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Auditoria Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Me. Rodrigo De Souza Marin Revisão Técnica: Prof. Me. Carlos Henrique Costa Revisão Textual: Prof. Me. Luciano Vieira Francisco Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Auditoria • Auditoria Contábil; • Resoluções CFC. · Apresentar os aspectos relevantes sobre a auditoria contábil, desta- cando as normas brasileiras aplicadas à auditoria e suas característi- cas mais relevantes. OBJETIVO DE APRENDIZADO Nesta Unidade veremos as normas brasileiras de Contabilidade relacionadas à auditoria. Então, é importante que você leia com atenção o conteúdo disponibilizado e o Material complementar. Além disso, para que a sua aprendizagem ocorra em um ambiente mais interativo possível, na pasta de atividades você também encontrará a Avaliação, a Atividade reflexiva e a Videoaula. Cada material disponibilizado é mais um componente para seu aprendizado, por isso, estude todos com atenção. ORIENTAÇÕES Normas brasileiras de Contabilidade aplicadas à Auditoria UNIDADE Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Auditoria Contextualização Devido ao constante crescimento das empresas, fez-se necessário o registro de todas as suas informações financeiras e fiscais. Para que uma empresa obtenha um crescimento financeiro sólido, é necessário estar em dia com as obrigações contábeis exigidas em cada caso, prevenindo problemas burocráticos e, consequentemente, suas penalidades, condição que pode levar a empresa a perder todos os resultados que obteve na produção ou venda de uma mercadoria ou serviço. Para gerar a confiabilidade das informações contábeis, é necessário que a empresa realize periodicamente uma auditoria, visando garantir a fidelidade das informações e entender sua real situação patrimonial. Da mesma forma, a auditoria é necessária para que os investidores possam ter maior segurança nos investimentos a serem realizados, tendo a visão mais clara possível da situação da empresa. Visando garantir uma padronização das auditorias realizadas, foram estabelecidas as normas de auditoria. Assim, esta Unidade tem por objetivo demonstrar a importância das normas, apresentando seus aspectos mais relevantes. 6 7 Auditoria Contábil O termo auditoria deriva do latim audire, que significa ouvir. Para responder ao mundo integrado, formado por uma sociedade moderna com grandes organizações e em frequente desenvolvimento econômico, promovendo crescimento na complexidade da administração dos negócios, onde, por ocasião da modernidade, as transações são contabilizadas em tempo real, submetidas às determinações fiscais e legais e em virtude da criação de normas regulamentadoras da profissão, o conceito de auditoria foi aumentado ao longo do tempo (JUND, 2002). O Papel das Normas de Auditoria As normas de auditoria estabelecem um parâmetro, onde o auditor toma a decisão do que é preciso para elaborar o exame das demonstrações financeiras de uma entidade. Essas normas ajudam a mensurar a qualidade dos objetivos de auditoria e das obras designadas a atingir esses objetivos (COOK, 1979). Normas Versus Procedimentos As normas de auditoria são para manter o controle da qualidade do exame e do relatório, já os procedimentos correspondem à descrição das tarefas cumpridas pelo auditor durante a realização do exame. As normas são determinadas e não permitem nenhum desvio quando o objetivo for obter um exame satisfatório. Os procedimentos são representados de forma genérica, de modo que podem se adaptar ao modo de trabalho de auditoria. O auditor é quem realiza a escolha dos procedimentos de auditoria que serão aplicados no exame de uma empresa. A seguir serão expostos os aspectos relevantes de algumas das normas existentes. 7 UNIDADE Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Auditoria Resoluções CFC Resolução CFC n.º 1.203, de 27 de novembro de 2009 – NBC TA 200 São objetivos gerais dos auditores independentes: · Conseguir segurança razoável de que as demonstrações contábeis não contenham distorção relevante, independentemente se tais distorções foram causadas por fraude ou erro, possibilitando, assim, que o auditor expresse sua opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável; e · Exibir relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-se, como exigido pelas NBC TAs, em conformidade com as constatações do auditor. Quanto aos riscos: · Risco de auditoria: risco da expressão de opinião inadequada que o auditor pode emitir quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção; · Risco de detecção: risco de que, apesar de os procedimentos realizados pelo auditor na tentativa de redução do risco de auditoria, tais métodos não detectem uma distorção existente que seja relevante individualmente ou em conjunto com outras distorções. Conceitos: · Distorção: é a diferença entre o valor, a classificação, a apresentação ou a divulgação de uma demonstração contábil relatada e o valor, a classificação, a apresentação ou a divulgação que é exigida para que o item esteja de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável; · Ceticismo profissional: é a postura que inclui uma mente questionadora e alerta para condições que possam indicar possível distorção devido a erro ou fraude, e uma avaliação crítica das evidências de auditoria; · Asseguração razoável: é um nível alto, mas não absoluto, de segurança; · Risco de distorção relevante: é o risco de que as demonstrações contábeis possuam distorção relevante antes da auditoria. Consiste em dois componentes, descritos a seguir no nível das afirmações: · Risco inerente é a sensibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação, saldo contábil ou divulgação, a uma distorção que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções, antes da consideração de quaisquer controles relacionados; · 8 9 · Risco de controle é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma afirmação sobre uma classe de transação, saldo contábil ou divulgação e que possa ser relevante – individualmente ou em conjunto com outras distorções –, não seja prevenida, detectada e corrigida tempestivamente pelo controle interno da entidade. É muito importante que você leia na íntegra a norma, disponível em: http://goo.gl/VnLyxbEx pl or Resolução CFC n.º 1.207, de 27 de novembro de 2009 – NBC TA 240 São objetivos do auditor: · Reconhecer e avaliar os riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis decorrentes de fraude; · Obter evidências de auditoria adequadas e suficientes sobre os riscos identificados de distorção relevante decorrente de fraude, por meio da definição e implantação de respostas adequadas; e · Responder adequadamente à fraude ou à suspeita de fraude identificada durante a auditoria. Fraude é o ato intencional de um ou mais indivíduos da administração, dos responsáveis pela governança, funcionários ou terceiros, que envolva dolo para obtenção de vantagem injusta ou ilegal. A principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos responsáveis pelo governo da entidade e da sua administração. É imprescindível que a administração, supervisionada pelo governo da entidade, ressalte a prevenção de fraude, o que pode reduzir as oportunidades de sua ocorrência e a sua despersuasão, persuadindo os indivíduos a não perpetrarem fraudes em razão da probabilidade de detecção e punição. O profissional que executa auditoria de acordo com as normas dessa área é responsável por obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, como um todo, não contêm distorções relevantes, causadas por fraude ou erro. Para que você possa ter um conhecimento completo das disposições dessa norma, acesse: http://goo.gl/hiwQKNEx plor 9 UNIDADE Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Auditoria Resolução CFC n.º 1.311, de 9 de dezembro de 2010 – NBC PA 290 Esta norma dispõe sobre os requisitos de independência para trabalhos de auditoria e de revisão limitada ou especial, trabalhos que são de asseguração e nos quais o auditor expressa conclusão sobre as demonstrações contábeis. Compreendem trabalhos de auditoria e de revisão para emitir relatórios de auditoria ou de revisão sobre um conjunto completo de demonstrações contábeis ou parte destas. No caso de trabalhos de auditoria, é do interesse do público e, portanto, requerido por essa norma que os membros das equipes de auditoria, firmas e firmas em rede sejam independentes dos clientes de auditoria. Enquanto conceitos, temos: · Independência de pensamento: atitude que permite a exibição de conclusão que não sofra efeitos de influências que comprometam o julgamento profissional, permitindo que o profissional atue com integridade, objetividade e ceticismo profissional; · Aparência de independência: evitar circunstâncias e fatos que sejam tão significativos a ponto de que um terceiro, com experiência, conclua que a integridade, a objetividade ou o ceticismo profissional da firma, ou de membro da equipe de auditoria fiquem comprometidos. A independência deve ser aplicada para que os auditores possam: · Identificar ameaças à independência; · Avaliar a importância das ameaças identificadas; · Aplicar salvaguardas, quando necessário, para eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável. O objetivo dessa norma é auxiliar as firmas e os membros das equipes de auditoria na aplicação dos conceitos descritos a seguir para a conquista e manutenção da independência. Sobre os relacionamentos familiares e pessoais, quando um membro da equipe de auditoria sabe que um familiar próximo tem interesse financeiro direto ou indireto relevante no cliente de auditoria, é criada ameaça de interesse próprio. A importância da ameaça depende de fatores como: · Natureza do relacionamento entre o membro da equipe de auditoria e o familiar próximo; Materialidade do interesse financeiro para o familiar próximo. A importância da ameaça deve ser avaliada e salvaguardas aplicadas, quando necessário, a fim de eliminá-la ou reduzi-la a um nível aceitável. Exemplos dessas salvaguardas incluem: 10 11 · Alienação pelo familiar próximo, assim que possível, de todo o interesse financeiro ou de parte suficiente do interesse financeiro indireto, de modo que o interesse remanescente não seja mais relevante; · Revisão por outro auditor do trabalho realizado pelo membro da equipe de auditoria; · Retirada da pessoa da equipe de auditoria. Relacionamento comercial próximo entre a firma, membro da equipe de audi- toria ou familiar imediato dessa pessoa e cliente de auditoria, ou sua administração decorrente de relacionamento comercial, ou interesse financeiro comum pode criar ameaças de interesse próprio e de intimidação. Exemplos desses relaciona- mentos incluem: · Ter interesse financeiro em empreendimento conjunto com cliente ou controlador, conselheiro, diretor ou outra pessoa que desempenha funções executivas para esse cliente; · Arranjos para combinar um ou mais serviços ou produtos da firma com um ou mais serviços ou produtos do cliente e para comercializar o pacote fazendo referência às duas partes; · Acordos de distribuição ou comercialização segundo os quais a firma distribui ou comercializa os produtos ou serviços do cliente, ou o cliente distribui ou comercializa os produtos ou serviços da firma; · O parecer sem ressalva é emitido quando as DF da empresa, examinadas pelo auditor, representam a posição patrimonial e financeira e o resultado das operações de acordo com os princípios fundamentais de Contabilidade; · O parecer sem ressalva indica que o auditor está convencido de que as DF foram elaboradas consoante às normas brasileiras de Contabilidade e à legislação específica em todos os seus aspectos relevantes. O sigilo é fundamental na profissão do auditor, devendo mantê-lo até mesmo na relação com outros auditores e vida pessoal, somente divulgando com a devida autorização da administração da entidade auditada – havendo ao auditor informações irrestritas sobre qualquer informação utilizada para excelência de seu trabalho. Vale ressaltar que essa norma não está exposta na íntegra. Assim, é muito importante que você tenha o conhecimento completo da qual, disponível em: http://goo.gl/h9qwV5Ex pl or Resolução CFC n.º 1.211, de 27 de novembro de 2009 – NBC TA 300 Enquanto objetivo, o planejamento da auditoria envolve a definição de estratégia global para o trabalho e desenvolvimento de plano de auditoria. Um planejamento adequado é benéfico para a auditoria das demonstrações contábeis de várias maneiras, inclusive para: 11 UNIDADE Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Auditoria · Auxiliar o auditor a dedicar atenção apropriada às áreas importantes da auditoria; · Auxiliar o auditor a identificar e resolver tempestivamente problemas potenciais; · Auxiliar o auditor a organizar adequadamente o trabalho de auditoria para que seja realizado de forma eficaz e eficiente; · Auxiliar na seleção dos membros da equipe de trabalho com níveis apropriados de capacidade e competência para responderem aos riscos esperados e na alocação apropriada de tarefas; · Facilitar a direção e a supervisão dos membros da equipe de trabalho e a revisão do seu trabalho; · Auxiliar, se for o caso, na coordenação do trabalho realizado por outros auditores e especialistas. Leia na íntegra, em: http://goo.gl/ObmtLE Ex pl or Resolução CFC n.º 1.212, de 27 de novembro de 2009 – NBC TA 315 Para fins das normas de auditoria, os termos têm os seguintes significados: · Afirmações: são declarações da administração, explicitas ou não, que estão incorporadas às demonstrações contábeis, utilizadas pelo auditor para considerar os diferentes tipos de distorções potenciais que possam ocorrer; · Risco de negócio: risco que resulta de condições, eventos, circunstâncias, ações ou falta de ações significativas que possam afetar adversamente a capacidade da entidade de alcançar seus objetivos e executar suas estratégias, ou do estabelecimento de estratégias e/ou objetivos inadequados; · Controle interno: processo planejado, implementado e mantido pelos responsáveis da governança, administração e outros funcionários para fornecer segurança razoável quanto à realização dos objetivos da entidade no que se refere à confiabilidade dos relatórios financeiros, efetividade e eficiência das operações e conformidade com leis e regulamentos aplicáveis. O termo controle refere-se a quaisquer aspectos de um ou mais componentes do controle interno; · Procedimentos de avaliação de riscos: são os procedimentos de auditoria aplicados para a obtenção do entendimento da entidade e de seu ambiente, incluindo o controle interno da entidade, para a identificação e avaliação dos riscos relevantes de distorção, independentemente se causados por fraude ou erro, nas demonstrações contábeis e nas afirmações; · Risco significativo: risco de distorção relevante identificado e avaliado que, no julgamento do auditor, requer consideração especial na auditoria. 12 13 Os procedimentos de avaliação de riscos e atividades relacionadas incluem o seguinte: · Indagações à administração e a outros na entidade que, no julgamento do auditor, possam ter informações com probabilidade de auxiliar na identificação de riscos de distorção relevante devido a erro ou fraude; · Procedimentos analíticos; · Observação e inspeção. Enquanto identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante, ao exercer o julgamento quanto a quais riscos são significativos, o auditor deve considerar, pelo menos, o seguinte: · Se o risco é de fraude; · Se o risco está relacionado a desenvolvimentos significativosrecentes, econô- micos, contábeis ou de outro tipo, e que, portanto, exige atenção específica; · A complexidade das transações; · Se o risco envolve transações significativas com partes relacionadas; · O grau de subjetividade na mensuração das informações contábeis relacionadas ao risco, especialmente as mensurações que envolvam uma vasta gama de incerteza de mensuração; e · Se o risco envolve transações significativas que estejam fora do curso normal do negócio para a entidade ou que, de outra forma, pareçam não usuais. Lembre-se de realizar a leitura dessa norma na íntegra (NBCTA315 alterada cfe 2016/ NBCTA315(R1) - D.O.U. de 05/09/2016). Para isso, acesse: http://goo.gl/iXrwtE Ex pl or Resolução CFC n.º 1.219, de 27 de novembro de 2009 – NBC TA 505 Quanto aos procedimentos de confirmação externa para obtenção de evidência de auditoria, o Item 5 da NBC TA 500 indica que a confiabilidade da evidência de auditoria é influenciada pela fonte e por sua natureza e depende das circunstâncias individuais em que é obtida. Essa norma inclui, também, as seguintes generalizações aplicáveis à evidência de auditoria: · A evidência de auditoria é mais confiável quando é obtida de fontes independentes e externas à entidade; · A evidência de auditoria obtida diretamente pelo auditor é mais confiável que a evidência de auditoria obtida indiretamente ou por inferência; · A evidência de auditoria é mais confiável quando está na forma de documento, seja em papel, no formato eletrônico ou outro meio. 13 UNIDADE Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Auditoria Ao usar procedimentos de confirmação externa, o auditor deve manter o controle sobre as solicitações de confirmação externa, incluindo: · Determinação das informações a serem confirmadas ou solicitadas; · Seleção da parte que confirma ser apropriada para confirmação; · Definição das solicitações de confirmação, assegurando-se que as solicitações estão devidamente endereçadas e que contenham as informações para retorno das respostas diretamente ao auditor; e · Envio das solicitações, incluindo segundo pedido, quando aplicável, para a parte que confirma. O objetivo do auditor, ao usar procedimentos de confirmação externa, é planejar e executar tais procedimentos para obter evidência de auditoria relevante e confiável. Para fins das normas de auditoria, os termos a seguir possuem os significados aos quais atribuídos: · Confirmação externa é a evidência de auditoria obtida como resposta por escrito direta para o auditor de um terceiro – a parte que confirma –, em papel, no formato eletrônico ou outro meio; · Solicitação de confirmação positiva é a solicitação de que a parte que confirma responda diretamente ao auditor, indicando se concorda ou discorda das informações na solicitação, ou que forneça as informações solicitadas; · Solicitação de confirmação negativa é a solicitação de que a parte que confirma responda diretamente ao auditor somente se discorda das informações fornecidas na solicitação; · Resposta não recebida é quando a parte que confirma não responde ou não responde de maneira completa a uma solicitação de confirmação positiva, ou à devolução de uma solicitação de confirmação não entregue – devolução pelo correio, por exemplo, para um destinatário não localizado; · Exceção é a resposta que indica uma diferença entre as informações para as quais se solicitou confirmação ou diferença entre os registros da entidade e as informações fornecidas pela parte que confirma. Não deixe de ampliar os seus conhecimentos sobre essa norma, disponível em: http://goo.gl/H1tP6wEx pl or Resolução CFC n.º 1.222, de 27 de novembro de 2009 – NBC TA 530 Esta norma se aplica quando o auditor independente decide usar amostragem na execução de procedimentos de auditoria. Trata do uso de amostragem estatística e não estatística na definição e seleção da amostra de auditoria, na execução de testes de controles e de detalhes e na avaliação dos resultados da amostra. 14 15 O objetivo do auditor, ao usar a amostragem em auditoria, é o de proporcionar uma base razoável para concluir quanto à população da qual a amostra é selecionada. Para fins das normas de auditoria, os termos a seguir têm os significados aos quais atribuídos: · Amostragem em auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria em menos de 100% dos itens de população relevante para fins de auditoria, de maneira que todas as unidades de amostragem tenham a mesma chance de seleção para proporcionar uma base razoável e que possibilite ao auditor concluir sobre toda a população; · População é o conjunto completo de dados sobre o qual a amostra é selecionada e o auditor deseja concluir; · Risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria; · Risco não resultante da amostragem é o risco de que o auditor chegue a uma conclusão errônea por qualquer outra razão que não seja relacionada ao risco de amostragem – ver item A1; · Anomalia é a distorção ou o desvio que é comprovadamente não representativo de distorção ou desvio em uma população; · Unidade de amostragem é cada um dos itens individuais que constituem uma população – ver item A2; · Amostragem estatística é a abordagem à amostragem com as seguintes características: · Seleção aleatória dos itens da amostra; e · Uso da teoria das probabilidades para avaliar os resultados das amostras, incluindo a mensuração do risco de amostragem. · A abordagem de amostragem que não tem as características acima é considerada uma amostragem não estatística. · Estratifi cação é o processo de dividir uma população em subpopulações, cada uma como um grupo de unidades de amostragem com características semelhantes – geralmente em valor monetário; · Distorção tolerável é um valor monetário definido pelo auditor para obter um nível apropriado de segurança de que esse valor monetário não seja excedido pela distorção real na população – ver item A3; · Taxa tolerável de desvio é a taxa de desvio dos procedimentos de controles internos previstos, definida pelo auditor para obter um nível apropriado de segurança de que essa taxa de desvio não seja excedida pela taxa real de desvio na população. Acesse essa norma na íntegra em: http://goo.gl/vm0onF Ex pl or 15 UNIDADE Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Auditoria Resolução CFC n.º 1.232, de 27 de novembro de 2009 – NBC TA 705 Esta norma estabelece três tipos de opinião modificada, a saber, opinião com ressalva, opinião adversa e abstenção de opinião. A decisão sobre que tipo de opinião modificada é apropriada depende da: · Natureza do assunto que deu origem à modificação, ou seja, se as demonstrações contábeis apresentam distorção relevante ou, no caso de impossibilidade de se obter evidência de auditoria apropriada e suficiente, podem apresentar distorção relevante; e · Opinião do auditor sobre a disseminação dos efeitos ou possíveis efeitos do assunto sobre as demonstrações contábeis. Quanto à determinação do tipo de modificação na opinião do auditor indepen- dente, este deve expressar uma opinião com ressalva quando: · Tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes, mas não generalizadas nas demonstrações contábeis; ou · Não consegue obter evidência apropriada e suficiente de auditoria para suportar sua opinião, mas conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes, mas não generalizados. O auditor deve expressar uma opinião adversa quando, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes e generalizadas para as demonstrações contábeis.O auditor deve abster-se de expressar uma opinião quando não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para suportar sua opinião e conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes e generalizados. O auditor deve também abster-se de expressar uma opinião quando, em circunstâncias extremamente raras e envolvendo diversas incertezas, conclui que, independentemente de ter obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre cada uma das incertezas, não é possível expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis devido à possível interação das incertezas e seu possível efeito cumulativo sobre essas demonstrações contábeis. Não dispense a leitura dessa norma na íntegra, disponível em: https://goo.gl/kWe4gvEx pl or 16 17 Resolução CFC n.º 1.233, de 27 de novembro de 2009 – NBC TA 706 Esta Norma trata de comunicações adicionais incluídas no relatório do auditor, quando este considerar necessário para: · Chamar a atenção dos usuários para um assunto ou assuntos apresentados ou divulgados nas demonstrações contábeis, de tal relevância que sejam fundamentais para o entendimento das demonstrações contábeis; ou · Chamar a atenção dos usuários para quaisquer assuntos que não os apresentados ou divulgados nas demonstrações contábeis e que sejam relevantes para o usuário entender a auditoria, a responsabilidade do auditor ou o relatório de auditoria. O objetivo do auditor, depois de ter formado opinião sobre as demonstrações contábeis, é chamar a atenção dos usuários, quando necessário, por meio de comunicação adicional clara no relatório, para: · Um assunto que, apesar de apropriadamente apresentado ou divulgado nas demonstrações contábeis, tenha tal importância, que seja fundamental para o entendimento das demonstrações contábeis pelos usuários; ou · Como apropriado, qualquer outro assunto que seja relevante para os usuários entenderem a auditoria, a responsabilidade do auditor ou do relatório de auditoria. Realize a leitura dessa norma na íntegra, disponível em: http://goo.gl/QUW6yl Ex pl or 17 UNIDADE Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Auditoria Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Sites Resumo comentado das normas para auditores independentes BRASIL. Comissão de Valores Imobiliários. Resumo comentado das normas para auditores independentes. [20--]. https://goo.gl/aWK3vH Revista de Ciências Gerenciais OLIVEIRA, D. S.; GOMES, G. F. da F.; PORTO, L. C. de M. A auditoria no processo de gestão das organizações. Revista de Ciências Gerenciais, v. 1, n. 1, 2012. http://goo.gl/K3Ssf1 Livros Procedimentos de auditoria pública VALE, C. A. do N. Procedimentos de auditoria pública. João Pessoa, PB: UFPB; Editora Universitária, 2001. Leitura A importância da auditoria na detecção de fraudes PINHEIRO, G. J.; CUNHA, L. R. S. A importância da auditoria na detecção de fraudes. Contab. Vista & Rev., Belo Horizonte, MG, v. 14, n. 1, p. 31-48, abr. 2003. http://goo.gl/XyZMT2 18 19 Referências CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução n.º 1.203, de 27 de novembro de 2009. Brasília, DF, 2009a. Disponível em: <http://portalcfc. org.br/wordpress/wp-content/uploads/2013/01/NBC_TA_AUDITORIA.pdf>. Acesso em: 22 jun. 2018. ______. Resolução n.º 1.207, de 27 de novembro de 2009. Brasília, DF, 2009b. Disponível em: <http://portalcfc.org.br/wordpress/wp-content/ uploads/2013/01/NBC_TA_AUDITORIA.pdf>. Acesso em: 22 jun. 2018. ______. Resolução n.º 1.211, de 27 de novembro de 2009. Brasília, DF, 2009c. Disponível em: <http://portalcfc.org.br/wordpress/wp-content/ uploads/2013/01/NBC_TA_AUDITORIA.pdf>. Acesso em: 22 jun. 2018. ______. Resolução n.º 1.212, de 27 de novembro de 2009. Brasília, DF, 2009d. Disponível em: <http://portalcfc.org.br/wordpress/wp-content/ uploads/2013/01/NBC_TA_AUDITORIA.pdf>. Acesso em: 22 jun. 2018. Esta Resolução foi alterada pela 2016/NBCTA315(R1) - Altera a NBC TA 315 - D.O.U. de 05/09/2016. Disponível em: <http://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/ NBCTA315(R1).pdf>. Acesso em: 22 jun. 2018. ______. Resolução n.º 1.219, de 27 de novembro de 2009. Brasília, DF, 2009e. Disponível em: <http://portalcfc.org.br/wordpress/wp-content/ uploads/2013/01/NBC_TA_AUDITORIA.pdf>. Acesso em: 22 jun. 2018. ______ Resolução n.º 1.222, de 27 de novembro de 2009. Brasília, DF, 2009f. Disponível em: <http://portalcfc.org.br/wordpress/wp-content/ uploads/2013/01/NBC_TA_AUDITORIA.pdf>. Acesso em: 22 jun. 2018. ______ Resolução n.º 1.232, de 27 de novembro de 2009. Brasília, DF, 2009g. Disponível em: <http://portalcfc.org.br/wordpress/wp-content/ uploads/2013/01/NBC_TA_AUDITORIA.pdf>. Acesso em: 22 jun. 2018. ______. Resolução n.º 1.233, de 27 de novembro de 2009. Brasília, DF, 2009h. Disponível em: <http://portalcfc.org.br/wordpress/wp-content/ uploads/2013/01/NBC_TA_AUDITORIA.pdf>. Acesso em: 22 jun. 2016. ______. Resolução. Brasília, DF, [20--]. Disponível em: <http://portalcfc.org.br/ wordpress/wp-content/uploads/2013/01/NBC_TA_AUDITORIA.pdf>. Acesso em: 22 jun. 2018. COOK, J. W.; WINKLE, G. M. Auditoria: filosofia e técnica. São Paulo: Saraiva, 1979. JUND, S. Auditoria: conceitos, normas, técnicas e procedimentos – teoria e 550 questões. 3. ed. Ri o de Janeiro: Impetus, 2002. SÁ, A. L. de. Curso de auditoria. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2000. 19
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