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Portfólio A vida e morte de Perez Carbenet

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PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL – PTI 
 
 
 
 
 
 
 
 
ACADÊMICA 
 
 
“A VIDA E MORTE DE PEREZ CARBENET” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PALMAS - TO 
2021 
 
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ACADÊMICA 
 
 
 
 
“A VIDA E MORTE DE PEREZ CARBENET” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PALMAS - TO 
2021 
 
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SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4 
DIREITO CIVIL: FAMÍLIA ........................................................................................... 5 
REGISTRO CIVIL DE PESSOAS NATURAIS E JURÍDICAS .................................... 6 
DIREITO DO ESTADO ............................................................................................... 7 
DIREITO CIVIL: NEGÓCIO JURÍDICO ...................................................................... 9 
DIREITO CIVIL: SUCESSÕES ................................................................................. 10 
BOAS PRÁTICAS VIVENCIADAS NA ATUAÇÃO PROFISSIONAL ...................... 11 
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 12 
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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INTRODUÇÃO 
O direito e uma peça fundamental no dia a dia da vida em sociedade, sendo 
ele quem detém o poder de regular as atitudes de modo a buscar o apaziguamento 
social e justiça para todos; utiliza-se de seus meios para a aplicação de suas leis 
com base em sanções. 
E necessário que se tenha a conhecimento de todos a existência do direito, 
principalmente o de suas normas com as respectivas sanções. O Estado aplicador 
das normas jurídicas leva em consideração que todos são cientes da existência das 
leis, portanto é importantíssimo para o indivíduo a consciência de seus atos perante 
o direito. Especifica-se que o Direito busca a justiça incondicionalmente e esse valor 
não pode ser retirado de sua estrutura. Deve impor sua força com suas leis quando 
a segurança de um indivíduo estiver sendo violado, seja a sua vida ou a sua 
propriedade e inseparavelmente deve considerar-se que o bem-estar comum 
obrigatoriamente não pode ser esquecido no Direito. Desta forma, estando a justiça 
imperando, a segurança garantida logo o bem-estar, em seus diversos pontos de 
vista estará sem alcançado. 
 
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DIREITO CIVIL: FAMÍLIA 
Se o casal, na ocasião, não tivesse celebrado o pacto antinupcial o regime 
de bens aplicado ao casamento seria automaticamente o da comunhão parcial. No 
regime de comunhão total como regime de bens do casal, os bens adquiridos antes 
e durante o casamento se comunicam entre os cônjuges, inclusive doações e 
heranças, formando um patrimônio comum ao casal. Importante: quando há o termo 
“comunhão” no nome do regime de bens, há “meação (AZEVEDO, MOURA, 2018) 
De acordo com o artigo 1.911, do Código Civil/2002 a inalienabilidade 
implica em impenhorabilidade e incomunicabilidade; “Art. 1.911. A cláusula de 
inalienabilidade, imposta aos bens por ato de liberalidade, implica impenhorabilidade 
e incomunicabilidade.” 
Considerando o estudo do caso da situação, onde Perez e Anne celebraram 
um pacto antenupcial estabelecendo que a educação dos filhos seria atribuição 
exclusiva de Perez, porém o pai acaba por falecer, desta forma a cláusula é 
considerada de pleno direito, onde a mãe tem total responsabilidade e direitos 
em relação à educação dos filhos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REGISTRO CIVIL DE PESSOAS NATURAIS E JURÍDICAS 
De acordo com o artigo 1534 do Código Civil Brasileiro, existe a 
possibilidade de realização da cerimônia em prédio particular inclusive chácaras 
como é o caso do estudo em questão. Contudo há exigências para esse ato, pois 
para esses casos, exige-se em lei que o imóvel, no caso aqui a chácara, esteja de 
portas abertas. Esta norma tem por objetivo dar publicidade ao ato, ou seja, dar a 
chance para que todos saibam que o casamento está acontecendo e para que 
aqueles que eventualmente sabem de impedimentos dos nubentes possam 
revelá-los antes de finalizada a cerimônia. 
Habilitação de casamento ou processo de casamento é o conjunto de 
documentos apresentados pelos noivos ao ofício de registro civil para que possam 
contrair matrimônio. Os documentos necessários são dispostos pelo Código Civil 
vigente à data do pedido de habilitação, já para iniciar o processo da habilitação de 
casamento, os noivos precisam ir a um Cartório de Registro Civil. O critério de 
escolha da localidade do cartório fica por conta dos mesmos. 
O requerimento de habilitação deve ser firmado por ambos os nubentes. Após 
o pedido, é feito o edital de proclamas, documento exigido quando os noivos 
residem em diferentes bairros ou cidades. Após 15 dias, se não houver impugnação 
do Ministério Público, o oficial do Registro Civil expede o certificado de habilitação 
de casamento, com validade de 90 dias para a realização da celebração. 
Se houver alguma impugnação ou oposição, tanto de terceiros quanto do 
Ministério Público, o problema deve ser solucionado por um juiz competente, que 
deve homologar ou não a habilitação. A análise da documentação exigida para a 
habilitação de casamento visa garantir que as partes não apresentam 
impedimentos para o matrimônio. 
Os documentos necessários para o processo são: certidão de nascimento ou 
documento equivalente de ambos; declaração de duas testemunhas, exceto pais e 
avós dos noivos; ambos devem ter mais de 18 anos e garantir que não existe 
impedimento que iniba a união; Carteira de identidade e CPF dos noivos e das 
testemunhas; Comprovante de residência atualizado; Autorização por escrito ou ato 
judicial para pessoas que estiverem sob dependência legal (BRAZ, 2018). 
https://cartorioonlinebrasil24h.com.br/blog/certidao-de-nascimento-atualizada/
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DIREITO DO ESTADO 
 O Estado tem o poder, e DEVE proteger as famílias, ou seja, constitui o 
direito de família o complexo de normas que regulam a celebração do casamento, 
sua validade e os efeitos que dele resultam, as relações pessoais e econômicas do 
matrimônio, a dissolução deste, a união estável, as relações entre pais e filhos. 
A interpretação desse trecho é que o casamento ainda faz parte da base do 
direito de família. Ele vem como “carro-chefe” dessa importante área do direito. 
Já na sequência vêm as relações do matrimônio, sua dissolução, dentre 
outros aspectos que também serão abordados. Por fim, fala-se na união estável, 
que se pode dizer que “é nova” em ordenamento, passou por transformações e 
possui vários aspectos importantes, que serão devidamente abordados em momento 
oportuno. Ainda nesta linha de pensamento, focando na importância do casamento, 
afirmou-se que o casamento é, ainda, indubitavelmente, o centro de onde irradiam 
as normas básicas do direito de família, que constituem o direito matrimonial. Ou 
seja, continua sendo a principal fonte formadora da família. 
O Poder do Estado é uno e indivisível, havendo apenas a tripartição das 
funções em Executivo, Legislativo e Judiciário para que haja uma especialidade 
no desenvolvimento de cada função, com independência e Harmonia, nos termos do 
art. 2º da Constituição Federal, combinado com o inciso II, do § 4º do art. 60 da 
Carta Magna (BRAZ, 2018). 
O território é usualmente definido como uma área do espaço delimitada por 
fronteiras a partir de uma relação de posse ou propriedade, seja esse animal ou 
humana. Essa última apresenta versões políticas, culturais, econômicas, regionais, 
entre outras. O termo território vem do latim “territorium”, expressão que se referia 
a uma terra delimitada ou sob uma dada jurisdição. 
No Estado democrático, o território, além de espaço jurídico e político, é 
também espaço moral,ético e humano, pois é nesse espaço que vive seu elemento 
humano, seu empreendedor, criador, governante e soberano: o povo e os 
indivíduos-cidadãos com dignidade de pessoas humanas que compõem o povo, 
ente coletivo moral, ético e humano. 
 A base da filosofia política de Montesquieu, e que o Espírito das Leis inicia-se 
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com uma teoria geral das leis, após isso, Montesquieu, com o intuito de fazer uma 
obra de ciência positiva, remodela as classificações tradicionais dos regimes 
políticos. Distingue três espécies de governo: republicano, monárquico e despótico. 
Em cada tipo de regime, que observa aqui ou ali pelo mundo, ele estuda 
sucessivamente a natureza, ou seja, as estruturas constitutivas que nele se podem 
notar, e o princípio, ou seja, o mecanismo do seu funcionamento. Por fim, procura 
analisar os meios e fatores que, numa perspectiva jurídica-Norm ativista e política, 
eventualmente conduzem ao "bom governo". 
Ressalte-se que Montesquieu em sua Teoria de Separação dos Poderes 
tenha servido como um dos alicerces para a construção do Estado Democrático 
Liberal. 
 
9 
 
DIREITO CIVIL: NEGÓCIO JURÍDICO 
O sistema jurídico efetuado pelas partes não é válido porque reflete 
incoerência e defeito no negócio. Ressalva-se que ocorrem incompetências no 
negócio jurídico quando surgem imperfeições decorrentes de anomalias na 
formação da vontade ou em sua declaração. 
Deixando claro que o direito pátrio prestigia com maior vigor a intenção das 
partes do que exatamente a declaração da vontade destas, ou seja, a linguagem 
com qual está vestida. Há seis defeitos do negócio jurídico e que o torna anulável, 
a saber: o erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão e fraude contra credores. 
Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio 
jurídico: I - por incapacidade relativa do agente; II - por vício resultante de erro, dolo, 
coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. 
O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de 
terceiro. Vício ou defeito é tudo o que macula o negócio jurídico, o que acarreta na 
sua anulação. De acordo com a extensão deste vício, sua nulidade pode ser 
absoluta ou relativa. 
 
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DIREITO CIVIL: SUCESSÕES 
 Existe a possibilidade de ela excluir, ou retirar a herdeira necessária, pois 
a deserdação é forma de exclusão da herança que, ao contrário da indignidade que 
decorre de lei, é proveniente unicamente da vontade do testador e recai sobre a 
sucessão legítima. 
Nesse caso, a deserdação é feita em vida pelo autor da herança que, 
mediante testamento, poderá excluir da herança, em específico, os herdeiros 
necessários, assim, o cônjuge (Anne Merlot), o descendente ou o ascendente. O 
testamento público efetuado na situação geradora de aprendizagem não pode ser 
considerado nulo uma vez que a condição fundamental para validade 
do Testamento é a capacidade mental do seu instituidor, que no caso da situação 
em especifico estava dentro da normalidade da moralidade, com discernimento. 
Para que seja concluída com êxito a Ação de Anulação de Testamento, o 
Autor do processo deverá demonstrar ao Juiz que o testador não tinha pleno 
Discernimento no momento da celebração do Testamento, caso não tendo êxito 
nesse ato, Carmelita Carmenère e uma herdeira testamentária de Perez Cabernet. 
 
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BOAS PRÁTICAS VIVENCIADAS NA ATUAÇÃO PROFISSIONAL 
E de conhecimento comum que a união homo afetiva (entre pessoas do 
mesmo sexo) é, atualmente, reconhecida e produz os mesmos efeitos jurídicos 
da união estável estabelecida entre homem e mulher, prevista no artigo 1723 do 
Código Civil, com isso os casais homoafetivos poderão requerer a lavratura de 
"Escritura Pública de Declaração de União Homo afetiva" que deverá ter a mesma 
eficácia jurídica que as "Escrituras Públicas de União Estável" entre pessoas de 
sexo oposto, lavradas com base no artigo 1723 do referido Código. 
Ressalto que a escritura pública se caracteriza por uma manifestação de 
vontade das partes formulada diante de um notário. Por ser um instrumento público, 
o referido documento será dotado de fé pública, podendo, assim, ser utilizado como 
prova junto a órgãos públicos e a particulares. 
Na região em que me encontro ainda existem poucos casos de registros 
oficiais de casos assim, a maioria opta em uma vivência sem legislação, por conta 
de que mesmo em pleno século XXI, existam perseguições a pessoas que optam 
por essa escolha, até mesmo em cunho político, como caso algumas manifestações 
e falas de políticos, na minha opinião a proteção jurídica a essas relações promove 
sim dignidade e respeito à pluralidade familiar, considerando, especialmente, as 
mudanças de cenários de convivência e mentalidade da população. 
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CONCLUSÃO 
A realização da produção textual, ressaltou uma teoria bastante significativa a 
qual refere-se ao fato de o Direito ter o papel fundamental de reger e cuidar da vida 
em sociedade, estabelecendo a organização e as condutas necessárias para que se 
ocorra o desenvolvimento coletivo. Observou-se que para concretizar esses 
objetivos, imprescindíveis à paz social, são aprovadas normas jurídicas, que fixam 
padrões de comportamento, bem como consequências da desobediência dos 
mesmos, para que ocorra o seu cumprimento. Atualmente, além das tradicionais 
penalidades impostas em casos de desrespeito à regra positivada, são previstas as 
chamadas sanções premiais, com o fim de incentivar o respeito à ordem jurídica. 
Define-se que, apesar do sistema jurídico não se resumir apenas à lei, o 
mesmo exerce a função nuclear à harmonia nas relações interpessoais; o Estado de 
Direito é o resultado da superação do Estado absolutista, em que prevalecia a 
vontade pessoal do governante. Nesse caso, a evolução, o parâmetro que rege a 
vida em sociedade passa a ser lei regularmente aprovada, como expressão da 
vontade popular. Então, como degrau seguinte, a democracia, necessária à 
legitimação do Direito e do Estado, passa a exigir a participação social, direta ou 
indireta, na definição dos rumos a serem seguidos pelo conjunto de pessoas, 
instituições e organizações. 
O Estado Democrático de Direito, assim, é uma conquista histórica e 
essencial da civilização, alcançada após intensas lutas, caracterizada por avanços e 
retrocessos, firmando-se, na atualidade, como o regime necessário para a 
legitimidade da disciplina da vida em sociedade. A lei, como norma jurídica 
regularmente aprovada pelos representantes do povo, exerce o papel fundamental 
de reger a sociedade e o Estado segundo a democracia. A sua importância e o seu 
significado são tão notórios e evidentes que o resultado da produção legislativa 
adquire autonomia em face do ente que a produz. 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
ACQUAVIVA, Marcos Cláudio. Teoria Geral do Estado. Manole, 2009. 
AZEVEDO, F. R.; MOURA, B. S. Direito Civil – família. Londrina: Editora e 
Distribuidora Educacional S.A., 2018. 
 AZEVEDO, Antonio Junqueira de. Negócio jurídico: Existência, validade e 
eficácia. 4. ed. atual. de acordo com o novo Código Civil (Lei n. 10.406, de 10-1-
2002). — São Paulo: Saraiva, 2002. 
BDINE Júnior, Hamid Charaf. Efeitos do negócio jurídico nulo. São Paulo: 
Saraiva, 2010. 
BRASIL, Lei nº. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm> Acesso 
em: 30, de abril de 2021. 
BRASIL, Lei nº. 6.015, de 15 de dezembro de 1973. Dispõe sobre os registros 
públicos, e dá outras providências. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6015compilada.htm> Acesso em: 30, de 
abril de 2021. 
BRAZ, Jacqueline Mayer da Costa Ude. Direito do Estado. Londrina: Editora e 
Distribuidora Educacional S.A., 2018. 
CASTRO, Paulo Roberto Ciola de. Direito Civil - Negócio Jurídico. Londrina: 
Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018.(Livro da disciplina). 
MAGALHÃES, Ana Alvarenga Moreira. O erro no negócio jurídico: Autonomia da 
vontade, boa-fé objetiva e teoria da confiança / Ana Alvarenga Moreira 
Magalhães. São Paulo: Atlas, 2011. 
MATOS, Carolina Meneghini Carvalho. Registro civil de pessoas naturais e 
jurídicas. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018. 
RANIERI, Nina. Teoria do Estado: Do Estado de Direito ao Estado Democrático 
de Direito. Manole, 2015. 
14 
 
 SALLES, Diana Nacur Nagem Lima. Direito Civil - sucessões. Londrina: Editora e 
Distribuidora Educacional S.A., 2017. 
 SANTOS, André Alves dos. ESTADO (DEMOCRÁTICO) DE DIREITO E 
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO ESTADO BRASILEIRO: UTOPIA OU 
REALIDADE. Disponível em: 
<http://intertemas.toledoprudente.edu.br/index.php/ETIC/article/download/2064/2265
> Acesso em: 30, de abril de 2021.

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