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APS - TUTELAS COLETIVAS - TAMIRES RODRIGUES DE ANDRADE

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A.P.S – TUTELAS COLETIVAS E MEIO AMBIENTE
Relatório Erin Brockovich
Erin Brockovich, funcionária do escritório de advocacia Marsy & Vittoe, é designada por seu chefe, o advogado Ed Marsy, a organizar documentos para a abertura de um processo imobiliário contra a empresa Pacific Gas & Eletricity, pois a empresa fez a proposta de compra da casa da família Jensen com um valor abaixo do valor de mercado, e a família estava discordando do valor. No entanto, ao organizar os documentos, Erin encontrou diversos exames médicos junto com a documentação da proposta de compra.
Quando Donna Jensen, proprietária do imóvel em questão, foi questionada sobre os exames estarem junto dos documentos da ação, Donna explicou que ela e seus familiares estavam doentes e que a empresa PG&E estavam pagando por todos os cuidados médicos deles até o momento, Erin questionou-a sobre a razão do pagamento e Dona informou que a razão era pelo cromo – 3 que era disseminado na água, que eles faziam exames periódicos para comprovar que não havia relação entre as doenças dos moradores do condado de Hinckley com o despejo de cromo. Erin procurou um especialista que lhe contou sobre os diferentes tipos de cromo e como o mineral em sua forma hexavalente pode ser venenoso para o ser humano, sendo cancerígeno e muitas vezes letal. A quantidade máxima permitida para consumo do cromo – 6 (hexavalente) é de 0,005 partes por milhão, enquanto que os moradores dos arredores da fábrica desta empresa consumiam 0,058 partes por milhão, muito mais do que o máximo aceito pelo corpo humano de forma não letal.A Pacific Gas & Eletricity utilizava o cromo – 6 em seus tanques de resfriamento para evitar a corrosão do metal, a água descartada nas torres era despejada sem nenhum tipo de tratamento nos lagos que ficavam fora da fábrica, esta água contaminada começou a contaminar toda a região, inclusive pelo solo.
A decisão de Erin e Ed Marsy de ingressar com uma ação coletiva trouxe diversos moradores da região, onde é cabível uma Ação Civil Pública para resguardar os direitos e indenizar famílias afetadas pelo crime ambiental cometido. Os interesses individuais homogêneos foram atingidos e violados de forma determinada aos moradores doentes e divisível, pois moradores com casos mais graves foram julgados com prioridade. O caso foi levado a um tribunal preliminar, em que o juiz negou todas as moções e objeções da parte ofendida, que, ao notar o tamanho do processo, onde 634 famílias pleiteantes aguardavam julgamento, ofereceu um acordo de julgamento fechado e sem júri, facilitando a celeridade do processo e custando menos tempo do judiciário e divulgação da empresa de forma negativa, tendo em vista que, nesta situação de julgamento fechado, não há a possibilidade de recurso.
Por fim, PG&E foi condenada a indenizar as famílias com o valor total de 333 milhões, que seriam divididos de forma proporcional à gravidade das doenças dos moradores, conforme o princípio da razoabilidade

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