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Sistema Muscular

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ANATOMIA 1 
 
VITÓRIA NOVAIS - MED 
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SISTEMA MUSCULAR 
Formado por todos os músculos do corpo. Compõem o 
elemento ativo do movimento (ossos e articulações – 
elementos passivos). 
 Músculo = estruturas individualizadas que cruzam uma 
ou mais articulações e através de suas contrações 
transmitem movimento às articulações. 
FUNÇÕES DOS MÚSCULOS 
 Produção de movimentos 
 Estabilização das posições corporais – posturas 
 Regulação dos volumes dos órgãos 
 Movimento de substancias dentro do organismo 
(pulsações dos vasos propelindo sangue e linfa e 
peristaltismo no sistema digestório) 
 Produção de calor – manutenção da temperatura 
corporal 
TECIDOS MUSCULARES 
 Células musculares = fibras musculares 
- células longas e estreitas quando relaxadas 
- células contráteis especializadas 
- organizadas em tecidos que movimentam as partes do 
corpo ou que mudam temporariamente o formato e\ou 
tamanho de um órgão 
 Tecido conjuntivo associado = conduz fibras nervosas e 
capilares sanguíneos às fibras e as une em feixes ou 
fascículos  Esqueleto Conectival dos Músculos 
o Endomísio: revestimento de cada fibra muscular 
o Perimísio: revestimentos dos fascículos (conjunto de 
fibras) 
o Epimísio: revestimentos dos músculos (conjunto de 
fascículos) 
o Fáscias: revestimento mais externo dos músculos 
o Septos Intermusculares: projeções das fáscias para 
o interior do compartimento muscular (barreira 
contra disseminação de infecções, separa músculos 
superficiais de profundos) 
COMPONENTES ANATÔMICOS DOS MÚSCULOS 
 Ventre: porção contrátil e volumosa (carnosa) 
 Tendão: tecido conjuntivo, rico em fibras colágenas que 
servem para fixar o ventre em ossos, tecido subcutâneo 
ou capsulas articulares 
- aspecto morfológico de fitas ou cilindros 
 Aponeurose: lâmina de tecido conjuntivo  “tendões 
achatados” 
 Bainhas Tendíneas: estruturas que formam pontes ou 
túneis entre as superfícies ósseas sobre as quais 
deslizam os tendões. Sua função é conter o tendão, 
permitindo-lhe um deslizamento fácil. 
ORIGEM X INSERÇÃO 
 Origem: extremidade do musculo fixa ao osso que não 
se desloca (depende do referencial)  ponto fixo 
 Inserção: extremidade presa ao osso que desloca  
ponto móvel 
MÚSCULO ESQUELÉTICO 
 Forma músculos grandes, fixados ao esqueleto e à fáscia 
dos membros, parede do corpo, cabeça e pescoço 
 Fibras cilíndricas grandes, muito longas, não ramificadas 
com estriações transversais dispostas em feixes 
paralelos; múltiplos núcleos periféricos 
 Contração intermitente (fásica) acima de um tônus 
basal; 
 principal ação é produzir movimento 
- contração isotônica = por meio do encurtamento 
(contração concêntrica) ou do relaxamento 
controlado (contração excêntrica), 
 manter a posição contra a gravidade ou outra força de 
resistência sem movimento 
- contração isométrica 
 estimulação voluntária ( ou reflexa ) pela divisão 
somática do sistema nervoso 
CLASSIFICAÇÃO DOS MÚSCULOS 
Estriado 
Esquelético
somático
voluntário
Liso (sem 
estriações)
visceral
involuntário
Estriado Cardíaco 
= miocardio
visceral
involuntário
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VITÓRIA NOVAIS - MED 
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QUANTO AO ARRANJO DAS FIBRASE FORMA DO 
MUSCULO 
1) Disposição PARALELA das fibras 
 
2) Disposição OBLÍQUA das fibras 
 
QUANTO À ORIGEM 
 
 
 
QUANTO À INSERÇÃO 
 
QUANTO AO NUMERO DE VENTRES 
 
QUANTO ÀS AÇÕES 
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL 
 
Agonista agente principalda execução do 
movimento
Antagonista musc que se opõe ao trabalho do 
agonista
Sinergista estabilizam para que não ocorram 
movimentos indesejados
Fixadores estabiliza a origem do movimento 
para aumentar eficiência
Planos m. obliquo externo do abdome 
(plano largo)
sartório (plano estreito
Fusiformes
- formato 
de fuso 
(ventre(s) 
redondos e 
extremidad
es afiladas)
biceps braquial
Triangulares 
- origem 
larga 
confergindo 
para tendão 
unico
peitoral maior
Peniformes -
formato de 
pena - fibras 
diagonais ao 
tendão
m latíssimo do dorso
semipeniforme - m 
extensor longo dos 
dedos
peniforme - m reto femoral
multipeniforme - deltoide
Quadrados m reto do abdome
Esfincterianos m orbicular do olho
m orbicular da boca
Biceps 2 origens
Triceps 3 origens
Quadriceps 4 origens
Monocaudado
Bicaudado
Policaudado
Monogástrico
Digástrico m digástrico
Poligástrico m reto do abdome
Flexor - extensor
Abdutor - adutor
Supinador - pronador
Rotador
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CONTRAÇÃO MUSCULAR 
 músculos esqueléticos atuam por meio da contração; 
eles puxam e nunca empurram 
 Quando um músculo contrai e encurta, uma de suas 
inserções geralmente permanece fixa, enquanto a outra 
inserção (mais móvel) é puxada em direção a ele, muitas 
vezes resultando em movimento 
- mas, isso nem sempre ocorre. Alguns músculos 
conseguem agir nas duas direções em circunstâncias 
diferentes. 
CONTRAÇÃO REFLEXA 
Embora os músculos esqueléticos também sejam 
denominados músculos voluntários, alguns aspectos da sua 
atividade são automáticos (reflexos) e, portanto, não são 
controlados pela vontade. 
 movimentos respiratórios do diafragma, controlados 
na maioria das vezes por reflexos estimulados pelos 
níveis sanguíneos de oxigênio e dióxido de carbono 
(embora possa haver controle voluntário dentro de 
limites) 
 reflexo miotático, que resulta em movimento após 
alongamento muscular produzido pela percussão de um 
tendão com um martelo de reflexo. 
CONTRAÇÃO TÔNICA 
Mesmo quando estão “relaxados” os músculos de um 
indivíduo consciente estão quase sempre levemente 
contraídos. Essa leve contração, denominada tônus 
muscular, 
 não produz movimento nem resistência ativa (como o 
faz a contração fásica) 
 confere ao músculo certa firmeza, ajudando na 
estabilidade das articulações e na manutenção da 
postura 
 mantém o músculo pronto para responder a estímulos 
apropriados. 
Geralmente o tônus muscular só está ausente quando a 
pessoa está inconsciente (como durante o sono profundo ou 
sob anestesia geral) ou após uma lesão nervosa que acarrete 
paralisia. 
CONTRAÇÃO FÁSICA 
 Muitas vezes, quando o principal músculo associado a 
determinado movimento (o agonista) está sofrendo 
uma contração concêntrica, seu antagonista está 
sofrendo uma contração excêntrica coordenada. 
- Ao caminhar, há contração concêntrica para levar o 
centro de gravidade para a frente e depois, quando este 
passa na frente do membro, há contração excêntrica 
para evitar que a pessoa cambaleie durante a 
transferência de peso para a outra perna. 
 contrações excêntricas exigem menos energia 
metabólica com a mesma carga mas, com uma 
contração máxima, são capazes de gerar níveis de 
tensão muito maiores do que as contrações 
concêntricas — até 50% maiores (Marieb, 2004). 
 unidade motora = um neurônio motor e pela fibra 
muscular que ele controla. Quando um neurônio motor 
na medula espinal é estimulado, inicia um impulso que 
causa a contração simultânea de todas as fibras 
musculares supridas por aquela unidade motora. 
o O número de fibras musculares em uma unidade 
motora varia de uma a várias centenas de acordo 
com o tamanho e a função do músculo. 
- grandes unidades motoras, nas quais um neurônio 
supre várias centenas de fibras musculares, estão 
nos grandes músculos do tronco e da coxa. 
- pequenos músculos dos olhos e das mãos, onde são 
necessários movimentos de precisão, as unidades 
motoras incluem apenas algumas fibras musculares. 
 O movimento (contração fásica) resulta da ativação de 
um número crescente de unidades motoras, acima do 
nível necessário para manter o tônus. 
CONTRAÇÃO FÁSICA ISOTÔNICA 
 musculo muda de comprimento em relação à produção 
de movimento 
 
CONTRAÇÃO FÁSICA ISOMÉTRICA 
 o comprimento do músculo permanece igual, não 
havendo movimento, mas a força aumenta acima dos 
níveis tônicos para resistir à gravidade ou à força 
antagônica. 
 Importante para manter a postura verticalVASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO 
 A variação na inervação dos músculos é rara; há uma 
relação quase constante. 
2
 t
ip
o
s 
d
e 
co
n
tr
aç
ão
 is
o
tô
n
ic
a
concênrica
movimento decorre do 
encurtamento 
muscular
excêntrica
musculo alonga ao se 
contrair = relaxamento 
controlado e gradual 
enquanto exerce força 
(reduzida) contínua
Contração 
Fásica 
Isotônica
concêntrica
excêntrica
Isométrica
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 os músculos com ações semelhantes geralmente estão 
contidos em um compartimento fascial comum e são 
supridos pelos mesmos nervos 
 Os nervos que suprem os músculos esqueléticos (nervos 
motores) geralmente entram na porção carnosa do 
músculo (ao contrário do tendão), quase sempre a partir 
da face profunda (assim, é protegido pelo músculo que 
supre). 
 Quando um nervo perfura um músculo (Hilo 
neuromuscular), atravessando sua porção carnosa ou 
entre duas cabeças de fixação, geralmente supre aquele 
músculo. 
 A irrigação sanguínea dos músculos não é tão constante 
quanto a inervação, e geralmente é múltipla. As artérias 
geralmente irrigam as estruturas com as quais entram 
em contato. Assim, você deve aprender o trajeto das 
artérias e deduzir que um músculo é irrigado por todas 
as artérias adjacentes. 
 
ANATOMIA NA CLÍNICA 
DOR MUSCULAR E “DISTENSÃO” 
As contrações excêntricas excessivas ou associadas a uma 
nova atividade são as causas frequentes de dor muscular de 
início tardio. Assim, descer muitos lances de escada acabaria 
provocando mais dor, devido às contrações excêntricas, do 
que subir os mesmos lances de escada. O estiramento 
muscular que ocorre durante a contração excêntrica do tipo 
alongamento parece ser mais propenso a causar 
microlacerações nos músculos e/ou irritação periosteal do 
que a contração concêntrica (encurtamento do ventre 
muscular). 
A capacidade de alongamento dos músculos esqueléticos é 
limitada. Em geral, os músculos não conseguem alongar 
além de um terço de seu comprimento em repouso sem 
sofrer lesão. Isso é refletido por suas fixações ao esqueleto, 
que geralmente não permitem alongamento excessivo. Os 
músculos isquiotibiais são exceção. Quando o joelho é 
estendido, os músculos isquiotibiais costumam alcançar seu 
comprimento máximo antes da flexão completa do quadril 
(isto é, a flexão no quadril é limitada pela capacidade de 
alongamento dos músculos isquiotibiais). Sem dúvida, isso, 
além das forças relacionadas com sua contração excêntrica, 
explica por que os músculos isquiotibiais são “distendidos” 
(sofrem lacerações) com maior frequência do que outros 
músculos. 
MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO 
 Miocardio = músculo estriado cardíaco formador das 
paredes do coração 
 Presente também nas paredes da aorta, veias 
pulmonares e veia cava superior. 
 Involuntário  estimulado intrinsecamente por fibras 
musculares especializadas e extrinsecamente pelo 
Sistema Nervoso Autônomo 
 Irrigação sanguínea 2 x maior que dos músculos 
estriados esqueléticos 
MÚSCULO LISO 
 Em grande parte da túnica média das paredes dos vasos 
sanguíneos (consequentemente, em todos os tecidos 
vascularizados), paredes dos órgãos do sistema 
digestório, pele, alguns dos músculos dos olhos 
 Involuntário --. Estimulado pelo SNA, também pode ser 
iniciada por estimulação hormonal ou por estímulos 
locais, como o estiramento. 
 responde mais devagar do que o músculo estriado e 
com uma contração tardia e mais suave. 
 Pode sofrer contração parcial durante longos períodos e 
tem capacidade muito maior do que o músculo estriado 
de alongar sem sofrer lesão paralisante. Esses dois 
fatores são importantes no controle do tamanho dos 
esfíncteres e do calibre do lúmen (espaço interior) das 
estruturas tubulares (p. ex., vasos sanguíneos ou 
intestinos). 
 Nas paredes do sistema digestório, das tubas uterinas e 
dos ureteres, as células musculares lisas são 
responsáveis pela peristalse, conjunto de contrações 
rítmicas que impulsionam o conteúdo ao longo dessas 
estruturas tubulares.

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