dieta: mistura de alimentos visando fornecer nutrientes para um animal Ração: fornecimento diário de alimento IntroduçãoIntrodução ProteínaProteína IntroduçãoIntrodução ConceitoConceito Proteína vem do grego “proteios”, que significa “primeiro” ou “de importância primária” São polímeros complexos de aminoácidos, unidos entre si por ligações peptídicas Se diferenciam pela sequência com que os aminoácidos encontram-se unidos A precisão da sequência de aminoácidos é de extrema importância para que as proteínas possam exercer suas diferentes funções biológicas Proteína vem do grego “proteios”, que significa “primeiro” ou “de importância primária” São polímeros complexos de aminoácidos, unidos entre si por ligações peptídicas Se diferenciam pela sequência com que os aminoácidos encontram-se unidos A precisão da sequência de aminoácidos é de extrema importância para que as proteínas possam exercer suas diferentes funções biológicas ConceitoConceito Constituintes orgânicos essenciais de organismos vivos Correspondem a classe de nutrientes em maior concentração nos tecidos musculares dos animais Constituintes orgânicos essenciais de organismos vivos Correspondem a classe de nutrientes em maior concentração nos tecidos musculares dos animais 4 ConceitoConceito Substâncias orgânicas que têm ligado ao carbono alfa de sua molécula: um grupo amina (NH3+) um grupo carboxila (COO-) um hidrogênio (H) e um radical “R”, que varia entre eles (exceto a glicina, que tem dois hidrogênios ligados ao carbono alfa) Substâncias orgânicas que têm ligado ao carbono alfa de sua molécula: um grupo amina (NH3+) um grupo carboxila (COO-) um hidrogênio (H) e um radical “R”, que varia entre eles (exceto a glicina, que tem dois hidrogênios ligados ao carbono alfa) ConceitoConceito Substâncias orgânicas que têm ligado ao carbono alfa de sua molécula um grupo amina (NH3+), um grupo carboxila (COO-), um hidrogênio (H) e um radical “R”, que varia entre eles (exceto a glicina, que tem dois hidrogênios ligados ao carbono alfa) COO- NH3+ C H R Substâncias orgânicas que têm ligado ao carbono alfa de sua molécula um grupo amina (NH3+), um grupo carboxila (COO-), um hidrogênio (H) e um radical “R”, que varia entre eles (exceto a glicina, que tem dois hidrogênios ligados ao carbono alfa) COO- NH3+ C H R ImportânciaImportância Todas as células sintetizam proteínas para parte ou para todo o seu ciclo de vida Sem a síntese protéica a vida não existiria Com exceção dos animais cuja microflora intestinal é capaz de sintetizar proteína a partir de fontes nitrogenadas não protéicas, Proteína ou seus aminoácidos constituintes devem ser fornecidos na dieta para que haja o crescimento normal e outras funções produtivas Todas as células sintetizam proteínas para parte ou para todo o seu ciclo de vida Sem a síntese protéica a vida não existiria Com exceção dos animais cuja microflora intestinal é capaz de sintetizar proteína a partir de fontes nitrogenadas não protéicas, Proteína ou seus aminoácidos constituintes devem ser fornecidos na dieta para que haja o crescimento normal e outras funções produtivas ImportânciaImportância Todas as células contém proteína Há um rápido turnover em alguns tecidos, como as células epiteliais do trato intestinal A concentração protéica exigida na dieta é maior para animais em crescimento e declina gradualmente conforme o animal atinge a maturidade Gestação e lactação aumentam a exigência protéica Aumenta a perda protéica nos produtos da concepção e no leite Aumenta a taxa metabólica Todas as células contém proteína Há um rápido turnover em alguns tecidos, como as células epiteliais do trato intestinal A concentração protéica exigida na dieta é maior para animais em crescimento e declina gradualmente conforme o animal atinge a maturidade Gestação e lactação aumentam a exigência protéica Aumenta a perda protéica nos produtos da concepção e no leite Aumenta a taxa metabólica ImportânciaImportância Proteínas variam bastante: Composição química Propriedades físicas Tamanho Forma Solubilidade Funções biológicas Proteínas variam bastante: Composição química Propriedades físicas Tamanho Forma Solubilidade Funções biológicas ImportânciaImportância Todas as proteínas são compostas por unidades simples: aminoácidos Mais de 200 aminoácidos ocorrem naturalmente Somente ao redor de 20 são comumente encontrados nas maioria das proteínas Em torno de 10 são exigidos na dieta dos animais porque a sua síntese não é adequada para suprir as necessidades metabólicas Todas as proteínas são compostas por unidades simples: aminoácidos Mais de 200 aminoácidos ocorrem naturalmente Somente ao redor de 20 são comumente encontrados nas maioria das proteínas Em torno de 10 são exigidos na dieta dos animais porque a sua síntese não é adequada para suprir as necessidades metabólicas 5 ImportânciaImportância A estrutura básica do aminoácido é ilustrada pela glicina, o aminoácido mais simples de todos: NH2 O H – C – C H OH (Grupo carboxila) A estrutura básica do aminoácido é ilustrada pela glicina, o aminoácido mais simples de todos: NH2 O H – C – C H OH (Grupo carboxila) ImportânciaImportância A estrutura básica do aminoácido é ilustrada pela glicina, o aminoácido mais simples de todos: NH2 O Grupo amino (ou alfa amino) H – C – C H OH (Grupo carboxila) A estruturabásica do aminoácido é ilustrada pela glicina, o aminoácido mais simples de todos: NH2 O Grupo amino (ou alfa amino) H – C – C H OH (Grupo carboxila) ClassificaçãoClassificação Classificação (proteínas)Classificação (proteínas) Proteínas simples Proteínas conjugadas Proteínas simples Proteínas conjugadas Classificação (proteínas)Classificação (proteínas) Proteínas simples Aquelas que, após hidrólise, liberam somente aminoácidos ou seus derivados. Ex: Albuminas (plasma sanguíneo, ovo e leite) Globulinas (sangue) Glutelinas (formadora de glúten – proteína encontrada em cereais) Proteínas simples Aquelas que, após hidrólise, liberam somente aminoácidos ou seus derivados. Ex: Albuminas (plasma sanguíneo, ovo e leite) Globulinas (sangue) Glutelinas (formadora de glúten – proteína encontrada em cereais) Classificação (proteínas)Classificação (proteínas) Proteínas conjugadas Aquelas em que radicais não protéicos estão associados a proteínas simples. Nucleoproteínas: AAs + ácido nucléico. Ex: desoxirribonucleoproteínas celulares. Glicoproteínas: AAs + hidrato de carbono. Ex: mucina. Lipoproteínas: AAs + lipídios. Ex: caseína. Cromoproteínas: AAs + grupo prostético corado. Ex: hemoglobina. Proteínas conjugadas Aquelas em que radicais não protéicos estão associados a proteínas simples. Nucleoproteínas: AAs + ácido nucléico. Ex: desoxirribonucleoproteínas celulares. Glicoproteínas: AAs + hidrato de carbono. Ex: mucina. Lipoproteínas: AAs + lipídios. Ex: caseína. Cromoproteínas: AAs + grupo prostético corado. Ex: hemoglobina. 6 Classificação nutricionalClassificação nutricional Aminoácidos essenciais Não são sintetizados no organismo em velocidade suficiente para atender as necessidades de máximo desempenho animal Precisam ser adicionados à dieta Aminoácidos essenciais Não são sintetizados no organismo em velocidade suficiente para atender as necessidades de máximo desempenho animal Precisam ser adicionados à dieta Classificação nutricionalClassificação nutricional Aminoácidos essenciais Alguns são essenciais apenas na fase inicial de vida de suínos e aves Arginina é essencial para leitões, que conseguem sintetizar apenas 60% das suas necessidades No suíno adulto ocorre toda a síntese de arginina necessária ao atendimento das exigências Cães adultos e gatos também necessitam da presença de arginina em suas dietas Aminoácidos essenciais Alguns são essenciais apenas na fase inicial de vida de suínos e aves Arginina é essencial para leitões, que conseguem sintetizar apenas 60% das suas necessidades No suíno adulto ocorre toda a síntese de arginina necessária ao atendimento das exigências Cães adultos e gatos também necessitam da presença de arginina em suas dietas Classificação nutricionalClassificação nutricional Aminoácidos essenciais Pintos necessitam de glicina ou serina e prolina na fase inicial, além dos outros dez AAs Aminoácidos essenciais Pintos necessitam de glicina ou serina e prolina na fase inicial, além dos outros dez AAs Classificação nutricionalClassificação nutricional Aminoácidos não essenciais Aminoácidos geralmente não necessários na dieta devido a sua adequada síntese no organismo a partir de outros aminoácidos ou de outros nutrientes presentes na mesma Se faltarem na dieta não afetam o desempenho animal No entanto, são essenciais na síntese protéica orgânica Aminoácidos não essenciais Aminoácidos geralmente não necessários na dieta devido a sua adequada síntese no organismo a partir de outros aminoácidos ou de outros nutrientes presentes na mesma Se faltarem na dieta não afetam o desempenho animal No entanto, são essenciais na síntese protéica orgânica Classificação nutricionalClassificação nutricional Aminoácidos não essenciais Todos os aminoácidos, inclusive os não essenciais dieteticamente, são metabolicamente essenciais As enzimas glutamato desidrogenase, glutamina sintetase e transaminases são as mais importantes na biossíntese dos AAs não essenciais Aminoácidos não essenciais Todos os aminoácidos, inclusive os não essenciais dieteticamente, são metabolicamente essenciais As enzimas glutamato desidrogenase, glutamina sintetase e transaminases são as mais importantes na biossíntese dos AAs não essenciais Classificação nutricionalClassificação nutricional Aminoácidos não essenciais Gatos têm alta exigência de aminoácidos sulfurados É a única espécie que exige taurina Taurina é um AA não presente na proteína, mas ocorre como AA livre na dieta Gatos alimentados com dieta deficiente em taurina (e com baixo nível de AAs sulfurados) desenvolvem degeneração da retina Aminoácidos não essenciais Gatos têm alta exigência de aminoácidos sulfurados É a única espécie que exige taurina Taurina é um AA não presente na proteína, mas ocorre como AA livre na dieta Gatos alimentados com dieta deficiente em taurina (e com baixo nível de AAs sulfurados) desenvolvem degeneração da retina 7 Classificação nutricionalClassificação nutricional Aminoácidos essenciais 1. Arginina 2. Histidina 3. Isoleucina 4. Leucina 5. Lisina 6. Metionina (pode ser substituída parcialmente pela cistina) 7. Fenilalanina (pode ser subst. parc. pela tirosina) 8. Treonina 9. Triptofano 10. Valina Aminoácidos essenciais 1. Arginina 2. Histidina 3. Isoleucina 4. Leucina 5. Lisina 6. Metionina (pode ser substituída parcialmente pela cistina) 7. Fenilalanina (pode ser subst. parc. pela tirosina) 8. Treonina 9. Triptofano 10. Valina Rose (1948) Classificação nutricionalClassificação nutricional Aminoácidos não essenciais 1. Alanina 2. Ácido aspártico 3. Cistina (semi-essencial; fornece parte da exigência da metionina) 4. Ácido glutâmico 5. Glicina 6. Hidroxi prolina 7. Prolina (dieteticamente essencial para poedeiras) 8. Serina 9. Tirosina (semi-essencial; fornece parte da exigência da fenilalanina) Aminoácidos não essenciais 1. Alanina 2. Ácido aspártico 3. Cistina (semi-essencial; fornece parte da exigência da metionina) 4. Ácido glutâmico 5. Glicina 6. Hidroxi prolina 7. Prolina (dieteticamente essencial para poedeiras) 8. Serina 9. Tirosina (semi-essencial; fornece parte da exigência da fenilalanina) Rose (1948) Classificação nutricionalClassificação nutricional Bertechini (2006) Aminoácidos essenciais Aminoácidos não essencias Leitões Suínos/Aves Pintos Lisina Lisina Lisina Glicina* Metionina Metionina Metionina Serina Triptofano Triptofano Triptofano Alanina Valina Valina Valina Ácido aspártico Histidina Histidina Histidina Ácido glutâmico Fenilalanina Fenilalanina Fenilalanina Cistina** Leucina Leucina Leucina Prolina Isoleucina Isoleucina Isoleucina OH prolina Treonina Treonina Treonina Tirosina*** Arginina Glicina ou Asparagina Serina Glutamina Prolina *Parcialmente sintetizado (60%); **Pode atender até metade das exigências de metionina; ***Pode atender até 30% das exigências de fenilalanina ClassificaçãoClassificação Aminoácidos limitantes nas dietas São aqueles que estão presentes naturalmente na dieta em uma concentração menor do que a exigida para o máximo crescimento Um ou mais aminoácidos podem estar limitantes em uma dieta ao mesmo tempo, porém em uma determinada ordem de limitação Aminoácidos limitantes nas dietas São aqueles que estão presentes naturalmente na dieta em uma concentração menor do que a exigida para o máximo crescimento Um ou mais aminoácidos podem estar limitantes em uma dieta ao mesmo tempo, porém em uma determinada ordem de limitação Bertechini (2006) ClassificaçãoClassificação Aminoácidos limitantes para aves e suínos*Aminoácidos limitantes para aves e suínos* Bertechini (2006) Aminoácidos Aves Suínos Primeiro limitante Metionina Lisina Segundo limitante Lisina Metionina Terceirolimitante Treonina/Triptofano Treonina/Triptofano *Dietas a base de milho e farelo de soja Estrutura química dos aminoácidosEstrutura química dos aminoácidos 8 Estrutura química dos aminoácidosEstrutura química dos aminoácidos Pond et al. (1995) Alifáticos Estrutura química dos aminoácidosEstrutura química dos aminoácidos Pond et al. (1995) Alifáticos Estrutura química dos aminoácidosEstrutura química dos aminoácidos Pond et al. (1995) Alifáticos Estrutura química dos aminoácidosEstrutura química dos aminoácidos Pond et al. (1995) Alifáticos Estrutura química dos aminoácidosEstrutura química dos aminoácidos Pond et al. (1995) Alifáticos Estrutura química dos aminoácidosEstrutura química dos aminoácidos Pond et al. (1995) Alifáticos 9 Estrutura química dos aminoácidosEstrutura química dos aminoácidos Pond et al. (1995) Estrutura química dos aminoácidosEstrutura química dos aminoácidos Pond et al. (1995) Estrutura química dos aminoácidosEstrutura química dos aminoácidos Pond et al. (1995) Estrutura química dos aminoácidosEstrutura química dos aminoácidos Pond et al. (1995) Estrutura química dos aminoácidosEstrutura química dos aminoácidos Pond et al. (1995) Estrutura química dos aminoácidosEstrutura química dos aminoácidos Pond et al. (1995) Heterocíclicos 10 Estrutura química dos aminoácidosEstrutura química dos aminoácidos Pond et al. (1995) Heterocíclicos Estrutura química dos aminoácidosEstrutura química dos aminoácidos Pond et al. (1995) Estrutura química dos aminoácidosEstrutura química dos aminoácidos Pond et al. (1995) Estrutura química dos aminoácidosEstrutura química dos aminoácidos Pond et al. (1995) Estrutura química dos aminoácidosEstrutura química dos aminoácidos Pond et al. (1995) Estrutura química dos aminoácidosEstrutura química dos aminoácidos Pond et al. (1995) 11 Estrutura das proteínasEstrutura das proteínas Sequência de aminoácidos de uma proteína e a relação química que ocorre entre as proteínas, permite a diferenciação de quatro estruturas: Primária Secundária Terciária Quaternária Sequência de aminoácidos de uma proteína e a relação química que ocorre entre as proteínas, permite a diferenciação de quatro estruturas: Primária Secundária Terciária Quaternária Estrutura das proteínasEstrutura das proteínas Ponto de vista nutricional É importante que sejam entendidas as diferentes estruturas Em algumas circunstâncias, quanto mais rígidas as ligações que mantém a tridimensionalidade da proteína, mais difícil a ação das enzimas proteolíticas Como consequência: mais baixa a digestibilidade da proteína em questão Ponto de vista nutricional É importante que sejam entendidas as diferentes estruturas Em algumas circunstâncias, quanto mais rígidas as ligações que mantém a tridimensionalidade da proteína, mais difícil a ação das enzimas proteolíticas Como consequência: mais baixa a digestibilidade da proteína em questão FunçõesFunções FunçõesFunções Desempenham diferentes funções no organismo Estrutural (Plástica) Formação e manutenção dos tecidos orgânicos Componentes de membranas celulares Presentes no músculo Presentes na pele, pelos e cascos Desempenham diferentes funções no organismo Estrutural (Plástica) Formação e manutenção dos tecidos orgânicos Componentes de membranas celulares Presentes no músculo Presentes na pele, pelos e cascos FunçõesFunções Formação de hormônios e enzimas Fonte secundária de energia Durante deficiência energética, AAs podem ser desaminados e o esqueleto carbônico pode entrar no metabolismo energético para produzir ATP Proteínas plasmáticas Anticorpos Transporte de oxigênio (hemoglobina) Formação de hormônios e enzimas Fonte secundária de energia Durante deficiência energética, AAs podem ser desaminados e o esqueleto carbônico pode entrar no metabolismo energético para produzir ATP Proteínas plasmáticas Anticorpos Transporte de oxigênio (hemoglobina) FunçõesFunções Reprodução Formação de espermatozóides e ovos Estrutura coloidal Colágeno Elastina Proteínas miofibrilares Proteínas contráteis Queratinas Reprodução Formação de espermatozóides e ovos Estrutura coloidal Colágeno Elastina Proteínas miofibrilares Proteínas contráteis Queratinas 12 Digestão de proteínasDigestão de proteínas DigestãoDigestão Ocorre por processos mecânicos, químicos e microbiológicos sobre os alimentos ingeridos Digestão começa no estômago, pela ação do suco gástrico Várias enzimas envolvidas, variando em seu pH ótimo e especificidade por ligações peptídicas entre certos aminoácidos Ocorre por processos mecânicos, químicos e microbiológicos sobre os alimentos ingeridos Digestão começa no estômago, pela ação do suco gástrico Várias enzimas envolvidas, variando em seu pH ótimo e especificidade por ligações peptídicas entre certos aminoácidos DigestãoDigestão Estômago: HCl Secretado pelas células parietais Não é uma enzima, mas é importante porque desnatura a proteína Abre a cadeia protéica Promove ruptura das ligações peptídicas Estômago: HCl Secretado pelas células parietais Não é uma enzima, mas é importante porque desnatura a proteína Abre a cadeia protéica Promove ruptura das ligações peptídicas DigestãoDigestão Estômago: Pepsina Principal enzima proteolítica no estômago Endopeptidase (atua dentro da cadeia) secretada pelas células principais (na forma de pepsinogênio) Ativa em pH 1,5 a 2,5 Inativa em pH 5,0 a 7,0 Estômago: Pepsina Principal enzima proteolítica no estômago Endopeptidase (atua dentro da cadeia) secretada pelas células principais (na forma de pepsinogênio) Ativa em pH 1,5 a 2,5 Inativa em pH 5,0 a 7,0 DigestãoDigestão Estômago: Pepsina Secretada na forma de pepsinogênio Ativado pelo HCl e então autocataliticamente ativada por si mesma Estômago: Pepsina Secretada na forma de pepsinogênio Ativado pelo HCl e então autocataliticamente ativada por si mesma DigestãoDigestão Estômago: Pepsina Somente rompe ligações peptídicas que existem entre os seguintes aminoácidos: Leucina e valina Tirosina e leucina Fenilalanina e tirosina Estômago: Pepsina Somente rompe ligações peptídicas que existem entre os seguintes aminoácidos: Leucina e valina Tirosina e leucina Fenilalanina e tirosina 13 DigestãoDigestão Estômago: Renina Endopeptidase, secretada pelas células principais pH ótimo entre 3,7 a 4,0 Secretada como pró renina e ativada pelo HCl Coagula a caseína do leite, promovendo a floculação, reduzindo a movimentação da caseína pelo estômago Estômago: Renina Endopeptidase, secretada pelas células principais pH ótimo entre 3,7 a 4,0 Secretada como pró renina e ativada pelo HCl Coagula a caseína do leite, promovendo a floculação, reduzindo a movimentação da caseína pelo estômago DigestãoDigestão As proteínas, já em processo de digestão promovido pela ação do suco gástrico passam para o intestino delgado Ao chegar no intestino delgado, as proteínas e polipeptídeos são submetidos às secreções pancreática e intestinal A secreção pancreática tem significativa importância na digestão das proteínas As proteínas, já em processo de digestão promovido pela ação do suco gástrico passam para o intestino delgado Ao chegar no intestino delgado, as proteínas e polipeptídeos são submetidos às secreções pancreática e intestinal A secreção pancreática tem significativa importância na digestão das proteínas DigestãoDigestão O volume de enzimas proteolíticas secretado pode ser bastante elevado, dependendo do tipo de alimento que chega ao lúmen do intestino delgado A secreção pancreática pode ser bastante aquosa, rica em íons de bicarbonato Isso faz com que o pH do lúmen fique próximo a neutralidade,condição indispensável para a ativação das proteases Proteases também são secretadas de forma inativada, como ocorre com o tripsinogênio O volume de enzimas proteolíticas secretado pode ser bastante elevado, dependendo do tipo de alimento que chega ao lúmen do intestino delgado A secreção pancreática pode ser bastante aquosa, rica em íons de bicarbonato Isso faz com que o pH do lúmen fique próximo a neutralidade, condição indispensável para a ativação das proteases Proteases também são secretadas de forma inativada, como ocorre com o tripsinogênio DigestãoDigestão A regulação da secreção é feita principalmente pelas respostas cefálica ou intestinal A resposta cefálica é basicamente aquosa A intestinal é enzimática e ativada por: HCl do suco gástrico (secreção de secretina) Aminoácidos Peptídeos Gorduras dos alimentos (secreção de CCK) A regulação da secreção é feita principalmente pelas respostas cefálica ou intestinal A resposta cefálica é basicamente aquosa A intestinal é enzimática e ativada por: HCl do suco gástrico (secreção de secretina) Aminoácidos Peptídeos Gorduras dos alimentos (secreção de CCK) DigestãoDigestão Secretina é a principal responsável pela secreção de íons Secreção de CCK é responsável pela secreção enzimática Secretina é a principal responsável pela secreção de íons Secreção de CCK é responsável pela secreção enzimática DigestãoDigestão Pâncreas: Tripsina Endopeptidase pH ótimo entre 7,0 e 8,0 Secretada como tripsinogênio Ativada pela enteropeptidase da mucosa intestinal e então autocataliticamente por si mesma Pâncreas: Tripsina Endopeptidase pH ótimo entre 7,0 e 8,0 Secretada como tripsinogênio Ativada pela enteropeptidase da mucosa intestinal e então autocataliticamente por si mesma 14 DigestãoDigestão Pâncreas: Tripsina Especificidade por ligações envolvendo grupo carboxila da lisina e da arginina Inibidores da tripsina presentes na soja, em alguns outros grãos de oleaginosas e no colostro Pâncreas: Tripsina Especificidade por ligações envolvendo grupo carboxila da lisina e da arginina Inibidores da tripsina presentes na soja, em alguns outros grãos de oleaginosas e no colostro DigestãoDigestão Pâncreas: Quimotripsina Endopeptidase pH ótimo: 8,0 Secretada como quimotripsinogênio e ativada pela tripsina Pâncreas: Quimotripsina Endopeptidase pH ótimo: 8,0 Secretada como quimotripsinogênio e ativada pela tripsina DigestãoDigestão Pâncreas: Quimotripsina Especificidade por ligações dos seguintes AAs: Fenilalanina Tirosina Triptofano Leucina Ácido aspártico Ácido glutâmico Metionina Pâncreas: Quimotripsina Especificidade por ligações dos seguintes AAs: Fenilalanina Tirosina Triptofano Leucina Ácido aspártico Ácido glutâmico Metionina DigestãoDigestão Pâncreas: Elastase Endopeptidase Age em todas as proteínas, não somente na elastina Especificidade por ligações de alanina e outros aminoácidos com pequenas cadeias laterais Pâncreas: Elastase Endopeptidase Age em todas as proteínas, não somente na elastina Especificidade por ligações de alanina e outros aminoácidos com pequenas cadeias laterais DigestãoDigestão Pâncreas: Carboxipeptidase Exopeptidase pH ótimo: 7,4 Remove o terminal carboxi (C) do peptídeo Secretado como procarboxipeptidase, ativado pela tripsina Pâncreas: Carboxipeptidase Exopeptidase pH ótimo: 7,4 Remove o terminal carboxi (C) do peptídeo Secretado como procarboxipeptidase, ativado pela tripsina DigestãoDigestão Mucosa intestinal (jejuno): Enteroquinase (Enteropeptidase) Substância mais importante da secreção intestinal Ativa a tripsina (tripsinogênio pancreático) pH ótimo: 6,0 a 9,0 A soja crua inibe a tripsina, pela inibição da secreção de enteroquinase (Sturkie, 1986) Mucosa intestinal (jejuno): Enteroquinase (Enteropeptidase) Substância mais importante da secreção intestinal Ativa a tripsina (tripsinogênio pancreático) pH ótimo: 6,0 a 9,0 A soja crua inibe a tripsina, pela inibição da secreção de enteroquinase (Sturkie, 1986) 15 DigestãoDigestão Mucosa intestinal (jejuno): Aminopeptidase Remove o terminal N dos aminoácidos (terminal oposto da ação da carboxipeptidase) pH ótimo: 8,0 a 9,0 Age nas partículas maiores na superfície luminal das células intestinais Também atua intracelularmente nos dipeptídeos e tripeptídeos absorvidos Mucosa intestinal (jejuno): Aminopeptidase Remove o terminal N dos aminoácidos (terminal oposto da ação da carboxipeptidase) pH ótimo: 8,0 a 9,0 Age nas partículas maiores na superfície luminal das células intestinais Também atua intracelularmente nos dipeptídeos e tripeptídeos absorvidos DigestãoDigestão Proteínas da dieta nem sempre são completamente digeridas conforme passam pelo trato digestivo Alguns fatores afetam o processo digestivo: Idade e maturidade fisiológica do animal Suíno recém nascido é capaz de digerir as proteínas do leite Até que atinja várias semanas de idade não consegue digerir muito bem outras proteínas Digestibilidade da proteína do leite: 95-100% Digestibilidade da proteína da soja: 60-65% (2 semanas) Digestibilidade da proteína da soja: >80% (4 semanas) Proteínas da dieta nem sempre são completamente digeridas conforme passam pelo trato digestivo Alguns fatores afetam o processo digestivo: Idade e maturidade fisiológica do animal Suíno recém nascido é capaz de digerir as proteínas do leite Até que atinja várias semanas de idade não consegue digerir muito bem outras proteínas Digestibilidade da proteína do leite: 95-100% Digestibilidade da proteína da soja: 60-65% (2 semanas) Digestibilidade da proteína da soja: >80% (4 semanas) DigestãoDigestão Tipo de proteína Proteína do leite x proteína da soja Quantidade de fibra Paredes celulares inibem fisicamente o contato entre as enzimas e as proteínas Digestibilidade da proteína na aveia e trigo: 70 a 75% Digestibilidade da proteína no milho e farelo de soja: 85 a 90% Tipo de proteína Proteína do leite x proteína da soja Quantidade de fibra Paredes celulares inibem fisicamente o contato entre as enzimas e as proteínas Digestibilidade da proteína na aveia e trigo: 70 a 75% Digestibilidade da proteína no milho e farelo de soja: 85 a 90% DigestãoDigestão Presença de inibidores Pode afetar a digestibilidade da proteína Proteínas danificadas pelo aquecimento Desnaturação das proteínas Presença de inibidores Pode afetar a digestibilidade da proteína Proteínas danificadas pelo aquecimento Desnaturação das proteínas Absorção de proteínasAbsorção de proteínas AbsorçãoAbsorção A absorção intacta da proteína ocorre com recém nascidos durante as primeiras 12-24 h de vida Imunoglobulinas (colostro) não são digeridas pelos recém nascidos Possuem muito pouco HCl e o pH do estômago é neutro, o que previne a digestão pela pepsina O colostro possui um forte inibidor da tripsina O “fechamento” do intestino à absorção de proteínas intactas ocorre gradualmente durante as primeiras 24h, em resposta à presença do alimento no trato A absorção intacta da proteína ocorre com recém nascidos durante as primeiras 12-24 h de vida Imunoglobulinas (colostro) não são digeridas pelos recém nascidos Possuem muito pouco HCl e o pH do estômago é neutro, o que previne a digestão pela pepsina O colostro possui um forte inibidor da tripsina O “fechamento” do intestino à absorção de proteínas intactas ocorre gradualmente durante as primeiras 24h, em resposta à presença do alimento no trato 16 AbsorçãoAbsorção Absorção de peptídeos Dipeptídeos e tripeptídeos são absorvidos no epitélio intestinal a uma velocidade maior do que AAslivres Ocorre hidrólise intracelular no epitélio intestinal Tripeptídeo > dipeptídeo > AA livre Absorção de peptídeos Dipeptídeos e tripeptídeos são absorvidos no epitélio intestinal a uma velocidade maior do que AAs livres Ocorre hidrólise intracelular no epitélio intestinal Tripeptídeo > dipeptídeo > AA livre AbsorçãoAbsorção Absorção de aminoácidos A forma “L” do aminoácido é ativamente absorvida A forma “D” não Existem várias referências na literatura que demonstram que os L e D aminoácidos são absorvidos ativamente em aves (Penz, 2000) Absorção de aminoácidos A forma “L” do aminoácido é ativamente absorvida A forma “D” não Existem várias referências na literatura que demonstram que os L e D aminoácidos são absorvidos ativamente em aves (Penz, 2000) AbsorçãoAbsorção Taxa de absorção relativa de aminoácidos L e D Taxa de absorção relativa de aminoácidos L e D L:D Histidina 6,8 Fenilalanina 5,4 Ácido glutâmico 4,9 Lisina 3,8 Valina 3,1 Ácido aspártico 2,7 Isoleucina 2,2 Alanina 2,2 Metionina 1,6 Média 3,5 Cromwell (2001) Absorção de aminoácidosAbsorção de aminoácidos D-aminoácidos são absorvidos mais lentamente que os L-aminoácidos D-aminoácidos podem inibir ou ativar a absorção dos L-aminoácidos Aminoácidos que competem pelo mesmo sistema de transporte podem competir entre si na eficiência de absorção Peptídeos aparentemente não comprometem a absorção dos aminoácidos livres D-aminoácidos são absorvidos mais lentamente que os L-aminoácidos D-aminoácidos podem inibir ou ativar a absorção dos L-aminoácidos Aminoácidos que competem pelo mesmo sistema de transporte podem competir entre si na eficiência de absorção Peptídeos aparentemente não comprometem a absorção dos aminoácidos livres Absorção de aminoácidosAbsorção de aminoácidos Metionina é o aminoácido mais rapidamente absorvido Tende a interferir com a maioria dos outros aminoácidos, provavelmente pelo mecanismo carreador A taxa de absorção dos AAs é difícil de estudar AAs são rapidamente removidos do sangue para os tecidos Nível plasmático de AA não é bom indicador da sua taxa de absorção Metionina é o aminoácido mais rapidamente absorvido Tende a interferir com a maioria dos outros aminoácidos, provavelmente pelo mecanismo carreador A taxa de absorção dos AAs é difícil de estudar AAs são rapidamente removidos do sangue para os tecidos Nível plasmático de AA não é bom indicador da sua taxa de absorção Absorção de aminoácidosAbsorção de aminoácidos Fatores que promovem aumento na velocidade de absorção: Avanço na idade Restrição alimentar Altos níveis protéicos das dietas Fatores que promovem aumento na velocidade de absorção: Avanço na idade Restrição alimentar Altos níveis protéicos das dietas 17 Absorção de aminoácidosAbsorção de aminoácidos A intensidade de absorção de aminoácidos depende: Da sua passagem pela borda em escova (brush border) Da sua saída do interior das células epiteliais do intestino A intensidade de absorção de aminoácidos depende: Da sua passagem pela borda em escova (brush border) Da sua saída do interior das células epiteliais do intestino Absorção de aminoácidosAbsorção de aminoácidos O transporte dos aminoácidos através da membrana em escova pode ser coordenado por: Número de transportadores disponíveis Afinidade do substrato com os transportadores Concentração dos aminoácidos fora e dentro das células da mucosa intestinal O transporte dos aminoácidos através da membrana em escova pode ser coordenado por: Número de transportadores disponíveis Afinidade do substrato com os transportadores Concentração dos aminoácidos fora e dentro das células da mucosa intestinal Absorção de aminoácidosAbsorção de aminoácidos A absorção de peptídeos tem uma importante participação no processo de utilização dos aminoácidos pelos animais Essa forma de absorção favorece o processo Os peptídeos são absorvidos por um mecanismo não competitivo aos dos aminoácidos Dipeptídeos e tripeptídeos competem entre si para absorção A absorção de peptídeos tem uma importante participação no processo de utilização dos aminoácidos pelos animais Essa forma de absorção favorece o processo Os peptídeos são absorvidos por um mecanismo não competitivo aos dos aminoácidos Dipeptídeos e tripeptídeos competem entre si para absorção Metabolismo de AminoácidosMetabolismo de Aminoácidos MetabolismoMetabolismo O destino dos aminoácidos após a absorção pode ser dividido em: Anabolismo (síntese) Catabolismo (degradação) Ambos processos ocorrem simultaneamente nos tecidos animais O destino dos aminoácidos após a absorção pode ser dividido em: Anabolismo (síntese) Catabolismo (degradação) Ambos processos ocorrem simultaneamente nos tecidos animais MetabolismoMetabolismo A conversão da proteína dietética para proteína tecidual (ou proteína do leite, ou proteína do ovo) envolve os seguintes passos: Proteína dietética intacta Hidrólise no trato gastrointestinal (catabolismo) Aminoácidos no lúmen intestinal Absorção no trato gastrointestinal Aminoácidos no sangue Síntese nos tecidos (anabolismo) Proteínas intactas nos tecidos A conversão da proteína dietética para proteína tecidual (ou proteína do leite, ou proteína do ovo) envolve os seguintes passos: Proteína dietética intacta Hidrólise no trato gastrointestinal (catabolismo) Aminoácidos no lúmen intestinal Absorção no trato gastrointestinal Aminoácidos no sangue Síntese nos tecidos (anabolismo) Proteínas intactas nos tecidos 18 MetabolismoMetabolismo O destino dos aminoácidos após a absorção pode ser dividido em: Anabolismo Síntese protéica Síntese de enzimas, hormônios, peptídeos e outros metabólitos Síntese de AAs não essenciais Catabolismo Desaminação ou transaminação Uso do esqueleto carbônico para energia Síntese de ureia O destino dos aminoácidos após a absorção pode ser dividido em: Anabolismo Síntese protéica Síntese de enzimas, hormônios, peptídeos e outros metabólitos Síntese de AAs não essenciais Catabolismo Desaminação ou transaminação Uso do esqueleto carbônico para energia Síntese de ureia Síntese de ProteínasSíntese de Proteínas A proteína consiste de 22 aminoácidos Devem estar disponíveis simultaneamente e em quantidades adequadas para que a síntese protéica ocorra A proteína consiste de 22 aminoácidos Devem estar disponíveis simultaneamente e em quantidades adequadas para que a síntese protéica ocorra A síntese protéica é: Rápida Em um suíno de 50kg, 1019 (10.000.000.000.000.000.000) aminoácidos são incorporados por segundo na proteína corporal Específica Existe uma sequência prescrita de aminoácidos em cada tipo de proteína Extensiva Mais de 10.000 tipos de proteína em uma célula típica A síntese protéica é: Rápida Em um suíno de 50kg, 1019 (10.000.000.000.000.000.000) aminoácidos são incorporados por segundo na proteína corporal Específica Existe uma sequência prescrita de aminoácidos em cada tipo de proteína Extensiva Mais de 10.000 tipos de proteína em uma célula típica Síntese de ProteínasSíntese de Proteínas A síntese protéica é: Contínua durante a vida Contínua quebra e reciclagem da proteína corporal Aminoácidos entram no pool e podem ser reutilizados para síntese protéica Aproximadamente 6% dos AAs são perdidos quando são reciclados A síntese protéica é: Contínua durante a vida Contínua quebra e reciclagem da proteína corporal Aminoácidos entram no pool e podem ser reutilizados para síntese protéica Aproximadamente 6% dos AAs são perdidos quando são reciclados Síntese de ProteínasSíntese de Proteínas MetabolismoMetabolismo Apesar de todas as diferentes funções das proteínas: Anticorpos Hormônios Fatores de crescimentode peptídeos Enzimas Proteínas estruturais Há um aspecto em comum: Funcionam através da ligação seletiva a moléculas receptoras nas membranas celulares Apesar de todas as diferentes funções das proteínas: Anticorpos Hormônios Fatores de crescimento de peptídeos Enzimas Proteínas estruturais Há um aspecto em comum: Funcionam através da ligação seletiva a moléculas receptoras nas membranas celulares MetabolismoMetabolismo Duas importantes reações metabólicas que envolvem os aminoácidos: Desaminação Transaminação Fornecem os meios para: 1. Oxidação do excesso de AAs para energia 2. Síntese de AAs não essenciais 3. Fornece glucose dos depósitos de proteína corporal em animais em jejum ou quando a energia da dieta é insuficiente (gluconeogênese) Duas importantes reações metabólicas que envolvem os aminoácidos: Desaminação Transaminação Fornecem os meios para: 1. Oxidação do excesso de AAs para energia 2. Síntese de AAs não essenciais 3. Fornece glucose dos depósitos de proteína corporal em animais em jejum ou quando a energia da dieta é insuficiente (gluconeogênese) 19 MetabolismoMetabolismo Desaminação Envolve a remoção do grupamento amino do esqueleto carbônico do aminoácido e a sua entrada no ciclo da uréia: Desaminação Envolve a remoção do grupamento amino do esqueleto carbônico do aminoácido e a sua entrada no ciclo da uréia: MetabolismoMetabolismo Transaminação Envolve a transferência de um grupamento amino de um aminoácido para o esqueleto carbônico de um ceto ácido: Transaminação Envolve a transferência de um grupamento amino de um aminoácido para o esqueleto carbônico de um ceto ácido: MetabolismoMetabolismo Transaminação Aminoácidos disponíveis para a síntese protéica a nível de tecido provém: Da absorção no trato gastrointestinal Da síntese que ocorre nos tecidos animais através da transaminação Transaminação Aminoácidos disponíveis para a síntese protéica a nível de tecido provém: Da absorção no trato gastrointestinal Da síntese que ocorre nos tecidos animais através da transaminação MetabolismoMetabolismo Gatos têm exigência de taurina na dieta para a prevenção da degeneração retinal central felina (degeneração da retina) Proteína consiste da forma L dos aminoácidos Na maioria das vezes, a forma L é a única utilizada para a síntese protéica. Há duas exceções: D e DL-metionina são equivalentes a L-metionina D triptofano também pode ser utilizado. DL- triptofano tem 80-100% da atividade do L- triptofano. D-triptofano tem 60-100% da atividade do L-triptofano Gatos têm exigência de taurina na dieta para a prevenção da degeneração retinal central felina (degeneração da retina) Proteína consiste da forma L dos aminoácidos Na maioria das vezes, a forma L é a única utilizada para a síntese protéica. Há duas exceções: D e DL-metionina são equivalentes a L-metionina D triptofano também pode ser utilizado. DL- triptofano tem 80-100% da atividade do L- triptofano. D-triptofano tem 60-100% da atividade do L-triptofano Funções dos AminoácidosFunções dos Aminoácidos Funções dos AminoácidosFunções dos Aminoácidos Metionina: AA sulfurado, doador de grupos metílicos e que origina cistina Lisina: AA referência no conceito de proteína ideal (não transamina) Triptofano: precursor da niacina (vitamina do complexo B) e serotonina (neurotransmissor) Treonina: AA com maior concentração na mucosa intestinal, não transamina Histidina: têm ação vasodilatadora Metionina: AA sulfurado, doador de grupos metílicos e que origina cistina Lisina: AA referência no conceito de proteína ideal (não transamina) Triptofano: precursor da niacina (vitamina do complexo B) e serotonina (neurotransmissor) Treonina: AA com maior concentração na mucosa intestinal, não transamina Histidina: têm ação vasodilatadora 20 Funções dos AminoácidosFunções dos Aminoácidos Arginina: componente do ciclo da ureia Leucina: sua desaminação origina a formação de ácidos graxos de cadeia ramificada e com número ímpar de C no tecido adiposo e gordura do leite de ruminantes Isoleucina: estimula a produção dos AAs alanina e glutamina Glicina: faz parte do metabolismo do ácido úrico, componente dos sais biliares Arginina: componente do ciclo da ureia Leucina: sua desaminação origina a formação de ácidos graxos de cadeia ramificada e com número ímpar de C no tecido adiposo e gordura do leite de ruminantes Isoleucina: estimula a produção dos AAs alanina e glutamina Glicina: faz parte do metabolismo do ácido úrico, componente dos sais biliares Proteína idealProteína ideal Proteína idealProteína ideal Dieta com proteína ideal é aquela que possui AAs nas proporções exatas das exigências dos animais Lisina é o AA referência Ampla literatura a respeito Fácil análise Não transamina Animais têm elevada exigência metabólica AA mais limitante para suínos Segundo AA mais crítico para aves Dieta com proteína ideal é aquela que possui AAs nas proporções exatas das exigências dos animais Lisina é o AA referência Ampla literatura a respeito Fácil análise Não transamina Animais têm elevada exigência metabólica AA mais limitante para suínos Segundo AA mais crítico para aves Proteína idealProteína ideal Formulação de dietas com base na proteína ideal permite melhor controle da poluição do ambiente por não haver excesso ou deficiência de AAs Formulação de dietas com base na proteína ideal permite melhor controle da poluição do ambiente por não haver excesso ou deficiência de AAs Valor biológicoValor biológico Valor biológicoValor biológico Umas das maneiras de avaliar a qualidade da proteína Eficiência relativa com que a proteína de um determinado alimento satisfaz as necessidades protéicas de um animal Valor biológico corresponde à fração da proteína do alimento digerida e retida no organismo Umas das maneiras de avaliar a qualidade da proteína Eficiência relativa com que a proteína de um determinado alimento satisfaz as necessidades protéicas de um animal Valor biológico corresponde à fração da proteína do alimento digerida e retida no organismo 21 Fatores que afetam a exigência de proteínas Fatores que afetam a exigência de proteínas Sexo: machos e fêmeas possuem diferentes exigências Idade: à medida que a idade dos animais avança, diminuem as exigências protéicas Função fisiológica: exigência para o aumento de proteína no tecido é maior do que para mantença Temperatura ambiental Sexo: machos e fêmeas possuem diferentes exigências Idade: à medida que a idade dos animais avança, diminuem as exigências protéicas Função fisiológica: exigência para o aumento de proteína no tecido é maior do que para mantença Temperatura ambiental Onívoros não ruminantes (suínos, aves e humanos) exigem aminoácidos específicos (essenciais) Não ruminantes herbívoros (cavalos e coelhos) são capazes de utilizar N não protéico para a síntese de aminoácidos microbianos no trato gastrointestinal Ruminantes adultos (bovinos e ovinos) podem depender inteiramente do N não protéico da dieta em função de sua flora microbiana ruminal Onívoros não ruminantes (suínos, aves e humanos) exigem aminoácidos específicos (essenciais) Não ruminantes herbívoros (cavalos e coelhos) são capazes de utilizar N não protéico para a síntese de aminoácidos microbianos no trato gastrointestinal Ruminantes adultos (bovinos e ovinos) podem depender inteiramente do N não protéico da dieta em função de sua flora microbiana ruminal Fatores que afetam a exigência de proteínas Fatores que afetam a exigência de proteínas Deficiência de proteínasDeficiência de proteínas Sintomas de deficiência protéica incluem: Anorexia Perda de peso Queda na produção Reduzida eficiência da utilização de alimento Reduzida concentraçãoprotéica no soro Anemia Acúmulo de gordura no fígado Sintomas de deficiência protéica incluem: Anorexia Perda de peso Queda na produção Reduzida eficiência da utilização de alimento Reduzida concentração protéica no soro Anemia Acúmulo de gordura no fígado Sintomas de deficiência protéica incluem: Redução na taxa de crescimento Redução da produção de leite Redução da síntese de enzimas e hormônios Infertilidade Fetos pequenos Sintomas de deficiência protéica incluem: Redução na taxa de crescimento Redução da produção de leite Redução da síntese de enzimas e hormônios Infertilidade Fetos pequenos Deficiência de proteínasDeficiência de proteínas C – Suíno jovem consumindo dieta deficiente em lisina e triptofano B – Suíno da mesma leitegada, consumindo dieta similar, porém com todos os aminoácidos Deficiência de proteínasDeficiência de proteínas Excesso de proteínaExcesso de proteína 22 Excesso de proteínaExcesso de proteína 1. Desaminação Aproveitando o resíduo carbonado para produzir energia (calor ou formação de gordura) Descartando a fração nitrogenada através dos rins - ureia ou ácido úrico (aves) Processo pouco eficiente Perde-se a fração nitrogenada via urinária Processo gera incremento de calor 1. Desaminação Aproveitando o resíduo carbonado para produzir energia (calor ou formação de gordura) Descartando a fração nitrogenada através dos rins - ureia ou ácido úrico (aves) Processo pouco eficiente Perde-se a fração nitrogenada via urinária Processo gera incremento de calor Excesso de proteínaExcesso de proteína 2. AAs são absorvidos por transporte ativo e competem entre si pelos locais e mecanismos de absorção 2. AAs são absorvidos por transporte ativo e competem entre si pelos locais e mecanismos de absorção Excesso de proteínaExcesso de proteína 3. Nos processos de desaminação e excreção do resíduo nitrogenado pela via urinária são acionados o fígado e os rins, respectivamente Os órgãos ficam sobrecarregados 3. Nos processos de desaminação e excreção do resíduo nitrogenado pela via urinária são acionados o fígado e os rins, respectivamente Os órgãos ficam sobrecarregados Excesso de proteínaExcesso de proteína 4. Aspecto econômico Em geral os alimentos ricos em proteínas são caros Fornecimento de excesso de proteína aumenta o custo da dieta e não melhora o desempenho do animal 4. Aspecto econômico Em geral os alimentos ricos em proteínas são caros Fornecimento de excesso de proteína aumenta o custo da dieta e não melhora o desempenho do animal Excesso de proteínaExcesso de proteína 5. Impacto ambiental O excesso de proteína aumenta a excreção de nitrogênio, principalmente através da urina O N, juntamente com o P, é um dos principais poluentes do solo e de cursos de água 5. Impacto ambiental O excesso de proteína aumenta a excreção de nitrogênio, principalmente através da urina O N, juntamente com o P, é um dos principais poluentes do solo e de cursos de água
Compartilhar