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Prova Consumidor A

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PROVA DIREITO DO CONSUMIDOR A
Alunos: 
Bruno Cabral Dessimoni RA 13819719 e Évelyn Martins Milhim RA 16104812
QUESTÃO ÚNICA
Selecione três publicidades abusivas explicando o conceito de publicidade abusiva e onde se encontra a abusividade, e quais as medidas judiciais cabíveis frente às publicidades selecionadas. 
Não se esqueçam de juntar as publicidades escolhidas.
A publicidade abusiva é aquilo que utiliza a posição vulnerável do consumidor ou que viole valores caros a sociedade e o interesse coletivo. O código de defesa do consumidor é claro quanto a posição desfavorável do consumidor. Não se restringe ao objeto que é oferecido na publicidade, mas aos efeitos da publicidade abusiva, ou seja, a publicidade abusiva não tem o condão de levar o consumidor a erro, mas em contrapartida possui caráter discriminatório, incita violência, explora a inocência de uma criança, induz o consumidor a agir de uma forma que prejudique sua saúde ou a sua segurança.
O legislador através do Código de Defesa do Consumidor veda expressamente a publicidade abusiva em seu parágrafo segundo artigo 37:
				Art. 37 É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.
[...]
Parágrafo segundo: É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite a violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de 
induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança.
A publicidade abusiva pode ir contra as boas práticas do Direito do Consumidor, e se caracterizar em qualquer oportunidade, existindo, desta forma, a contrapropaganda, prevista no artigo 60 do Código de Defesa do Consumidor.
Trata-se, portanto, de casos de publicidade que ofendam o ordenamento jurídico, e direitos fundamentais. Pela análise da abusividade decorrer de forma abstrata, o legislador também buscou ampliar o rol de condutas que podem ser qualificadas como abusivas, não sendo um rol taxativo mas sim exemplificativo, delimitando alguns exemplos de abusividade no teor do artigo, uma vez que são muitas as condutas que podem ser qualificar como abusivas, e por muitas vezes, de maneira não tão explicitas. 
São exemplos de publicidade abusiva: a discriminatória, que discrimina de qualquer forma o ser humano; a exploradora de medo ou superstição, que usa do medo do consumidor para força-lo a consumir um produto ou serviço; a que incita a violência, que se caracteriza quando utiliza promoção de produto ou serviço a violência entre seres humanos, animais ou coisas; a antiambiental, que é aquela que incita o ser humano a destruir o meio ambiente; a que induz insegurança, que trata do incentivo ao consumidor a se comportar de forma insegura e/ou perigosa; e por fim, a dirigida à crianças, que é a que se aproveita da imaturidade do público infantil, e a que trataremos nos exemplos a seguir.
Cabe ressaltar que não há confusão entre propaganda enganosa e propaganda abusiva, de modo que é absolutamente possível a existência de propaganda que seja completamente transparente sobre aquilo que procura divulgar, e ainda ser abusiva.
Os órgãos responsáveis pela fiscalização da publicidade abusiva são o PROCON, e o CONAR, ou, ainda as Promotorias do Ministério Público. 
	Com efeito, serão analisadas três propagandas abusivas e as medidas judiciais cabíveis contra elas em sequência: 
“Sombra e Água Fresca”, VOGUE KIDS
A revista Vogue Kids, em sua edição de setembro de 2014, publicou editorial promovendo roupas de banho, dispondo de conotação sexual, por trazerem imagens de crianças em posições sensuais.
Logo, enxurradas de críticas a respeito das fotos ensejaram milhares comentários revoltados em redes sóciais pela adultização precoce dessas crianças nas respectivas fotos.
A indução de crianças a um comportamento erotizado ou “adultizado” por propagandas infringe o Código de Defesa do Consumidor em seu art. 37, §2º, caracterizando, portanto, a propaganda abusiva.
Poucos dias após sua publicação, a o Tribunal de São Paulo concedeu liminar em ação do MPT estadual que determinou a retirada de circulação da revista, com fundamento a violação ao princípio da proteção integral, e ainda bem como ao artigo 258 da Lei 8.069/90, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente. 
De acordo com a Promotoria, "os direitos à imagem, dignidade e respeito das modelos crianças foram explorado de forma obscena e não condizente com a condição peculiar de desenvolvimento das modelos infantis".
Apesar disso, qualquer responsável que tenha se sentido lesado, e ainda, o Ministério Público Estadual poderia ter movido ação em face da empresa.
“Mascotes Sadia”, SADIA S.A
O segundo caso se trata de uma propaganda promovida durante os jogos Pan-Americanos de 2007, pela empresa de alimentos Sadia, onde usava de termos imperativos como “brincar nunca foi tão gostoso” para estimular o consumo do público infanto-juvenil a trocar selos impressos nas embalagens dos produtos da empresa por mascotes de pelúcia uniformizados, mediante o pagamento de uma quantia em dinheiro, vejamos:
A incitação de publicidade ao público infantil, por si só, já caracteriza a abusividade, uma vez que a empresa se aproveita da deficiência de julgamento e experiência da criança para o estímulo ao consumo, portanto, indo contra o que dispõe o art. 37 §2º do CDC. Além disso, trata-se de promoção de alimentos ultraprocessados e calóricos, que podem comprometer diretamente a dieta saudável de crianças e trazer prejuízos à saúde. 
Após denúncia do Instituto Alana ao PROCON, a Sadia recebeu multa no valor aproximado de R$ 428 mil, além de suspender a divulgação da publicidade em todo e qualquer tipo de mídia. Entretanto, qualquer responsável que tenha se sentido lesado, e ainda, o Ministério Público Estadual poderia ter movido ação em face da empresa.
“Hello Kitty Fashion Time”, GRENDENE
O terceiro e último demonstrativo de propaganda abusiva, se refere ao comercial televisivo que promovia uma sandália da marca destinada ao público infantil feminino no ano de 2009. 
No vídeo em questão, as modelos mirins posam com a sandália da Hello Kitty em collab com a Grendene e são enaltecidas por outras meninas através de cartazes contendo dizeres como “SHOW”, “ARRASOU”, “PODEROSA”, “EU QUERO” e ao final, ao caminhar perto de alguns meninos, os mesmos mostram cartazes com termos semelhantes, sendo eles: “UAL”, “LINDA” e “D+ (demais)”. 
Vídeo disponível através do link (111) Grendene Hello Kitty - YouTube. 
Neste caso, além do estímulo ao consumo inapropriado do público infantil, aproveitando-se da incapacidade de julgamento, nota-se a erotização precoce de crianças, uma vez que o uso da sandália causaria aprovação imediata não só de amigas, como também de meninos. 
Como no caso anterior, o Instituto Alana denunciou a abusividade da propaganda ao PROCON, que apesar de recursos interpostos, condenou Grendene a uma multa de R$3 milhões de reais, visto que é inegável o afrontamento ao art. 37 §2º do CDC. Contudo, qualquer responsável que tenha se sentido lesado, e ainda, o Ministério Público Estadual poderia ter movido ação em face da empresa.

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