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FARMACOLOGIA Sinergismo: efeito de dois medicamentos ocorrendo em mesma direção. Sinergismo por adição: associação de diferentes sulfas visando manter o mesmo efeito. Sinergismo por potenciação: efeito de dois ou mais medicamentos combinados, as substancias não atuam pelo mesmo mecanismo de ação. Antagonismo: interação de dois medicamentos que pode levar a diminuição ou a anulação completa dos efeitos de um deles. Os agonistas e antagonistas colinérgicos tem como ação principal a estimulação ou bloqueio das células efetoras do sistema nervoso autônomo parassimpático. Drogas colinérgicas de ação direta minimizam os efeitos estimulantes dos neurônios colinérgicos atuando diretamente em receptores Ach. Drogas Colinérgicas de ação direta: Pilocarpina: usado no tratamento de glaucoma, ela atua no musculo liso do olho contraindo a pupila (miose) aumentando a drenagem do humor aquoso e reduzindo a pressão intraocular. Carbacol: tem sido usado para produzir miose durante cirurgias oculares, para terapia prolongada de glaucoma de ângulo aberto não congestivo. Betanecol: utilizado via oral para estimular a contração da bexiga e do TGI, usado em tratamentos de retenção urinaria e esvaziamento incompleto da bexiga quando não tem obstrução mecânica. Metacolina: tem sido usada no diagnostico de hiper-re-atividade brônquica e como modelos de estudo de asma, também utilizada para aumentar a motilidade gastrointestinal e atenuar a retenção urinaria após anestesia ou vagotomia.. Arecolina: usada como anti-helmintico em cães e gatos, sendo substituídas por outros agentes. Efeitos colaterais de drogas colinérgicas: sudorese, cólicas abdominais, eructações, dificuldade de acomodação visual, aumento de secreção salivar e lacrimal. Contraindicado em pacientes com obstrução intestinal ou urinaria. Portadores de asma podem ter crises devido as ações broncoconstritoras, hipotensão e bradicardia induzidas por essas drogas podem reduzir o fluxo coronariano em pacientes com insuficiência coronariana. Pode agravar os sintomas de ulcera péptica, contraindicado durante prenhez. Em casos de efeitos colaterais graves deve-se administrar atropina SC ou IV, epinefrina SC pode ser associada para controlar alterações cardiovasculares e broncoespasmo. Anticolinesterásticos: inibem tanto a acetilcolinesterase como a pseudocolineterase. São divididos em dois grupos: carbamatos: inibidores reversíveis das colinesterases agentes de curta ação, organofosforados: inibem de modo irreversível as colinesterases são agentes de longa ação. Simpaticoméeticos de ação direta = Catecolaminérgicos: Norapinefrina: neurotransmissor liberado pelos neurônicos simpáticos, portanto seus efeitos mimetizam a ativação simpática. Vasoconstrição dos leitos vasculares e aumento da pressão sistólica e diastólica, ocorre diminuição dos batimentos cardíacos, diminui fluxo sanguíneo nos rins cérebro e fígado em oposição á dilatação coronariana. Epinefrina: ativa todos os tipos de receptores adrenérgicos. Produz aumento da força de contração (efeito inotrópico positivo) pela ativação de receptores beta nas células do miocárdio e aumento na frequencia de contração (efeito cronotrópico positivo) pela ativação das células marca-passo do nódulo sinovial. Dopamina: em baixas concetrações atua nos leitos reinais, mesentéricos e coronarianos produzindo vasodilatação, em doses mais pouco mais elevadas exerce efeito inotrópico positivo no coração atuando em receptores beta 1, em altas concetraçoes ativa receptores alfa1, vasculares, resultando em vasoconstrição. Devido vasodilatação do leito vascular renal a dopamina aumenta a taxa de filtração glomerular e a excreção de sódio. Isoproterenol é o mais potente agonista de beta adrenérgico. Promove redução da resistência periférica total, resultando na redução da pressão diastólica. Produz taquicardia que é resultante da ação reflexa secundaria a hipotensão. Dobutamina: é um análogo sintético de dopamina, possui efeitos inotrópicos sobre o coração . Não catecolaminérgicos: Fenilefrina e metoxamina: agonistas seletivos de receptores alfa adrenérgicos de origem sintética. Não estimulam o coração, aumentam a resistência periférica total por causar vasoconstrição na maioria dos leitos capilares, consequentemente diminuição reflexa vagal dos batimentos cardíacos. Agonistas de receptores alfa adrenérgicos: xilazina: analgésico, sedativo e relaxadamente muscular de ação central. romifidina, detomidina, metomidina, dexmedetomidina; clonidina: efeitos cardiovasculares são hipotensão e bradicardia, pode diminuir as concetraçoes plasmáticas de renina e de aldosterona em pacientes com hipertensão; fadolmidina: efeito antinociceptivo em uma variedade de modelos de dor, como dor neuropática, mecânica e visceral. Agonistas de receptores beta adrenérgicos: salbutamol, terbutalina, metoprolos, ritodrina: não tem seletividade absoluta em receptores beta pois altas doses desses fármacos estimulam diretamente o coração. O efeito cronotrópico é útil no tratamento de emergências de determinadas arritmias, bradicardia ou choque cardíaco enquanto o efeito inotrópico pode ser utilizado para aumentar a contratilidade do miocárdio. Clembuterol é um agonista beta especifico, utilizado como broncodilatador especialmente em equinos e como tocolítico. Outros: metaproteronol, isoetarina, pirbuterol, bitolterol etc.... Antagonista de alfa adrenérgicos como xilazina, detominidna, medetomidina e romifidina é o Iombina (Yomax- Tolazolina, atipamezol e piperoxam) usados em situações de doses excessivas de alfa adrenérgicos. Simpaticométicos de ação indireta: anfetamina, efedrina: eleva a pressão sistólica e diastólica a FR não é aumentada, produz aumento na força de contração e no debito cardíaco, no musculo liso brônquico produz relaxamento. Antagonistas beta adrenérgicos: Propranolol: pontete antagonista de recepetores b1 b2 adrenergicos, apresenta uma ação estabilizante de membrana (ação anestésica local) idependente de suas ropriedade betabloqueadoras. Os antagonistas adrenérgicos exercem efeitos simpaticolítico sobre a musculatura lisa vascular, são muito utilizados no tratamento de hipertensão essencial, emergências hipertensivas e tratamento de angina, infarto agudo de miocárdio. Anticonvulsionantes: Fenobarbital: indicado em convulsões generalizadas e focais. Absorvido de maneira lenta. Efeitos Colaterais: sedação, hiperatividade paradoxal, poliuria, polidipsia e polifagia, alteração hepática a tratamento a longo prazo. Primidona: mais potente que fenobarbital, absorvido de maneira rápida, é biotransformada no fígado e transformada em dois metabolitos ativos, indicado em convulsões generalizadas e focais. Efeitos colaterais: maiores do que o fenobarbital, sedação, hiperatividade paradoxal, polidpsia, poliuria, polifagia, necrose hepática ( alguns casos) e anemia (raro). Diazepam: após a administração IV ele penetra diretamente no SNC sendo o anticonvulsionante de eleição para caso de emergências. Indicação: status epilético, convulsões generalizadas e focais, convulsões mioclonicas e crises de ausência. Não utiliza Diazepam como anticonvulsionanete único em cães pois desenvolve tolerância em 1 a 2 semana, em gatos mantem a sua eficácia sendo o segundo medicamento de eleição após o fenobarbital. Efeitos colaterais: sedação e polifagia, em gatos podem levar a necrose hepática fulminante aguda. Clonazepam: também recomendado para status epilético e convulsões porem desenvolve tolerância em cães e pode piorar as convulsões generalizadas, esse medicamento é mais efetivo quando utilizado em combinação com o fenobarbital. Em gatos não á relatos de utilização. Carbamazepina: tem ação semelhante nos canais de sódio, inibição diferencial de descargas de altas frequências no foco epiléptico e em suas ajacencias, poucos efeitos neuronal. Efetios colaterais: sedação, nistagmo, vomito e hepatopatia. Brometo de Potassio: sugere-se que esta substancia agiria mimetizando a ação dos cloretos nos neurônios, alterando a excitabilidade celular e promovendo uma hiperpolarizaçãodos neurônios. A dose de 22- 40mg/kg 1 vez po dia ou dividida em duas tomada, usado único ou associado com fenobarbital, em gatos pode usar na dose de 30mg/kg. Efeitos colaterais: ataxia locomotora (principalmente membros pélvicos), pancreatite e/ou algumas vezes hiperatividade, podem desenvolver quadros de dermatite alérgicas em pacientes com histórico de atopia, em gatos pode ocorrer tosse após administração. Deve ser administrado com o uso de luvas evitando contato com a pele devido a possibilidade de lesões cutâneas. Antidepressivos atípicos: trazodona: mais utilizadas na medicina veterinária, não tem efeito anticolinérgico, possui atividade anti-histamérgica moderada é antagonista de recepetores alfa adrenérgicos pos sinápticos. É indicada para cães como tratamento de algumas fobias como fobia a trovoadas, além disso poder ser associada com outro grupo antidepressivo para promover diminuição de agitação e nas desordens do sono, efeitos colaterais principalmente nos primeiros dias de administração como sedação, vomito e diarreia Opiáceos/Opióides: hipnoalnalgésicos ou também analgésicos narcóticos. Atuam na maioria das células nervosas promovendo a hiperpolarização, inibição da deflagração do potencial de ação e inibição pré sináptica de liberação de neurotransmissor. Morfina: Via SC efeito analgésico ocorre rapidamente e a curva de efeito máximo se mantem por um período mais longo, via IV deve ser usada somente quando houver necessidade de efeito muito rápido. Não é recomendado a morfina por via oral nos animais devido sua passagem pelo fígado o que gera diminuição do seu efeito. Também pode ser administrada via epidural, intratecal, intrapleural ou intraarticular. Efeitos: Gatos podem serem mais propensos aá excitação. Pode induzir ao vomito e náuseas, inibição do reflexo da tosse e depressão respiratória, miose/midríase (quando a excitação observa-se midríase), efeitos endócrinos como aumento da secreção de ADH e consequentemente retenção de agua pelos rins, outros efeitos é a constipação intestinal em consequência da redução da motilidade da musculatura lisa intestinal e contração dos esfíncteres, bradicardia e vasodilatação, pode liberar histamina e isso permite o aparecimento de efeitos locais como urticaria e prurido no local da injeção ou efeitos sistêmicos como broncoconstriçaõ e hipotensão. Doses relativamente baixas podem levar a efeitos indesejáveis como inquietação, medo, hiperatividade e febre. Codeína: utilizada para deprimir o centro da tosse com menores efeitos colaterais quando comparada aqueles produzidos pela morfina, tem efeito constipante muito pronunciado. Geralmente é associada a expectorantes. Butorfanol: analgésico muito eficaz em dores moderadas possuindo 4 a 7 vezes maior potencia que a morfina. Usada em dores agudas pos operatórias, também apresenta potente efeito antitussígeno. Utilizado como único medicamento ele promove ligeira sedação em cães e quase nula sedação em gatos, portanto deve usa-los com um tranquilizante quando é empregado na MPA. Utilizado em cães para alivio de tosse, MPA e também como antiemético. Metadona: bom efeito analgésico porem menor efeito sedativo. Vem sendo utilizada na MPA especialmente quando utiliza barbitúrico, da mesma maneira que a morfina deve ser associado a tranquilizantes evitando assim a excitação. Fentanila: propriedade analgésica 100x maior de morfina porém apresenta duração de ação ultracurta (60-90min). Quando via parenteral deve-se atentat para profunda sedação e depressão respiratória, pode produzir também sensibilidade auditiva e promover a alteração da termorregulação. Doses altas podem causar bradicardia se administradas rapidamente. Intesa bradicardia se associas alfa adrenérgicos cuidado. Meperidina: possui menor atividade hipnótica, efeito constipante e ação sobre centro da tosse, potencia analgésica 10x menor que a morfina, possui efeitos espasmolitico, efeito excitatório bem menor que a morfina. Não deve ser administrada via IV em pequenos animais devido ser mais propensas a liberação de histamina. Tramadol: é um analgésicos para dores leves a moderadas, podendo ser utilizado com outros analgésicos incluindo os AINES. Antagonista dos opiódeis: Nalaxona, Naltrexona, Nalorfina ou levalorfano. Sistema renina-angiotensina: desempenha múltiplas funções sobre o sistema cardiovascular como regula pressão arterial e tônus vascular, o sistema endrocrino libera aldosterona e o sitema neural libera catecolaminas. Angiotensina II de modo direto ela liga-se ao seu receptore especifico e exerce vasoconstrição, contribuindo para o auemnto da pressão arterial, de modo indireto ela liga-se ao receptore e induza a liberação de uma substancia que leva ao efeito como exemplo liberação do hormônio aldosterona que causa retenção de sódio e aumenta pressão arterial renal. Inibidores do sistema renina-angiotensina: causa principalmente queda de pressão arterial, utilizados em tratamentos para hipertensão, ICC em associação com diuréticos e digitálicos. Prostaglandinas: utilizadas sozinhos ou em associação em programas destinados a sincronização de cio, é utilizada na indução de partos, em casos de cios silenciosos, para interrupção de gestações, nas endrometrites crônicas e nos cistos ovarianos. Anti inflamatórios não esteroidais (AINES): Diclofenaco: antiflamatório e analgésico. Não pode ser usado em cães. Demonstra ação sobre COX-3. Flurbiprofeno: utilizado no tratamento de processos inflamatórios de origem oftálmica, como cataratas e glaucomas, administração via tópica, não pode ser utilizado durante prenhez. Naproxeno: propriedade antipiréticas ações analgésicas e antiflamatório potentes. Mais utilizado em suínos e equinos. Carprofeno: efeitos analgésicos e antiedematoso inclusive précirurgicos e tratamento de osteoartrite, dose única, efetivo em gatps porem tem sido relatado ocorrência de toxicidade gastrointestinal quando administrado de modo prolongado via oral, pode produzir também alterações hepáticas e renais. Cetoprofeno: atua rapidamente na obtenção de analgesia e redução de edema. Vedaprofeno: utilizados para controle de desordens musculoesqueléticas e para lesões de tecidos moles, os principais efeitos colaterais estão as ulceras gastrointestinais, redução do apetite e letargia. Evitar o uso em animais desidratados, hipovolêmicos e com hipotensão, já que os aumentos de risco desse medicamento promovem toxicidade renal. Flunixino Meglumina: grande ação analgésica e antiflamatoria, em casos de endotoxemias ou dores de origem desconhecidas a dose deve ser diminuídas e uso com cautela, bons resultados para inflamações oculares, indicada para terapia de afecções pulmonares em associação com ATB, em bovinos também é utilizado para mastites por Esterichia colli, gastroenterites, reações anafiláticas e artropatias. Toxicidade renal em cães. Piroxicam: é bem absorvido via oral, não correndo risco de acumular no organismo de indivíduos idosos ou com insuficiência renal, possuem longo período de ação sendo administrados 1x por dia, efeitos colaterais quando administrados nas doses terapêuticas preconizadas, não é recomendado sua utilização em gatos. Meloxicam: pode causar vomito, diarreia e inapetência em alguns animais, em doses altas relata-se ocorrência de perfuração de ulcera duodenal com consequente peritonite, hepatotoxidade. Usado em afecções musculoesqueléticas, em felinos em casos de cirurgias ortopédicas. Robenacoxibe: indicados no tratamento da dor e inflamação associadas aa osteoartrites, doenças articulares degenerativas e pós operatório ortopédico, tecido moles ou dentários. Não usar em cães com menos de 1 ano de vida e e/ou com menos de 5kg, não usar em cães que sofrem com distúrbios gastrointestinais, não usar qunado há envidencia de distúrbio hemorrágico, não usar em casos de insuficiência cardíaca. Efeitos adversos: distúrbios gastrointestinais, perda de apetite, diarreia, vomito, lesões de mucosa gástrica, lesões renais principalmente com uso prolongado. Não usar em animais prenhes, de criação e emlactantes. Firocoxib: controle da dor e inflamação, para alivio de dores pos traumáticas e pos cirúrgica, grande eficácia como adjuvantes no tratamento de carcinomas mamários e nasais. Contraindicaçoes: não aplicar via IM, não administrar em lactantes e prenhes, não administrar em animais com menos de 10 semanas de idade ou com menos de 3kg, não administrar em animais desidratados, hipovolêmicos ou hipotenso, não deve exceder a dose recomendada e a duração do tratamento, em casos de dosagens altas pode levar a efeitos colaterais como vomito, diarreia, letardia, anorexia, ataxia, plaquetas e enzimas hepáticas elevadas. Dipirona: pouca ação antiflamatoria apesar de suas propriedades antipiréticas e analgésicas. Eficaz em dores leves a moderadas e também dores viscerais. Pode causar choque anafilático quando administrada via intravenosa em aniamis que sejam hipersensíveis. Não deve fazer via IM devido risco de reações locais e abcessos. Tambem não pode ser usado em pacientes com insuficiência cardíacas, hepáticas ou renais.