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Aspectos Comportamentais da Gestão de Pessoas
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classificação única, pois existe uma 82 Equipes diversidade de propostas que utilizam a denominação de equipe para unida- des de desempenho que nem sempre apresentam características relaciona- das a uma equipe. Algumas delas, por exemplo, consideram aspectos como o tempo de permanência da equipe, a missão ou a natureza da atividade, a estruturação de seus componentes e a finalidade das tarefas da equipe. Considerando o aspecto tempo em que permanecem constituídas, as equipes podem ser classificadas em permanentes e temporárias. As equi- pes permanentes são aquelas que fazem parte de um departamento ou área específica da organização. Já as equipes temporárias são criadas com um objetivo específico e permanecem até o cumprimento da tarefa, quando então se desfazem. Se o aspecto enfatizado nas equipes passa a ser sua razão de existir (missão) as equipes são classificadas como equipes de trabalho, que terão como objetivo realizar tarefas que contribuam para a efetividade da organi- zação, e as equipes de desenvolvimento que têm como objetivo garantir a efetividade dos processos organizacionais (IVANCEVICH; MATTESON, 1999). Segundo Arrow e McGrath (1995) se a estrutura da equipe for o aspecto priorizado, então existirão três tipos de estruturas: grupos força-tarefa, equi- pes propriamente ditas e tripulação. Já os elementos dessa estrutura serão: o projeto ou objetivo a ser alcançado pela equipe, os membros que a com- põem e a tecnologia ou formas de desempenho das tarefas associadas às ferramentas utilizadas. Grupos força-tarefa � – o mais importante é objetivo a ser alcançado. Equipes propriamente ditas � – o mais importante são os indivíduos e as suas relações interpessoais positivas, consideradas fundamentais para o sucesso da tarefa. Tripulações � – o mais importante é o objetivo e em segundo lugar a tecnologia que é considerada complexa. Katzenbach e Smith (1994), após um estudo com centenas de grupos de trabalho que atuavam como “equipes”, concluíram que a maioria não tinha, de forma clara, uma visão dos seus objetivos ou de como os mesmos pode- riam ser alcançados. Equipes 83 Os autores então propõem a Curva de Desempenho de Equipe, classifi- cando os grupos de acordo com seu modo de funcionamento em uma das cinco posições: Pseudoequipe � – este tipo de grupo, embora possa definir um traba- lho a fazer, não tem como foco o desempenho coletivo, e nem se pre- ocupa em alcançá-lo. O relacionamento entre seus membros bloqueia o desempenho indi vidual e não permite que ocorra um ganho signifi- cativo para todos. Grupo de trabalho � – os membros desse grupo não identificam qual- quer razão para trabalharem como equipe. Neste tipo de grupo as res- ponsabilidades, objetivos e produtos per tencem a cada indivíduo. Um grupo de trabalho pode ser eficiente e efetivo, embora não traga como resultado uma atuação de equipe. Equipe potencial � – existe uma mobilização por parte dos membros deste grupo para atuarem em conjunto, porém necessitam de orien- tações e esclarecimentos quanto aos objetivos e à finalidade de esta- rem juntos. Precisam também assumir um postura efetiva quanto aos resultados do grupo. Equipe real � – a mu dança para uma equipe real acontece quando uma equipe potencial passa a apresentar maior aumento no desempenho. Uma equipe real é composta por pessoas que possuem habilidades complementares e estão comprometidas umas com as outras, pois têm uma missão comum, objetivos comuns e sistemática de trabalho bem definida. Existe confiança mútua e a responsabilidade pelo de- sempenho é assumida plenamente. Equipe de elevado desempenho � – além de apresentarem todas as características de uma equipe real, este grupo ainda está profunda- mente comprometido com o crescimento e sucesso pessoal de cada um e o sucesso dos outros. É uma equipe que supera de forma signi- ficativa o desempenho de outras equipes e atinge resultados que vão além das expectativas. É considerada um modelo para equipes poten- ciais e reais. Este estágio superior não é muito comum. 84 Equipes D es em p en ho Efetividade Trabalho em grupo Pseudo- equipe Equipe Real Equipe Potencial Equipe de Elevado Desempenho Figura 1 – Curva de Desempenho de Equipe. (K AT ZE N BA C H ; S M IT H , 1 99 4) A Curva de Desempenho de Equipe permite a classificação dos grupos encontrados em uma organização de acordo com o seu modo de funciona- mento. Estabelece uma relação entre efetividade e desempenho, classifican- do-os em uma das cinco posições apresentadas anteriormente. Porém, para que isso ocorra, é necessário algum tipo de intervenção técnica que promo- va mudanças na forma de atuação ou modo de operar dos grupos. Robbins (1999) classifica as equipes com base em seus objetivos. Esse autor considera que existem pelo menos três tipos mais comuns nas organi- zações, que são: Equipes solucionadoras de problemas � – os membros partilham ideias ou oferecem sugestões de como processos e métodos de tra- balho podem ser melhorados. Porém, a autoridade para implementar essas sugestões, na maioria das vezes, não é competência exclusiva dessas equipes. Equipes de trabalho autogerenciadas � – são grupos de empregados (geralmente em número de dez a 15) que assumem as responsabili- dades de seus antigos supervisores. Normalmente isso inclui planeja- mento e escalonamento de trabalho, controle coletivo do andamento do trabalho, tomada de decisões operacionais e ações em relação aos problemas. Essas equipes de trabalho totalmente autogerenciadas po- dem até selecionar seus próprios membros, permitindo que avaliem os desempenhos uns dos outros. Equipes 85 Equipes de funcionalidade cruzada – � são formadas pelos emprega- dos de nível hierárquico equivalente, porém de diferentes áreas de tra- balho, que se juntam para realizar uma tarefa. Isso permite uma gran- de troca de informações, desenvolvimento de novas ideias, resolução de problemas e a coordenação de projetos complexos. Ampliando seus conhecimentos O que você ganha com o trabalho em equipe Transformar a interação em algo estimulante e enriquecedor não é tão difícil quanto parece (NAVARRO, 2009) Não é novidade para ninguém que saber trabalhar em equipe é requisito básico para o sucesso profissional. Você se empenha para que os objetivos do grupo sejam alcançados, não importa se está na condição de líder ou de liderado. Agora, cá entre nós, trabalhar em equipe nem é fácil, não é? Às vezes é uma verdadeira dor de cabeça. Há casos em que ninguém se entende. Mas isso só acontece quando as pessoas estão mais preocupadas em desempe- nhar um papel do que em se aprimorar com o trabalho em equipe. Independentemente da personalidade e experiência de cada um, as pes- soas que participam de um trabalho conjunto encontram problemas quando assumem um entre dois papéis possíveis: um é o de quem age como se sou- besse de tudo; outro é o de quem age como se não soubesse de nada. Acha que estou simplificando demais? Vamos em frente e você me dirá se não é o que acontece. Os que agem como se soubessem de tudo têm opiniões formadas na ponta da língua. Confiantes com sua experiência identificam as causas de um problema num piscar de olhos. Têm facilidade para propor soluções, dar palpites na forma de trabalhar dos outros e apontar aquilo que não vai dar certo. “Deixa comigo” e “é assim que funciona” são suas frases preferidas. Ah, tem esta também: “Eu não disse?” 86 Equipes Os que agem como se não soubessem de nada evitam expor opiniões. Não gostam de se arriscar, de assumir responsabilidades. Ficam esperando que os que agem como se soubessem de tudo lhes digam o que fazer, pois, se alguma coisa der errado, é só se defender: “Mas eu fiz exatamente o que me disseram para fazer!” Frases como “não tenho opinião formada sobre isso”, “não fui eu” e “não tenho a menor ideia de como isso aconteceu” são as mais usadas. E agora, você me dá razão? Será que não se identificou com um dos