Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
JEFERSON RODRIGUES DE OLIVEIRA - 600852025 1ª questão: Marcelo conhece Sílvia em 1997 e se apaixona. Sílvia fora casada com Alberto e de tal união nasceu Rogério, no ano de 1996. Após um ano de namoro, Marcelo passa a conviver com Sílvia e Rogério, passando a criá-lo como se filho fosse. Em fevereiro de 2006, Sílvia rompe com Marcelo e se muda para a cidade de São Paulo, levando Rogério em sua companhia. Marcelo e Rogério ficam afastados e passam a sofrer com tal situação, mas, Sílvia é inflexível e não autoriza qualquer contato entre ambos, alegando que Marcelo não possui qualquer direito por não ser o pai biológico da criança. Indaga-se : a) Com base no direito moderno teriam Marcelo e Rogério algum vínculo de natureza familiar ? Justifique. R: Sim possuem parentesco por afinidade b) Se Rogério intentasse ação visando o reconhecimento do direito de visitação poderia ter sucesso? Esclareça e justifique seu ponto de vista: R: Sim. Porém antes tinham que ser reconhecidos o parentesco entre as partes. Reconhecido, poderá pleitear o direito de visitação, como também direitos que decorram da paternidade c) O Código Civil atual previu em algum dispositivo, expressamente, o elemento afeto como embasador de alguma solução jurídica ? R: Sim. Previu o afeto no momento em que explicitou os elementos caracterizadores do reconhecimento do parentesco por afinidade, dentre os quais mencionou o tratamento, que engloba o afeto d) Que princípios poderiam ser utilizados na apreciação do tema ? R: Principio do melhor interesse para o menor e) Sílvia e Rogério representam que entidade familiar à luz da classificação existente na doutrina ? 2ª questão: Elizabeth e Alfredo namoraram durante 12 anos. No final do 11º ano, ficaram noivos, para a alegria de Elizabeth. Em razão do evento, ela mandou confeccionar todo o enxoval no interior de São Paulo, tendo utilizado todas as suas economias dos últimos cinco anos. Durante uma viagem para Salvador, Alfredo se apaixona por Elisa e volta decidido a romper o noivado, o que faz. A paixão é fulminante e ele acaba marcando o casamento em seis meses. Durante a cerimônia de casamento, imediatamente após terem ambos manifestado o consentimento, Elisa sofre um enfarte, vindo a falecer, antes que a autoridade que presidia o ato pronunciasse as palavras formais, declarando-os casados. Elizabeth ingressou em juízo em face de Alfredo, requerendo indenização por danos materiais e morais, pelo rompimento do noivado. Alegou que houve promessa de casamento por parte de Alfredo. Indaga-se : a) Qual a natureza jurídica dos esponsais para o direito brasileiro?. Poderiam ser classificados como um contrato preliminar ? R: Os esponsais se assemelham com o noivado, que são considerados tratativas, não podendo ser classificado como contrato preliminar. Uma vez que, os esponsais não vinculam as partes, e não geram obrigação entre elas. b) Esclareça qual o posicionamento doutrinário e a tendência da jurisprudência no tocante a possibilidade de indenização em razão da ruptura do noivado. R: a doutrina e a jurisprudência reconhecem a possibilidade de indenização em relação aos danos morais sofridos, tendo em vista o grau de expectativa criado entre as partes. No que diz respeito ao dano material não pode haver condenação entre as partes, salvo havendo o livre e inequívoco consentimento. c) Qual o estado civil de Alfredo após a morte de Elisa? R: Em relação ao estado civil de Alfredo após a morte de Elisa, como, no momento da celebração esta veio a falecer antes de declaração do Juiz, a doutrina atualmente se divide em duas correntes. A primeira diz só reconhecer a concretização do casamento após a declaração das partes e o pronunciamento do Juiz. A segunda no sentido de já reconhecer o casamento com a mera declaração de vontade das partes, alegando que o pronunciamento do juiz seria uma mera homologação, reconhecendo a vontade. Seguindo o CC e filiando-se a primeira corrente, o estado civil de Alfredo é, o solteiro, visto que o casamento não se concretizou. 3ª questão: Carlos, em 2001, casou-se apenas no religioso com Maria, sem efeitos civis, tendo esta falecido no ano de 2003. Hoje, Carlos pretende contrair matrimônio com Glória, mãe de Maria. Indaga-se : a) Qual a natureza jurídica da união entre Carlos e Maria? R: Casamento puramente religioso tem natureza de união estável b) Com a morte de Maria é possível o casamento de Carlos com Glória ? Explique. R: É impedimento absoluto contrair o matrimonio 4ª questão: Adriana casa com Felipe em 2003, pelo regime da comunhão universal de bens, desconhecendo que ele já era casado. Apenas dois anos depois ela descobre que Felipe era casado e ajuíza ação anulatória. Indaga-se : a) Como deverá ser julgado o pedido ? Justifique : R: Será julgado procede a anulação do casamento realizado de boa fé b) Ante a boa fé de Adriana há algum efeito jurídico reconhecido por lei ? R: casamento realizado de boa fé, há efeito jurídico em proveito do nubente enganado, e indenização por danos morais. c) Sabendo-se que Adriana levou para o casamento um imóvel e ele dois imóveis e três carros, como serão partilhados os bens? Justifique a resposta. 5ª questão: Ana e Miguel celebram um pacto antenupcial, no qual escolhem o regime da comunhão universal de bens, para o casamento que seria celebrado em breve. Na mesma ocasião, Miguel faz uma doação a Ana de uma fazenda de gado leiteiro no Mato Grosso do Sul. Diante do exposto, responda: a) Quais os requisitos necessários para que o pacto celebrado tenha validade? Fundamente. R: uma escritura com eficácia condicional, tendo em vista que só terá validade se houver o casamento b) O que ocorrerá com a fazenda em caso de dissolução dessa sociedade conjugal? R: mesmo havendo-se separação, a promessa de doação de bem feita pacto antenupcial dever ser cumprida c) Quais os bens que não se comunicam no casamento celebrado sob o regime da comunhão universal de bens? R: Segundo os artigos 1667 e 1668 do CC, o regme de comunhão universal diz respeito a comunicação de todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas. Sendo excluídos da comunicação: os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar: os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva; as dividas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem em proveito comum; as dividas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem e proveito comum 6ª QUESTÃO - Após o período de relacionamento amoroso de dois anos, Mário Alberto, jovem com 17 anos de idade, e Cristina, com apenas 15 anos, decidem casar. A mãe de Mário, que detém a sua guarda, autoriza o casamento, apesar da discordância de seu pai. Já os pais de Cristina consentem com o casamento.Com base na situação apresentada, responda aos itens a seguir. A)É possível o casamento entre Mário Alberto e Cristina? R: Não é possível o casamento, uma vez que não obstante Cristina ter o consentimento de ambos os pais, ela não possui idade núbil (capacidade matrimonial). Importante observar que Mário Alberto necessita do consentimento de ambos os pais, uma vez que o consentimento para o casamento é atributo do poder familiar inerente a ambos, em igualdade de condições, e o fato de Mário estar sob a guarda da mãe não retira de seu pai sua autoridade parental, não prevalecendo, portanto, a vontade materna, necessitando do suprimento judicial, em caso de negativa injustificada de um dos genitores. B)Caso os jovens se casem, quais os efeitosdesse casamento? Há alguma providência judicial ou extrajudicial a ser tomada pelos jovens? R: O casamento é anulável, pois além de Cristina não ter atingido a idade núbil, Mário Alberto necessita do consentimento de ambosos pais, uma vez que o consentimento para o casamento é atributo do poder familiar inerente a ambos, em igualdade de condições; o fato de Mário estar sob a guarda da mãe não retira de seu pai sua autoridade parental, não prevalecendo, portanto, a vontade materna. As providências a serem tomadas seriam: a) ação anulatória do casamento, pela via judicial, com fundamento no Art. 1.555 do CC; b) confirmação do casamento, com base no Art. 1.533 do CC.
Compartilhar