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GESTÃO DO SUS COMPLETO

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A gestão do SUS em cada esfera de governo
(federal, estadual e municipal) se dá de uma
forma:
-O SUS desde a sua instituição pela lei orgânica
de 8080, veio para organizar o sistema da saúde
como direito de todos e dever do estado. A lei,
que posteriormente, foi planejada para tratar
do financiamento da saúde.
-Quando foi criado o SUS na Constituição, o
conjunto de serviços e saúde que não existia
começou a seu estruturado, já que não existia. A
responsabilidade do Governo Federal foi sendo
passada, aos poucos para o Estado, e desse
para a Gestão Plena, que é quando os municípios
são responsáveis pelas ações de serviços e
saúdes próprios. 
-Aos poucos foi necessário organizar e planejar
um sistema de saúde que não existia e a
transferência de responsabilidade das
atribuições – descentralização
-Se o município tem gestão plena, então ele é
autônomo para executar as ações e serviços de
saúde no território.
-A concepção de gestão do SUS é um sistema de
saúde descentralizado, ou seja, a saúde deve
acontecer onde vive o indivíduo. 
-A União, por meio do Ministério da Saúde,
determina as políticas públicas de âmbito
nacional que devem ser executadas pelos
estados e municípios, o estado supervisiona os
municípios na execução dos serviços de saúde,
mas quem de fato executa, com gestão plena,
são os municípios.
-A gestão do SUS é direcionada pelos gestores,
que são pessoas que administram recursos
matérias, desde insumos, medicamentos,
equipamentos, pagamentos de salários, custeios
até recursos humanos em cada esfera do poder
público
-As funções do executivo (a presidência do
Brasil, os governadores dos estados e prefeitos
dos municípios) são desempenhadas no âmbito
nacional, pelo Ministério da Saúde, estadual pelo 
Secretário de Estado da Saúde e municipal
pelo Secretário Municipal de Saúde. E os
gestores desempenham práticas de gestão
necessárias à implementação de políticas na
área de saúde (posição oficial do governo em
relação a questões de saúde). 
-O Plano de ação consiste em como aquele
governo vai desempenhar suas ações no âmbito
de saúde. 
-O financiamento consiste no custeio dos
investimentos de saúde (compras de
ambulâncias, reformas de unidades de saúde,
medicações...)
OBS.: A iniciativa privada faz parte do SUS
como complemento, já que existe o princípio da
integralidade dos serviços de saúde, em que
tudo que for necessário, na questão de saúde,
deve ser disponibilizado pelo SUS. Ex.:
disponibilização de leito de UTI de um hospital
privado conveniado para o SUS.
 Diferença entre gestores:
GESTÃO DO SUS
Saúde Pública
Lara de Paula
Lara de Paula
Pacto pela Saúde
-O financiamento para as ações de serviços de
saúde é feito de forma Tripartite (vem das 3
esferas de governo), ou seja, vem de impostos
que são federais, estaduais e municipais. Esses
impostos contribuem para o recurso próprio de
cada esfera. 
-Então, o governo federal determina as políticas
públicas nacionais de saúde, a gestão federal
envia recursos por meio da transferências entre
contas (chamadas de fundos) para estados ou
diretamente para os municípios para o
cumprimento de cada politica publica de saúde. 
-Cada gestor possui atribuições
-Resumindo, a esfera federal é representada
pelo Ministério das Saúde (gestor), que deve
elaborar políticas nacionais de saúde e planejar,
normalizar, avaliar e controlar os serviços de
saúdes. Arrecada os impostos e depois
redistribui para os estados e municípios para o
financiamento das políticas públicas.
-A esfera estadual é representada pela
Secretaria Estadual de Saúde, que vai
coordenar o planejamento do SUS em nível
estadual.
Os Pactos
-Os pactos vêm de pactuações ou acordos, para
o estabelecimento e cumprimento de metas, seja
para diminuir mortalidades, distribuição de
vacinas e outros, que sejam eficazes nos
indicadores de saúde e avaliações.
-Regulamentado pela Portaria 399/06
-O Pacto pela Saúde é um conjunto de reformas
institucionais do SUS acordado entre as 3 esferas
de gestão que objetiva promover inovações nos
processos e nos instrumentos de gestão, visando
alcançar maior eficiência e qualidade das
respostas do SUS. Ele redefine as
responsabilidades de cada gestor em virtude
das necessidades de saúde da população e da
busca pela equidade social
-As diretrizes operacionais do pacto pela saúde
Pacto Pela Vida
se consolidam em 3 dimensões: o Pacto pela
Vida (conquista de melhorias de vida para a
população), Pacto em defesa do SUS (define que
essas conquistas continuem existindo e que o SUS
continue avançando) e Pacto de Gestão (a
gestão faça cumprir a responsabilidade de cada
esfera).
-representa o compromisso do gestor do SUS
com prioridades que mais impactam a saúde da
população, conforme a Portaria 399/06 do MS. É
importante lembrar que esse pacto está sendo
atualizado, já que quando as metas são
cumpridas novas atualizações são criadas.
-estabelecimento de metas, compromissos,
prioridades. São detalhados os objetivos
propostos, orçamentos e compromissos
financeiros.
-Em 2006, por exemplo, as prioridades foram:
>saúde do idoso
 câncer do colo de útero e de mama (já que a
causa de morte de muitas mulheres correspondia
aos cânceres)
 mortalidade infantil e materna (já que era e é
muito comum uma série de doenças que existem
para atingir tanto gestantes quanto o feto)
 doenças emergentes e endemias, com ênfase
na dengue, hanseníase, tuberculose, malária e
influenza (doenças que estavam controladas e
voltaram)
 promoção da saúde (estimular práticas na
população que evitem o adoecimento)
 atenção básica à saúde (são as unidades
básicas de saúde, fazem atendimentos de
urgência e emergência)
-Em 2008, por exemplo, algumas prioridades
foram alteradas e outras inseridas no programa:
 doenças emergentes e endemias (a AIDS foi
acrescentada ao grupo de doenças)
 saúde do trabalhador (doenças ocupacionais
no ambiente de trabalho)
 saúde mental (devido ao estilo de vida,
cobranças e outros que aumentaram as
incidências e prevalências dessas doenças)
Lara de Paula
Lara de Paula
Pacto em Defesa do SUS
 busca de maior resposta do sistema de saúde
às pessoas com deficiência (inserção social,
minorias)
 atenção integral às pessoas em situação de
risco ou de violência
 saúde do homem (já que os homens procuram
menos os serviços de saúde)
-expressa os compromissos do gestores com a
consolidação da Reforma Sanitária Brasileira,
explicitada na defesa dos princípios do SUS,
estabelecidos na Constituição Federal.
OBS.: a reforma sanitária brasileira foi um
movimento que ocorreu no final da década de
70/80 feita para mudar o modelo de assistência
à saúde no Brasil, já que antes era vigente o
modelo hospitalocêntrico e médico-assistencial,
em que a assistência era focada na figura do
médico no âmbito hospitalar, além de ser
privatista, ou seja, somente tinha assistência
quem contribuía dentro do sistema de saúde
previdenciário. Esse modelo foi substituído,
dando lugar para um modelo multidisciplinar de
saúde, tendo maior participação de outros
profissionais que não sejam exclusivamente
médicos, além de mudar o enfoque do âmbito
hospitalar para a atenção básica (para prevenir
doenças, diminuir internações, diminuir custos
hospitalares...). As pessoas da área da saúde
começaram a defender essas mudanças
estruturais.
-esse pacto buscou ações que visam qualificar e
assegurar o SUS como política pública, ele não é
um programa porque ele não está associado ao
Governo.
OBS.:
Pacto de Gestão
-para que a houvesse a mudança do modelo de
assistência a saúde antes do SUS, foi preciso que
a população, junto com o pedido de democracia
(movimento de redemocratização) se
mobilizasse. Logo, o fortalecimento mobilização
social por meio da promoção e desenvolvimento
da cidadania é uma prioridade que torna a
saúde como um direito.
-também é prioridade desse Pacto elaborar e
divulgar a Carta dos Direitos dos Usuários do SUS
-em geral esse pacto contribui para a existência
do SUS
-objetiva consolidar o processo de
descentralização administrativa na perspectiva
da solidariedadee da autonomia dos entes
federados. Estimulando a responsabilidade dos
municípios nas ações e serviços de saúde.
-Existe uma direção única em cada esfera, porém
existem acordos entre estados, municípios e
governo federal para o atendimento à
população, ou seja, isso implica compartilhar
responsabilidades, com a finalidade de qualificar
a gestão pública do SUS, buscando maior
efetividade (resolver o problema), eficiência
(resolver o problema com o menor custo
possível) e qualidade de suas respostas.
-O pacto de gestão estabelece diretrizes que
valorizam a relação solidária entre os gestores
do SUS. Nisso, o SUS tem participação solidária,
ou seja, as pessoas contribuem com seus
impostos para que outras pessoas sejam
atendidas em momentos de necessidade. Assim
como a previdência, em que as pessoas
contribuem para atender as necessidades das
pessoas que precisam do recurso. Os gestores
comunicam suas disponibilidades para atender
as demandas de outros gestores, etc.
Participação da comunidade na gestão do SUS
 
-Essa gestão (administração de recursos
materiais, humanos e financeiros) na área da
saúde tem que ter, devido a condição da
condição da Constituição Cidadã, a participação
efetiva da comunidade, ou seja, das pessoas que 
programa é diferente de política pública, pois
o programa está associado ao governo e dura
enquanto o governo permanece, já as políticas
públicas são posições do governo de forma
estrutural, estão oficializadas por meio de
decretos e portarias, não sendo mudadas com
a passagem dos governos.
Lara de Paula
Lara de Paula
serão impactadas pela gestão do SUS, já que são
elas os usuários do SUS.
-todas as políticas públicas, exercidas em
território nacional, precisa ter a participação da
população na tomada de decisões e na
fiscalização do aspecto financeiro utilizado pela
gestão.
-essa participação está definida na Lei
8080/90, cujas normas gerais orientam essa
participação por meio de Conferências e
Conselhos de Saúde, regulamentados pela Lei
8142/90
-Conferências: são reuniões que acontecem de 4
em 4 anos,
-Conselhos: são instâncias colegiadas (reunião
de pessoas) que têm caráter deliberativo, elas
acontecem constantemente. Essas pessoas têm o
poder de tomar decisões a respeito das
políticas públicas daquele território
Comissão Intergestora Tripartite (CIT)
 
-responsável pela definição de diretrizes,
estratégias, programas, projetos e alocação de
recursos dos SUS. Coordenada pelo Ministério da
Saúde, tem caráter nacional e conta com 15
membros, representantes das três esferas de
governo, sendo cinco conselheiros do MS, cinco
do CONASS e cinco do CONASEMS. A
representação de Estados e municípios nessa
comissão é regional, sendo um representante
para cada uma das cinco regiões do País 
-na CIT não existe o mecanismo de voto para a
tomada de decisão: as resoluções devem ser
tomadas por consensi, de forma a estimular o
debate e a negociação.
Comissão Intergestora Bipartite (CIB)
 
-não reúne o governo federal, apenas estados e
municípios
-é a instância para negociação de aspectos
operacionais do SUS em nível estadual, como a
descentralização regional, com participação
paritária.
-é composta de representantes da respectiva
Secretaria Estadual de Saúde e dos municípios
de cada Estado, indicados pelo COSEMS,
existentes em cada unidade de federação
Resumo: a gestão compartilhada do SUS
compreende de que forma a lei 8080/90
preconiza a participação da sociedade no
planejamento e controle da execução das ações
e serviços de saúde. Participação esta que se dá
por intermédio dos conselhos presentes na
União, nos Estados e Municípios
-Além disso, a CIB, com a participação dos
Estados e Municípios, e a CIT, com a
participação da União, Estados e Municípios, são
fóruns de discussões mais importantes para a
efetiva participação da sociedade na gestão do
SUS.
REFERÊNCIAS:
-www.bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/par
a_entender_gestao.pdf
-professor Paulo Ricardo Teixeira Marques
Lara de Paula
Lara de Paula

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