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Saúde do Trabalhador no Centro Cirúrgico Exposição do profissional no CC Esses profissionais devem estar atentos à realização de suas tarefas, a fim de evitarem possíveis acidentes de trabalho. A participação de profissionais em procedimentos cirúrgicos Expõe o trabalhador a riscos físicos, químicos, mecânicos/ergonômicos e biológicos Ativar sentimentos como apreensão, cobrança interna e externa, impotência, perplexidade, entre outros. Danos psicossociais como desânimo, insatisfação com o trabalho, sensação de cansaço extremo até o desenvolvimento de ansiedade, depressão, entre outras. Riscos ocupacionais no CC Os riscos ocupacionais podem comprometer a saúde do trabalhador e a qualidade dos serviços prestados Os riscos biológicos são os mais frequentes e de maior gravidade Os acidentes envolvendo esses riscos são caracterizados como uma emergência, pois para alguns microrganismos é possível uma profilaxia de emergência, no entanto a sua eficácia reduz com o aumento do tempo. A maioria são acidentes percutâneos devido à elevada frequência de procedimentos invasivos, intensidade e dinâmica de trabalho. Fatores que interferem na saúde do trabalhador Sobrecarga de trabalho Contaminação biológica Agravos ergonômicos Exposição a agentes físicos e químicos Longas jornadas de trabalho Infraestruturas insalubres Falta de material para o desempenho de sua função Esforço físico para manipulação dos pacientes Condições posturais inadequadas Conflitos no ambiente de trabalho Sentimento de insatisfação Estresse Dor associada ao esforço físico, alteração do Ciclo circadiano pelos períodos de trabalho noturno Fadiga Improvisações de materiais Procedimentos invasivos realizados Biossegurança As normas de biossegurança que devem ser seguidas para a prevenção da saúde e redução dos acidentes de trabalho. O profissional deve ter conhecimento e percepção a cerca dos riscos presentes em seu ambiente de trabalho. O uso de Equipamentos de proteção individual (EPI´S) e coletiva (EPC) Normas regulamentadoras (NR – 32) Resoluções da diretoria colegiada (RDC), Legislações Política nacional de saúde do trabalhador e da trabalhadora Precauções-padrão São medidas de segurança que o profissional deve tomar antes mesmo do diagnóstico do paciente Autoconfiança exacerbada pode dificultar o acato às normas de biossegurança, e isto o colocam em uma situação de risco iminente. Ás vezes o profissional é o principal responsável pelos acidentes de trabalho ocorridos consigo Mesmo sendo disponibilizados pelo empregador EPI´S estes não são usados ou usados de forma incorreta. Precauções-padrão no CC Uniformes: obrigatoriamente protegido com avental de mangas longas, fechado na frente e longo (abaixo dos joelhos) Cabelos: permanentemente presos na sua totalidade Sapatos: exclusivamente fechados Unhas: devem ser curtas e bem cuidadas. Adornos: não utilizar Precauções-padrão no CC Precauções-padrão no CC Todos os indivíduos que entram no CC devem estar apropriadamente vestidos, independente de participar ou não da cirurgia. Precauções-padrão no CC Prevenção e Controle de Infecção de Sítio Cirúrgico Infecção de sítio cirúrgico - ISC A infecção cirúrgica refere-se a uma infecção que ocorre após o procedimento cirúrgico e pode ocorrer em qualquer parte da área manipulada. Infecção de sítio cirúrgico - ISC No Brasil: As ISC ocupam a terceira posição entre as infecções relacionadas à assistência à saúde Causa substancial de morbidade, hospitalização prolongada e morte. Taxa de incidência em torno de 11%. Taxa de letalidade é de 3%. As ISC são evitáveis em 50 a 70% dos casos Classificação de cirurgias – Grau de contaminação Limpa Sem inflamação Sem invasão do trato respiratório, TGI e TGU Potencialmente contaminada Invasão do TGI, TGU ou TR em condições controladas Sem contaminação não usual Contaminada Cirurgias abertas acidentalmente Quebra de técnica estéril Feridas abertas mas sem secreção purulenta Infectada Tecido desvitalizado , corpo estranho, Contaminação fecal e infecção pré-existente 2 a 5% 3 a 11% 10 a 17% 27% Quanto maior for o grau de contaminação, maior será o risco de infecção Critérios de infecção de sítio cirúrgico - ISC Critérios de infecção de sítio cirúrgico - ISC ISC INCISIONAL SUPERFICIAL – IS Ocorre nos primeiros 30 dias após o procedimento cirúrgico ISC INCISIONAL PROFUNDA - IP Ocorre nos primeiros 30 dias após a cirurgia ou até 90 dias, se houver colocação de implantes ISC ÓRGÃO/CAVIDADE – OC Drenagem purulenta Cultura positiva de secreção ou tecido Diagnóstico pelo cirurgião ou outro médico assistente. A incisão é deliberadamente aberta pelo cirurgião por: dor, aumento da sensibilidade, edema local, hiperemia ou calor, EXCETO se a cultura for negativa; Drenagem purulenta, mas não originada de órgão/espaço; Deiscência espontânea profunda ou incisão aberta pelo cirurgião e cultura positiva ou não realizada, quando o paciente apresentar: febre, dor ou tumefação localizada; Abscesso ou outra evidencia de infecção, detectado durante exame clínico, anatomopatológico ou de imagem; Diagnostico feito pelo cirurgião ou outro médico assistente Ocorre nos primeiros 30 dias após a cirurgia ou até 90 dias, se houver colocação de implantes Cultura positiva de secreção ou tecido Presença de abscesso ou outra evidência identificada em reoperação, exame clínico, anatomopatológico ou de imagem; Diagnóstico pelo médico assistente. Controle glicêmico Normotermia Preparo da pele Controle do ambiente Aporte de O2 Controle glicêmico Normotermia Curativos Tricotomia Banho Descolonização Antibioticoprofilaxia Preparo das mãos Pré- operatório Pós- operatório Intra- operatório Complexidade A prevenção dessas infecções requer a integração de uma série de medidas preventivas antes, durante e após a cirurgia. Ícaro Boszczowski, Prevenção de infecção de sítio cirúrgico. Proqualis, 2019 Fatores contribuintes - ISC Os agentes etiológicos e possíveis fontes de contaminação PRINCIPAIS FONTES DE INFECÇÃO Principais medidas de prevenção de ISC Pré-operatório Banho; Transoperatório Preparação cirúrgica das mãos; Pós-operatório Antibiótico profilático – não utilizar após o término da cirurgia mesmo em paciente com drenos; Preparação do sítio cirúrgico - antisséptico à base de álcool; Imunossupressor – não interromper; Campos e paramentação - impermeáveis; Luvas – dupla luva, troca, modelo específico Descolonização nasal – colonizados por S. aureus (cardiotorácica e ortopédicas); Antibiótico profilaxia cirúrgica – 120min antes da incisão; Preparação mecânica do intestino e o uso de antibióticos orais; Tricotomia – somente se interferir no procedimento cirúrgico; Aporte nutricional – paciente com baixo peso. Normotermia; Controle de glicemia – pacientes adultos; Normovolêmia; Oxigenação Curativos; Principais estratégias para prevenir as - infecções de sítio cirúrgico Consequências decorrentes das infecções de sítio cirúrgico OBS: a ISC tem se tornado parâmetro de pagamento por desempenho pelas operadoras de saúde e tem sido utilizada como indicador de melhoria da qualidade na assistência ao paciente. Comprometimento psicológico e emocional Aumento no número de readmissões Propagação de resistência bacteriana Reabordagem cirúrgica Aumento do período de hospitalização Aumento custo Monitoramento de processo e estratégias de melhoria Indicadores de resultado e de processo Auditorias de cirurgias Trabalho em conjunto com as lideranças do centro cirúrgico Trabalho em conjunto com a CME Visitas técnicas Cartilhas educativas Reuniões com o corpo clínico para feedbacks dos resultados Treinamento das equipes envolvidas
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