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DIREITO E MORAL AVI FILOSOFIA DO DIREITO 2

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO VALE DO IPOJUCA 
COORDENAÇÃO DE DIREITO 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
 
 
AUGUSTO RODRIGO DE ARAÚJO SOUSA FILHO 
 
 
 
 
 
DIREITO E MORAL: FORMAS DE INTERFERÊNCIAS DOS VALORES, 
ANSEIOS E ESPERANÇAS POPULARES NA CONCRETIZAÇÃO DA APLICAÇÃO 
DA LEI E OS DESAFIOS DE GARANTIR UMA JUSTIÇA EFICIENTE E VÁLIDA, 
FRENTE AS GARANTIAS JURÍDICAS. 
 
 
 
 
CARUARU 
2021 
 
 
AUGUSTO RODRIGO DE ARAÚJO SOUSA FILHO 
RA: 202051679115 
 
 
 
 
DIREITO E MORAL: FORMAS DE INTERFERÊNCIAS DOS VALORES, 
ANSEIOS E ESPERANÇAS POPULARES NA CONCRETIZAÇÃO DA APLICAÇÃO 
DA LEI E OS DESAFIOS DE GARANTIR UMA JUSTIÇA EFICIENTE E VÁLIDA, 
FRENTE AS GARANTIAS JURÍDICAS. 
 
 
 
 
 
Trabalho sobre Direito e Moral: formas de 
interferências dos valores, anseios e 
esperanças populares na concretização da 
aplicação da lei e os desafios de garantir uma 
justiça eficiente e válida, frente as garantias 
jurídicas Apresentado na matéria: Filosofia 
do Direito, para obtenção de pontuação que 
compõe a nota da AVI. 
Orientador (a): Taíza Maria Alves da Silva. 
 
 
 
 
 
 
CARUARU 
2021 
 
 
RESUMO 
Este trabalho visa abordar tudo que incide e se ramifica da dicotomia clássica entre 
direito e moral, abordando também direito natural x direito positivo. Não obstante, 
buscamos abordar meios mais claros, objetivos e impessoais para consolidar a 
eficácia social da justiça e das normas/princípios a partir da mesma. Em suma, 
espetacularização da justiça é outro aspecto abordado, pois incide na impossibilidade 
de positivar os princípios no meio social. Ademais, as esperanças populares, os 
desafios já citados e tudo que isto incide foi abordado na obra contemplada. 
Palavras-Chave: Direito; Moral; Direito Positivo; Direito Natural; Espetacularização da 
Justiça; Princípios Constitucionais; Princípios Processuais. 
ABSTRACT 
This work aims to address everything that affects and branches out of the classic 
dichotomy between law and morality, also addressing natural law x positive law. 
Nevertheless, we seek to address clearer, more objective and impersonal means to 
consolidate the social effectiveness of justice and norms/principles based on it. The 
spectacularization of justice was another aspect addressed, as it affects the 
impossibility of making the principles positive in the social environment. Furthermore, 
the popular hopes, the challenges already mentioned and everything related to this 
was addressed in the work contemplated. 
Keywords: Law; Moral; Positive Law; Natural Law; Spectacularization of Justice; 
Constitutional principles; Procedural Principles. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1.INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1 
2.ANSEIOS E DESEJOS SOCIOCULTURAIS FRENTE AO ORDENAMENTO 
JURÍDICO....................... ........................................................................................... 1 
3.JUSTIÇA E MEIOS DE OBTER EFICÁCIA SOCIAL DA MESMA ......................... 2 
4.CONCLUSÃO ...........................................................................................................3 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 4 
 
 
1 
 
1. INTRODUÇÃO 
Direito e moral são duas (2) coisas comuns a toda sociedade, porém 
mudam de uma sociedade para outra. Ambos estabelecem um dever-ser (deônticos), 
ou seja, estipulam uma conduta para espelhamento. Dito isto, ambos inferem de forma 
direta e indireta um no outro. A moral infere, mesmo que de forma indireta na formação 
do ordenamento jurídico de cada determinado local, os legisladores levam em 
consideração costumes, hábitos e conceito de justiça na elaboração dos instrumentos 
legislativos. O direito, por sua vez, também afeta a moral podendo estimular ou proibir 
algo que moralmente aceito ou proibido. 
Entretanto, desde a Antiguidade Clássica, há relatos acerca do direito e 
moral, incorporados à discussão famosa entre direito positivo (positivismo jurídico) 
contra direito natural (jusnaturalismo). Dois (2) dos maiores filósofos de toda a história 
tratavam disto, Platão e Aristóteles. Não obstante, nesta fase histórica o conceito de 
justiça, que se liga da dicotomia entre ordenamento jurídico vigente e valores morais 
de determinada época, Ulpiano foi mais um dos tantos que trataram desta temática 
de forma tão relevante que é discutida até a contemporaneidade. 
2. ANSEIOS E DESEJOS SOCIOCULTURAIS FRENTE AO 
ORDENAMENTO JURÍDICO 
Ademais, o Poder Judiciário como um todo vem sofrendo uma maior 
espetacularização, mas em especial a esfera penal. Diversos julgamentos, com 
relevância na política, transmitidos em rede nacional nas mais diversas emissoras1, 
põe em dúvida a real capacidade de se buscar a real verdade na absolvição ou 
condenação do réu – em especial aquele que não possui capacidade de bancar os 
altos honorários advocatícios. Os especialistas da área se preocupam com a 
impossibilidade e dar as normas e princípios constitucionais, que vem a dar origem a 
dispositivos cogentes do direito processual/material penal, dentre eles a dignidade2 da 
pessoa humana – valor-fonte3 de outras normas – a duras penas conquistada e in 
dubio pro reu. 
 
1Disponível em:<https://oglobo.globo.com/brasil/ao-vivo-carmen-muda-voto-segunda-turma-do-stf-
decide-que-moro-foi-parcial-ao-condenar-lula-no-caso-do-triplex-24937605>. Acesso em: 26 mar 2020 
2Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e 
do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: (...) 
III - a dignidade da pessoa humana. 
3 MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet; COELHO, Inocência Mártires. Curso de 
direito constitucional. 4ª ed. São Paulo: Saraiva. 2009. 
2 
 
 A sociedade, em sua maioria, busca uma moralização da justiça, isso 
provém justamente disso, como leciona Lênio Streck.4 O tema é tão complexo que 
divide os mais diversos constitucionalistas sobre a incidência, ou não incidência, do 
princípio da moralidade no âmbito da administração pública. Porquanto, demonstra 
não ser somente algo relevante na esfera individual. 
Como ensinam os especialistas em direito penal Alexandre Morais da 
Rosa, Aury Lopes Jr. e Daniel Kessler de Oliveira: 
A TV Justiça, com a transmissão de julgamentos ao vivo tornou os Ministros 
personagens do espetáculo que se tornou o judiciário. A partir daí, como bom 
espetáculo, cede a técnica, padecem os centenários conceitos e princípios 
jurídicos em nome do melhor apreço do público, pois o espetáculo não serve 
a nada que não seja ele mesmo. 5 
Portanto, o real papel do julgador deve ser fazer o correto tendo em vista 
os fundamentos jurídicos e morais, quando voltamos ao Século XX e identificamos a 
positivação jurídica do Nazismo e outras escolas totalitárias, tal como a Soviética, 
devemos ter cuidado a nos limitar a mera reprodução dos dispositivos legislativos. 
Como ensinou Eduardo Couture, “Teu dever é lutar pelo Direito, mas no dia em que 
encontrares em conflito o direito e a justiça, luta pela justiça”. 
3. JUSTIÇA E MEIOS DE OBTER EFICÁCIA SOCIAL DA MESMA 
Destarte, não sendo possível estabelecer critérios universais e eternos 
esse debate fica a critério, primordialmente, da subjetividade. Desta feita, o que se é 
possível realizar é algo baseado em critérios impessoais que visam fugir da mera 
individualidade e pensar na sociedade por meio de uma visão organicista6 (todo mais 
importante que o individual), em contraposição à uma ótica meramente egoística a 
qual não contribui para com a eficácia social. Antígona7 - no qual uma mulher foi 
assassinada por não ser conivente com os absurdos causado por um excesso de 
positivismo (falta de moral/direitos naturais) - é um caso clássico de tragédia na qual 
rememoramos omal que o extremismo de um dos polos pode vir a causar. 
 
4 Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2020-dez-24/receitas-fragilizar-tribunais-superiores-rio-
margens>. Acesso em: 25 mar 2020. 
5Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2019-dez-13/limite-penal-espetaculo-julgamentos-stf-
garante-publicidade>. Acesso em: 25 mar 2021. 
6 Escola a qual põe a sociedade como conjunto acima do indivíduo, prevalência dos deveres sobre os 
deveres 
7 SÓFOCLES. Antígona. Édipo Rei – Antígona. Tradução de Jean Melville. São Paulo: Martin Claret, 
2007. 
3 
 
O conceito de justiça foi tratado durante toda a história, contudo, dois (2) 
autores se alicerçaram como preponderantes. Aristóteles, o primeiro deles, contribuiu 
demais para o atual conceito de justiça, pois com seus ideias de justiça distributiva – 
se inspirando em Ulpiano8 e dar a cada um aquilo que ele vem a merecer –, e justiça 
corretiva (corrige o que não foi distribuído da maneira correta no caso anterior). 
Ademais, John Rawls também foi de extrema relevância no debate acerca 
dos ideais de justiça, o mesmo contratualista veio a elaborar o ideal de véu da 
ignorância no qual o ‘julgador’ deveria se colocar numa posição neutra se subtraindo 
do ‘jogo’ para olhar de fora e possuir uma visão real, justa e imparcial. Porquanto, o 
ideal de justiça sempre será subjetivo a cada indivíduo, lugar, época, contexto 
histórico, todavia isso não vem a impedir que certos parâmetros objetivos sejam 
traçados para se aproximar do justo e do correto. 
4. CONCLUSÃO 
Os extremos, como mostrou a história, foram prejudiciais de forma severa. 
Quando não se atingiu de uma visão consciente e sensata, longe de maniqueísmos, 
a humanidade sofreu, por conseguinte, uma mescla de direito e moral, direito positivo 
e natural pode/deve ser buscada. Visando não tropeçar em erros já cometidos em 
outrora, pois podem ser evitadas tragédias e afins. 
Não obstante, em se tratando da espetacularização da justiça, o justo deve 
ser buscado, os princípios constitucionais e processuais penais devem ser 
consolidados. Fugindo da mera justiça com as próprias mãos (autotutela) e julgamento 
público semelhante a um momento deplorável da justiça histórica, no qual os 
indivíduos eram apedrejados sem o devido processo legal9, inerente a todo País que 
respeita o Estado Democrático de Direito. 
Em suma, portanto, por a justiça ser um ideal abstrato e subjetivo, devem 
ser traçados parâmetros para vir a facilitar a incidência concreta deste escopo. 
Todavia, Aristóteles foi o principal filósofo a discorrer sobre o tema. Desta feita, o 
mesmo teve a ajuda posteriormente de Rawls que contribuiu nos parâmetros, o 
julgador não deve ser nem dono da lei, nem escravo dela, mas sim um ponderador. 
 
8 “Justiça é a vontade constante e perpétua de dar a cada um o que é seu”. 
9 O devido processo legal é um princípio legal proveniente do direito anglo-saxão, no qual algum ato 
praticado por autoridade, para ser considerado válido, eficaz e completo, deve seguir todas as etapas 
previstas em lei. É um princípio originado na primeira constituição, a Magna Carta, de 1215. 
4 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ARISTÓTELES. Ética a Nicômacos. Tradução, introdução e comentários de Mário 
da Gama Kury. Brasília. Ed. Universidade de Brasília, 1997 
BOBBIO, Norberto. O Positivismo Jurídico: Lições de filosofia do direito. São 
Paulo: Ícone, 1995. 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 
Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 
________. Decreto-Lei 2.848, de 07 de dezembro de 1940. Código Penal. Diário 
Oficial da União, Rio de Janeiro, 31 dez. 1940. 
BRÍGIDO, Carolina; SOUZA, André de. Cármen muda o voto, e Segunda Turma do 
STF decide que Moro foi parcial ao condenar Lula no caso do tríplex: 
Julgamento foi retomado com voto do ministro Nunes Marques, que havia 
pedido vista, contra a suspeição. In: O Globo: Brasil. São Paulo, 23 mar. 2021. 
Disponível em: <https://oglobo.globo.com/brasil/carmen-muda-voto-segunda-turma-
do-stf-decide-que-moro-foi-parcial-ao-condenar-lula-no-caso-do-triplex-24937605>. 
Acesso em: 25 mar. 2021. 
CASARA, Rubens. Processo Penal do Espetáculo. Florianópolis; Empório do 
Direito, 2016; DEBORD, Guy. A Sociedade do Espetáculo. Trad. Estela dos Santos 
Abreu. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997. 
DIMOULIS, Dimitri. Introdução ao estudo do direito. São Paulo: método, 2009. 
GAMBA, João Roberto Gorini. Teoria Geral do Estado e Ciência Política: s. São 
Paulo: Gen, 2019. 
KUKATHAS, Chandran, PETTIT, Philip. Rawls Uma Teoria da Justiça e os seus 
Críticos. (Trad. Maria Carvalho). Lisboa: Gradiva, 1995. 
MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet; COELHO, Inocência 
Mártires. Curso de direito constitucional. 4ª ed. São Paulo: Saraiva. 2009. 
RAWLS, John, 1921-2002. Uma teoria da justiça / John Ralws; nova tradução, 
baseada na edição americana revista pelo autor, Jussara Simões ; revisão técnica e 
da tradução Álvaro de Vita. – 3ª Ed. – São Paulo : Martins Fontes, 2008. – (Coleção 
justiça e direito), p. 27. 
ROSA, Alexandre Morais da; JÚNIOR, Aury Lopes; OLIVEIRA, Daniel Kessler de. A 
"voz das ruas" implica na espetacularização dos julgamentos no STF? In: Conjur. 
Porto Alegre - RS, 13 dez. 2019. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2019-
dez-13/limite-penal-espetaculo-julgamentos-stf-garante-publicidade>. Acesso em: 25 
mar. 2021. 
SÓFOCLES. Antígona. Édipo Rei – Antígona. Tradução de Jean Melville. São Paulo: 
Martin Claret, 2007. 
5 
 
STRECK, Lênio. Receitas para fragilizar os tribunais superiores: o rio e as 
margens! In: Conjur. São Paulo, 24 dez. 2020. Disponível em: 
<https://www.conjur.com.br/2020-dez-24/receitas-fragilizar-tribunais-superiores-rio-
margens>. Acesso em: 25 mar. 2021.

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