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O Behaviorismo e algumas questões sociais 1 GOVERNO E ECONOMIA 2 3 Relações, gerenciamento e governo – Cap. 11 Somos seres sociais, Nossas relações são consequências do dar e receber estímulos um dos outros, Gerenciamento e governo – são recentes e tem a ver com a cultura. 4 RELAÇÕES Relações isoladas e com grandes intervalos de tempo NÃO bastam para ser consideradas como relação. Quanto maior a interação, maior probabilidade de ocorrer um comportamento verbal. 5 Há dois tipos de interação (não são consideradas relações) VERBAL – perguntar a hora para uma pessoa que provavelmente jamais verá de novo. COERCIVO – entregar a carteira/celular a um ladrão com quem jamais se encontrará novamente. 6 REFORÇO MÚTUO Para um episódio ser considerado interação social e ser considerado como base para um relacionamento, o reforço deve ser mútuo. Quando episódios sociais se repetem frequentemente, diz-se que as pessoas envolvidas mantém uma relação. 7 Duas pessoas podem ser chamadas parceiras equitativas quando suas interações incluem atos e reforçadores que, de ambas as partes, são do mesmo tipo. 8 INDIVÍDUOS e INSTITUIÇÕES As instituições são compostas por indivíduos; logo, é conveniente tratá-las como indivíduos. Uma companhia, igreja, ou GOVERNO é um grupo de indivíduos, os quais mantem relações com outros membros do grupo. 9 O que permanece estável em uma instituição é o seu modo de funcionar; ou seja, as relações de reforço e punição. 10 EXPLORAÇÃO É um reforço positivo a curto prazo, mas, prejuízo a longo prazo. Ex.: Os governos implantam medidas para ‘proteger’ os cidadãos de situações de trapaças a longo prazo, do tipo que só podem descobrir que foram enganados quando já é tarde demais. 11 O “ESCRAVO FELIZ” Sentindo-se contente, porque seu comportamento está sendo “reforçado positivamente” não tomam qualquer medida para corrigir a situação. Este tipo pode existir em muitos e diversos tipos de relação. 12 Baum diz que o problema com a exploração é que, a longo prazo, ela implica em punição. 13 E a punição tem efeitos, ao mesmo tempo, postergados e gradualmente cumulados, o que torna essa relação difícil de ser identificada pela pessoa explorada. Ex.: Criança trabalhando em um verão – pequena perda. Trabalhando toda a infância – resultados danosos. 14 Logo, relações do tipo “Escravo feliz” são instáveis. O ex-escravo feliz torna-se ressentido, cheio de raiva e revoltado. Ex.: O cônjuge explorado que nunca buscou seus próprios interesses – pode abandonar seu casamento. 15 Tal como a coerção, a exploração é um tiro que sai pela culatra. Baum então diz: parece que a equidade é a única política estável. 16 Bem estar relativo porque equidade e iniquidade são conceitos de difícil definição. Dependerá do contexto. 17 George Homans (1961) utiliza os termos “lucro/investimento” para estabelecer as decisões sobre equidade. Ele diz: Se duas pessoas em um relacionamento têm índices lucro/investimento iguais, a relação entre elas é equitativa. 18 COOPERAÇÃO Um relacionamento de cooperação é aquele em que o reforço é, ao mesmo tempo, mútuo e equitativo. Relacionamentos recíprocos abrem a possibilidade de trapaças, se uma parte fracassa em contribuir suficientemente. 19 CONTROLE E CONTRACONTROLE Declarações de iniquidade ocasionadas por relações coercivas e exploradoras incitam à revolução como meio para tornar mais justas essas relações. Ex.: A separação de um casal. 20 CONTRACONTROLE Do tipo coercivo a pessoa ou grupo arrasados ameaçam com a remoção do reforço. Quando a ameaça é eficaz, o comportamento é contracontrolado através do reforço negativo. No reforço positivo, substitui-se ameaça por promessas. 21 EQUIDADE E PODER Referem-se a aspectos diferentes de uma relação. EQUIDADE – Benefícios derivados da relação. PODER – Grau de controle que cada parceiro exerce sobre o comportamento do outro. 22 Ex.: O pai demasiadamente ocupado, que precisa dizer para o filho esperar até o final de semana para passarem algum tempo juntos conversando ou brincando, tem menos poder para controlar o comportamento da criança. 23 DEMOCRACIA Os cidadãos em um Estado Democrático sentem-se livres e felizes. Em uma democracia, o ingrediente que salvaguarda a liberdade das pessoas é o contracontrole. 24 O contracontrole em uma democracia pode ocorrer através da ameaça ou por meio da promessa. AMEAÇA – se a atuação de um governante produzir consequências punitivas, os eleitores votariam em outra pessoa. PROMESSA – se a atuação de um governante produzir reforço, os eleitores votariam nele, mantendo-o no poder. 25 Baum diz que a descrição da democracia é, obviamente, uma idealização. 26 A grande força da democracia é que esse regime político dá as pessoas, aos controlados, o poder de contracontrolar. Quando o comportamento de todos está sujeito às mesmas relações, todos são iguais entre si. O regime democrático, tal como exercido hoje, necessita ser aperfeiçoado! 27 REFERÊNCIA BAUM, William M. Compreender o Behaviorismo: comportamento, cultura e evolução. Tradução de Maria Teresa Araujo Silva. 2. ed. rev. E ampl. Porto Alegre: Artmed, 2006. 312p. [Cap. 11]. 28
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